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composto químico Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Cianogênio[1][2], ou CC (código militar) é o composto químico com a fórmula (CN)2. É uma molécula pseudo-halogênia. As moléculas de cianogênio consistem em dois grupos CN- análogos às moléculas halógenas diatômicas, como Cl2, mas muito menos oxidantes. Os dois grupos ciano estão ligados entre si pelos átomos de carbono: N≡C-C≡N, embora outros isômeros tenham sido detectados. Certos derivados do cianogênio também são chamados de "cianogênio", embora contenham apenas um grupo CN. Por exemplo, o brometo de cianogênio tem a fórmula NCBr. O cianogênio é o anidrido da oxamida, obtido perante desidratação desta a altas temperaturas, embora a oxamida seja fabricada a partir de cianogênio por hidrólise.
Cianogênio Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | Etanodinitrila |
Outros nomes | Cyanogênio Nitreto de carbono Diciano Dicianogênio Nitriloacetonitrila Dinitrila do ácido oxálico Oxalodinitrila |
Identificadores | |
Número CAS | |
Número EINECS | |
Número RTECS | GT1925000 |
Propriedades | |
Fórmula molecular | C2N2 |
Massa molar | 52.04 g/mol |
Densidade | 0.95 g/cm3 (líquido, −21 °C) |
Ponto de fusão |
−28 °C |
Ponto de ebulição |
−21 °C |
Solubilidade em água | 450 ml/100 ml (20 °C) |
Riscos associados | |
MSDS | ICSC 1390 |
Classificação UE | Inflamável (F) Tóxico (T) Perigoso para o meio ambiente (N) |
Índice UE | 608-011-00-8 |
NFPA 704 | |
Frases R | R11, R23, R35 |
Frases S | S1/2, S23, S45, S60, S61 |
Ponto de fulgor | Gás inflamável |
Limites de explosividade | 6.6–42.6% |
Compostos relacionados | |
Outros aniões/ânions | Etilenodiamina |
Compostos relacionados | Cianeto de hidrogênio Fluoreto de cianogênio Cloreto de cianogênio Brometo de cianogênio |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
O cianogênio é um gás incolor com odor irritante de amêndoas. Congela a -28 °C e ferve a -20,7 °C. Enviado como um líquido confinado sob sua pressão de vapor. O gás é mais pesado que o ar e uma chama pode viajar de volta para a fonte de vazamento com muita facilidade. A exposição prolongada ao fogo ou ao calor intenso pode fazer com que os recipientes se rompam violentamente e vazam como foguetes. Usado para fazer outros produtos químicos, como fumegante e como propulsor de foguete.[3]
Usado como arma química da classe dos agentes sanguíneos. É um potente veneno a vários seres vivos, em especial, aos humanos, neste caso, devido à habilidade dos íons Cianeto em se combinar com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue, matando a pessoa exposta por sufocamento.
É pouco persistente em ambiente aberto, por se decompor com a umidade, produzindo Oxamida, porém, é muito persistente em ambientes fechados podendo ficar semanas no local. Cianogênio polimeriza para o paracianogênio, quando aquecido a 500 graus Celsius, em recipiente que suporte altas pressões. Cianogênio é utilizado em mistura com Cianeto de hidrogênio para obter um agente mais ativo. Ambos são utilizados para produzir um agente também de sangue.
É decomposto em reação com enxofre, produzindo Sulfeto de dicianeto, tóxico, porém, não volátil. É neutralizado em reação com a água, produzindo um agente pouco tóxico, a oxamida. É neutralizado, de forma pouco segura, por meio de sua combustão ( tende a explodir). É modernamente solúvel em água, absorvido por ela para gerar oxamida, oxamida é hidrolisada em amônia e ácido oxalico, com posterior reação de ambos para obtenção de oxalato de amônio. Em certos ambientes, oxalato de amônio tende a reagir com amônia para gerar novamente Cianogênio e Hidróxido de amônio.
É obtido na lavagem de Tabun, usando Peróxido.
O cianogênio é obtido perante desidratação da oxamida a altas temperaturas na presença de desidratantes.
Cianogênio é historicamente obtido perante oxidação parcial do AC pelo ar atmosférico ou algum oxidante.
Cianogênio é geralmente obtido perante reação de sais de Cianeto com certas quantidades de Halogênios, como a reação de Cianeto de sódio misturado em uma solução alcoólica de Etanol perante borbulho de Cloro gasoso.
É obtido para uso militar perante reação de Nitrato de cobre com Cianeto de hidrogênio com direta destilação do Cianogênio aéreo.[4]
Não é obrigatório o uso de Cianeto de hidrogênio, sendo usado Cianeto de sódio ou Potássio.
A equação sem uso do AC é igual para o Nitrato de cobre (II).
É preparado perante decomposição termal de sais de Cianeto bivalentes, como o Cianeto de mercúrio.
