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João José Ludovice Sinel de Cordes ComTE • GCC • CvA • OA • ComA • GCA • MOCE • MV • MCC (Oeiras, Barcarena, Ribeira Abaixo, Quinta de Nossa Senhora da Conceição ou Quinta de Sinel de Cordes, 18 de Agosto de 1867[1] – Lisboa, São Jorge de Arroios, 29 de Janeiro de 1930[2])[3][4] foi um militar e político português.
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João José Sinel de Cordes | |
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João José Ludovice Sinel de Cordes.jpg João José Ludovice Sinel de Cordes | |
Nascimento | 18 de agosto de 1867 Barcarena |
Morte | 29 de janeiro de 1930 Lisboa |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Ocupação | militar, político |
Distinções |
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Filho de Baltasar António Sinel de Cordes (Lisboa, Santa Engrácia, Campo de Santa Clara, 14 de Agosto de 1829[5] – 11 de Janeiro de 1905[6]), último Senhor do Morgado de Barcarena, da Quinta de Nossa Senhora da Conceição ou Quinta de Sinel de Cordes, onde foi morador com sua mulher, de ascendência Holandesa e Espanhola, e de sua mulher (Oeiras, Nossa Senhora da Purificação, Quinta do Jardim, Ermida de São João Baptista das casas de residência dela, 19 de Outubro de 1856[7])[8] Maria Clementina Braamcamp Ludovice da Gama (Lisboa, Santa Isabel, Rua da Arrábida, 2 de Setembro de 1825[9] – 5 de Setembro de 1896[10]), de ascendência Alemã, Italiana e Holandesa, bisneta de João Frederico Ludovice, Senhora da Quinta do Jardim em Laveiras, Oeiras.[11] Tio paterno de Joaquim Sinel de Cordes.[12][13][14]
O seu pai era da família Sinel de Cordes, a qual edificou e possuiu o Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, e era descendente de Simão de Cordes, irmão de Baltasar de Cordes, e 8.º neto de André Lopes Pinto de Vasconcelos, Juiz Desembargador da Casa da Suplicação, e de sua mulher D. Aldonza de Guzmán ou D. Aldonça de Gusmão, filha esta, dizem, bastarda de D. Gaspar Pérez de Guzmán y Gómez de Sandoval, 9.º Duque de Medina Sidonia,[15] 7.º Marquês de Cazaza, 13.º Conde de Niebla e 14.º Senhor de Sanlúcar e irmão de D. Luísa de Gusmão (entre outros, trinetos de São Francisco de Borja, 5.ºs netos de Giovanni Borgia, 2.º Duque de Gandía e 1.º Duque de Sessa, tetranetos e 5.ºs netos de D. Alonso de Aragão, Arcebispo de Saragoça e Vice-Rei de Aragão, e 5.ºs e 6.ºs netos por bastardia de D. Fernando V & II, o Católico, Rei Consorte de Castela e Rei de Aragão), e de Ana Tello, Dama da Duquesa D. Juana Fernández de Córdoba y Enríquez de Ribera sua segunda mulher, e filha de Francisco Tello de León e de sua mulher, sendo irmã consanguínea de D. Frei Domingos de Gusmão, O.P., 15.º Bispo de Leiria (1677-1678), 11.º Arcebispo de Évora (1678-1689),[16] primo-sobrinho distante de São Domingos de Gusmão.
