Sony Music Publishing (anteriormente Sony/ATV Music Publishing) é a maior editora musical do mundo, tendo mais de cinco milhões de músicas possuídas ou administradas desde o final de março de 2021. Com sede nos Estados Unidos, faz parte do Sony Music Group,[2] que é propriedade da Sony Entertainment. A empresa foi formada como Sony/ATV em 1995 pela fusão da versão original da Sony Music Publishing e da ATV Music, que pertencia ao artista Michael Jackson. Em 1985, Michael Jackson comprou a ATV Music, que incluía o catálogo de músicas da parceria Lennon e McCartney.
Sony Music Publishing (US) LLC | |
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Nome(s) anterior(es) | Associated Television (1955–1988) CBS Music Publishing (1988–1995) Sony/ATV Music Publishing (1995–2019) |
Subsidiária ( LLC[1] domiciliada em Delaware [en]) | |
Atividade | Edição musical |
Fundação | 1955 |
Fundador(es) | Sony Michael Jackson (ATV Music) |
Sede | 25 Madison Avenue, Nova Iorque, Estados Unidos |
Proprietário(s) | Sony Group Corporation |
Presidente | Jon Platt (presidente e CEO) |
Serviços | Edição musical |
Empresa-mãe | Sony Music Group |
Divisões | Acuff-Rose Music |
Subsidiárias | EMI Music Publishing Extreme Music APM Music Hickory Records KPM Music Bleeding Fingers Music |
Antecessora(s) | ATV Music Sony Music Publishing (original) |
Website oficial | www |
Em 2012, um consórcio de investidores liderado pela Sony/ATV Music Publishing adquiriu a EMI Music Publishing, se tornando o maior administrador de edições musicais do mundo, com uma biblioteca de mais de três milhões de músicas.
A empresa formou-se originalmente pela união da Sony of America com a ATV Music, de propriedade do cantor Michael Jackson. Cada uma das partes faturava metade dos direitos autorais das músicas do catálogo. Em 2016, os herdeiros do artista decidiram vender a sua participação de 50% no catálogo para a Sony, numa quantia avaliada em 750 milhões de dólares. Em 2019, Jon Platt tornou-se CEO e chairman da Sony/ATV;[3] em agosto, a curadoria da editora e da Sony Music Entertainment foram unidas sob a cautela do recém-formado Sony Music Group.[2]
Em abril de 2019, Jon Platt tornou-se CEO/presidente da Sony/ATV Music Publishing depois que o contrato do antigo CEO/presidente Martin Bandier expirou.[4] Em agosto de 2019, a gestão da Sony/ATV Music Publishing e da Sony Music Entertainment foram fundidas no recém-formado Sony Music Group.[2]
História da ATV Music
A Associated Television (ATV) foi uma emissora de televisão britânica fundada em 1955 por Lew Grade. Nas duas décadas seguintes, a ATV se expandiu por meio de aquisições para se tornar um conglomerado de entretenimento com linhas de negócios na indústria fonográfica, edição de música e produção de filmes.
A ATV entrou na indústria da música em 1958, quando adquiriu 50% da Pye Records, uma gravadora britânica.[5] A ATV então expandiu-se para edição musical em 1966, quando adquiriu 50% da New World Music e Jubilee Music, subsidiárias da Chappell & Co.[6] A ATV também adquiriu os outros 50% da Pye Records, tornando-a uma subsidiária integral da ATV, incluindo a subsidiária de edição da Pye Records, Welbeck Music.[7]
A ATV adquiriu a Northern Songs, editora do catálogo de canções da parceria Lennon–McCartney, em 1969.[8] O catálogo apresentava quase todas as canções escritas por John Lennon e Paul McCartney. A Northern Songs era copropriedade de John Lennon, Paul McCartney, Brian Epstein e Dick James, que possuía o controle acionário. Em 1969, Dick James se ofereceu para vender suas ações para a ATV. Lennon e McCartney então tentaram obter o controle acionário da empresa.[8] Sua tentativa de obter o controle, parte de uma longa e acrimoniosa luta, falhou. O poder financeiro de Grade, seu adversário na guerra de lances, garantiu que as músicas escritas pelos dois Beatles passassem para o controle da ATV.[8]
Em 1970, a ATV formou um empreendimento conjunto com a Kirshner Entertainment, chamada ATV-Kirshner Music.[9] O contrato de parceria expirou no final de 1972, quando a ATV Music foi formada para administrar todos os interesses de edição da ATV, incluindo a Northern Songs. A ATV Music continuou sendo uma organização de sucesso na indústria musical ao longo dos anos 1970, em grande parte devido ao desempenho da Northern Songs. A ATV Music também firmou acordos de coedição com John Lennon e Paul McCartney, cujo contrato com a Northern Songs expirou em 1973.
