Hexen: Beyond Heretic é um jogo eletrônico de fantasia sombria e tiro em primeira pessoa criado pela Raven Software, publicado pela id Software, e distribuído pela GT Interactive em 30 de outubro de 1995. É o sucessor do Heretic, e o segundo jogo da trilogia dos "Cavaleiros da Serpente", que culminou com Hexen II.[carece de fontes] O título vem do substantivo alemão "Hexen", que significa "bruxos", e/ou do verbo "hexen", que significa "lançar um feitiço". O produtor do jogo John Romero afirmou que um terceiro jogo da série, não lançado, seria chamado "Hecatomb".[1]
Hexen: Beyond Heretic | |||||
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Produtora(s) | Raven Software, Beam Software Pty., Ltd. | ||||
Editora(s) | id Software e GT Interactive | ||||
Motor | Doom Modificado | ||||
Plataforma(s) | MS-DOS, PlayStation, Nintendo 64, Apple Macintosh, RISC OS, Sega Saturn | ||||
Lançamento | 30 de Outubro, 1995 | ||||
Gênero(s) | Tiro em primeira pessoa | ||||
Modos de jogo | Single Player, Cooperativo e Deathmatch | ||||
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Jogabilidade
Um recurso introduzido pela série foi a escolha de uma entre três classes. O jogador pode escolher um guerreiro, Baratus, um clérigo, Parias, ou um Mago, Daedolon. Cada personagem tem armas e características físicas únicas, adicionando um valor de "repetição" ao jogo.[2][3][4]
Hexen introduziu níveis "hub" (estações), onde o jogador pode viajar para vários locais conectados à estação central.[3] Isso é feito de uma maneira que possibilita a solução de grandes quebra-cabeças, que exigem a utilização de vários items ou alavancas em diferentes locais.[5] O jogador precisa atravessar um hub para poder alcançar um chefe e avançar para o próximo hub.
Desenvolvimento
Como Heretic, Hexen foi desenvolvido em NeXTSTEP.[6] O jogo utilizou uma versão modificada do da engine motor Doom, o que permitiu conexão de até oito jogadores em rede.
Código fonte
Em 11 de janeiro de 1999, o código fonte de Hexen foi liberado pela Raven Software sob licença de direitos não-comerciais. Posteriormente, em 4 de setembro de 2008, foi liberado sob a licença GNU.[7] Isso permitiu que o jogo fosse portado para plataformas como Linux, AmigaOS, e OS/2 (EComStation).
Recepção
Recepção | |
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Resenha crítica | |
Publicação | Nota |
GameRankings | 72.50% (PC)[8] 51.00% (PS)[9] 56.30% (Sat)[10] 60.22% (N64)[11] |
EGM | 5.125/10 (SAT)[12] 4.875/10 (N64)[13] |
GameSpot | 6.5/10 (DOS)[14] 4.9/10 (SAT)[15] 3.3/10 (PS1)[16] 5.0/10 (N64)[17] |
IGN | 5.0/10 (PS1)[18] 3.7/10 (N64)[19] |
Maximum | (DOS)[20] |
NGen | (DOS)[21] (SAT, N64)[22][23] |
Saturn Power | 84/100 (SAT)[24] |
Sega Saturn Magazine | 88% (SAT)[25] |
Heretic e Hexen venderam um total combinado de quase 1 milhão de unidades até agosto de 1997.[26]
Criticando a versão para PC, a Maximum comentou que a jogabilidade é constantemente intensa, devido à dificuldade dos inimigos, a variedade de armas, e ao tamanho e profundidade dos mapas. Eles avaliaram o jogo com 5 estrelas, além de seu prêmio "Maximum Game of the Month".[20][27] Uma crítica da Next Generation avaliou que Hexen "pegou tudo que havia de bom em Heretic, e tornou ainda melhor". Assim como a Maximum, ele elogiou o design não-linear dos mapas, e afirmou que este era um título essencial para fãs de tiro em primeira pessoa.[21] A Computer Games Magazine nomeou Hexen como o melhor título de "Ação em Primeira Pessoa" de 1995.[28]