Foi Senhor da Quinta do Jardim, em Laveiras, Oeiras, que lhe veio por sua mãe, pertencendo à família Ludovice da Gama, ainda se encontrando nas mãos da mesma, na pessoa de Maria Margarida Travassos Valdez Ludovice.[17]
Assentou Praça como voluntário e alistou-se no Exército a 29 de Outubro de 1883, no Regimento N.º 2 de Caçadores da Rainha. Fez o Curso de Cavalaria da Escola do Exército. Foi promovido a Alferes a 10 de Janeiro de 1890 para o Regimento de Cavalaria N.º 2 de Lanceiros d'El-Rei, por estar habilitado com o Curso de Estudos para o Corpo do Estado-Maior do Exército. A 31 de Março de 1892 foi promovido a Tenente.[18][17][4]
Casou a 2 de Setembro de 1893 na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Quinta de Nossa Senhora da Conceição, Ribeira Abaixo, Barcarena, Oeiras,[19] com sua prima em 2.º grau Maria da Conceição Laroche Barbosa Martins Ludovice (Lisboa, São Vicente de Fora ou São Vicente, São Tomé e Salvador, c. 1870 - ?),[20] filha de João António Laroche Martins Ludovice (Lisboa, Salvador ou Santa Engrácia, c. 1831 – 1889), de ascendência Alemã, Italiana e Francesa e bisneto de João Frederico Ludovice, e de sua mulher Maria da Conceição Barbosa de Araújo Simões (Lisboa, Santa Catarina - ?), Proprietários da Quinta de Alfarrobeira, em Benfica, Lisboa, de quem não teve descendência.[21][12][17][4]
Foi nomeado Vogal da Comissão encarregada de remodelar as instruções dos exercícios de quadros a 5 de Abril de 1894. Dois anos depois, em 1894, foi nomeado Ajudante-de-Campo do General-Comandante do Grupo do Estado-Maior do Exército, tendo deixado este cargo em 1896. A 29 de Setembro de 1897 foi promovido a Capitão para o Corpo do Estado-Maior. Em 1899 foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados do Reino de Portugal, tendo sido Deputado às Cortes na Sessão Legislativa da Legislatura de 1900, tendo participado em Comissões em 1900[22] e em 1901[22] e tido intervenções a 8 e 10 de Janeiro, a 1 de Fevereiro, a 26 de Março, a 20, 23, 26, 27 e 28 de Abril, a 11 e 16 de Maio e a 2 de Junho de 1900 e a 20 de Março de 1901.[23][24] Como Capitão do Serviço do Estado-Maior foi feito Cavaleiro da Real Ordem Militar de São Bento de Avis a 1 de Janeiro de 1901 (Ordem do Exército, 1901, 2.ª Série, N.º 1, p. 3).[25] Foi eleito novamente Deputado na Legislatura de 1905-1906, tendo participado em duas Comissões em 1905[26][27] e tido intervenções a 12, 14 e 26 de Abril, a 5 de Maio, a 23 e 29 de Agosto de 1905.[23][24] Foi Chefe da Repartição do Recrutamento e Reserva a 8 de Janeiro de 1906 e Chefe Interino da Repartição do Gabinete do Ministro da Guerra. Foi elevado a Oficial da Real Ordem Militar de São Bento de Avis a 28 de Setembro de 1906 (Ordem do Exército, 1906, 2.ª Série, N.º 27, p. 363).[28][18] Foi, ainda, feito Oficial da Ordem de Leopoldo I da Bélgica (Ordem do Exército, 1906, 2.ª Série, N.º 18, p. 211),[29] e agraciado com a Cruz de 1.ª Classe da Ordem do Mérito Militar de Espanha (Ordem do Exército, 1906, 2.ª Série, N.º 10, p. 111).[30] A 28 de Outubro de 1907 foi promovido a Capitão de 1.ª Classe. Foi também eleito Deputado na Legislatura de 1908-1910, tendo participado em duas Comissões em 1908[26][31] e uma Comissão em 1909[32] e tido intervenções a 6 de Junho e a 8 de Julho de 1908, a 6, 8, 9, 10, 12, 13, 15, 16, 17, 20, 22, 23, 24, 26, 27 e 29 de Março, a 14, 16, 17, 19, 20, 21, 23, 24, 27, 28 e 30 de Abril, a 1 de Maio, a 19, 21, 24, 26, 27, 28 e 30 de Julho, a 2, 3, 4, 6, 7, 10, 11, 14, 16, 20, 21, 23, 25, 27, 30 e 31 de Agosto, a 1, 3, 4, 6, 7, 9, 10 e 11 de Setembro de 1909 e a 7, 8, 9, 11, 12, 14, 15 e 16 de Março, a 5, 6, 8, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 19 e 22 de Abril e a 1, 6, 8 e 11 de Junho de 1910.[23][24][17][4]
A 8 de Junho ou a 29 de Junho de 1911 foi promovido a Major. A 26 de Agosto de 1913 foi designado Chefe do Estado-Maior da 4.ª Divisão do Exército, para a 25 de Outubro de 1913 ser nomeado Comandante do Regimento de Infantaria N.º 11. Em 1914 e 1915 esteve como Instrutor da Escola Central de Oficiais, para em Novembro de 1915 passar a comandar o Regimento de Cavalaria N.º 5. Promovido a Tenente-Coronel para o Serviço do Corpo do Estado-Maior a 13 de Novembro de 1915, foi Chefe do Estado-Maior da 1.