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empresa operadora do transporte coletivo de Lisboa Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Companhia Carris de Ferro de Lisboa (CCFL, por vezes CFL, ou, simplesmente, Carris) é uma empresa de transporte público rodoviário coletivo de passageiros da cidade de Lisboa, Portugal.
Carris - Companhia Carris de Ferro de Lisboa, E.M., S.A. | |
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Logótipo da Carris | |
Sociedade Anónima (alvará n.º 427) | |
Slogan | 'Cada Lisboeta tem o seu caminho, a Carris está cá para todos.' |
Fundação | 18 de setembro de 1872 (152 anos) |
Sede | Rua 1º de Maio, N.º 103, 1300-472 Lisboa[1] |
Área(s) servida(s) | Área Metropolitana de Lisboa |
Proprietário(s) | Câmara Municipal de Lisboa |
Presidente | Pedro Bogas (desde 2022) |
Empregados | 2450 (2019) |
Clientes | 139,5 milhões de passageiros (2019) |
Serviços | Transporte público urbano |
Subsidiárias | CarrisTur (100%), CarrisBus (100%) |
Receita | EUR 105,4 milhões (2019) |
Lucro | EUR 5,7 milhões (2019) |
LAJIR | EUR 14,8 milhões (2019) |
Website oficial | carris.pt |
Foi fundada em 1872 como empresa privada concessionária do serviço público dos transportes coletivos de passageiros na capital portuguesa. Foi desde 1975 tutelada pela Secretaria de Estado das Obras Públicas, dos Transportes e das Comunicações dependente do Ministério da Economia (e equivalentes diacrónicos). Porém, em 2015, o XXI Governo Constitucional decidiu que as empresas de transportes coletivos de Lisboa e do Porto ficariam sob a alçada do Ministério do Ambiente.[2] Passou à alçada municipal em 2017.[3]
Desde 1 de fevereiro de 2017, a gestão da Carris é tutelada pela Câmara Municipal de Lisboa. O acordo assinado entre o Ministério do Ambiente e a Câmara Municipal de Lisboa foi assinado a 19 de novembro de 2016, acordando assim que toda a gestão da empresa passe a ser da responsabilidade desta. A gestão da Carris era uma ambição antiga da CML e esta decisão do XXI Governo Constitucional surge na sequência da suspensão do processo de subconcessão das empresas de transportes públicos de Lisboa (Metro e Carris) ao grupo espanhol Avanza, lançado em 2015 pelo XIX Governo Constitucional e bastante criticada pelos partidos da oposição.[3] Atualmente, o presidente da Carris é Pedro Bogas, nomeado em 2022 após aprovação da Câmara de Lisboa.[4] Sucede a Tiago Farias, nomeado em 2016 para presidir à Transportes de Lisboa (Carris, Metro e Grupo Transtejo) e em 2017 para presidir à Carris, já sob a tutela da Câmara Municipal de Lisboa.[5][6]
2005 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | |
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Funcionários | 2787 | 2766 | 2761 | 2771 | 2634 | 2396 | 2225 | 2141 | 1995 | 2027 | 2112 | 2321 | 2450 |
Tripulantes | [7] 1763 | 1855 | 1866 | 1836 | 1738 | 1560 | 1491 | 1412 | 1420 | 1432 | 1488 | 1633 | 1737 |
Autocarros | 785 | 749 | 752 | 755 | 707 | 632 | 632 | 619 | 600 | 599 | 603 | 608 | 706 |
Elétricos* | 58 | 49 | 49 | 49 | 49 | 49 | 49 | 48 | 48 | 48 | 48 | 48 | 48 |
Ascensores | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 | 6 |
Elevadores | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 |
O serviço é oferecido de acordo com princípios de "prestação do serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros, orientada por critérios de Sustentabilidade, contribuindo para um desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades."[8] A rede da Carris funciona 24 horas por dia em três escalões:
Em 2023 a Carris opera um total de 109 carreiras, dividas em 4 meios de transporte (autocarro, elétrico, funicular e elevador), numa rede que funciona 24 horas por dia.