Embora a ATV Music fosse bem-sucedida, sua empresa-mãe, agora conhecida como Associated Communications Corporation (ACC), começou a passar por dificuldades financeiras. De 1978 a 1981, os lucros da ACC diminuíram devido a perdas em sua divisão de filmes, e os preços das ações caíram drasticamente. O principal braço televisivo da ATV perdeu sua licença concedida pelo governo em sua então forma atual e foi reestruturado como Central Independent Television. Em 1981, Grade recebeu ofertas pela Northern Songs, despertando o interesse de vários licitantes. Paul McCartney, com a viúva de John Lennon, Yoko Ono, ofereceu 21 milhões de libras, mas a oferta foi recusada por Grade, que decidiu não vender Northern Songs separadamente depois que outros pretendentes — incluindo CBS Songs, EMI Music Publishing, Warner Communications, Paramount Pictures e Entertainment Co. — mostraram interesse em comprar a ATV Music como um todo.[10][11]
Enquanto isso, o empresário australiano Robert Holmes à Court havia adquirido ações da ACC e iniciou uma oferta pública de aquisição em janeiro de 1982. Grade renunciou ao cargo de presidente e foi substituído por Holmes à Court, que adquiriu com sucesso o controle acionário da empresa.[12] Depois que Holmes à Court assumiu o controle da ACC, a ATV Music deixou de estar à venda.[13]
Venda da ATV Music para Michael Jackson
Em 1981, o cantor estadunidense Michael Jackson colaborou com Paul McCartney, escrevendo e gravando várias músicas juntos. Michael Jackson ficou na casa de Paul e sua esposa Linda durante as sessões de gravação, tornando-se amigo de ambos. Uma noite, enquanto estava à mesa de jantar, Paul McCartney trouxe um caderno grosso e encadernado exibindo todas as canções das quais ele possuía os direitos de edição. Michael Jackson ficava mais animado conforme examinava as páginas do caderno. Ele perguntou sobre como comprar músicas e como as músicas eram usadas.[14] McCartney explicou que a edição musical era uma parte lucrativa do negócio da música. Michael Jackson respondeu dizendo a McCartney que iria comprar as músicas dos Beatles um dia. McCartney riu, dizendo "Ótimo. Boa piada."[15]
Michael Jackson foi informado pela primeira vez que o catálogo da ATV estava à venda em setembro de 1984 por seu advogado, John Branca, que havia coordenado as aquisições anteriores de catálogos de Michael. Alertado sobre a concorrência que enfrentaria na compra de tais canções populares, Michael Jackson permaneceu resoluto em sua decisão de comprá-las.[14][16] John Branca procurou o advogado de Paul McCartney para perguntar se o Beatle tinha a intenção de apresentar uma oferta. O advogado afirmou que não; era "muito caro".[16][17] De acordo com Bert Reuter, que negociou a venda da ATV Music para Holmes à Court, "Tínhamos dado a Paul McCartney o primeiro direito de preferência, mas Paul não o queria naquele momento".[18] A viúva de John Lennon, Yoko Ono, também foi contatada, mas também não entrou na licitação.[17]
Os concorrentes na venda da ATV Music em 1984 incluíam a Entertainment Co. de Charles Koppelman e Marty Bandier, com sede em Nova Iorque, a Virgin Records, o magnata imobiliário de Nova Iorque Samuel J. LeFrak e o financista Charles Knapp. Em 20 de novembro de 1984, Michael Jackson fez uma oferta de 46 milhões de dólares para Holmes à Court. John Branca sugeriu o valor do lance depois de passar um tempo avaliando os ganhos do catálogo e sabendo de outro lance de 39 milhões de dólares. Michael Jackson estava interessado apenas nos direitos autorais da música, mas o pacote também incluía prédios, um estúdio de gravação e equipamentos de estúdio. Os dois lados assinaram um memorando de entendimento não vinculativo em dezembro de 1984 e a equipe de Michael Jackson iniciou um processo de quatro meses para verificar os documentos legais, relatórios financeiros e todas as composições significativas do catálogo de quase 4 000 canções da ATV Music.[14]
