A família Rosaceae, cujo nome deriva do género tipo Rosa, é considerada uma das mais diversificadas no clado de angiospermas, integrando cerca de 5000 espécies repartidas por 90-91 géneros,[7] incluindo uma grande diversidade de plantas ornamentais, como as roseiras (Rosa sp.), e frutíferas, como as macieiras (Malus sp.) e as frutas de carouço.[carecede fontes?]
A família inclui desde espécies herbáceas (como Fragaria) a arbustivas (como Prunus) e arbóreas (como Sorbus). A maioria das espécies é decídua, pois ocorrem em regiões de climas com elevada sazonalidade. A maior parte das espécies é perene, inclusive entre as formas herbáceas, mas também integra algumas espécies anuais.[7]
Morfologia
Entre os membros da família Rosaceae encontram-se espécies com hábito muito diversos, assumindo a forma ervas (caméfitos, raramente escandentes), subarbustos, arbustos e árvores (de microfanerófitos a mesofanerófitos). A maioria das espécies são hermafroditas, isto é, são espécies monoicas. As espécies herbáceas são maioritariamente perenes, mas existem algumas espécies anuais.[8]
As folhas apresentam geralmente filotaxia alterna, espiralada ao longo do caule, mas em algumas espécies ocorrem folhas opostas. As folhas podem ser simples ou compostas, do tipo pinado ou do tipo palmado, ímpar ou pareadas, geralmente com folíolo terminal. Folhas compostas ocorrem em cerca de 30 géneros. A margem foliar é geralmente serreada, apresentando uma glândula secretora (ou nectário extrafloral) em cada “dente”. As estípulas estão geralmente presentes, sempre pareadas, e essa característica é considerada primitiva na família e foi independentemente perdida em muitos grupos de do clado Amygdaloideae (previamente designado por Spiraeoideae).[9] As estípulas às vezes são adnatas (aderentes) à base do pecíolo foliar (por exemplo, em Rosa).[10][11]
As glândulas secretoras ou nectários extraflorais podem estar presentes na margem das folhas ou nos pecíolos. Os ramos apresentam geralmente acúleos e tricomas (simples ou estrelados), podendo estes ocorrer na nervura principal dos folíolos e na ráquis das folhas compostas.[10]
As flores são geralmente vistosas,[12] axilares quase sempre dispostas em tipos variados de inflorescências (principalmente racemos, espigas e cimeiras). As flores isoladas são raras. As flores geralmente são hermafroditas, mas podem ocorrer formas andrógenas ou unissexuadas (como em Fragaria). São actinomorfas, ou seja, radialmente simétricas, diclamídeas, com hipanto plano em forma de taça ou cilindro (característica importante da família) e geralmente apresentam cinco sépalas (cálice com prefloração valvar e dialissépalo), cinco pétalas (com prefloração imbricada e corola dialipétala) e um número de estames que é sempre múltiplo de cinco, arranjados de modo espiral. O ovário pode ser súpero ou ínfero e o número de ovários pode variar de um a mais de uma centena, dependendo do género. Geralmente há um ou dois óvulos por ovário. Os filetes podem ser unidos ao nectário ou livres, com anteras elipsoidais ou globosas, raramente poricidas. O pólen é tricolporado.[10]
O fruto pode ser dos mais diversos tipos, simples ou compostos, havendo casos em que participa na formação do fruto, para além dos carpelos, todo o receptáculo. Esta variedade de tipos de fruto foi considerada entre os principais caracteres para a definição de subfamílias entre as Rosaceae, dando origem a uma subdivisão fundamentalmente artificial. Entre os tipos de fruto contam-se os folículos, cápsulas, nozes, aquénios ou agregados de aquénios (Fragaria), drupas (Prunus) e pseudofrutos (Malus).[10]
O desenvolvimento da semente pode ocorrer por apomixia, ou seja, por formação do embrião a partir de tecido do óvulo com participação genética exclusivamente materna, sem fecundação. Entre os géneros em que esse fenómeno é comum contam-se alguns com importância económica, como Cotoneaster, Rosa, Sorbus, Crataegus, Alchemilla, Potentilla e Rubus. Essa característica dificulta a análise taxonómica e a subdivisão dos géneros em espécies.[10]
Diversas frutas utilizadas na alimentação humana são frutos de rosáceas. Nas sementes de diversas espécies ocorre amigdalina, que pode libertar cianeto durante a digestão e potencialmente ser causa de envenenamento.[13]
Como as flores das Rosáceas são vistosas, em geral grandes, coloridas e ricas em perfume, além de produzirem pólen e néctar em abundância, características que servem para que os polinizadores sejam atraídos pelos nutrientes. Muitas das espécies, como por exemplo Prunus serotina, são consideradas melíferas, atraindo grande número de abelhas pelo néctar que produzem. Algumas espécies produzem frutos que são muito procurados pelas aves, que também contribuem para a dispersão da espécie por zoocoria.
