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político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Gilvam Pinheiro Borges (Brasília, 1º de agosto de 1958) é um político brasileiro. Filiado ao Avante e com base eleitoral no estado do Amapá, foi senador da República entre 1995 e 2003 e de 2005 a 2011, bem como deputado federal por um mandato, entre 1991 e 1995.
Gilvam Borges | |
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Senador pelo Amapá | |
Período | 14 de dezembro de 2005 até 29 de novembro de 2011 |
Período | 1º de fevereiro de 1995 até 31 de janeiro de 2003 |
Deputado federal pelo Amapá | |
Período | 1º de fevereiro de 1991 até 31 de janeiro de 1995 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Gilvam Pinheiro Borges |
Nascimento | 1 de agosto de 1958 (66 anos) Brasília, Distrito Federal |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Pará (não concluiu) |
Partido | PRN (1987-1992) MDB (1992-2024) Avante (2024-presente) |
Profissão | Político |
[1][2][3] |
Natural de Brasília, Borges é filho de Miguel Pinheiro Borges e de Cícera Pinheiro Borges.[3] Sua família era dona de diversas rádios no Amapá, como o Sistema Beija Flor de Radiodifusão, a rádio Antena 1 FM e a Forte FM.[4][5][6] Dois de seus dezesseis irmãos[7] empreenderam carreira política: Geovani Borges foi deputado federal e senador da República[8] e Ronaldo Pinheiro Borges foi vice-governador, ambos no Amapá.[9] Além disso, um de seus primos, Jonas Pinheiro Borges, foi senador da República.[10]
Borges estudou sociologia na Universidade Federal do Pará, em Belém, mas não concluiu o curso.[nota 1] Eventualmente, firmou base eleitoral no Amapá, onde trabalhou como radialista nas empresas da família.[3]
É casado com Maria Marlene Barriga Borges, com quem teve três filhos.[3]
Um dos membros fundadores do Partido da Juventude (PJ), mais tarde denominado Partido Trabalhista Cristão, Borges concorreu pela agremiação à prefeitura de Macapá, capital do estado, na eleição de 1988. Não tendo logrado êxito, a disputa foi vencida por João Capiberibe.[3]
Nas eleições gerais de 1990, Borges foi eleito deputado federal com 2.901 votos, a sexta maior votação entre os oito parlamentares eleitos.[3] Empossado em fevereiro do ano seguinte, integrou a Comissão de Minas e Energia e da Comissão de Educação.[2] No mesmo ano, defendeu a anexação da Guiana Francesa no território brasileiro, arguindo que seus habitantes usufruiriam de maiores vantagens.[3]
Em 1992, Borges votou a favor da abertura do processo de impeachment contra o presidente Fernando Collor. Em 1994, foi um dos designatários de seu país no Encontro de Cúpula para a Paz Mundial, na Coreia do Sul.[3] No mesmo ano, tendo se aliado ao ex-presidente José Sarney, na época senador da República pelo Amapá, decidiu concorrer ao Senado Federal.[12]
Borges elegeu-se para a câmara alta do parlamento no pleito de outubro de 1994, sendo o candidato mais votado ao cargo, com 50.249 votos, correspondentes a 22,32% dos votos válidos. O segundo mais votado, e igualmente eleito, Sebastião Bala Rocha, recebeu 20,78%. Nesta eleição, Borges já estava filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[13]
No Senado Federal, Borges votou a favor da quebra do monopólio nos setores de telecomunicações, exploração de petróleo, distribuição de gás canalizado e navegação de cabotagem.[3] Foi a favor da manutenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).[14][15] Também fez parte da comitiva brasileira que participou da 51ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.[3]
Em 1998, Borges concorreu a governador pela coligação Muda Amapá, composta por dez partidos políticos. No entanto, foi derrotado ainda no primeiro turno, com 39.445 votos, ou 23,64%. Capiberibe e Waldez Góes prosseguiram para o segundo turno, vencido pelo primeiro.[16]
Borges candidatou-se à reeleição como senador em 2002. Entretanto, obteve a terceiro lugar, com 94.130 votos (21,48%).[17] Em dezembro de 2005, foi empossado para seu segundo mandato na casa em decorrência da cassação de Capiberibe, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por compra de votos. A questão chegou à mais alta corte, o Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou o Senado empossar Borges.[18][19]
Durante a campanha de 2006, Borges foi um dos articuladores da exitosa candidatura à reeleição de Sarney ao Senado.[3] Em 2009, enquanto integrante do Conselho de Ética, votou a favor da manutenção de Sarney, acusado de ter cometido irregularidades, como presidente da casa.[20][21] Na época, foi intitulado pela imprensa como membro da "tropa de choque" de Sarney.[22] De igual modo, o mesmo grupo foi incumbido de defender o senador Renan Calheiros de acusações que pesavam contra si.[23][24]
No pleito de 2010, Borges concorreu a um terceiro mandato no Senado pela coligação Amapá Mais Forte, constituída por seis partidos políticos.[25] Novamente, logrou a terceira colocação, logo atrás de Capiberibe e Randolfe Rodrigues.[26][27] Ainda que a candidatura de Capiberibe tenha sido impugnada com base na Lei da Ficha Limpa, mantendo Borges no Senado, o STF decidiu que a legislação não era aplicável naquele ano.[28][29] Desta forma, ocorreu o oposto de 2005, isto é, Borges foi substituído por Capiberibe em novembro de 2011.[30]
Após deixar o Senado, Borges voltou a disputar cargos públicos eletivos. Em 2014, concorreu ao Senado, no lugar de Sarney,[31] e foi apoiado por três partidos políticos em seu intento: PMDB, Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Progressistas (PP).[32] Com 124.438 votos (34,26%), foi derrotado por uma pequena diferença pelo deputado federal Davi Alcolumbre, que alcançou 131.695 votos (36,26%).[33][34]
Na eleição municipal de Macapá em 2016, Borges foi candidato a prefeito[35] e chegou a ir ao segundo turno,[36] mas foi derrotado pelo prefeito incumbente Clécio Luís, por 123.808 votos a 80.840, ou 60,5% a 39,5%.[37] Em 2018, Borges lançou-se, pela quinta vez, ao Senado na eleição de outubro.[38] Desta vez, contudo, amealhou seu pior resultado de sempre: 29.360 votos, ou 4,21% dos votos válidos.[39] No segundo turno, declarou apoio a seu opositor histórico Capiberibe, postulante ao governo estadual.[40]
Em 2019, Borges foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) à perda do registro de candidatura nas eleições do ano anterior. O tribunal entendeu que havia utilizado bens públicos para sua campanha eleitoral.[41] Em 2020, anunciou sua pré-candidatura à prefeitura de Macapá.[42][43]Entretanto, Gilvam acabou apoiando o então deputado estadual Dr. Furlan, que foi eleito em segundo turno.
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