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Demografia de Portugal
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Os dados sobre a composição genética dos portugueses apontam para a sua fraca diferenciação interna e base essencialmente continental europeia paleolítica[1] É certo que houve processos démicos no Mesolítico (provável ligação ao Norte de África) e Neolítico (criando alguma ligação com o Médio Oriente, mas bastante menos do que noutras zonas da Europa), tal como as migrações das Idades do Cobre, Bronze e Ferro contribuíram para a indo-europeização da Península Ibérica (essencialmente uma «celtização»), sem apagar o forte carácter mediterrânico, particularmente a sul e leste. A romanização, as invasões germânicas, o domínio islâmico mouro, a presença judaica e a escravatura subsariana terão tido igualmente o seu impacto e a sua contribuição démica. Podem mesmo listar-se todos os povos historicamente mais importantes que por Portugal passaram e/ou ficaram: as culturas pré-indo-europeias da Ibéria (como tartessos e outras anteriores) e seus descendentes (como os cónios, posteriormente «celtizados»); os protoceltas e celtas (tais como os lusitanos, gallaici, celtici); alguns poucos fenícios e cartagineses; romanos; suevos, búrios e visigodos, bem como alguns poucos vândalos e alanos; alguns poucos bizantinos; berberes com alguns árabes e saqaliba (escravos eslavos); judeus sefarditas; africanos subsarianos; fluxos menos maciços de migrantes europeus (particularmente da Europa Ocidental). Todos estes processos populacionais terão deixado a sua marca, ora mais forte, ora só vestigial. Mas a base genética da população relativamente homogénea[a] do território português, como do resto da Península Ibérica, mantém-se a mesma nos últimos quarenta milénios: os primeiros seres humanos modernos a entrar na Europa Ocidental, os caçadores-recolectores do Paleolítico.
Portugal, incluindo os Arquipélagos dos Açores e Madeira tem uma população estimada em 10 344 802 pessoas (Censo de 2021[3]), representando uma densidade populacional de 112,13 pessoas por quilómetro quadrado.
O idioma oficial, utilizado pela quase totalidade da população, é o português. O mirandês é reconhecido oficialmente e ensinado nas escolas do concelho de Miranda do Douro. O seu uso, no entanto, é bastante restrito, estando em curso acções de revitalização.
Atualmente a população portuguesa tem vindo a aumentar, mas com um crescimento natural (natalidade menos a mortalidade) cada vez menor, levando a que o país se encontre envelhecido e não exista renovação de gerações. Por outro lado, a esperança média de vida tem vindo a aumentar, tanto nos homens como nas mulheres, o que tem sido crucial para este envelhecimento populacional. O maior crescimento da população tem-se verificado nos distritos costeiros principalmente Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, mas continua a diminuir nos distritos do interior.
Nos últimos tempos a imigração tem vindo a aumentar em consequência da entrada de africanos provenientes dos PALOP, europeus de Leste e sul americanos, principalmente brasileiros, estabelecendo-se principalmente nas grandes cidades portuguesas. A emigração permanente tem-se mantido a níveis baixos, desde a revolução do 25 de Abril de 1974 e com a entrada na União Europeia. Internamente, a migração é dominada pela atracção exercida pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em relação ao resto do País.

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Dados históricos
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Perspectiva
Deve-se a D. João III o primeiro numeramento geral do Reino, isto é, a primeira tentativa para apurar o número global da população portuguesa. É um esboço do censo atual, feito em 1527. A população rondava então os cerca de 1,1 milhão de habitantes.
O primeiro censo da população foi realizado em 1864 e o segundo em 1878. A partir do terceiro, que teve lugar em 1890, eles passam a ser efectuados de dez em dez anos até 1970 (com a excepção de 1911). O censo seguinte só teve lugar em 1981 e partir desse ano a periodicidade manteve-se decenal, no ano 1 de cada nova década.[7]
Taxa de fecundidade de 1850 a 1899
A taxa de fecundidade é o número de filhos nascidos por mulher. Baseia-se em dados razoavelmente bons para todo o período. Fontes: Our World In Data and Gapminder Foundation.[8]
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Estatísticas vitais desde 1900
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Distribuição populacional
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Perspectiva
Regiões
O crescimento populacional das sete regiões portuguesas varia. Devido à crise financeira de 2010, com exepcão dos Açores, todas as regiões portuguesas registaram um declínio populacional nos anos seguintes. A região de Lisboa foi a primeira a registar uma recuperação, através de um crescimento populacional desde 2014, a seguir das regiões Norte e Centro, registando um crescimento populacional desde 2019 e as regiões do Alentejo e do Algarve desde 2021. Já as regiões dos Açores e da Madeira registam um declínio populacional. A região Centro foi a única região portuguesa continental a registar no ano de 2021 uma redução populacional, enquanto todas as outras quatro regiões registaram um crescimento populacional.
Distritos
O população dos 18 distritos portugueses varia. Os distritos de Lisboa e do Porto são os maiores distritos em termos de população, com perto de 2,3 e 1,8 milhões de habitantes respectivamente, a seguir de Setúbal e de Braga com mais de 800 mil habitantes cada um, o distrito de Aveiro com 700 mil habitantes, o distrito de Faro com perto de meio milhão de habitantes e os distritos de Leiria, Santarém e Coimbra com mais de 400 mil habitantes. Já os distritos de Portalegre, Bragança, Guarda, Beja, Castelo Branco e Vila Real não chegam a ter 200 mil habitantes cada um.