Um dos processos mais simples e notórios para a síntese e disseminação de CA é por meio da preparação da serpente de faraó, reação na qual consiste na combustão do Tiocianato de mercúrio e derivados perante atmosfera sem Oxigênio para originar o Nitreto de carbono (C3N4), Sulfeto de mercúrio e Disulfeto de carbono.
A Serpente é diretamente colocada em propelentes térmicos para ser decomposta e originar Cianogênio e Gás nitrogênio. Este processo de obtenção é simples e tende a ser seguro pois origina gás inerte não deixando o Cianogênio reagir com o Oxigênio do ar.[5]
A exposição ao CC é similar a outros agentes de Cianeto e causa principalmente dor de cabeça, confusão, ansiedade, tonturas, fraqueza, mal-estar e perda de consciência. Efeitos cardiovasculares: palpitações. Efeitos respiratórios: irritação do tracto respiratório, dificuldade em respirar ou falta de ar (dispnéia) e aumento transitório na taxa e profundidade da respiração (hiperpneia), náuseas e ânsias de vômitos (emese) pupilas dilatadas, inflamação da superfície do olho e cegueira temporária, os efeitos mais graves pela exposição são, coma, convulsões e pupilas dilatadas (midríase). Efeitos cardiovasculares: choque, ritmos cardíacos anormais ou desordenados (arritmias), pressão arterial extremamente baixa e parada cardíaca. Efeitos respiratórios: anormalmente rápido seguido de respirações anormalmente lentas; acumulação de líquido nos pulmões (edema pulmonar); e parada respiratória. Os órgãos mais suscetíveis ao cianeto são o sistema nervoso central (SNC) e o coração. A maioria dos efeitos clínicos são de origem CNS e não são específicos.
Aproximadamente 15 segundos após a inalação de uma alta concentração de cianeto, há uma hiperpneia transitória, seguida dentro de 15 a 30 segundos pelo aparecimento de convulsões. A atividade respiratória para dois a três minutos depois, e a atividade cardíaca cessa alguns minutos depois, ou aproximadamente seis a oito minutos após a exposição.
O início e a progressão dos sinais e sintomas após a ingestão de cianeto ou após a inalação de uma menor concentração de vapor são mais lentos. Os primeiros efeitos podem não ocorrer até vários minutos após a exposição, e o curso do tempo desses efeitos depende da quantidade absorvida e da taxa de absorção. A hiperpneia transitória inicial pode ser seguida por sentimentos de ansiedade ou apreensão, agitação, vertigem, sensação de fraqueza, náuseas com ou sem vômitos e tremores musculares. Mais tarde, a consciência é perdida, a diminuição da respiração na taxa e profundidade, e convêm convulsões, apnéias e disritmias cardíacas e paralisação. Como esta cascata de eventos é prolongada, é possível o diagnóstico e o tratamento bem-sucedido.
Os efeitos do cloreto de cianogénio incluem os descritos para o cianeto de hidrogênio. O cloreto de cianogênio também é semelhante aos agentes anti-motim causando irritação nos olhos, nariz e vias aéreas, além de lacrimejamento marcado, rinorréia e broncosecreções, Brometo de cianogênio possui uma ação irritante muito mais potente e pode ser facilmente interpretado como agente antimotim. O agente em contato com os sais presentes na água dos tecidos tende a reagir rapidamente para formar sais tóxicos como Cianeto de sódio e Cianeto de ureia, os efeitos, metabolismo e toxicidade são similares entre agentes de Cianeto. O agente em contato com os sais presentes na água dos tecidos tende a reagir rapidamente para formar sais tóxicos como Cianeto de sódio e Cianeto de ureia.
Cianogênio mata com 1200 miligramas por reações alérgicas em 10 minutos por meio da inalação. 140 miligramas é a dose letal por inalação, podendo matar já com 50 miligramas. 5 miligramas inaladas, ou em contato com os tecidos, já causam irritação e reações alérgicas no local atingido. 25 miligramas já causam efeitos sistêmicos e possível morte.[6][7]
Utilizam-se misturas de agentes sanguíneos com Cianogênio e Brometo de cianogênio dando origem a um liquido volátil (10% de CC e 90% BC), é disseminado por explosivos, granadas pirotécnicas, aquecedores, pulverizadores, umidificadores e são dissolvidos em Hidrocarbonetos di-halogenado como o Diclorometano, clorofórmio e Tetracloreto de carbono, em hidrocarbonetos como a mistura GLP, Pentanos, Hexanos e etc. Em operações militares não se utiliza solventes, pois CA tende a ficar gasoso facilmente, mas CA é utilizado também solução com solventes para aumentar seu ponto de ebulição, comumente com seu solvente de síntese, Tetracloreto de carbono, Etanol e Éter etílico, é disseminado de forma térmica perante aquecimento do Nitreto de carbono (Serpente de faraó).[8]
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