Os dois lados começaram a redigir contratos em janeiro de 1985 e as reuniões de acompanhamento começaram em 16 de março. A equipe de Michael Jackson descreveu as negociações como frustrantes, com frequentes mudanças de posição por parte do vendedor. Um representante de Holmes à Court descreveu as negociações como um "jogo de pôquer". A equipe de Michael Jackson pensou ter chegado a um acordo várias vezes, mas novos licitantes entrariam em cena ou encontrariam novas áreas de debate. O acordo em perspectiva passou por oito rascunhos. Em maio de 1985, a equipe de Michael Jackson abandonou as negociações depois de gastar centenas de horas e mais de 1 milhão de dólares. Em junho de 1985, eles souberam que Koppelman/Bandier havia feito um acordo provisório com Holmes à Court para comprar o catálogo por 50 milhões de dólares.[14]
Mas no início de agosto, Holmes à Court contatou Michael Jackson e as negociações foram retomadas. Michael Jackson apenas aumentou sua oferta para 47,5 milhões de dólares, mas teve a vantagem de poder fechar o negócio mais rapidamente, tendo concluído a diligência prévia da ATV Music antes de qualquer acordo formal.[14] Ele também concordou em visitar a Austrália como convidado de Holmes à Court e aparecer no Channel Seven Perth Telethon.[14][18] Holmes à Court incluiu mais alguns ativos e concordou em estabelecer uma bolsa de estudos em nome de Michael Jackson em uma universidade dos Estados Unidos.[14] John Branca fechou o negócio e comprou a ATV Music em nome de Michael Jackson por 47,5 milhões de dólares em 10 de agosto de 1985.[14][16] Em outubro de 1985, Michael Jackson cumpriu a cláusula de seu contrato de visitar Perth, Austrália Ocidental, e participar do Telethon, onde ele falou brevemente e conheceu duas crianças.[14][18]
A única música dos Beatles no catálogo da Northern Songs que foi excluída da venda foi "Penny Lane", cujos direitos foram presenteados por Holmes à Court para sua então filha adolescente Catherine antes da venda, por ser sua música favorita dos Beatles.[19][20]
Reações à aquisição
Michael Jackson passou a usar as canções dos Beatles em vários comerciais, sentindo que isso permitiria que uma nova geração de fãs apreciasse a música. Paul McCartney, que havia usado o catálogo de músicas de Buddy Holly em comerciais, ficou triste.[16] Em particular, foi relatado que Michael Jackson expressou exasperação com a atitude de Paul McCartney; ele sentiu que o músico deveria ter pago pelas canções que havia escrito.[16] Na época, Paul McCartney era um dos artistas mais ricos do mundo, com um patrimônio líquido de 560 milhões de dólares e uma receita de royalties de 41 milhões.[16] Michael Jackson afirmou: "Se ele não queria investir 47,5 milhões de dólares em suas próprias canções, então ele não deveria vir chorar para mim agora".[16]
Aparecendo no Late Show with David Letterman logo após a morte de Michael Jackson em 2009, Paul McCartney falou sobre a aquisição das canções dos Beatles por Michael e o impacto disso em seu relacionamento (sic):[21]
Alguém tinha que ter [as canções], eu suponho. O que aconteceu na verdade foi que comecei a ligar para ele. Eu pensei: OK, aqui está o cara historicamente colocado para finalmente dar um bom negócio a Lennon-McCartney. Porque nós assinamos quando tínhamos 21 anos ou algo assim em um beco em Liverpool. E o acordo continua o mesmo, embora tenhamos tornado esta empresa a mais famosa... extremamente bem-sucedida. Então eu continuei pensando, era hora de um aumento. Bem, você também iria querer um, você sabe. [David Letterman: Sim, acho que sim.] Mas eu conversei com ele sobre isso. Mas ele meio que me ignorou. Ele continuava dizendo: "Isso são apenas negócios, Paul." Você sabe. Então, "sim, é", e esperei por uma resposta. Mas nunca chegamos a isso. E eu fiquei pensando... Então nós meio que nos afastamos depois disso. Não houve uma grande discussão. Nós meio que nos separamos depois disso. Mas ele era um homem adorável, extremamente talentoso, e sentimos sua falta.