Sub-regiões
Municípios
Cidades
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Densidade populacional
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Perspectiva
A densidade veio a aumentar através do crescimento populacional registado a partir de 2019, subindo de 111,6 habitantes por km2 para 112,2 habitantes por km2, enquanto em 2008 ainda se registavam 114,7 habitantes por km2.[17]
Regiões
A densidade populacional varia entre todas as sete regiões portuguesas. Enquanto a Região de Lisboa regista uma densidade populacional de mais de 956 habitantes por km2, sendo a região mais densa populada, a Região do Alentejo regista apenas 22 habitantes por km2, sendo a região menos densa populada do país.
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Tiopolgia de áreas urbanas
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Nacionalidade portuguesa
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Perspectiva
A população com nacionalidade portuguesa aumentou de 2020 para 2021, passando de 9 636 645 para 9 644 530 pessoas, aumentando em cerca de oito mil, sendo a primeira vez que se registou um aumento desde 2015 quando até este ano se registava uma diminuição anual da população com nacionalidade portuguesa.
Regiões
A Região do Norte é a região com o maior número de população com nacionalidade portuguesa, totalizando perto de 3,5 milhões, a seguir da Região de Lisboa com mais de 2,5 milhões, o Centro com mais de 2,1 milhões, o Alentejo com mais de 650 mil, o Algarve com mais de 360 mil, a Madeira com 240 mil e os Açores com mais de 230 mil. As regiões, aonde se registou um aumento da população com nacionalidade portuguesa foi, em 2020, o Centro, e em 2021 as regiões Norte, Alentejo e Algarve.
Percentagem
Os Açores, com mais de 98 % da população com nacionalidade portuguesa, continua ser a região com menos estrangeiros, seguida do Norte com 97 % da população com nacionalidade portuguesa, a Madeira e o Centro com 95 %, o Alentejo com 94 %, Lisboa com 88 % e o Algarve com 77 % da população com nacionalidade portuguesa.
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Estrangeiros
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Perspectiva
Por nacionalidade
Regiões
A Região de Lisboa é a região com o maior número de estrangeiros, totalizando mais de 340 mil, seguida do Algarve com 105 mil, o Norte com 100 mil, o Centro com 94 mil , o Alentejo com 40 mil, a Madeira com 10 mil e os Açores com mais de 4 mil. O número de estrangeiros tem vindo a crescer desde 2014 em todas as regiões, tendo a Região de Lisboa o maior crescimento total, recebendo mais de 140 mil estrangeiros em sete anos.
Percentagem
A Região do Algarve é a região com a maior percentagem de estrangeiros, com mais de 22 % da população algarvia estrangeira, seguida da Região de Lisboa com 12 % da população, o Alentejo com mais de 5 %, o Centro e a Madeira com ambos 4 %, o Norte com 3 % e os Açores com 2 %.
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Variação populacional
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Nascimentos
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Perspectiva
Estatísticas
O número de nascimentos reduziu de mais de 100 mil bébes nascidos em 2010 caíndo para menos de 80 mil em 2021, sendo o menor número de nascimentos desde que há registos. Em 2022 houve uma recuperação, passando outra vez para mais de 83 mil nascimentos.[21]
Por região
Taxa de mortalidade infantil
Número de óbitos por ano
O número de óbitos em 2015 foi de 87 126. Em 2016 foi de 110 535.[23]
População por sexo
A população feminina em Portugal é superior à masculina, totalizandoe mais de 5,4 milhões do sexo feminino, contra 4,9 milhões do sexo masculino[24].
População por grupos etários
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Perspectiva
As pessoas entre os 25 e os 64 anos constituem o grupo etário mais representado em Portugal, contabilizando mais de 5,5 milhões de pessoas e 53 % da população nacional, seguido do grupo das pessoas com idade superior aos 65 anos, contabilizando mais de 2,4 milhões de pessoas e 23 % da população nacional, das pessoas entre os 0 e os 14 anos, contabilizando mais de 1,3 milhões de pessoas e 13 % da população nacional e do grupo etário entre os 15 e os 24 anos, representando perto de 1,1 milhões de pessoas e 11 % da população nacional.[25]
0–14 anos
Em 2021 viviam em Portugal 1 331 188 pessoas com idades entre os 0 e os 14 anos, representando 12,87 % da população nacional.[25]
Saldos populacionais
Saldo natural
Saldo migratório
Variação populacional
Notas
- De facto, a presente população portuguesa apresenta características que não só a marcam como uma população ibérica paleolítica, mas também como uma população, conjuntamente com os bascos, relativamente isolada de grandes influências mediterrânicas, bem como com um nível de especificidades tais que apontam para um Efeito fundador ("The Portuguese have a characteristic unique among world populations: a high frequency of HLA-A25-B18-DR15 and A26-B38-DR13, which may reflect a still detectable founder effect coming from ancient Portuguese"). [2]
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