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A Ilha de Santo André[1] (em castelhano: Isla de San Andrés) é a maior das ilhas que formam parte do Arquipélago de Santo André, Providencia e Santa Catalina, que tem uma área total de 26 km². Pertence à Colômbia desde 1803, quando a Espanha a anexou política e administrativamente para o então Vice-reino de Nova Granada por meio da Real Ordem de San Lorenzo, de tal maneira que quando este território se emancipou em 1819, as ilhas foram anexadas de imediato à atual Colômbia.
Ilha de Santo André | |
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Mapa da Colômbia | |
Coordenadas: | |
Geografia física | |
País | Colômbia |
Arquipélago | Santo André, Providência e Santa Catarina |
Área | 32 km² |
Geografia humana | |
População | 90 000 |
Vista de Cima da Ilha |
Atualmente a Colômbia exerce o domínio sobre a ilha. Apesar da Nicarágua reclamar sobre a soberania desta e de outras ilhas adjacentes, a Corte Internacional de Justiça decidiu a soberania total sobre o arquipélago à Colômbia em 19 de novembro de 2012.[2]
Santo André está localizada no mar do Caribe, cerca de 191 km a leste da Nicarágua e a nordeste da Costa Rica e 775 km a noroeste da costa da Colômbia. Com 26 km² de área, é a maior ilha do arquipélago. A Ilha de Providência, a segunda maior, está situada a 80 km a noroeste.[3]
O clima da ilha é quente, oscilando entre 26 °C e 29 °C, onde predominam duas estações: verão e inverno. Os ventos ajudam um pouco a aliviar o calor, geralmente soprando a leste, e quando há tempestades no Caribe os ventos sopram fortemente a noroeste. Em geral, durante o ano as chuvas são definidas por uma estação seca e outra chuvosa: a primeira tem uma duração variável, podendo chegar a cinco meses consecutivos, enquanto os meses seguintes são chuvosos, com ventos fortes no final do ano.
Santo André é atravessada de norte a sul por uma pequena cadeia de colinas cujo pico mais alto é o Cerro La Loma, com cerca de 85m de altitude.[3] A geologia de Santo André indica que a sua formação é devida à erupção de um antigo vulcão que lançou pedras do fundo marinho para a superfície, criando a maioria das ilhas. Além disso, a ilha é limitada a oeste por um pequeno recife de coral e de diversas ilhotas que abrigam variada fauna e flora marinha. Por esse motivo as ilhas são visitadas por muitos turistas a cada ano.
Peixe e frutos do mar são comuns na cozinha da ilha, com receitas que incluem mariscos, lagostins, caranguejos e anchova. Os principais acompanhamentos são o arroz de coco, patacão, mandioca, inhame, fruta-pão e feijão.[5]
Alguns dos pratos típicos de Santo André são o rondón, bolinho de peixe, sopa de caracol, e o caracol cozido, bem como diversas preparações com carne bovina e de porco.[6]
Entre as sobremesas tradicionais da ilha estão a cocada, a bala de coco, o gergelim doce e a torta de abóbora, de milho e de banana.[6]
A economia do Departamento de Santo André e Providência está baseada principalmente no turismo e no comércio; chegam diariamente às ilhas vários aviões provenientes de diferentes cidades colombianas e alguns do estrangeiro, à procura de descanso e relaxamento; as atividades anteriores são complementadas pelas da agricultura e pesca de caranguejos, anchovas e camarões, que são insuficientes para abastecer as ilhas, o que significa que a maior parte do consumo diário de alimentos deve ser importada do interior do país, tanto para os nativos quanto para os turistas. O principal produto agrícola comercialmente explorado no arquipélago foi o coco, mas também se produzia abacates, cana-de-açúcar, manga, laranja, inhame, noni, mandioca e banana. Produções que entraram em decadência ao longo dos anos por danos ao solo e à urbanização de muitas áreas.
Segundo o censo de 2005, 55,1% dos estabelecimentos do município de Santo André se dedicam ao comércio, 29,9 ao setor de serviços, 4,6% à indústria e os 10,5% restantes a outras atividades.[7]
Um dos problemas que mais aflige os habitantes é a superpopulação[8][9] a qual se dá principalmente pela imigração a partir da Colômbia continental, motivada fundamentalmente pelo estabelecimento da figura de Porto Livre para San Andrés concedida pelo governo de Gustavo Rojas Pinilla em 1953 com o intuito de dinamizar a economia da ilha e atrair turistas.[10]
A população nativa raizal conseguiu o reconhecimento da sua identidade e direitos fundamentais na Constituição da Colômbia de 1991. A sua língua, o inglês crioulo de San Andrés, kríol ou creole english, é reconhecido como oficial no arquipélago desde 1991. Também se estabeleceu a liberdade e igualdade religiosa; no entanto, a perda de terras dos camponeses ilhéus, o esgotamento dos poços de água, o saque de pesca pelos grandes navios dos Estados Unidos e o dano ecológico nas áreas marinhas próximas da praia, constituem uma grande série de problemas ainda por resolver, especialmente tendo em conta que nem todas as disposições constitucionais estão a ser implementadas.[10]
Durante os últimos cinco anos, o governo da Colômbia liderou a recuperação da unidade de abrandamento e colocou em funcionamento uma nova central de dessalinização para produzir 70 litros de água potável por segundo. No entanto, a maioria dos habitantes nativos da ilha não tem nenhuma fonte fixa, sendo que a água é racionada e distribuída e vendida por caminhões tanque das centrais para a ilha. Nas altas temporadas os habitantes vivem maior escassez de água, especialmente nas áreas centrais e costeiras distantes da zona turística. Assim os hotéis e estabelecimentos turísticos têm prioridade quando se trata de receber água potável.
Até o momento, o governo colombiano investiu cerca de 14.500 milhões de pesos na construção de novas redes de abastecimento de água e saneamento básico. Ele também concluiu a instalação de um emissário submarino em Santo André, com um investimento de 2.100 milhões de pesos.
O Governo da Colômbia liderou a recuperação de espaços públicos da ilha através da construção do Boulevard Spratt Bight, o passeio da Avenida Newball e a reabilitação dos parques Central e Simón Bolívar. Ele também investiu 29.000 milhões de pesos para a pavimentação de estradas 2500 Plan, em Santo André e Providencia.
Entre os projetos que se priorizaram estão no melhoramento e na manutenção da Circunvolar de Santo André, que já executou a um custo de 1.715 milhões de pesos. Além disso, realizou-se a remodelação do aeroporto de Santo André e a repavimentação da pista. Da mesma forma, se investiu 12.300 milhões de pesos na expansão das redes de distribuição de energia elétrica, trabalho que atualmente está em processo e que vai beneficiar cerca de 30 por cento do total dos usuários residentes.
Durante os últimos três anos, o número de turistas aumentou em Santo André. Passou de 341.293 turistas em 2003 a 377.619 no ano passado, dos quais 292.741 são nacionais e 84.878 são estrangeiros.[11]
Em julho de 2011, o arquipélago recebeu 23.000 turistas mais do que o anterior, no mesmo período. Além disso, eles têm investido 27 bilhões na infraestrutura hoteleira.
Entre os pontos turísticos da ilha, são listados:[4]
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