ª Divisão do Exército desde 31 de Março de 1916 e elevado ao posto de Coronel por Decreto de 17 de Setembro de 1917, tendo sido a 28 de Fevereiro de 1918 e até 26 de Abril de 1919 nomeado Chefe do Estado-Maior do Corpo Expedicionário Português em França na Primeira Guerra Mundial, sendo, entretanto, agraciado com a Medalha Comemorativa da Campanha França, 1917-1918, elevado a Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis a 15 de Fevereiro de 1919,[33] lugar em que permaneceu até 26 de Abril de 1919. Foi feito Comendador da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 10 de Julho de 1920,[33] Cavaleiro-Comendador Honorário da Distintíssima Ordem de São Miguel e São Jorge da Grã-Bretanha e Irlanda, que lhe foi imposta pelo Rei Jorge V, e Oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra de França.[12] Foi promovido a General por escolha a 4 de Junho de 1921.[4] Em 1921 e 1922 desempenhou a função de Presidente da Comissão de Organização dos destacamentos militares reunidos na Amadora, sendo Secretário às suas ordens Raul Frederico Rato.[34] A 8 de Setembro de 1923 e até 13 de Dezembro de 1924 foi nomeado Quartel-Mestre-General do Exército, tendo exercido simultaneamente diversos cargos nas Comissões de aperfeiçoamento do material de guerra, encarregando-se dos serviços aeronáuticos.[18] Foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de São Bento de Avis a 5 de Outubro de 1922[33] e era agraciado e possuía a Medalha de Ouro de Comportamento Exemplar, a Medalha de Benemerência da Cruz Vermelha Portuguesa, a Medalha da Vitória, etc.[12] O seu nome só voltou a ser pronunciado na vida política da Nação quando se deu a Revolta de 18 de Abril, movimento revolucionário de que foi um dos Chefes. Os dois, Sinel de Cordes e Gomes da Costa, lideraram um Golpe Militar a 18 de Abril de 1925, pelo que esteve afastado do serviço de 6 de Maio a 14 de Novembro desse ano.[18][17][4]
A 28 de Maio de 1926, juntamente com o General Gomes da Costa, o General Carmona, o General Alves Roçadas e o Almirante Mendes Cabeçadas, organizou o Golpe de Estado conhecido pelo «28 de Maio». Por Decreto de 4 de Junho de 1926 atingiu o posto de General, tendo desempenhado várias vezes os cargos de Vogal e de Presidente do Júri de Exames para General.[18] Chegou ao posto de General do Estado-Maior de Cavalaria do Exército Português.[12][17] Depois do Movimento de 28 de Maio foi escolhido para gerir a pasta das Finanças por três vezes, incluindo como Interino, após o Movimento. Foi nomeado 73.º Ministro das Finanças, durante a Ditadura Militar, a 9 de Julho de 1926. A 25 de Setembro de 1926 foi também nomeado Chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que exerceu até 1 de Dezembro de 1928.[17][4] Negociou com a Sociedade das Nações, um empréstimo a Portugal, no valor de 12 milhões de libras esterlinas, para evitar a bancarrota. A 30 de Junho de 1927, como Presidente da Comissão encarregada de remodelar o sistema fiscal, António de Oliveira Salazar entrega o relatório da situação e dez projectos de reforma de contribuições e impostos. O Ministro das Finanças Sinel de Cordes, recusa as propostas. Foi novamente nomeado 76.º Ministro das Finanças a 19 de Dezembro de 1927, também durante a Ditadura Militar. A 3 de Janeiro de 1928, em artigo publicado no diário Católico "Novidades", Oliveira Salazar critica duramente a política do Ministro das Finanças Sinel de Cordes, a propósito dum avultado empréstimo internacional contraído pelo governo sem prévio restabelecimento do equilíbrio orçamental.
Durante a Ditadura Nacional, foi nomeado 79.º Ministro das Finanças a 7 de Abril de 1928, onde se manteve até 18 de Abril de 1928, sucedendo-lhe o Prof. Oliveira Salazar. Deixou as Finanças Públicas da Ditadura Militar num estado deplorável, situação com que teve de se defrontar o Ministro que lhe sucedeu em 1928, Salazar. Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo a 25 de Abril de 1928.[33] A 27 de Julho de 1929 foi nomeado Director da Aeronáutica Militar.[12][4] Além destas missões, exerceu os lugares de Presidente do Conselho Superior de Disciplina do Exército, que desempenhou até ao seu falecimento, Vice-Governador do Banco Nacional Ultramarino, por parte do Governo, e Vice-Presidente do Conselho do Ar, no qual participou do movimento a favor do estudo das linha aéreas portuguesas.[18] Foi, ainda, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oeiras.
Por morte dos pais foi-lhe adjudicado, entre outros bens, o Jazigo da sua família N.º 827, Rua 1, do Cemitério dos Prazeres, onde se encontra sepultado.[17]
Teve três Ruas com o seu nome: a Rua Sinel de Cordes (hoje Rua Alves Redol), em São João de Deus, Lisboa, a Rua Sinel de Cordes (hoje Rua Afonso de Albuquerque), na Venteira, Amadora, e a Rua General Sinel de Cordes, em Barcarena, Oeiras.
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