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canção de Lady Gaga Da Wikipédia, a enciclopédia livre
"Dance in the Dark" é uma canção gravada pela artista musical norte-americana Lady Gaga, contida no seu terceiro extended play (EP), The Fame Monster (2009). Gravada em 2009, a faixa foi inspirada pela experiência íntima entre duas pessoas sozinhas em um quarto. Foi lançada em 9 de novembro de 2009 pela gravadora Interscope Records como o quarto e último single do álbum. De acordo com Gaga, "a canção é sobre uma moça que gosta de fazer sexo com as luzes apagadas porque tem vergonha de seu corpo". A cantora explicou que conheceu mulheres enquanto trabalhava com a MAC AIDS Fund e que a música não é sobre liberdade, mas sim sobre a certeza de que ela compreendia os seus sentimentos. Foi inicialmente planejada para ser lançada depois de "Telephone" (2009), mas devido a uma disputa entre Gaga e a sua gravadora, "Alejandro" foi, então, distribuída em seu lugar. "Dance in the Dark" foi mais tarde lançada em formato digital e para airplay.
"Dance in the Dark" | |||||||
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Single de Lady Gaga do EP The Fame Monster | |||||||
Lançamento | 9 de novembro de 2009 | ||||||
Formato(s) | Download digital | ||||||
Gravação | 2009 | ||||||
Estúdio(s) | Metropolis Studios, Londres, ING | ||||||
Gênero(s) | Dance-pop, synthpop, europop | ||||||
Duração | 4:49 | ||||||
Gravadora(s) | Streamline Records, Interscope Records, Kon Live Distribution, Cherrytree Records | ||||||
Composição | Stefani Germanotta, Fernando Garibay | ||||||
Produção | Lady Gaga, Fernando Garibay | ||||||
Cronologia de singles de Lady Gaga | |||||||
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Faixas de The Fame Monster | |||||||
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Musicalmente, é uma canção derivada dos gêneros synthpop, dance-pop e europop, composta na tonalidade de ré menor que contém música retrô e new wave, em sua introdução gaguejante. Inclui um intervalo falado, no qual Gaga diz os nomes de pessoas cujas vidas terminaram tragicamente, inclusive a Princesa Diana. Em geral, a faixa recebeu análises positivas por críticos especialistas em música contemporânea. "Dance in the Dark" alcançou as últimas posições da tabela musical de singles do Reino Unido e da Bubbling Under Hot 100 Singles nos Estados Unidos. Entretanto, posicionou-se entre as trinta primeiras colocações na Austrália e entre as dez melhores em países como a Eslováquia, Hungria e República Checa.
Gaga apresentou "Dance in the Dark" como a música de abertura da The Monster Ball Tour (2009-11). Na primeira parte da turnê, ela apareceu atrás de uma tela reluzente, enquanto nos concertos modificados, interpreta-a em um cenário que lembra a noite da Cidade de Nova Iorque. Na cerimônia dos BRIT Awards de 2010, a cantora interpretou a obra e dedicou-a ao seu amigo próximo, o estilista britânico Alexander McQueen, que cometera suicídio dias antes. A música recebeu uma indicação à categoria "Melhor Gravação Dance" na cerimônia dos Grammy Awards de 2011, mas perdeu para "Only Girl (In the World)" da cantora barbadense Rihanna.
