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estabelecimento de ensino superior em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) é uma instituição de ensino superior na cidade do Porto, no Norte de Portugal, especializada em música, teatro e dança. É uma unidade orgânica do Instituto Politécnico do Porto.[1]
Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo | |
---|---|
ESMAE | |
Fundação | 1985 |
Tipo de instituição | Pública |
Localização | Porto |
Presidente | Marco Conceição |
Total de estudantes | ~700 |
Página oficial | https://www.esmae.ipp.pt/ |
A Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo consiste num estabelecimento de ensino dedicado às artes performativas, principalmente a música, o teatro e a dança.[2] É uma divisão do Instituto Politécnico do Porto.[2] Os percursos formativos da ESMAE estão integrados em dois ciclos, o primeiro para as licenciaturas, e o segundo para mestrados e pós-graduações.[2]
Fez parte do percurso académico e profissional de vários grupos e artistas conceituados a nível nacional e internacional, como o actor de cinema Jacinto Durães,[3] o pianista Daniel Cunha,[4] os compositores João Grilo,[5] Carlos Lopes[6] e Ângela da Ponte,[7] o clarinetista António Lopes,[8] as bandas Os Azeitonas[9] e RePercussion Trio,[10] o ilusionista Helder Guimarães,[11] a violionista Ianina Khmelik,[12] o actor João Costa,[13] as cantoras Maria Mendes[14] e Cláudia Pascoal,[15] o eufonista Mauro Martins,[16] a soprano Ana Vieira Leite,[17] a música croata Alba Nacinovich,[18] e a cantora lírica brasileira Aline Talon.[19] Algumas figuras de destaque no ambiente artístico português também exerceram como professores na ESMAE, como o maestro e clarinestista António Saiote,[20] o pianista Pedro Burmester,[21] e a flautista Raquel Lima.[22]
A escola foi igualmente o ponto de partida para outras associações culturais, como a companhia de circo Erva Daninha, que foi fundada em 2005 por antigos alunos daquela instituição de ensino.[23] Também tem colaborado com outras instituições em várias iniciativas ligadas às artes. Por exemplo, participou no programa Contratempo, em conjunto com o Serviço Educativo da Casa da Música, a Fundação Calouste Gulbenkian e outras instituições, e que foi uma iniciativa pioneira em Portugal para a criação de um grupo musical formado por pessoas com doenças mentais, no sentido de utilizar a música como parte do processo de recuperação, e reduzir os estigmas ligados às doenças mentais.[24] Também cooperou com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves na realização de concertos no auditório daquela instituição,[25] e em 2019 contribuiu para um programa do Movimento Patrimonial da Música Portuguesa, em conjunto com a Escola Superior de Música de Lisboa e a Universidade de Évora, que resultou no lançamento de três discos e trinta partituras.[26] Organiza anualmente o Festival ESMAE, durante o qual são feitas visitas às instalações, eventos culturais e dadas aulas livres.[27]
A instituição nasceu em 1985, originalmente com a denominação de Escola Superior de Música, tendo como finalidade continuar a tradição do ensino da música na cidade do Porto.[2] Posteriormente, o currículo formativo foi expandido com a introdução de aulas de teatro, recebendo o nome de Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo.[2]
Em Setembro de 2009, o conselho directivo da Escola emitiu um comunicado onde alertou que não estavam reunidas «as condições - pedagógicas, científicas e artísticas - necessárias ao arranque das actividades lectivas», tendo criticado a conduta do Instituto Politécnico, principalmente do ponto de vista dos apoios financeiros.[28] Denunciou igualmente a «falta de visão estratégica em relação às particularidades do ensino artístico, expressa na insensibilidade que vem demonstrando relativamente aos problemas colocados pela ESMAE, pois não os resolveu em tempo útil», e «a incapacidade da presidência do IPP para promover uma solução, conjuntamente com os órgãos da escola», situação que classificou como uma «quebra de solidariedade institucional».[28] Em resposta, o Instituto Politécnico afirmou que não se estavam a verificar atrasos no arranque do ano lectivo, e que estava «a trabalhar para resolver todos os problemas de gestão que a escola não soube resolver».[28] Quanto aos alegados problemas financeiros, garantiu que o orçamento da ESMAE estava «definido desde Setembro de 2008, como para todas as outras escolas», e que era o «mais elevado de toda a rede do IPP por estudante inscrito. É aproximadamente o triplo do índice normal», tendo adiantado que recentemente tinham sido recebidos «pedidos da ESMAE para a contratação de oito docentes, pedidos esses que foram aceites».[28]
Em 2015, o edifício da antiga escola EB1 José Gomes Ferreira, no centro do Porto, foi cedida à Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, com a finalidade de ser utilizado em trabalhos das artes performativas.[29] Em 2016, a instituição passou igualmente a dar formação em dança.[2]
Em Julho de 2017, a Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo organizou um vasto programa cultural na cidade do Porto, que consistiu em 28 eventos de teatro, música e dança, no âmbito do Festival Semana das Escolas de Teatro.[30] Em Março de 2018, lançou um canal no sítio electrónico Youtube, com o nome de ESMAE 503, e dedicado à música do século XXI, com conteúdo produzido exclusivamente pelos alunos daquela instituição.[31]
Em 2020, foi uma das instituições responsáveis pela organização do Festival Jovens Músicos, em conjunto com a Rádio Televisão Portuguesa, no âmbito do qual foram dados vários concertos em Loulé, em Lisboa e no Porto.[32]
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