A rede de autocarros da Carris tem um comprimento de 720 km (dados de 2019)[9], dos quais 65 km se desenvolvem em corredores reservados (vias BUS), sendo a mesma composta por 99 carreiras de autocarro, das quais:
Algumas destas carreiras são adaptadas ao transporte de pessoas de mobilidade reduzida, oferecendo veículos com rampas de acesso e áudio-guias que permitem a compreensão do percurso e ligações de cada carreira. Além disso cinco carreiras permitem o transporte de bicicletas (serviço Bike Bus): 708, 723, 724, 725 e 731.
A frota de 2012 conta com cinco tipos de veículos:[10]
O grau de cobertura, que se obtém dividindo a receita direta pelos gastos diretos antes das indemnizações compensatórias, do modo autocarro é de 109,8% em 2016, um aumento de 10,8 pontos percentuais face a 2015. O resultado bruto de exploração e o resultado económico por cada passageiro transportado são, por isso, positivos.[11]
Em 2022 a Carris contava com uma frota de 732 autocarros distribuídos por 6 tipologias de veículos:[12]
Entre 2023 e 2026 a Carris planeia investir 170 milhões de euros em renovação da frota. Até ao final de 2023 a empresa irá receber 44 autocarros elétricos (30 de tamanho standard e 14 de tamanho mini) e 24 autocarros articulados a gás natural, alcançando a marca de ter 50% da sua frota movida a meios menos poluentes. Em 2026 a empresa deverá ter 80% da sua frota movida a meios menos poluentes com a aquisição de mais cerca de 350 autocarros movidos a energias limpas.[13]
Desde 2018, a rede de elétricos da Carris é composta por seis carreiras (12E, 15E, 18E, 24E, 25E e 28E) percorrendo um total de 53 km[9], sendo 13 km em faixa reservada.
Em 2016, a frota que opera as carreiras de elétricos [10] é constituída por 10 carros elétricos articulados (série 501-510), por 38 remodelados (série 541-585). Os articulados apenas podem percorrer a carreira 15E, enquanto as restantes séries podem alcançar toda a rede. As seis carreiras de elétricos prestam serviço na zona urbana da Carris, mas a carreira 15E sai de Lisboa em Algés, no concelho de Oeiras.
O grau de cobertura, que se obtém dividindo a receita direta pelos gastos diretos antes das indemnizações compensatórias, do modo elétrico é de 149,9% em 2016, um aumento de 13,9 pontos percentuais face a 2015. Com esta realidade, em 2016 o modo elétrico teve uma margem bruta positiva de 5,1 milhões de euros. Por passageiro, o resultado económico por cada passageiro transportado é positivo.[11]
Em 2023 foram adquiridos 15 elétricos articulados, os quais começaram a circular na carreira 15E no dia 22 de setembro. Estes 15 novos elétricos articulados não só têm uma maior lotação como uma maior dimensão, com 28 metros de comprimento, e representaram um investimento na ordem dos 40,4 milhões de euros.[13]
A Carris também opera três funiculares (Glória 51E, Lavra 52E e Bica 53E) e um elevador vertical (Santa Justa 54E). Desde 2002 que estes modos de transporte são Monumentos Nacionais.
Estava prevista para 2023 que a Carris iniciasse a operação de um 4º funicular entre os bairros da Mouraria e da Graça, 120 anos depois de ter sido desativado o Elevador da Graça, o qual fazia a ligação entre a Rua da Palma e o Largo da Graça (com parte da infraestrutura a ser reaproveitada para circulação do 12E e 28E).[14][15] Tal operação não se concretizou e a EMEL substituiu a Carris na operação do Funicular da Graça.[16]
Em 2003 foi iniciado o Processo de Reestruturação da Carris que culminou com a Rede 7, que entrou em funcionamento em 9 de Setembro de 2006. Foram introduzidas neste período várias melhorias.
Os novos autocarros que foram adquiridos trouxeram mais qualidade ao serviço prestado. Melhores acessibilidade para pessoas idosas ou em cadeiras de rodas, ar condicionado, videovigilância, redução da emissão de gases com efeito de estufa, são as significativas melhorias introduzidas.
Para além dos novos autocarros, novos serviços foram criados. O SIP (Sistema de Informação ao Passageiro), os painéis de informação do tempo de chegada do próximo autocarro em algumas paragens e o carregamento do passe no Multibanco. O sistema de bilhética também sofreu alterações: o Lisboa Viva (para uma utilização regular) e o 7 Colinas (para uma utilização esporádica) são os novos suportes de bilhética sem contacto. Todos os autocarros e eléctricos da Carris estão equipados com validadores. Em todas as viagens é obrigatório validar o título de transporte.
