Castelo de Glamis
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O Castelo de Glamis (em inglês: Glamis Castle) é um palácio que se localiza na aldeia de Glamis (pronunciado Glahmz no AFI), a doze milhas da cidade de Dundee, em Angus, no leste da Escócia. Pertencente à Casa de Stuart, um dos mais antigos clãs da nobreza escocesa, é a residência do conde e da condessa de Strathmore, que abrem o castelo ao público.
Este palácio é a casa do conde e condessa de Strathmore and Kinghorne e está aberto ao público.Isabel Bowes-Lyon, mais conhecida como "Rainha-Mãe", nasceu neste castelo, no dia 4 de agosto de 1900, e passou ali a sua infância. A sua segunda filha, a princesa Margarida, também nasceu em Glamis. Desde 1987, uma imagem do castelo está estampada no reverso da nota de dez libras esterlinas emitida pelo Banco Real da Escócia.[1]
Os tectos estucados de Glamis são notáveis pelo seu detalhe e preservação. São considerados como os mais refinados na Escócia, juntamente com os do Muchalls Castle e do Craigievar Castle.
O castelo aparece frequentemente na ficção e associado a lendas. De acordo com a tradição local, possui mais segredos obscuros que qualquer outro castelo na Escócia.
Glamis também é conhecido como o lugar onde o rei Malcolm II da Escócia foi assassinado. Além disso, na famosa peça de teatro de William Shakespeare, Macbeth, o epônimo residia no castelo.
Glamis situa-se na larga e fértil planície do vale de Strathmore, próximo de Forfar, capital de Angus, o qual se estende entre as Sidlaw Hills a sul e as Grampian Mountains a norte, aproximadamente a 20 kilómetros do mar do Norte.
A propriedade em volta do castelo cobre mais de 14.000 acres (57 km²) e, além do luxuriante jardim com trilhos para caminhadas, produz madeira e carne de vaca com fins económicos. Correm dois ribeiros pela herdade, sendo um deles o Glamis Burn. Um arboretum com vista para o Glamis Burn apresenta árvores de todo o mundo, muitas delas raras e várias vezes centenárias. Pássaros e outros pequenos animais selvagens são comuns por toda a herdade.
Existe uma sala de chá no castelo e parte dos jardins e terrenos estão abertos ao público. O castelo oferece aos turistas, além da visita aos seus salões e jardins, uma área de recreação para crianças e outra para piqueniques e exposições. Está ainda disponível uma loja de souvenirs e um restaurante. As instalações também podem ser arrendadas para eventos como jantares e casamentos.
A vizinhança do Castelo de Glamis apresenta vestígios pré-históricos; por exemplo, uma pedra píctica intrincadamente talhado, conhecida como Eassie Stone, foi encontrada no leito dum riacho na vizinha aldeia de Eassie.[2]
Em 1034, Máel Coluim II foi assassinado em Glamis.[3] De acordo com o página oficial do Castelo de Glamis, o rei Malcolm II terá sido mortalmente ferido numa batalha nas redondezas e levado para um pavilhão de caça real, situado no local do actual castelo, onde viria a morrer.
Desde 1372, o próprio Castelo de Glamis passou a servir de residência aos senhores de Glamis, mais tarde Conde e Condessa de Strathmore e Kinghorne.[4]
Encontra-se classificado na categoria "A" do "listed building" desde 11 de junho de 1971.[5]
A tradição local diz que o Castelo de Glamis tem mais mistérios que qualquer outro na Escócia. A mais famosa lenda ligada com o castelo é a do Monstro de Glamis, uma criança hediondamente deformada nascida na família Bowes-Lyon. O alegado "Monstro" era Thomas Bowes-Lyon, primeiro filho de George Bowes-Lyon e Charlotte Grimstead, trisavós de Isabel Bowes Lyon, que tornou-se rainha consorte em 1936.[carece de fontes]
De acordo com a obra Peerage of Scotland ("Pariato da Escócia"), do genealogista Robert Douglas, Thomas nasceu e faleceu em 21 de outubro de 1821. A parteira, cujo nome é desconhecido, teria contado no vilarejo local que a criança nasceu deformada e foi dada como morta um ou dois dias depois. Thomas não teve sepultura, facto que alimentou os rumores. Afirma-se que Thomas foi amamentado secretamente e confinado num dos muitos quartos secretos do castelo, onde teria passado toda a sua vida, aparecendo sem ser notado, mas deixando seus rastos. O quarto que ocupou terá sido murado com tijolos depois do seu falecimento. Uma versão alternativa da lenda afirma que em todas as gerações da família nasce uma criança vampira e que esta é emparedada nessa sala. Existe uma velha história que conta que, uma vez, hóspedes instalados em Gladis terão pendurado toalhas nas janelas de todas as salas numa tentativa de encontrar a suíte murada onde residiu o monstro. Quando olharam para o castelo do lado de fora, várias janelas não tinham toalhas.[carece de fontes]
A lenda do monstro pode ter sido inspirada na história verdadeira dos Ogilvies. Algures, na parede de quase cinco metros (16 pés) de espessura, fica a famosa sala de caveiras, onde a família Ogilvie, procurando protecção dos seus inimigos, os Lindsays, foi emparedada até morrer de fome.[carece de fontes]
Supostamente, um outro monstro terá habitado no Loch Calder, perto do castelo.[carece de fontes]
Existe uma pequena capela dentro do castelo com lugar para 46 pessoas. A história dada aos visitantes pelos guias turísticos do castelo conta que um dos lugares da capela está sempre reservado para a Dama Cinza (Grey Lady), supostamente um fantasma que habita no castelo e que se pensa ser Janet Douglas, Lady Glamis, esposa do 6º Senhor de Glamis. Acusada de bruxaria, foi torturada para confessar e em seguida queimada num espeto. De acordo com os guias, a capela ainda é usada regularmente para funções familiares, no entanto, ninguém tem permissão para se sentar naquele lugar.[6]
Certa vez, o falecido David Bowes-Lyon, 14º Conde de Strathmore e Kinghorne, enquanto dava um passeio tardio pelo relvado após o jantar, afirmou ter visto uma jovem mulher que se agarrava às barras duma janela do castelo e olhava distraidamente para a noite. Quando foi falar com a jovem, ela desapareceu inesperadamente, como se alguém a tivesse afastado da janela.[carece de fontes]
O conde Beardie foi um dos hóspedes do Castelo de Glamis. Certa noite, já embriagado, resolveu convidar os amigos para jogar cartas. Era o sabbath, pelo que os seus anfitriões recusaram, alegando encontrarem-se num dia religioso. Lord Beardie ficou tão furioso que declarou que jogaria com o próprio Diabo. Logo após, um estranho entrou no castelo e perguntou se lord Beardie desejava um parceiro para o jogo. Começaram a jogar numa das salas. Mais tarde, os criados ouviram gritos e maldições vindos do salão. Um deles foi espreitar pelo buraco da fechadura, e a história conta que um raio de luz atravessou o orifício e cegou-o. O estranho desapareceu levando a alma do conde consigo.[6]
Muitos têm dito que ouviram gritos e o som dos dados a rolar. Afirma-se que o conde ainda joga cartas com o diabo.[carece de fontes]
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