Eleições estaduais em Santa Catarina em 1986
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As eleições estaduais em Santa Catarina em 1986 ocorreram em 15 de novembro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 23 estados e nos territórios federais do Amapá e Roraima. Foram eleitos o governador Pedro Ivo Campos, o vice-governador Casildo Maldaner e os senadores Dirceu Carneiro e Nelson Wedekin, além de 16 deputados federais e 40 deputados estaduais.[1][nota 1]
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Eleições estaduais em Santa Catarina em 1986 | ||||||
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15 de novembro de 1986 (Turno único) | ||||||
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Candidato | Pedro Ivo Campos | Vilson Kleinübing | ||||
Partido | PMDB | PFL | ||||
Natural de | Florianópolis, SC | Montenegro, RS | ||||
Vice | Casildo Maldaner | Marcondes de Mattos | ||||
Votos | 886.414 | 551.423 | ||||
Porcentagem | 49,28% | 30,66% | ||||
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Candidato mais votado por município (199)
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Titular Eleito | ||||||
Eleição parlamentar no Santa Catarina em 1986 (Senado) | ||||||
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15 de novembro de 1986 (Turno Único) | ||||||
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Líder | Dirceu Carneiro | Nelson Wedekin | ||||
Partido | PMDB | PMDB | ||||
Natural de | Caçador, SC | Mondaí, SC | ||||
Votos | 566.803 | 521.201 | ||||
Porcentagem | 18,84% (Candidato)
26,35% (Sublegenda) |
17,33% (Candidato)
27,66% (Sublegenda) | ||||
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Resultado da eleição por município em turno único
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Titular(es) Eleito(s) | ||||||
Natural de Florianópolis, o governador Pedro Ivo Campos foi aluno da Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre em 1947 e no ano seguinte ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras sendo reformado no posto de coronel do Exército Brasileiro dedicando-se posteriormente às funções de administrador e corretor de imóveis. Filiado ao MDB após o Regime Militar de 1964 presidiu o diretório municipal em Joinville elegendo-se deputado estadual em 1966 e 1970 e embora tenha perdido a prefeitura de Joinville em 1968 foi vitorioso em 1972 graduando-se em Administração de Empresas pelo Centro Universitário de Brasília no ano seguinte e após o fim do mandato elegeu-se deputado federal em 1978 filiando-se ao PMDB do qual, a exemplo do ocorrido nos tempos de MDB, foi presidente estadual.
Vencido por Jorge Bornhausen na eleição para senador em 1982 foi presidente das Telecomunicações de Santa Catarina durante o primeiro ano do Governo Sarney deixando a empresa para disputar o governo estadual num pleito onde as forças governistas apresentaram-se divididas, pois o grupo do senador Jorge Bornhausen apresentou o nome de Vilson Kleinübing (PFL) enquanto o governador Esperidião Amin lançou Amilcar Gazaniga (PDS). Falecido em pleno exercício do mandato em 27 de fevereiro de 1990 vítima de câncer, Pedro Ivo Campos foi sucedido pelo vice-governador Casildo Maldaner, gaúcho de Carazinho radicado em Santa Catarina desde a infância e com origem política na UDN sendo eleito vereador em Modelo em 1962 e após alguns anos foi eleito deputado federal pelo MDB e depois PMDB em 1974, 1978 e 1982.
A vitória do PMDB também permitiu a eleição dos deputados federais Dirceu Carneiro e Nelson Wedekin para o Senado Federal e deu ao partido as maiores bancadas entre os deputados federais e estaduais que foram escolhidos.
Resultado da eleição para governador
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina houve 348.076 votos em branco (19,35%) e 75.736 votos nulos (4,21%), calculados sobre o comparecimento de 2.222.495 eleitores com os 1.798.683 votos nominais assim distribuídos:
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Pedro Ivo Campos PMDB | Casildo Maldaner PMDB | 15 | PMDB (sem coligação) | 886.414 | 49,28% |
Vilson Kleinübing PFL | Fernando Marcondes de Mattos PFL | 25 | (PFL, PTB, PDC) | 551.423 | 30,66% |
Amilcar Gazaniga PDS | Cairu Hack PDS | 11 | PDS (sem coligação) | 298.702 | 16,60% |
Raul Guenther PT | Francisco Álvaro Veríssimo PT | 13 | PT (sem coligação) | 50.139 | 2,79% |
Acácio Bernardes PDT | Pedro Esaú Conti PDT | 12 | PDT (sem coligação) | 12.005 | 0,67% |
Fontes:[2] |
Eleito
Resultado da eleição para senador
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Perspectiva
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina houve 1.145.661 votos em branco (38,09%) e 291.270 votos nulos (9,68%), com os 3.008.059 votos nominais assim distribuídos:
Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Dirceu Carneiro PMDB | Márcio Berezoski PMDB [nota 2] [nota 3] | 155 | PMDB (sublegenda dois) | 566.803 | 18,84% |
Nelson Wedekin PMDB | Altair de Marco PMDB [nota 2] [nota 4] | 151 | PMDB (sublegenda um) | 521.201 | 17,33% |
Evelásio Vieira PMDB | Odorico Fortunato PMDB [nota 2] - | 152 | PMDB (sublegenda um) | 310.753 | 10,33% |
Colombo Salles PDS | [nota 5] - [nota 6] - | 112 | PDS (sublegenda um) | 259.577 | 8,63% |
Cid Pedroso PMDB | Lúcio Cavaler PMDB [nota 2] - | 154 | PMDB (sublegenda dois) | 225.961 | 7,51% |
Vasco Furlan PDS | [nota 5] - [nota 6] - | 116 | PDS (sublegenda dois) | 225.242 | 7,49% |
Milton Sander PDS | [nota 5] - [nota 6] - | 111 | PDS (sublegenda um) | 140.957 | 4,69% |
Américo Faria PDS | [nota 5] - [nota 6] - | 115 | PDS (sublegenda dois) | 113.156 | 3,76% |
Osvaldo Della Giustina PFL | [nota 5] - [nota 7] - | 253 | PFL (em sublegenda) | 109.598 | 3,64% |
Pedro Colin PFL | [nota 5] - [nota 7] - | 251 | PFL (em sublegenda) | 102.625 | 3,41% |
Nilson Bender PDS | [nota 5] - [nota 6] - | 113 | PDS (sublegenda um) | 90.338 | 3,00% |
Evaldo Amaral PFL | [nota 5] - [nota 7] - | 252 | PFL (em sublegenda) | 81.317 | 2,70% |
Isolde Espíndola PT | Tomaz Joaquim Salvador PT José Carlos Martins PT | 132 | PT (sem coligação) | 74.477 | 2,48% |
Reinaldo Brasiliense Machado PT | Alfredo Augusto Müller PT Eliana Marília Faria PT | 131 | PT (sem coligação) | 57.452 | 1,91% |
Aldair Muncinelli PDS | [nota 5] - [nota 6] - | 114 | PDS (sublegenda dois) | 48.558 | 1,62% |
Laer Teresinha Gomes PDC | Vera Lúcia Hipólito da Silva PDC Manoel Valentim PDC | 171 | (PFL, PTB, PDC) | 30.395 | 1,01% |
Gert Roland Fischer PDT | Santo Zacarias Gomes PDT [nota 8] - | 121 | PDT (sem coligação) | 22.344 | 0,74% |
Gilberto Schreiner Pereira PDT | Valmir Gentil Aguiar PDT [nota 8] - | 122 | PDT (sem coligação) | 14.299 | 0,48% |
Dibo Elias PCdoB | Margarete Correa Fletes PCdoB [nota 9] - | 241 | PCdoB (sem coligação) | 13.006 | 0,43% |
Fontes:[2][nota 10] |
Eleitos
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Dirceu Carneiro
Nelson Wedekin
Evelásio Vieira
Colombo Salles
Cid Pedroso
Vasco Furlán
Milton Sander
Osvaldo Della Giustina
Nilson Bender
Evaldo Amaral
Aldair Muncinelli
Deputados federais eleitos
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Perspectiva
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
Deputados estaduais eleitos
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Perspectiva
Havia quarenta cadeiras na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
Notas
- O Distrito Federal elegeu três senadores e oito deputados federais de acordo com a Emenda Constitucional n.º 25 de 15 de maio de 1985, enquanto os territórios federais do Amapá e Roraima elegeriam quatro deputados federais cada um.
- Quando um partido lançar dois candidatos a senador, cada sublegenda indicará o respectivo suplente. Neste caso, o mais votado na será eleito, tendo como primeiro suplente o candidato que não foi eleito e como segundo suplente aquele registrado na chapa vitoriosa.
- Formada por Dirceu Carneiro e Cid Pedroso, a sublegenda dois do PMDB somou 792.045 votos (26,35%) e garantiu uma vaga de senador.
- Formada por Nelson Wedekin e Evelásio Vieira, a sublegenda um do PMDB somou 831.954 votos (27,66%) e garantiu uma vaga de senador.
- Conforme a legislação da época, cada partido poderia lançar até três candidatos a senador por sublegenda, nesse caso dispensando a figura do suplente.
- A sublegenda PDS 1 (Colombo Salles, Milton Sander e Nilson Bender) somou 490.872 votos (16,32%), enquanto a sublegenda PDS 2 (Vasco Furlan, Américo Faria e Aldair Muncinelli) somou 386.956 votos (12,87%).
- O trio do PFL (Osvaldo Della Giustina, Pedro Colin e Evaldo Amaral) somou 293.540 votos (9,75%).
- Se a convenção partidária lançar dois nomes para senador, cada sublegenda indicará um suplente por candidato.
- O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina registrou apenas um suplente em sua chapa.
- Os votos em branco e nulos têm por base o total de votos válidos sendo que o número real de votantes foi de 2.222.495 eleitores. A diferença entre este número e o total de votantes para senador deve-se às múltiplas candidaturas e ao fato que eram duas as cadeiras em disputa.
- Durante sua passagem como ministro da Ciência e Tecnologia (23/10/1987 – 29/07/1988) no Governo Sarney, foi substituído por Neuto de Conto e Geovah Amarante.
Referências
- BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1986». Consultado em 19 de maio de 2024
- «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina». Consultado em 20 de setembro de 2013
- «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 6 de janeiro de 2022
- BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 6 de janeiro de 2022
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