Em Janeiro de 2006 a empresa obteve o Certificado de Qualidade. As carreiras de autocarros e elétricos têm obtido certificado de qualidade por fases:
Com a reestruturação da rede e respetivas mudanças de terminais e designações, encontram-se certificadas as carreiras 15E, 701, 702, 705, 706, 708, 709, 711, 712, 713, 714, 716, 717, 718, 720, 722, 723, 724, 726, 727, 729, 732, 734, 735, 737, 738, 744, 746, 747, 748, 749, 751, 753, 755, 756, 757, 758, 759, 760, 764, 765, 767, 768, 773, 774, 776, 778, 779, 781, 782, 783, 794, 796, 797, 798 e 799.
A Rede 7 é a designação do projeto que, a ser implementado em quatro fases, permitirá renovar a rede da Carris e oferecer aos seus clientes um conjunto de carreiras melhor ligadas entre si e às restantes redes de transporte público de Lisboa.
A primeira fase foi introduzida em 9 de Setembro de 2006, na qual foram definidas as linhas-mestras de atuação. Para melhor identificar as novas carreiras da Rede 7, estas passaram a ter um 7 antes do número da carreira. Foram também definidas cinco zonas de atuação da rede da Carris na cidade, correspondendo a cada uma das áreas uma cor identificativa. Esta divisão permite aos clientes da Carris pesquisar diferente informação de um modo mais prático, como a rede de vendas ou as carreiras de serviço público que servem cada uma das áreas. Daí que todas as carreiras tenham ganho uma cor identificativa, de acordo com a sua área primordial de actuação. A cor de cada carreira pode ser encontrada no portal da Carris, no mapa de rede, nas paragens ou mesmo nos veículos ou através de um pequeno círculo colorido situado no vidro frontal, ou através da bandeira colorida. As carreiras transversais, que geralmente servem mais do que uma ou duas zonas, são identificadas por uma cor própria. Ainda na primeira fase, foram criadas 28 novas carreiras, modificadas sete carreiras e eliminadas oito carreiras.
A segunda fase da Rede 7 foi introduzida no dia 5 de Janeiro de 2008, com a criação de oito carreiras, alteração de 6 e a eliminação de 9. Nesta fase foi reestruturada a rede da Carris na zona central da cidade, em virtude do prolongamento da rede do Metropolitano de Lisboa às estações do Sul e Sueste e de Santa Apolónia.
A terceira fase da Rede 7 foi introduzida no dia 26 de Junho de 2010, com a alteração de algumas carreiras de modo a serem integradas na rede 7 e a supressão de alguns trajetos que passaram a ser servidos pela conclusão da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa, com a função de ligação transversal na rede.
A quarta fase da Rede 7 foi introduzida no dia 21 de julho de 2012, com a alteração da rede da Carris na zona dos Olivais e Aeroporto de Lisboa, em virtude da chegada da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa àqueles locais.[27]
Com a introdução da Rede 7, o tradicional bilhete pré-comprado, o BUC, foi eliminado. Em sua substituição, os clientes da Carris podem utilizar o 7 colinas que pode ser carregado com os novos bilhetes horários que substituem os antigos BUC e que permitem viajar na rede da Carris, efetuando transbordos sem pagar mais por isso, durante a validade do bilhete que pode ser de 1h (1 zona) ou de 1h30m (2 zonas). O suporte - 7 Colinas ou Viva Viagem - é adquirido e é válido por um ano.
A Carristur é uma empresa subsidiária da Carris especializada em serviços de apoio a turistas e outros visitantes de Lisboa. Opera carreiras dirigidas a passageiros não-residentes de alto rendimento, tendo expandido[quando?] as suas operações a outro pontos do país.[carece de fontes]
Estas carreiras foram suspensas no início da Pandemia de COVID-19 em Portugal mas não voltaram à circulação aquando da progressiva renormalização da oferta da Carris.[30]
Sob a marca Yellow Bus a Carristur opera autocarros turísticos em percursos variados, bem como uma frota crescente de elétricos retirados ao serviço regular da Carris: 7 “remodelados” e alguns ligeiros da série 700.[carece de fontes]
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