Bioquímica
Algumas espécies de Rosaceae apresentam características que não são compartilhadas por todo o grupo, tais como a fixação de azoto. A presença de nódulos que permitem a associação com bactérias filamentosas do grupo Frankia tornam essas plantas capazes de fixar azoto molecular que em boa parte acaba enriquecendo o solo.[14]
A família Rosaceae tem distribuição cosmopolita, sendo encontrada em todos os continentes, possuindo maior diversidade no Hemisfério Norte, particularmente na América do Norte (onde está um dos seus principais centros de diversidade). Representantes desta família apenas estão ausentes de regiões de gelos permanentes, como a Antárctida e o interior da Gronelândia, e de desertos quentes e secos.[14] Também são raras as ocorrências de Rosaceae nas regiões de floresta tropical húmida.[5]
O nome Rosaceae é derivado do nome genérico do género tipoRosa. Entre os géneros mais ricos em espécies estão Alchemilla (270 espécies), Sorbus (260 espécies), Crataegus (260 espécies), Cotoneaster (260 espécies), Rubus (250 espécies),[5] e Prunus (ameixas, cerejas, pêssegos, damascos e amêndoas, com cerca de 200 espécies).[15] No entanto, todos estes números de espécies devem ser vistos como estimativas já que muito trabalho taxonómico permanece por realizar.
Filogenia
Embora persistam dúvidas sobre qual das subfamílias deva ser considerada como o grupo basal da família Rosaceae, recentemente tem vindo a ganhar peso a possibilidade de tal papel caber à subfamília Amygdaloideae, admitindo-se que tenha sido a a primeira ramificação do grupo.[16][17][18][19] Em 2017 vários autores reconfirmaram este posicionamento e relações usando genomas completos de plastídeos:[20] Tal opção corresponde ao seguinte cladograma:
Apesar do atrás exposto, Dryadoideae foi identificada como basal por Evans et al. (2002)[21] e Potter (2003).[22] Mais recentemente Xiang et al. (2017) reviu essas relações recorrendo ao estudo dos transcritomasnucleares.[23] Por sua vez, as Rosoideae foram identificadas como grupo basale por Morgan et al. (1994),[24] Evans (1999),[25] Potter et al. (2002),[26] Potter et al. (2007),[9] Töpel et al. (2012),[27] e Chen et al. (2016).[28] Neste último caso, a relação de grupo irmão entre as Amygdaloideae e Dryadoideae é suportada por caracteres bioquímicos que não estão presentes nas Rosoideae, nomeadamente a produção de glicosídeos cianogénicos e de sorbitol.[9][20]
Sistemática
A subdivisão tradicional nas quatro subfamílias Prunoideae, Pyrinae, Spiraeoideae e Rosoideae remonta a uma publicação de Wilhelm Olbers Focke feita em 1888. A estrutura em tribos vem em grande parte da proposta de Carl Maximowicz para Spiraeoideae (datada de 1879), Focke para Rosoideae (em 1888) e de Bernhard Koehne para Maloideae (agora Pyrinae) (em 1890). As Prunoideae nunca foram divididos em tribos. Uma organização da família de Hutchinson (1964) em 20 tribos sem subfamílias não pôde prevalecer. A revisão da família realizada em 2007, com a consequente incorporação das subfamílias Prunoideae e Pyrinae nas Spiraeoideae, bem como o estabelecimento de uma nova subfamília Dryadoideae, visou a formação de táxons monofiléticos, o que foi conseguido.
