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A Igreja Greco-Católica Melquita (em árabe كنيسة الروم الكاثوليك, Kanīsät ar-Rūm al-Kāṯūlīk; em grego: Μελχιτική Ελληνική Καθολική Εκκλησία; em latim: Ecclesiae Graecae Melchitae Catholicae) ou Igreja Patriarcal Melquita[1] é uma Igreja oriental católica particular sui iuris. Esta Igreja utiliza o rito litúrgico bizantino e utiliza o grego e o árabe como línguas litúrgicas.
Igreja Greco-Católica Melquita | |
كنيسة الروم الملكيين الكاثوليك Ecclesiae Graecae Melchitae Catholicae Μελχιτική Ελληνική Καθολική Εκκλησία | |
Brasão Patriarcal | |
Comunhão com | Igreja Católica |
Hierarca | Patriarca Youssef I Absi |
Sé | Damasco, Síria |
Rito | Bizantino |
Família Ritual | Bizantina |
Território | Síria, Líbano, Jordânia, Israel, Palestina, Iraque, Egito, Sudão, Sudão do Sul, Líbia, Turquia, Kuwait, Arabia Saudita, Barein, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Omã, Catar |
Língua Litúrgica | Árabe e grego |
Fiéis | 1.568.239 (2017) |
Site oficial | http://www.melkitepat.org/ |
O atual líder da Igreja Melquita é o Patriarca Youssef I Absi, eleito pelo seu Sínodo no dia 21 de junho de 2017 e reconhecido pelo Papa Francisco no dia seguinte.
Criada em Antioquia, é a mais antiga Igreja enquanto instituição do mundo, conforme a tradição[2], e é a única entre as orientais que não é uma Igreja nacional, apesar de estar intimamente ligada à Síria. Seu Patriarcado envolve três sés apostólicas: Antioquia, Jerusalém e Alexandria, chamando-se Patriarcado Greco-Melquita de Antioquia e de Todo Oriente, Alexandria e Jerusalém.
O nome Melquita vem de mèlek que é a raiz siríaca para palavras como "rei", "real" e "reino". Todos aqueles que ficaram ao lado do imperador bizantino Marciano no Concílio de Calcedônia em 451, defendendo a realidade das duas naturezas de Cristo, foram pejorativamente apelidados de "reais" pelos monofisistas.
Com o tempo, o nome foi usado para designar especificamente os cristãos bizantinos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém, que passaram a humildemente aceitar a alcunha jocosa que lhes conferiram.
Já a adjetivação de sua catolicidade - "greco" - vem do fato de os então futuros melquitas, assim como os outros cristãos que habitavam o Império Bizantino, antigo Império Romano, serem chamados pelos muçulmanos de rumi, "romanos", uma identidade que veio a ficar estreitamente ligada à língua que falavam: o grego, tanto que ambos nomes se tornaram sinônimos. Tal ligação com o Império Bizantino veio acrescentar alguns elementos bizantinos ao seu rito antioqueno de origem, tornando-o conhecido como rito bizantino. Assim, Igreja Melkita passou a ter, assim, a Divina Liturgia escrita por São João Crisóstomo e São Basílio de Cesareia.
Ainda como elemento de identidade, a Igreja Melquita é árabe. Seu processo de arabização começou desde segunda metade do século VIII. Foi a primeira Igreja a usar o árabe como língua litúrgica, e teve como um dos seus filhos o primeiro escritor cristão que escreveu regularmente em árabe, Teodoro Abuqurra (ca. 755 - ca.830).
Depois do Grande Cisma que ocorreu em 1054, a Igreja Melquita não manifestou nenhuma posição unilateral entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa, tentando preservar sua comunhão com ambas as Igrejas. Mas, em 1724, dado às circunstâncias históricas, como a atuação de missionários europeus, grande parte dos melquitas declarou comunhão visível com a Igreja Católica Romana, criando assim duas vertentes dos melquitas: os católicos (também chamados de uniatas) e os ortodoxos, os quais vieram a ser conhecidos como antioquenos.
A Igreja Melquita, fiel à tradição bizantina, não usa esculturas em suas igrejas, mas apenas ícones: antes de entrar no Sancta Sanctorum pode-se sempre ver uma ícone de Maria e uma de Jesus.
A Igreja Melquita conta atualmente com cerca de 1,3 milhões de fiéis, organizados em 28 dioceses:
A Igreja Melquita veio ao Brasil em missão para servir os imigrantes sírios e libaneses, cuja imigração se iniciou em torno de 1869-1890. Prósperas comunidades foram fundadas e, com muito esforço, também levantadas suas próprias igrejas. A primeira, Igreja de São Basílio, foi fundada em 1941, pelo primeiro bispo melkita do Brasil, Dom Elias Coueter, tendo sido a primeira Igreja católica oriental a ser fundada no país.
A Igreja Melquita do Brasil é organizada numa eparquia, a Eparquia melquita no Brasil. Hoje, seu bispo é Dom George Khoury, que tomou posse no dia 22 de setembro de 2019, pelo Patriarca Youssef I Absi, sendo seu bispo emérito Dom Farès Maakaroun e ela abrange com quatro igrejas;
Também duas comunidades;
E a Igreja Melquita está presente ainda em uma igreja siríaca e em duas igrejas latinas, celebrando o rito bizantino:
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