Durante a festa de inauguração dos fones de ouvido desenvolvidos por Gaga em colaboração com o produtor Dr. Dre, a artista comentou que planeava lançar um novo álbum e disse: "Eu acho que relançamentos são injustos, [...] os artistas lançam singles de um trabalho já feito, na tentativa de manter o disco à tona. Originalmente [minha gravadora] só queria adicionar três faixas, mas agora é muito mais do que isso. É um novo material para um novo álbum."[1] Quanto ao nome do EP, a cantora disse que foi uma coincidência, já que tem o mesmo nome que os criadores e distribuidores dos fones "Heartbeats", Monster Cable Products. Ela já havia composto uma canção intitulada "Monster" em março, antes de encontrar-se com Dr. Dre e Lee Noel para discutirem sobre a parceria.[1] Gaga afirmou ainda que estava obcecada por filmes de monstros, declarando: "a decadência da celebridade e da maneira que a fama é um monstro na sociedade! É sobre isso que o meu disco se trata, por isso era uma espécie de combinação perfeita."[1][2] Ela acabou revelando mais tarde que a reedição conteria oito composições novas, junto com as originais de seu álbum de estreia. The Fame Monster lida com o lado mais obscuro da fama, vivenciado pela artista durante os anos de 2008 e 2009.[3]
O resenhista Bill Lamb, do portal About.com, notou a obra como um distanciamento na sonoridade da artista em relação aos lançamentos anteriores, declarando que em todo o EP, ela aborda o seu lado mais íntimo e pessoal com letras que lidam com os seus "monstros interiores", tais como a sua aparência, que é referida em "Dance in the Dark".[4] Ao jornal Los Angeles Times, Gaga descreveu a inspiração para a música como sendo "a experiência íntima ocorrendo entre duas pessoas sozinhas em um quarto, o medo do 'Monstro do Sexo'". De acordo com a cantora, a composição é sobre uma moça que gosta de fazer sexo com as luzes apagadas, pois tem vergonha de seu corpo. "Ela não quer que o seu parceiro a veja nua. Estará livre e deixará o seu animal interno sair, mas apenas quando as luzes estiverem apagadas", explicou ela.[5] Acrescentou que tal como a canção, teve de lutar com questões de aparência e dúvidas sobre si mesma em sua vida pessoal.[6] Enquanto trabalhava na MAC AIDS Fund, a intérprete compreendeu que as mulheres de sua idade não falam o que pensam, com medo de que os seus namorados não as amariam se assim o fizessem:[5]
"Todas estas coisas novas entrando na minha vida estão mudando o modo como visualizo o meu objetivo, mas 'Dance in the Dark' em particular é sobre eu querendo viver — mas também, a canção não é intitulada 'Dance in the Light'. Não sou uma cantora evangélica tentando mudar as pessoas. O que digo é: 'Eu entendo. Te compreendo, me sinto igual, e está tudo bem. Espero e rezo que eu possa inspirar algum tipo de mudança nas pessoas subliminarmente através de meus concertos.' Estão cantando 'Dance in the Dark', mas estão dançando e estão livres, soltando-se. Entretanto, as canções não são sobre liberdade, mas sim sobre [o fato de] que compreendo. Me sinto como você."[5][6]
De acordo com a MTV, a canção foi inicialmente planejada para ser lançada após "Telephone" (2010), mas devido a uma disputa entre Gaga e a sua gravadora, "Alejandro" foi, então, distribuída em seu lugar.[7] "Dance in the Dark" foi um single promocional do extended play The Fame Monster na loja da iTunes da Bélgica com "Alejandro".[8]
"Dance in the Dark" é uma canção que possui influências de retrô e música new wave na sua composição, com o destaque de Gaga cantando em uma voz ao estilo de synthpop.
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"Dance in the Dark" é uma canção de synthpop, dance-pop e europop, com influências de música retrô e new wave.[9][10][11] De acordo com a partitura publicada na página Musicnotes.com pela Sony/ATV Music Publishing, a canção é definida no compasso de tempo comum com um andamento de dance-pop que se desenvolve em um metrônomo de 152 batidas por minuto. Composta na tonalidade de ré menor, segue uma progressão harmônica básica de ré menor-si bemol maior-sol bemol menor-dó maior, enquanto o alcance vocal de Gaga vai desde a nota de si bemol menor até ré maior.[9]