Se no passado, a morfologia dos frutos era a principal característica da organização sistemática da família, aquela metodologia é presentemente considerada obsoleta em consequência do advento as técnicas da biologia molecular, as quais permitem considerar as semelhanças em matéria de genética molecular entre os géneros como base mais segura para a classificação. Como resultado desta evolução metodológica, as antigas subfamílias Prunoideae e Maloideae referidas na literatura relevante foram parcialmente descartadas, com as espécies que lhes estavam atribuídas a serem transferidas para as tribos Pyrinae e Spiraeoideae e para o género Prunus (Spiraeoideae). De acordo com a visão mais recente, as fruteiras de carouço e de pomo deixaram de formar subfamílias separadas.
Em estudos de filogenia molecular recentes, a família Rosaceae foi posicionada como um grupo irmão das demais famílias que compões a ordem Rosales[34] com base no sequenciação do DNA de 12 genes específicos que permitiram o estabelecimento da relação filogenética entre as famílias, sendo que desses, 10 genes eram de plastídeos, analisados em 25 táxons de Rosales. Em Rhamnaceae as relações não são muito claras, restando algumas incógnitas sobre a relação desse grupo com as demais famílias.[14][35]
A monofilia do grupo é sustentada por pela presença de numerosos estames, sequências de DNA dos cloroplastos e do gene GBSSI (granule-bound starch synthase).[36] O número cromossómico básico tem sido avaliado como carácter diferenciador para separar as subfamílias, já que em Dryadoideae o número haplóide é 9, enquanto em Rosoideae aquele número é 7, com variado grau de poliploidia.[36]
Assim, com base nos dados obtidos pelas técnicas da filogenética molecular, os modelos mais recentes admitem apenas 3 subfamílias, das quais apenas uma, Rosoideae, se manteve sem mudanças significativas. Ainda assim, embora os limites das Rosaceae não sejam presentemente contestados, não há acordo geral sobre quantos géneros a família contém. Existem opiniões divergentes sobre o tratamento a dar nomeadamente aos grupos Potentilla s.l. e Sorbus s.l.. Estas questões são complicadas pela prevalência de fenómenos de apomixia, característica comum em vários géneros. Daí resulta incerteza no número de espécies contidas em cada um dos géneros, devido à dificuldade em dividir os complexos apomíticos em espécies. Por exemplo, Cotoneaster contém entre 70 e 300 espécies, Rosa em torno de 100 espécies (incluindo o complexo específicoRosa canina), Sorbus de 100 a 200 espécies, Crataegus entre 200 e 1000, Alchemilla cerca de 300 espécies, Potentilla cerca de 500, e Rubus centenas ou, possivelmente, milhares de espécies. Assim, as modernas classificações admitem apenas as seguintes subfamílias monofiléticas:
Subfamília Rosoideae— Tradicionalmente composta pelo géneros que contêm frutos agregados constituídos por pequenos aquénios ou pequenas drupas, sendo que muitas vezes a parte carnuda do fruto (por exemplo, no morango) é o receptáculo ou o caule modificado que sustenta os carpelos. A circunscrição taxonómica desta subfamília é agora reduzida (excluindo, por exemplo, o géneros que faziam parte do agrupamento Dryadoideae), mas permanece um grupo diverso contendo cinco ou seis tribos e 20 ou mais géneros, incluindo Rosa, Rubus (amora, framboesa), Fragaria (morango), Potentilla e Geum.
