Ilustração é uma imagem utilizada para acompanhar, explicar, interpretar, acrescentar informação, sintetizar ou até simplesmente decorar um texto. A ilustração também serve para comunicarmos uma mensagem ou sentimento sem usar palavras. Embora o termo seja usado frequentemente para se referir a desenhos, pinturas ou colagens, uma fotografia também é uma ilustração.
São comuns em jornais, revistas e livros, especialmente na literatura infanto-juvenil (assumindo, muitas vezes, um papel mais importante que o texto), sendo também utilizadas na publicidade e na propaganda. Existem também ilustrações independentes de texto, onde a própria ilustração é a informação principal. Um exemplo seria um livro sem texto, não incomum em quadrinhos ou livros infantis.
Em princípio, o que distingue a ilustração das histórias em quadrinhos é não descrever, necessariamente, uma narrativa sequencial, mas sintetizar ou caracterizar conceitos, situações, ações ou, até mesmo determinadas pessoas, como é o caso da caricatura.
A partir do século XV, os livros passaram a ser ilustrados em xilogravura. Nos dois séculos seguintes, os principais métodos utilizados para a reprodução de ilustrações foram a gravura e a água-forte. No final do século XVII, a litografia permitiu que as ilustrações fossem reproduzidas de forma ainda melhor. O ilustrador mais notável desta época foi William Blake, que desenvolveu um método de relevo em água-forte.
Século XIX
Entre as figuras notáveis do gênero no princípio do século XIX estão John Leech, George Cruikshank, Hablot Knight Browne e Honoré Daumier. Os mesmos ilustradores contribuíram para revistas satíricas e de ficção, mas em ambos os casos a demanda era para o registro de personagens que encapsulavam ou caricaturizavam tipos e classes sociais.
A revista de humor britânica Punch, fundada em 1841 na esteira do sucesso do Almanaque Cômico de Cruikshank, empregou uma linha ininterrupta de artistas de alta qualidade – incluindo Sir John Tenniel, os Irmãos Dalziel, e Georges du Maurier – que, apesar de formados convencionalmente em belas artes, alcançaram fama primeiramente como ilustradores. Em seu auge, a revista registrou a mudança gradual da ilustração popular e dependente da caricatura para as sofisticadas observações de tópicos específicos.
Digolo e Mazrui subcategorizam a ilustração a partir das técnicas utilizadas, tais como desenho, pintura, impressão ou colagem. Essas técnicas afetam a arte em diversas formas, sendo escolhidas pelos diferentes impactos que reproduzem. A escolha pode ser baseada no objetivo ilustração, nas limitações do artista, no custo ou em outros fatores.[1]
A ilustração tradicional é focada em métodos de criação que permitam sua redistribuição, e pode ser classificada em diferentes tipos:
- Gravura
- Água-forte
- Linoleogravura
- Litografia
- Ilustração à caneta e tinta
- Sumi-ê
- Xilogravura
- Ilustração digital
- Digolo & O. Mazrui (2005): Art & Design Forms 1 and 2, pág. 51
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