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Havaianas é uma marca brasileira de sandálias de borracha produzidas pela Alpargatas, uma empresa da Itaúsa, proprietária de empresas como Itaú Unibanco e Duratex.[2] A marca, que possui participação de 80% no mercado brasileiro de chinelos de borracha, comercializa cerca de 210 milhões de sandálias anualmente, dos quais 10% para mais de 100 países dos cinco continentes, podendo ser encontrada em mais de 200 mil pontos de venda. As exportações chegam a 22 milhões de pares (somente nos Estados Unidos está presente em 1 700 pontos de venda). A cada três brasileiros, dois em média consomem um par de "havaianas" por ano.[3]
Havaianas | |
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Empresa de capital fechado | |
Slogan | Todo Mundo Usa. |
Atividade | Calçados |
Gênero | Subsidiária |
Fundação | 8 de junho de 1962 (62 anos) |
Fundador(es) | Robert Fraser |
Sede | São Paulo, SP |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Proprietário(s) | Alpargatas |
Presidente | Beto Funari (atual) |
Empregados | mais de 11 000[1] |
Produtos | Chinelos Sapatos Tênis |
Website oficial | www.havaianas.com.br |
Em 2006, 162 milhões de pares de Havaianas foram vendidos no mundo inteiro.[4] No parque fabril de Campina Grande, único do mundo a produzir o produto, são produzidos cinco pares de Havaianas por segundo,[5] sendo que 2,4 bilhões de pares já foram fabricados e vendidos desde 1962.[6] A marca foi a quarta marca mais lembrada na América Latina em 2006.[7]
As vendas da sandália de borracha Havaianas, produto de sucesso da Alpargatas, já representam metade do faturamento da companhia, que no ano passado[quando?] foi de 1,6 bilhão de reais. O investimento em marketing da marca, de 12% a 13% do faturamento, tem mantido a Havaianas em trajetória de crescimento. O percurso para a sandália ganhar status de marca fashion foi longo. Ele começou a ser traçado em 1994, quando a marca estava em crise, com queda de vendas. A empresa reagiu e lançou, com uma grande campanha de marketing, a Havaianas Top, um novo modelo de sandálias de uma única cor. De 1994 a 2000, o produto foi, aos poucos, "sofisticado" pela empresa em campanhas e em muitos lançamentos. Foi quando modelos e celebridades começaram a desfilar com a sandália nos pés. As exportações aceleraram e a marca ganhou espaço em revistas e nas principais vitrines de moda no mundo.[8]
A ideia para o produto foi inspirada nas Zori, sandálias japonesas feitas de palha de arroz ou madeira lascada e que são usadas com os quimonos. Em 8 de junho de 1962, foram lançadas as sandálias brasileiras feitas de borracha. O primeiro modelo é o mais tradicional: branco com tiras e laterais da base azuis. Não possuíam um atrativo visual, porém, eram demasiado baratas. Com o fator preço favorecendo o mercado, em menos de um ano a Vespasiano produzia mais de 13 mil pares por dia.
O grande público das Havaianas foi, durante trinta anos, uma classe financeiramente desfavorecida que a comprava em mercados de bairro. Assim, as Havaianas ficaram conhecidas como "chinelo de pobre". Tentando mudar esta ideia, a companhia lança em 1991 o modelo Havaianas Sky, com cores fortes e calcanhar mais alto, dando a ideia de que pertencia a um público de classe mais alta. Seu preço também é mais elevado que o das tradicionais. Para levar o lançamento ao público-alvo, foram veiculadas propagandas de grande porte estreladas por artistas famosos. Em seguida, a distribuição foi organizado de acordo com o público alvo. Também foi criado um display vertical para facilitar a escolha do produto e do número. Este display substituiu as antigas bancadas com pares espalhados.
Após o sucesso da Sky, foram criados novos modelos como, por exemplo, a Havaianas Olimpic, lançada durante as Olimpíadas de Atlanta. Desde a seu aparecimento, as Havaianas evoluíram dos modelos simples de chinelo de enfiar no dedo, que continuam a ser um sucesso de vendas, para designs mais elaborados com aplicações e formatos variados. Foi lançado um modelo que inclui um salto alto.
Em 1997, foi criado o departamento de comércio exterior das Havaianas com o objetivo de aumentar a exportação do produto. A primeira etapa foi a reorganização de toda a rede de distribuidores. Alguns eventos ocorreram para a divulgação da marca como na França, em 2004, em que as sandálias coloridas tipicamente brasileiras venderam três mil pares.
A distribuidora foi uma das que mais trabalharam o conceito da marca, fazendo parcerias com grandes lojas como Harrods e Galeries Lafayette.
Outro fator que culminou no sucesso da marca no exterior foi quando, em 2003, foram produzidos modelos sofisticados com os rubis, para os indicados ao Oscar[carece de fontes] e colocados em embalagens especiais com a foto de cada um imitando um espelho. Os calçados foram entregues aos indicados no dia seguinte à premiação do Oscar.
Nos últimos anos, o lucro gerado pela exportação das Havaianas quadruplicou e os países que mais compram são Austrália e Filipinas.[carece de fontes]
Campanhas publicitárias de sucesso marcaram a história das Havaianas. O slogan mais conhecido do produto é "As legítimas", uma vez que, devido ao sucesso, muitas outras empresas lançaram produtos semelhantes para concorrer com as Havaianas. Esse slogan começa a ser veiculado em campanha publicitária de 1967 com Chico Anysio, como garoto propaganda.[carece de fontes]
Porém, o personagem Didi já havia sido garoto propaganda da marca, lançando o slogan "Ô psiti, não deforma, não tem cheiro, não solta as tiras". Na década de 1990, Didi retorna à publicidade da marca com a campanha "Isso é amor antigo" divulgando a linha. Tom Jobim ficou tão marcado pela propaganda que muitos pensavam que ele poderia ser o dono da companhia.[carece de fontes]
Após a saída do compositor, entra a socialite Vera Loyolla divulgando o produto com o tema Todo mundo usa Havaianas que, depois, também foi divulgada com o ator Luiz Fernando Guimarães que flagrava personalidades usando Havaianas.[carece de fontes]
Em 2009, foi lançada uma campanha que gerou muita polêmica, onde uma senhora "moderna" sugere à sua neta o ator Cauã Reymond para fazer sexo. Muitos telespectadores reclamaram e um processo chegou a ser aberto no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária - conselho que rege a publicidade. A empresa fez uma nota, retirando a propaganda do ar, em respeito aos consumidores que não haviam gostado, mas publicando o vídeo no YouTube para aqueles que haviam gostado da propaganda.[9]
Em 2010, a campanha veiculada com a atriz Fernanda Vasconcellos gerou polêmica na internet ao apresentar a atriz sem umbigo.[10] O vídeo da campanha divulgado na internet, diferentemente da que fora divulgado na televisão, mostra a atriz com a ausência do umbigo na região abdominal. Não ficou claro se esta foi uma ação como estratégia de marketing planejada pela empresa para o vídeo publicizado na internet, foi um erro do You Tube ao adicioná-lo ao site ou um erro da empresa produtora que criou vídeo.[11]
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