Subfamília Amygdaloideae— Dentro deste grupo permanece um clado caracterizado pela ocorrência de frutos do tipo pomo, tradicionalmente conhecido como a subfamília Maloideae (ou Pyroideae), que incluiu géneros como as macieiras (Malus), Cotoneaster e Crataegus (espinheiros). Separá-lo no nível da subfamília deixaria os géneros remanescentes como um grupo parafilético, pelo que foi expandido para incluir os anteriores agrupamentos Spiraeoideae e Amygdaloideae.[9] A subfamília tem sido designada por vezes "Spiraeoideae", mas tal viola o estabelecido pelo Código Internacional de Nomenclatura Botânica.
Apesar de não haver total consenso sobre a forma de classificar as Roasaceae e da simultaneidade de dois sistemas diferentes pode ser confusa, no entanto os dois sistemas perseguem objetivos distintos e, portanto, não podem ser julgados como certos ou errados, mas apenas aferida a sua utilidade prática: a classificação de base morfológica é principalmente orientada para o estudo da anatomia das plantas e uso em chaves de determinação de espécies, enquanto que a visão baseada na filogenia molecular visa o conhecimento das relações filogenéticas entre os grupos.[37] Nesse entendimento, os grupos a seguir listados seguem as relações determinadas com base em estudos de genética molecular seguindo a ordenação correspondente ao grupo de parentesco natural (monofilético). No entanto, as relações mais próximas entre as subfamílias, e especialmente entre os troncos de Spiraeoideae, não são bem conhecidas.[38]
AcaenaMutis ex L.: com pelo menos 30 espécies, nativas do Hemisfério Sul, mas presente nas Américas até à Califórnia e no Hawaii. Algumas espécies estão naturalizadas em várias regiões.
CliffortiaL.: com 23 a 100 espécies, nativas da África.
MargyricarpusRuiz & Pavón (incl. TetraglochinPoeppig): inclui apenas 2 espécies de Margyricarpus e 7 espécies de Tetraglochin, todas nativas da América do Sul.
PolylepisRuiz & Pavón: com cerca de 27 espécies de arbustos e árvores, nativas dos Andes, onde atingem altitudes de mais de 5000 metros. São, portanto, consideradas as angiospérmicas lenhosas que ocorrem maior altitude.[41]
SanguisorbaL.:com cerca de 9 espécies, todas nativas das regiões temperadas do Hemisfério Norte.
PoteridiumSpach: considerado por muitos autores como parte de Sanguisorba,[42] contém apenas uma espécie:
Poteridium annuum(Nutt.) Spach (sin.: Sanguisorba annua(Nutt.) Nutt., Poterium annuumNutt., Sanguisorba occidentalisNutt.): ocorre apenas no oete da América do Norte, desde a Califórnia à British Columbia e Montana.
AlchemillaL. (incl. AphanesL., Lachemilla(Focke) Rydb., ZygalchemillaRydb.): de 130 a 250 espécies, nativas do Hemisfério Norte, mas presente nas zonas de montanha dos trópicos.
ChamaerhodosBunge: com cerca de 6 espécies, nativas da América do Norte e da Ásia Central.
ComarumL. (incl. FarinopsisChrtek & Soják): com apenas 5 espécies, com distribuição na zona temperada do Hemisfério Norte, com 2 espécies na China, entre as quais:
Chamaebatiaria(Porter ex W.H.Brewer & S.Watson) Maxim.: com apenas uma espécie:
Chamaebatiaria millefolium(Torr.) Maxim.: nativa da Califórnia.
Sorbaria(Ser.) A.Braun: com cerca de 9 espécies, distribuído pelas regiões temperadas da Ásia, das quais 3 espécies na China (duas das quais endemismos).