Ono ficou satisfeita por Michael Jackson ter adquirido a Northern Songs e chamou isso de "bênção".[16] Falando em novembro de 1990, Ono declarou: "Homens de negócios que não são artistas não teriam a consideração que Michael tem. Ele adora as músicas. Ele é muito atencioso".[16] Ela acrescentou que se ela e Paul McCartney fossem os donos das músicas, certamente haveria discussões. Ono explicou que nem ela nem Paul precisavam delas. “Se Paul conseguisse as músicas, as pessoas diriam: 'Paul finalmente conseguiu John'. E se eu conseguisse, eles diriam 'Oh, a Dragon Lady[a] ataca novamente.'"[16]
Pelo menos uma música dos Beatles foi regravada por Michael Jackson após adquirir os direitos editoriais: "Come Together" do álbum Abbey Road (composta principalmente por John Lennon) em 1986. A música foi gravada para o álbum Bad de Michael Jackson em 1987, mas foi descartada e lançada oito anos depois em HIStory: Past, Present and Future, Book I. Foi apresentada no filme Moonwalker de 1988 e também teve um vídeo oficial. Não se sabe se Michael Jackson regravou outras músicas, já que nenhum bootleg foi lançado.
História da primeira versão da Sony Music Publishing
A Sony, que buscava se diversificar em música, filmes e jogos, adquiriu a CBS Records Inc. em janeiro de 1988, e mais tarde foi renomeada como Sony Music Entertainment Inc. Logo após a aquisição pela Sony, uma divisão de edição musical, a CBS Music Publishing, foi formada.[24] A divisão de edição anterior da CBS Records, CBS Songs, foi vendida para a SBK Entertainment em 1986, e a SBK acabou sendo vendida para a EMI em 1989.[25] Em busca de novas oportunidades, a Sony pretendia expandir seus interesses de edição de música. A CBS Records adquiriu a editora musical de Nashville Tree International Publishing em 1989.[26] Além de acordos editoriais com artistas da Sony Music, outras aquisições incluíram o catálogo editorial Fred Fisher de 3 000 canções e a Chic Music, Inc. de Nile Rodgers[27]
Fusão da ATV Music com a Sony Music Publishing
Em 1995, a Sony ofereceu a Michael Jackson 110 milhões de dólares por uma participação de 50% em um empreendimento conjunto combinando a ATV e a Sony Music Publishing. Após reuniões organizadas às pressas e desacordos sobre o preço de venda, um acordo foi fechado por Michael Jackson durante um show em Tóquio.[28] Michael Jackson basicamente vendeu metade da propriedade das canções dos Beatles e de outros por um grande lucro.[28] As próprias canções de Michael Jackson, agrupadas no catálogo Mijac, não foram incluídas no acordo; esse catálogo permaneceu com a Warner/Chappell Music até 2012.[29]
A nova empresa foi nomeada Sony/ATV Music Publishing e se tornou a segunda maior editora musical do mundo.[28] Michael P. Schulhof, presidente e CEO da Sony Corporation of America, saudou a fusão e elogiou Michael Jackson por seus esforços no empreendimento. "Michael Jackson não é apenas o artista de maior sucesso da história; ele é também um empresário astuto. Michael entende a importância dos direitos autorais e o papel que eles desempenham na introdução de novas tecnologias."[29] Ele acrescentou que Michael Jackson reconhece a "liderança da Sony no desenvolvimento e realização de novas tecnologias que servem para expandir o horizonte criativo de artistas como ele".[29] A especialidade administrativa foi fornecida pela Sony, que nomeou Paul Russell como presidente. Michael Jackson era diretor da empresa e participava regularmente das reuniões do conselho.[28] Como cada uma das partes no acordo detinha o poder de veto, ambos os lados teriam que concordar com uma decisão antes que ela pudesse ser tomada. Se uma das partes discordasse sobre as decisões, elas não seriam implementadas.[28]
Em 2006, a Sony ganhou o controle operacional da Sony/ATV e obteve a opção de comprar metade da participação de Michael Jackson na empresa a qualquer momento por um preço fixo de 250 milhões de dólares.[30][31][32]
Aquisições de catálogos (2001–2007)
A Sony/ATV Music Publishing continuou a adquirir catálogos de músicas no século XXI.