Michal Hubbard, do portal musicOMH, definiria: "a canção tem uma introdução gaguejante e gemidos de orgasmo, seguida dos vocais da artista".[12] Um intervalo falado, como o do single de Madonna de 1990, "Vogue", também faz parte da canção.[13] O intervalo substitui o deslumbramento de Hollywood e os ícones de moda de "Vogue", referindo-se a pessoas famosas cujas vidas tiveram fins trágicos: Marilyn Monroe, Judy Garland, Sylvia Plath, JonBenét Ramsey, Liberace, Jesus Cristo, Stanley Kubrick e a Princesa Diana.[11][14]
A letra da faixa refere-se a vampiros e lobisomens: "Run run her kiss is a vampire grin/The moon lights her way while she's howlin' at him."[nota 1] Gaga explicou que os versos expressam como as pessoas dependem de estímulos externos para superar a ansiedade interna. "Ela não sente-se livre sem a Lua. Esta letra é uma maneira de eu falar sobre como acredito que as mulheres e alguns homens sentem-se inatamente inseguros sobre si mesmos o tempo inteiro. Não é às vezes, nem na adolescência, mas sim sempre."[5]
A canção recebeu resenhas positivas pelos críticos, com muitos deles citando-a como um dos destaques do EP. Bill Lamb, do portal About.com, elogiou a faixa, afirmando: "Seguindo-se para uma canção pop épica e trágica, 'Dance in the Dark' continua agitando-se, forte e corajosa com um refrão que é um dos melhores no repertório de Gaga. Este é o meu modelo favorito de pop porque tem diversas camadas. A batida atinge você primeiro e assim é possível sentir a vontade de cantar sozinho, mas a melodia pede educadamente para que troque de companhia antes que Gaga intervenha sem problemas e jogue você em um paraíso pop."[15] Paul Lester, da rede de televisão BBC, achou que a canção é uma "máquina genérica de rhythm and blues",[16] enquanto Evan Sawdey, do PopMatters, comentou que "Dance in the Dark", bem como "Monster", são um "esforço deliciosamente retrô e malicioso [...] para fazer um coquetel de frutas pop surpreendemente eficaz."[10] Scott Phagenhoef, da Pitchfork Media, sentiu que Gaga transformou-se em Madonna na canção.[17] Nick Levine, do Digital Spy, comentou a respeito: "'Dance in the Dark' é o tipo de faixa que, bem, faz você querer dançar sem camisa em um porão alemão de servidão sujo."[14]
Edna Gunderson, do jornal diário USA Today, chamou a canção de "exagerada" e disse que o interlúdio é uma cópia de "Vogue", de Madonna.[13] Sal Cinquemani, da revista Slant, afirmou: "'Bad Romance e 'Dance in the Dark' são repletas de sintetizadores de new wave violentos e aparentemente refrões cativantes; se melodias pudessem ser cronometradas, estas teriam 'anos 80' marcadas em si. [...] A canção não é uma fábula por si mesma, mas sim uma chamada para as armas esfarraparem-se em todos os lugares." Cinquemani declarou que a canção é um dos pontos principais de The Fame Monster, mas acrescentou: "Após uma introdução gaguejante de gemidos de orgasmo, torna-se meio previsível, o que é uma vergonha devido ao padrão das faixas anteriores."[11] Ben Patashnik, da NME, sentiu que "Dance in the Dark", juntamente com "Monster", foram "levemente descartáveis".[18] Todavia, Michael Hubbard, do MusicOMH, parabenizou a música pelo seu "refrão monumental e alguns momentos de fala no estilo de Madonna, incluindo a exclamação a uma realeza perdida: 'You will never fall apart Diana, you're still in our hearts / Never let you fall apart / Together we'll dance in the dark.'[nota 2][12]
Na quinquagésima segunda cerimônia anual dos Grammy Awards, "Dance in the Dark" recebeu uma nomeação à categoria "Melhor Gravação Dance". Contudo, acabou perdendo para a canção "Only Girl (In the World)" (2010), da cantora barbadense Rihanna.[19]
Gaga apresentou "Dance in the Dark" como a música de abertura da The Monster Ball Tour. O concerto começa com a cantora aparecendo atrás de uma tela de vídeo gigante iluminada com lasers verdes, em um traje futurístico decorado com joias prateadas e bulbos.[20][21] Ela usou maquilhagem de olhos correspondente ao traje e uma máscara, começando a cantar a música enquanto "dançarinos vestidos em balaclavas e roupas brancas moviam-se ao redor da artista".[22][23] A tela assemelhava-se a uma grelha matemática eletrônica que foi erguida durante a apresentação.[24][25] Jane Stevenson, do Toronto Sun, notou que "a Monster Ball não 'estava viva' até Gaga ter cantado a canção após 'Dance in the Dark'".[22] Nos concertos europeus reorganizados da The Monster Ball Tour, a canção foi acrescentada mais uma vez como a faixa inicial do repertório, como parte da seção intitulada "City". Gaga interpretou o tema em um cenário reminiscente à noite na Cidade de Nova Iorque, com sinais de neônio tremeluzentes mostrando as palavras "feio", "sensual" e "licor", escadas de emergência e um táxi amarelo que não funcionava.[26]