Spiraeanthus(Fisch. & C.A.Mey.) Maxim.: com apenas uma espécie:
Spiraeanthus schrenckianus(Fisch. & C.A.Mey.) Maxim.: endemismo das montanhas de Karatau e do Deserto de Betpak-Dala, no Casaquistão.
Tribo Spiraeeae:
AruncusL.: entre 1 e 6 espécies, difíceis de distinguir entre si, nas regiões temperadas do Hemisfério Norte.
AmelanchierMedik.: com cerca de 25 espécies, nativas da Eurásia e da América do Norte.
Aria(Pers.) Host, com apenas uma espécie, nativa da China, mas frequentemente incluída no género Sorbus:
Aria griffithii(Decne.) H. Ohashi & H. Iketani
AroniaMedik.: com 3 a 9 espécies, nativas do leste da América do Norte.
ChaenomelesLindl.): com cerca de 5 espécies, nativas do leste da Ásia. Na China ocorrem todas as 5 espécies, sendo que algumas delas apenas ocorrem naquela região.
CotoneasterMedik.: com cerca de 90 espécies (se o género for considerada na sua circunscrição mais ampla), que ocorrem na Europa, no norte da África temperada, na Ásia (excluindo o Japão) e no México. A maior biodiversidade existe no sudoeste da China. Ocorrem 59 espécies na China, 37 deles apenas naquela região.
CrataegusL.: com pelo menos 1000 espécies, difundidas pelas zonas temperadas do Hemisfério Norte. A maior biodiversidade existe na América do Norte.
Dichotomanthes tristaniicarpaKurz: com três subespécies, ocorre em florestas mistas, margens de florestas perenifólias e em encostas a altitudes de 1300 a 2500 metros; ocorre apenas nas províncias chinesas de Sichuan e Yunnan.
DocyniaDecne.: com cerca de 5 espécies, distribuídas na Ásia. Existem duas espécies na China, uma delas apenas naquela região.
Docyniopsis(C.K.Schneid.) Koidz., com no máximo 2 espécies, que ocorrem na China e em Mianmar; o género é frequentemente considerado como parte do género Malus.
EriobotryaLindl.): com cerca de 30 espécies, comuns na Ásia oriental. Ocorrem 14 espécies na China, três delas apenas lá.
Eriolobus(DC.) M.Roem., com apenas uma espécie, que ocorre no Sudeste da Europa e na Ásia Ocidental; frequentemente integrado no género Malus:
Eriolobus trilobata(Poir.) M. Roem.
HesperomelesLindl., com pelo menos 12 espécies, que ocorrem da América Central ao Peru.
Heteromeles arbutifolia(Lindl.) M.Roem.: nativa da região que vai da British Columbia pela Califórnia até ao México.
MalusMill.: com aproximadamente 55 espécies, comuns nas zonas temperadas do Hemisfério Norte. Ocorrem 25 espécies na China, 15 delas somente naquela região.
Malacomeles(Decne.) G.N.Jones (sin.: NageliaLindl.): género distribuído pela América do Norte e Central, do sul dos Estados Unidos até às Honduras e Guatemala. O centro da biodiversidade é no México, com 5 espécies. Alguns autores incluem estas espécies em Amelanchier.
OsteomelesLindl.: com cerca de 5 espécies, comuns na Ásia oriental. Existem três espécies na China, com uma delas a apenas ocorrer naquele território.
PeraphyllumNutt., com apenas uma espécie, que ocorre na América do Norte; o género é incluído alguns autores em Amelanchier:
Peraphyllum ramosissimumNutt.
PhotiniaLindl.: com cerca de 60 espécies, distribuídas no leste e sul da Ásia e Sueste Asiático, com algumas espécies no México. Existem 43 espécies na China, 32 delas apenas naquele território.
Pseudocydonia(C.K. Schneid.) C.K. Schneid., com apenas uma espécie, que ocorre na China, mas o género é incluído alguns autores em Chaenomeles.