Em novembro de 2001, a empresa assinou com o cantor country Tony Martin um acordo exclusivo de composição e coedição. Por meio do acordo, eles adquiriram o catálogo Baby Mae Music de Martin com 600 canções, que inclui "Third Rock from the Sun" de Joe Diffie e "Not on Your Love" de Jeff Carson.[33]
Em julho de 2002, a Sony/ATV Music Publishing comprou a veterana editora de música country Acuff-Rose Music por 157 milhões de dólares. O empreendimento incluiu direitos editoriais de 55 000 canções country, incluindo músicas de Hank Williams, The Everly Brothers e Roy Orbison,[34] e as gravações originais da extinto gravadora Hickory Records. A Sony/ATV reviveu a Hickory Records como a gravadora interna em 2007, com edição feita pela RED Distribution da Sony Music.[35] A Sony/ATV também possui os gravações originais da Dial Records, Four Star Records e Challenge Records (1950-60).[36]
Outra aquisição da empresa foi feita em 2007, quando a Sony/ATV comprou a Famous Music, uma editora musical com um catálogo de mais de 125 000 músicas, incluindo "Moon River" e "Footloose", por 370 milhões de dólares. O acordo, que foi procurado pela Viacom, incluiu que ela se responsabilizasse em pagar cerca de 30 milhões de dólares em dívidas da empresa adquirida. O catálogo de canções também inclui os sucessos de Eminem, Akon, Linda Perry, Björk, Shakira e Beck, bem como músicas de filmes lançados pelas divisões da Viacom Paramount Pictures (que havia fundado a Famous Music em 1928) e DreamWorks Pictures.[37][38]
Notáveis acordos de administração e editoriais
O provedor de partituras digitais Musicnotes.com anunciou em junho de 2006 que havia assinado um contrato editorial de longo prazo com a Sony/ATV Music Publishing. O Musicnotes.com produziria e venderia partituras digitais e tablaturas de guitarra para músicas do extenso catálogo da Sony/ATV.[39] "Como editora musical, estamos sempre procurando maneiras novas e inovadoras de promover nossas músicas e compositores", anunciou o presidente e executivo-chefe da Sony/ATV, David Hockman, em comunicado.[39]
Em 4 de agosto de 2008, A The Orchard fechou um acordo para distribuir globalmente e comercializar digitalmente o catálogo de música da Sony/ATV, que inclui: Sony Tree Productions, Hickory Records e Masters International.[40]
Em 27 de junho de 2017, a Sony/ATV concordou em administrar os direitos de edição musical da empresa cinematográfica francesa EuropaCorp, logo após adquirir 1 500 direitos autorais musicais do estúdio.[41] Outros grandes estúdios que dependem da administração da Sony/ATV incluem o estúdio irmão Sony Pictures (exceto o catálogo do estúdio de 1993-2012, que é propriedade da Anthem Entertainment), CBS e Showtime Networks (ambos desde a aquisição da Famous Music), Discovery, Inc., 20th Century Studios e Fox Entertainment, All3Media, Entertainment One, A+E Networks, Endemol Shine Group e Mattel.[42]
Em 2020, a Sony Music/ATV formou uma parceria com a plataforma de licenciamento de música BeatStars, resultando na BeatStars Publishing, um serviço de administração online global para compositores e produtores independentes, que permite aos usuários registrar suas músicas e coletar royalties de administração editorial.[43][44]
Aquisição da EMI Publishing em 2012 e 2018
Em novembro de 2011, o Citigroup anunciou um acordo para vender a EMI em duas partes separadas. A música gravada foi para o Universal Music Group da Vivendi por 1,9 bilhões de dólares. A EMI Music Publishing foi para um consórcio liderado pela Sony/ATV por cerca de 2,2 bilhões de dólares.[45] Outros membros do consórcio da Sony incluíam o Espólio de Michael Jackson (cerca de 10% de propriedade), o bilionário da mídia americana David Geffen, a empresa de investimentos americana Blackstone e o fundo de investimento estatal de Abu Dhabi, Mubadala.[46] O acordo ganhou a aprovação da União Europeia em abril de 2012,[47] com a condição de que alguns catálogos fossem vendidos.[48] Os direitos globais de edição da Famous Music UK e Virgin Music foram vendidos para a BMG Rights Management em dezembro de 2012 por 150 milhões de dólares.[49]