A artista voltou a cantar o single na cerimônia dos Brit Awards, decorrida em 16 de fevereiro de 2010 no Earls Court Exhibition Centre. A apresentação foi inspirada pelo suicídio então recente do designer de moda Alexander McQueen, que era um grande amigo seu. A princípio, ela planejara uma interpretação diferente para o evento, mas mudou o conceito em última hora, como queria fazer uma homenagem a McQueen.[27] Por isso, escolheu versões acústicas de Telephone" e "Dance in the Dark". Ela iniciou a sua apresentação sentanda em frente a um piano e anunciando: "Isto é para Alexander McQueen."[28][29] Todo o concerto foi simplório em relação aos seus precedentes.[27] O palco foi exibido em branco e empoleirada a um pedestal estava uma estátua de Gaga vestindo uma saia de piano e o sapato de garra de lagosta que usou no vídeo musical para "Bad Romance". Após terminar "Telephone", a cantora levantou-se de seu piano enquanto o ritmo de música disco de "Dance in the Dark" era ouvido por todo o local. O vestuário consistia em trajes de rendas e uma volumosa peruca. Em um momento, ela chegou a uma grande keytar e fez uma versão techno da faixa.[28] Após a realização musical, ela postou uma mensagem na sua conta no Twitter: "A apresentação de hoje é inspirada pelo nosso amigo. Máscara por Phillip Treacy, escultura por Nick Knight, música por Lady Gaga. Temos saudades suas."[28]
Download digital[8] | ||||||||||
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N.º | Título | Duração | ||||||||
1. | "Dance in the Dark" | 4:49 |
Os créditos seguintes foram adaptados do encarte do extended play (EP) The Fame Monster e do sítio Allmusic.[30]
Na Hungria, a canção estreou no número nove na tabela musical Single Top 10 da empresa fonográfica Magyar Hanglemezkiadók Szövetsége em 30 de novembro de 2009, mas saiu da mesma na semana seguinte.[31] No Reino Unido, "Dance in the Dark" entrou na UK Singles Charts na octogésima nona posição em 12 de dezembro de 2009.[32] No Canadá, a faixa atingiu a octogésima oitava colocação na Canadian Hot 100 em 11 de novembro de 2009.[33]
"Dance in the Dark" alcançou o nonagésimo terceiro lugar na lista da ARIA Charts, após de ter sido lançada em rádios locais, deslocando-se do quadragésimo terceiro ao vigésimo quarto lugar nas semanas consecutivas.[34] Na França, o seu desempenho mostrou-se com o quadragésimo posto na compilação digital da Syndicat National de l'Édition Phonographique e mais tarde obteve o seu auge no trigésimo lugar.[35][35]
Na edição da revista Billboard de 21 de agosto de 2010, "Dance in the Dark" apareceu no número 22 da Bubbling Under Hot 100 Singles,[36] enquanto na edição de 9 de outubro do mesmo ano, no número nove da Hot Dance/Electronic Digital Songs.[37] A canção vendeu 120 mil downloads digitais legais nos Estados Unidos, de acordo com a Nielsen SoundScan.[38]
Tabela musical (2009–11) | Melhor posição |
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Austrália (ARIA Charts)[34] | 24 |
Bélgica (Flandres) - Ultratop 50[34] | 33 |
Bélgica (Valônia) - Ultratop 40[34] | 48 |
Canadá - Canadian Hot 100[33] | 88 |
Eslováquia - International Federation of tehe Phonographic Industry[39] | 6 |
Estados Unidos (Bubbling Under Hot 100 Singles)[36] | 22 |
Estados Unidos - Hot Dance/Electronic Digital Songs (Billboard)[37] | 9 |
França - Syndicat National de l'Édition Phonographique[40] | 30 |
Hungria - Magyar Hanglemezkiadók Szövetsége[31] | 9 |
Polónia - Polish Dance Club Singles Chart[41] | 9 |
Reino Unido - UK Singles Chart (The Official Charts Company)[32] | 89 |
Chéquia - International Federation of the Phonographic Industry[42] | 10 |
"Dance in the Dark" foi lançada a partir de download digital na Bélgica em 9 de novembro de 2009, e em rádios australianas e francesas em 2010.
País | Data | Formato | Gravadora |
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Bélgica[43] | 9 de novembro de 2009 | Download digital | Interscope Records |
Austrália[44] | 26 de julho de 2010 | Contemporary hit radio | |
França[45] | 25 de agosto de 2010 |
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