Pseudocydonia sinensis(Thouin) C.K. Schneid.
PyracanthaM.Roem.: com cerca de 10 espécies, distribuídas desde o sueste da Europa até À Ásia Oriental. Existem 7 espécies na China, 5 delas apenas lá.
PyrusL.): com cerca de 25 espécies, distribuídas na África do Norte] e na Eurásia. Ocorrem 14 espécies na China, oito delas apenas lá.
RhaphiolepisLindl.: com cerca de 15 espécies, distribuídas no leste da Ásia. Existem 7 espécies na China, 3 delas apenas lá.
SorbusL.): com cerca de 100 espécies, distribuídas pelas zonas temperadas do Hemisfério Norte. Existem cerca de 67 espécies na China, 43 delas apenas lá.
StranvaesiaLindl.: com cerca de 6 espécies, distribuídas da China e do Himalaia até ao Sueste Asiático. Existem 5 espécies na China, 2 delas apenas lá.
TorminalisMedik., com no máximo 2 espécies na Europa, Norte da África e Oriente Médio, mas que também são frequentemente incluídas no género Sorbus.
A família Rosaceae é indiscutivelmente uma das seis famílias de plantas economicamente mais importantes no mundo,[43] ao incluir um elevado número de espécies fruteiras e ornamentais.[44]
No Brasil, encontra-se um género endémico com 10 espécies endémicas, sendo que essa família é bem diversificada em grande parte do território brasileiro, tendo ocorrências confirmadas nas regiões:[10]
Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Tocantins) – Exceto Roraima
Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)
Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)
Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)
Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)
As Rosaceae estão presentes nos seguintes domínios fitogeográficos do Brasil: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.[10] Integram os seguintes tipos de vegetação no Brasil: Área Antrópica, Campo de Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista e Restinga.[10]
A família Rosaceae inclui uma grande variedade de árvores, arbustos e herbáceas.
Zhang S.-D., Jin J.-J., Chen S.-Y., Chase M. W., Soltis D. E., Li H.-T., Yang J.-B., Li D.-Z., Yi T.-S. (2017). «Diversification of Rosaceae since the Late Cretaceous based on plastid phylogenomics». New Phytol. 214 (3): 1355–1367. PMID28186635. doi:10.1111/nph.14461 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
Potter, D. (2007). «Phylogeny and classification of Rosaceae. Plant Systematics and Evolution.». Phylogeny and classification of Rosaceae. Plant Systematics and Evolution
Bortiri, E.; Oh, S.-H.; Jiang, J.; Baggett, S.; Granger, A.; Weeks, C.; Buckingham, M.; Potter, D.; Parfitt, D.E. (2001). «Phylogeny and Systematics of Prunus (Rosaceae) as Determined by Sequence Analysis of ITS and the Chloroplast trnL–trnF Spacer DNA». Systematic Botany. 26 (4): 797–807. JSTOR3093861
Chin SW, Shaw J, Haberle R, Wen J, Potter D (2014). «Diversification of almonds, peaches, plums and cherries—Molecular systematics and biogeographic history of Prunus (Rosaceae)». Mol Phylogenet Evol. 76: 34–48. PMID24631854. doi:10.1016/j.ympev.2014.02.024
Li HL, Wang W, Li RQ, Zhang JB, Sun M, Naeem R, Su JX, Xiang XG, Mortimer PE, Li DZ, Hyde KD, Xu JC, Soltis DE, Soltis PS, Li J, Zhang SZ, Wu H, Chen ZD, Lu AM (2016). «Global versus Chinese perspectives on the phylogeny of the N-fixing clade». J Syst Evol. 54 (4): 392–399. doi:10.1111/jse.12201
Sun Miao, Naeem Rehan, Su Jun-Xia, Cao Zhi-Yong, Burleigh J. Gordon, Soltis Pamela S., Soltis Douglas E., Chen Zhi-Duan (2016). «Phylogeny of the Rosidae: A dense taxon sampling analysis». J Syst Evol. 54 (4): 363–391. doi:10.1111/jse.12211 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