Todos os ports para console receberam críticas mais negativas. Uma crítica da Next Generation afirmou que "jogos no estilo Doom e versões convertidas para consoles não combinam bem", citando diferença de gráficos como um grande problema.[22] Críticos da Electronic Gaming Monthly também afirmaram que o jogo não foi bem convertido.[12] A maioria dos críticos concordaram que a versão do Saturn sofria de gráficos pixelados,[12][15][22] sérias quedas de frame rate,[12][22][25] e dificuldades com os controles.[15][22] A versão do Nintendo64 recebeu fortes críticas quanto aos gráficos, que foram considerados inaceitavelmente pobres, particularmente o frame rate,[13][17][19][23] e a utilização de anti-aliasing do console que acabou por piorar o visual do jogo.[19][23] A versão do PlayStation recebeu ainda mais críticas negativas, novamente sobre os baixos frame rates, gráficos pixelados e péssimos controles.[16][18][29]
Referências
- John Romero [@Romero] (16 de janeiro de 2016). «@60f7aa9db0c7400 : absolutely. Hexen was the sequel to Heretic. The 3rd game was supposed to be Hecatomb. #gamehistory» (Tweet) (em inglês) – via Twitter
- Leadbetter, Rich (março de 1997). «The Hex Factor!». Sega Saturn Magazine (em inglês) 17 ed. Emap International Limited. pp. 40–44
- «Hexen Prepares for Saturn Onslaught!». Sega Saturn Magazine (em inglês) 12 ed. Emap International Limited. Outubro de 1996. pp. 6–7
- «Hexen: Doom Takes a Medieval Trip». Electronic Gaming Monthly (em inglês) 93 ed. Ziff Davis. Abril de 1997. p. 98
- «Hexen: A Little Witchcraft Can Go a Long Way». Electronic Gaming Monthly (em inglês) 89 ed. Ziff Davis. Dezembro de 1996. pp. 274–5
- «Apple-NeXT Merger Birthday!» (em inglês). 5 de março de 2007. Cópia arquivada em 15 de abril de 2020
- «Heretic / Hexen - Browse Files at SourceForge.net» (em inglês). Consultado em 15 de abril de 2020
- «Hexen: Beyond Heretic PC Reviews». GameRankings (em inglês). CBS Interactive. Consultado em 15 de abril de 2001
- «Hexen: Beyond Heretic PlayStation Reviews». GameRankings (em inglês). CBS Interactive. Consultado em 15 de abril de 2001
- «Hexen: Beyond Heretic Sega Saturn Reviews». GameRankings (em inglês). CBS Interactive. Consultado em 15 de abril de 2001
- «Hexen: Beyond Heretic Nintendo 64 Reviews». GameRankings (em inglês). CBS Interactive. Consultado em 15 de abril de 2001
- «Review Crew: Hexen». Electronic Gaming Monthly (em inglês) 92 ed. Ziff Davis. Março de 1997. p. 48
- «Review Crew: Hexen 64». Electronic Gaming Monthly (em inglês) 96 ed. Ziff Davis. Julho de 1997. p. 51
- Hudak, Chris (1 de maio de 1996). «Hexen Review». GameSpot (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2018
- Broady, John (29 de abril de 1997). «Hexen Review». GameSpot (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2018
- Ryan, MacDonald (24 de julho de 1997). «Hexen Review». GameSpot (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2018
- Fielder, Joe (3 de julho de 1997). «Hexen Review». GameSpot (em inglês). Consultado em 12 de outubro de 2018
- «Hexen Review». IGN (em inglês). 23 de maio de 1997. Consultado em 7 de junho de 2018
- Casamassina, Matt (26 de junho de 1997). «Hexen». IGN (em inglês). Consultado em 12 de outubro de 2018
- «Maximum Reviews: Hexen». Maximum: The Video Game Magazine (em inglês) 2 ed. Emap International Limited. Novembro de 1995. p. 156
- «Here Comes Another One...». Next Generation (em inglês) 14 ed. Imagine Media. Fevereiro de 1996. p. 172
- «Hexen». Next Generation (em inglês) 29 ed. Imagine Media. Maio de 1997. p. 152
- «Hexen». Next Generation (em inglês) 32 ed. Imagine Media. Agosto de 1997. p. 114
- Price, James (junho de 1997). «Review: Hexen». Saturn Power (em inglês) 1 ed. Future plc. p. 76
- Leadbetter, Rich (março de 1997). «Review: Hexen». Sega Saturn Magazine (em inglês) 17 ed. Emap International Limited. pp. 66–67
- Staff (7 de agosto de 1997). «Activision to Buy Raven» (em inglês). PC Gamer US. Consultado em 13 de janeiro de 2020. Cópia arquivada em 12 de outubro de 1997
- «The Essential Buyers Guide: Reviews». Maximum: The Video Game Magazine (em inglês) 2 ed. Emap International Limited. Novembro de 1995. p. 141
- Staff (novembro de 2000). «A Decade of Gaming; Award Winners of 1995» 120 ed. Computer Games Magazine (em inglês): 56–58, 60, 62, 66, 68, 70–76
Ligações externas
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