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As eleições estaduais no Acre em 1990 ocorreram em 3 de outubro, como parte das eleições em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Foram eleitos o governador Edmundo Pinto, o vice-governador Romildo Magalhães, o senador Flaviano Melo, oito deputados federais e vinte e quatro estaduais. Como nenhum dos candidatos a governador recebeu mais da metade do votos válidos, um segundo turno foi realizado em 25 de novembro. Pela Constituição, o governador teria um mandato de quatro anos a se iniciar em 15 de março de 1991 sem direito a reeleição.[1]
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Eleições estaduais no Acre em 1990 | ||||
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3 de outubro de 1990 (Primeiro turno) 25 de novembro de 1990 (Segundo turno) | ||||
Candidato | Edmundo Pinto | Jorge Viana | ||
Partido | PDS | PT | ||
Natural de | Rio Branco, AC | Rio Branco, AC | ||
Vice | Romildo Magalhães | José Alberto de Souza Lima | ||
Votos | 71.876 | 59.741 | ||
Porcentagem | 54,61% | 45,39% | ||
Candidato mais votado por município no 2º turno (12):
Edmundo Pinto (11)
Jorge Viana (1) | ||||
Titular Eleito | ||||
Com o número recorde de cinco postulantes ao Palácio Rio Branco os votos foram pulverizados e nisso houve o segundo turno onde Edmundo Pinto venceu Jorge Viana num embate mutuamente benéfico, pois Edmundo Pinto foi eleito e Jorge Viana tornou-se o primeiro petista com reais chances de ser governador e ainda lançou as sementes do "vianismo", corrente política que dominaria o estado nos anos seguintes. Ao longo da campanha houve surpresas como o fato do PMDB não levar Osmir Lima ao segundo turno mesmo comandando o estado desde as eleições de 1982[nota 1] e a queda de Rubem Branquinho (PL) ao penúltimo lugar após figurar em primeiro nas pesquisas. Mesmo apeado da luta pelo governo o PMDB elegeu Flaviano Melo ao Senado Federal evitando a reeleição de Mário Maia, os quais foram rivais em 1986 quando o primeiro se elegeu governador.
O governador Edmundo Pinto nasceu em Rio Branco e formou-se advogado na Universidade Federal do Acre. Político originário da ARENA, foi eleito vereador na capital acriana em 1982 e deputado estadual em 1986 sempre pelo PDS, entretanto não concluiu o mandato governamental pois foi assassinado em São Paulo em 17 de maio de 1992, fato que levou à efetivação do vice-governador Romildo Magalhães. Foi também a última vitória do PDS na disputa de um governo estadual após eleger doze governadores em 1982[nota 2] e também a única vitória do PDS nas disputas ao governo do Acre, estado governado pela ARENA durante a maior parte do Regime Militar de 1964.[nota 3] Curiosamente em 1994 a vitória foi de uma legenda que sucedeu o PDS, no caso o PPR que naquele ano elegeu Orleir Cameli.
Nas eleições proporcionais PMDB e PDS conquistaram as vagas disponíveis à Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do Acre quatro dos cinco candidatos a governador conseguiram eleger representantes.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Acre houve 19.942 votos em branco (12,66%) e 14.533 votos nulos (9,23%), calculados sobre um total de 157.498 eleitores, com os 123.023 votos nominais assim distribuídos:
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Edmundo Pinto PDS | Romildo Magalhães PDS | ||||
Jorge Viana PT | José Alberto de Souza Lima PDT | (PT, PDT, PCB, PCdoB) | |||
Osmir Lima PMDB | Regina Lino PMDB | ||||
Rubem Branquinho PL | George Teixeira Pinheiro - | (PL, PTB, PFL, PRN, PDC, PTR) | |||
Ressini Jarude PSDB | - - | ||||
Fontes:[1] |
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Acre houve 1.561 votos em branco (1,11%) e 7.421 votos nulos (5,28%), calculados sobre um total de 140.599 eleitores, com os 131.617 votos nominais assim distribuídos:
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Edmundo Pinto PDS | Romildo Magalhães PDS | ||||
Jorge Viana PT | José Alberto de Souza Lima PDT | (PT, PDT, PCB, PCdoB) | |||
Fontes:[1] |
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Acre, houve 110.120 votos nominais, não estando disponíveis o total de votos em branco e de votos nulos.
Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Flaviano Melo PMDB | Telmo Camilo Vieira PMDB Airton Chaves Rocha PMDB | ||||
Mário Maia PDT | Antônio Tavares Monteiro PDT Clodomir Monteiro da Silva PDT | (PT, PDT, PCB, PCdoB) | |||
Narciso Mendes PFL | - PFL | ||||
Zamir Teixeira PRN | - PRN | ||||
Iolanda Fleming PDS | - PDS | ||||
Antônio Carlos Carbone PSDB | - PSDB | ||||
Fontes:[1] |
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
Número | Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
1111 | João Tota | PDS | 6.415 | 4,87% | Teixeira | Paraíba |
1505 | Mauri Sérgio | PMDB | 5.734 | 4,35% | Xapuri | Acre |
1110 | Célia Mendes | PDS | 5.394 | 4,09% | Belém | Pará |
1504 | Zila Bezerra | PMDB | 4.031 | 3,06% | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro |
1508 | João Maia | PMDB | 3.855 | 2,92% | Santa Branca | São Paulo |
1512 | Adelaide Neri | PMDB | 3.779 | 2,87% | Tarauacá | Acre |
1509 | Ronivon Santiago | PMDB | 3.338 | 2,53% | Cruzeiro do Sul | Acre |
1122 | Francisco Diógenes | PDS | 3.239 | 2,46% | Iguatu | Ceará |
Fontes:[1][2][3][4] |
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Estavam em jogo 24 vagas na Assembleia Legislativa do Acre. Os apoiadores de Edmundo Pinto e Osmir Lima elegeram oito representantes cada, ante cinco de Rubem Branquinho e três de Jorge Viana.
Número | Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
13101 | Marina Silva | PT | 3.331 | 2,53% | Rio Branco | Acre |
15105 | Raimundo Sales Costa | PMDB | 2.500 | 1,89% | Sena Madureira | Acre |
15122 | Vagner José Sales | PMDB | 2.302 | 1,74% | Cruzeiro do Sul | Acre |
11116 | Álvaro Moreira Romero | PDS | 2.007 | 1,52% | Blumenau | Santa Catarina |
11106 | José Raimundo Bestene | PDS | 1.789 | 1,35% | Brasileia | Acre |
11105 | Maria das Vitórias | PDS | 1.778 | 1,35% | Sena Madureira | Acre |
65200 | Sérgio Taboada | PCdoB | 1.674 | 1,27% | Rio Branco | Acre |
11113 | Luiz Carlos Beirute Borges | PDS | 1.627 | 1,23% | Xapuri | Acre |
15114 | Adalberto Ferreira da Silva | PMDB | 1.601 | 1,21% | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro |
11115 | Ilson Alves Ribeiro | PDS | 1.584 | 1,20% | Sena Madureira | Acre |
15120 | Elson Santiago | PMDB | 1.559 | 1,18% | Cruzeiro do Sul | Acre |
15112 | Manoel Machado da Rocha | PMDB | 1.541 | 1,17% | Cruzeiro do Sul | Acre |
15127 | João Correia | PMDB | 1.490 | 1,13% | Cruzeiro do Sul | Acre |
11120 | Armando Salvatierra Barroso | PDS | 1.474 | 1,11% | Plácido de Castro | Acre |
11119 | Francisco Lopes Pessoa | PDS | 1.423 | 1,08% | Araripe | Ceará |
36108 | Elson Bezerra da Silva Costa | PRN | 1.375 | 1,04% | Cruzeiro do Sul | Acre |
15130 | José Tarcísio Medeiros de Moraes | PMDB | 1.315 | 0,99% | Rio Branco | Acre |
15109 | Cleudo da Rocha Mendonça | PMDB | 1.310 | 0,99% | Tarauacá | Acre |
15107 | Mamede Said Maia Filho | PMDB | 1.301 | 0,98% | Santa Branca | São Paulo |
13133 | Nilson Mourão | PT | 1.024 | 0,77% | Tarauacá | Acre |
22222 | Luiz de Oliveira Garcia | PL | 896 | 0,68% | Senador Guiomard | Acre |
25211 | Raimundo Gomes Leitão | PFL | 813 | 0,61% | Rio Branco | Acre |
36111 | Luiz Brandão Hassem | PRN | 751 | 0,57% | Brasileia | Acre |
22223 | Luiz Saraiva Correia | PL | 693 | 0,52% | Olinda | Pernambuco |
Fontes:[1][3] |
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