Zhang SD, Jin JJ, Chen SY, Chase MW, Soltis DE, Li HT, Yang JB, Li DZ, Yi TS (2017). «Diversification of Rosaceae since the Late Cretaceous based on plastid phylogenomics». New Phytol. 214 (3): 1355–1367. PMID28186635. doi:10.1111/nph.14461
Evans RC, Campbell C, Potter D, Morgan D, Eriksson T, Alice L, Oh SH, Bortiri E, Gao F, Smedmark J, Arsenault M (2–7 de agosto de 2002). «A Rosaceae phylogeny». Abstracts. Botany 2002—Botany in the Curriculum: Integrating Research and Teaching. Madison, Wisconsin: Botanical Society of America, St. Louis. 108páginas
Potter D. (2003). «Molecular phylogenetic studies in Rosaceae». In: Sharma AK, Sharma A. Plant Genome: Biodiversity and Evolution. 1, Part A: Phanerogams. Enfield, NH: Scientific Publications. pp.319–351. ISBN978-1-578-08238-4 !CS1 manut: Usa parâmetro editores (link)
Morgan DR, Soltis DE, Robertson KR (1994). «Systematic and evolutionary implications of rbcL sequence variation in Rosaceae». Am J Bot. 81 (7): 890–903. JSTOR2445770. doi:10.2307/2445770
Chen Z-D, Yan T, Lin L, Lu L-M, Li H-L, Sun M, Liu B, Chen M, Niu Y-T, Ye J-F, Cao Z-Y, Liu H-M, Wang X-M, Wang W, Zhang J-B, Meng Z, Cao W, Li J-H, Wu S-D, Zhao H-L, Liu Z-J, Du Z-Y, Wan Q-F, Guo J, Tan X-X, Su J-X, Zhang L-J, Yang L-L, Liao Y-Y, Li M-H, Zhang G-Q, Chung S-W, Zhang J, Xiang K-L, Li R-Q, Soltis DE, Soltis PS, Zhou S-L, Ran J-H, Wang X-Q, Jin X-H, Chen Y-S, Gao T-G, Li J-H, Zhang S-Z, Lu AM, China Phylogeny Consortium. (2016). «Tree of life for the genera of Chinese vascular plants». J Syst Evol. 54 (4): 277–306. doi:10.1111/jse.12219 !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
Kalkman C. (2004). «Rosaceae». In: Kubitzki K. Flowering plants—Dicotyledons: Celastrales, Oxalidales, Rosales, Cornales, Ericales. Col: The Families and Genera of Vascular Plants. 6 1 ed. Berlin Heidelberg: Springer-Verlag. pp.343–386. ISBN978-3-540-06512-8. doi:10.1007/978-3-662-07257-8
Khidir W. Hilu, Thomas Borsch, Kai Müller, Douglas E. Soltis, Pamela S. Soltis, Vincent Savolainen, Mark W. Chase, Martyn P. Powell, Lawrence A. Alice, Rodger Evans, Hervé Sauquet, Christoph Neinhuis, Tracey A. B. Slotta, Jens G. Rohwer, Christopher S. Campbell, Lars W. Chatrou: Angiosperm phylogeny based on matK sequence information. In: American Journal of Botany, Band 90, 2003, S. 1758–1776. (online)
(Judd W. S., Olmstead R. G. (2004) A survey of tricolpate (eudicot) phylogenetic relationships. Amer. J. Bot. 91: 1627–1644 ), W. S (2004). «A survey of tricolpate (eudicot) phylogenetic relationships». American Journal of Botany
M. A. Fischer: Was ist das natürliche System? Überlegungen zum Begriff des biologischen Systems im Zeitalter der Molekularphysik. In: Verh. Zool.-Bot. Gesellschaft Österreich, Ausgabe Nr. 148/149, 2012, S. 323–362
D. Potter, T. Eriksson, R. C. Evans, S. Oh, J. E. E. Smedmark, D. R. Morgan, M. Kerr, K. R. Robertson, M. Arsenault, T. A. Dickinson, C. S. Campbell: Phylogeny and classification of Rosaceae. In: Plant Systematics and Evolution, Band 266, 2007, S. 5–43. doi:10.1007/s00606-007-0539-9
Cuizhi Gu, Chaoluan Li, Lingdi Lu, Shunyuan Jiang, Crinan Alexander, Bruce Bartholomew, Anthony R. Brach, David E. Boufford, Hiroshi Ikeda, Hideaki Ohba, Kenneth R. Robertson, Steven A. Spongberg: Rosaceae.: S. 46–434 - textgleich online wie gedrucktes Werk, PDF 4,6MB, In: Wu Zheng-yi, Peter H. Raven (Hrsg.): Flora of China, Volume 9 - Pittosporaceae through Connaraceae, Science Press und Missouri Botanical Garden Press, Beijing und St. Louis, 2003, ISBN 1-930723-14-8.