Embora a Sony/ATV tenha adquirido cerca de 30% da EMI Publishing, ela ofereceu uma contribuição financeira muito menor. Em troca, ela concordou em administrar todo o catálogo (incluindo o antigo catálogo de edição musical da CBS Songs/SBK Entertainment). A Sony/ATV tornou-se a maior administradora de editoras musicais do mundo, com mais de 3 milhões de músicas[50] e receita estimada em mais de 1,25 bilhões de dólares por ano.[51] Após a aquisição, três executivos da EMI se juntaram à equipe de liderança internacional da Sony/ATV: Guy Moon, presidente de criação do Reino Unido e da Europa; Susanna Ng, diretora administrativa da Ásia; e Clark Miller, vice-presidente executivo de negócios internacionais e oportunidades globais.[52]
Desde 2012, a Sony/ATV administra a outra editora de Michael Jackson, a Mijac, que inclui canções escritas pelo próprio Michael Jackson (e outros), e que costumava ser administrada pela concorrente Warner/Chappell Music.[53]
Em julho de 2018, a Sony/ATV comprou a participação de 10% do espólio de Michael Jackson na EMI por 287,5 milhões de dólares.[54] Em novembro de 2018, a Sony adquiriu a participação acionária de 60% da Mubadala Investment Company na EMI Music Publishing por 2,3 bilhões, com base em um valor empresarial de 4,75 bilhões, sem oferecer quaisquer concessões à Comissão Europeia.[55] As aquisições colocariam o catálogo da Columbia-Screen Gems novamente sob propriedade comum da Columbia Pictures, que vendeu os direitos para a EMI em 1976.[56] Após essas transações, a Sony passou a deter 100% da EMI Music Publishing.
Aquisição da participação de Michael Jackson pela Sony em 2016
Em setembro de 2016, a Sony adquiriu a participação do espólio de Michael Jackson na Sony/ATV em um negócio avaliado em cerca de 750 milhões de dólares. O espólio de Michael Jackson manteve a propriedade da Mijac Music, que detém os direitos das canções e gravações originais de Michael Jackson. A receita será colocada em um fundo para os filhos de Jackson.[57]
Propriedade das músicas dos Beatles
Em janeiro de 2017, Paul McCartney entrou com uma ação no tribunal de distrito dos Estados Unidos contra a Sony/ATV Music Publishing buscando recuperar a propriedade de sua parte no catálogo de músicas Lennon-McCartney a partir de 2018. De acordo com a lei de direitos autorais dos EUA, para obras publicadas antes de 1978, o autor pode reivindicar os direitos autorais atribuídos a uma editora após 56 anos.[58][59] Paul McCartney e a Sony concordaram com um acordo confidencial em junho de 2017.[60][61]
Avaliação
Valor relevante
Uma avaliação recente e relevante está ligada à aquisição da Sony da participação do espólio de Michael Jackson na empresa, concluída em 30 de setembro de 2016[57][62] por 750 milhões de dólares. Isso avalia a Sony/ATV entre 2,2 e 2,4 bilhões de dólares (incluindo dívidas).
Estimativas anteriores
- Em 2002, a revista Forbes estimou que a participação de 50% de Michael Jackson na empresa, junto com outros empreendimentos de edição musical, valia 450 milhões de dólares.
- A organização foi avaliada em 700 milhões de dólares em 2003.
- Especialistas da indústria avaliaram o catálogo entre 600 milhões e 1 bilhão de dólares em 2004, com base nas vendas de catálogos rivais. Charles Koppelman, um veterano executivo da indústria musical, afirmou que 1 bilhão seria um valor mais adequado para a Sony/ATV Music Publishing. "Os compradores fariam fila ao redor do quarteirão se [a Sony/ATV] fosse colocada à venda", disse ele. "E eu estaria na frente da fila."
- Em 2005, o advogado de defesa de Michael Jackson, Thomas Mesereau, alegou que o catálogo de músicas havia sido avaliado entre 4 bilhões e 5 bilhões de dólares.
- Em 2007, os próprios documentos financeiros de Michael Jackson afirmavam que sua participação de 50% no catálogo valia 390,6 milhões de dólares, o que teria feito o catálogo inteiro valer 781,2 milhões.
- Em 2009, o valor da empresa foi estimado por Ryan Schinman, chefe da Platinum Rye, em 1,5 bilhões de dólares.
Notas
- Dragon Lady (mulher dragão) é geralmente um estereótipo de certas mulheres do Leste Asiático e ocasionalmente do Sul Asiático e/ou do Sudeste Asiático como fortes, enganosas, dominadoras, misteriosas e frequentemente sexualmente sedutoras.[22][23]
Referências
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Leitura adicional
Ligações externas
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