D. Frohne, U. Jensen: Systematik des Pflanzenreichs unter besonderer Berücksichtigung chemischer Merkmale und pflanzlicher Drogen. 4. Auflage, G. Fischer, Stuttgart, Jena, New York 1992, S. 147ff. ISBN 3-437-20486-6
Potter, D., et al. (2007). Phylogeny and classification of Rosaceae. Plant Systematics and Evolution. 266(1–2): 5–43.
Stevens, P. F. (2001 onwards). Angiosperm Phylogeny Website. Version 14, July 2017
RosaceaeinFlora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB209>. Acesso em: 13 Dez. 2017
Judd W. S., Olmstead R. G. (2004) A survey of tricolpate (eudicot) phylogenetic relationships. Amer. J. Bot. 91: 1627–1644.
Daniel Potter, Torsten Eriksson, Rodger C. Evans, S. H. Oh, Jenny E. E. Smedmark, David R. Morgan, M. Kerr, Kenneth R. Robertson, Matthew P. Arsenault, Timothy A. Dickinson, Christopher S. Campbell: Phylogeny and classification of Rosaceae. In: Plant Systematics and Evolution. Band 266, 2007, Nr. 1–2, S. 5–43. doi:10.1007/s00606-007-0539-9 (Abschnitt Systematik)
C. Kalkman: Rosaceae, in: Klaus Kubitzki (editor.): The Families and Genera of Vascular Plants - Volume VI - Flowering Plants - Dicotyledons - Celastrales, Oxalidales, Rosales, Cornales, Ericales. Springer, Berlin 2004, S. 343ff. ISBN 978-3-540-06512-8 (Abschnitte Merkmale, Ökologie, Verbreitung und Standorte)
Cuizhi Gu, Chaoluan Li, Lingdi Lu, Shunyuan Jiang, Crinan Alexander, Bruce Bartholomew, Anthony R. Brach, David E. Boufford, Hiroshi Ikeda, Hideaki Ohba, Kenneth R. Robertson, Steven A. Spongberg: Rosaceae.: S. 46–434 - textgleich online wie gedrucktes Werk, PDF 4,6MB, In: Wu Zheng-yi, Peter H. Raven (editor): Flora of China, Volume 9 - Pittosporaceae through Connaraceae, Science Press und Missouri Botanical Garden Press, Beijing und St. Louis, 2003, ISBN 1-930723-14-8. (Abschnitte Merkmale und Systematik)
M. L. de Vore, K. B. Pigg: A brief review of the fossil history of the family Rosaceae with a focus on the Eocene Okanogan Highlands of eastern Washington State, USA, and British Columbia, Canada. Plant Systematics and Evolution, Band 266, 2007, S. 45–57. doi:10.1007/s00606-007-0540-3 (Abschnitt Fossilgeschichte)