Carmópolis
município brasileiro do estado de Sergipe Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Carmópolis é um município brasileiro do estado de Sergipe. Localiza-se no leste do estado, sendo acessado a partir da BR-101.[5]
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | carmopolitano | ||
Localização | |||
Localização de Carmópolis em Sergipe | |||
Localização de Carmópolis no Brasil | |||
Mapa de Carmópolis | |||
Coordenadas | 10° 38′ 52″ S, 36° 59′ 20″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Sergipe | ||
Municípios limítrofes | Japaratuba, Rosário do Catete, General Maynard e Santo Amaro das Brotas | ||
Distância até a capital | 30,6 km | ||
História | |||
Fundação | 16 de outubro de 1922 (102 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Esmeralda Mara Silva Cruz (PSD, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 45,905 km² | ||
População total (IBGE/2022[2]) | 13 853 hab. | ||
Densidade | 301,8 hab./km² | ||
Clima | tropical chuvoso (As') | ||
Altitude | 13 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,643 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 399 194,389 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 32 410,03 |
Rancho foi o nome primitivo de Carmópolis. Seu nascimento como povoado data do fim do período Colonial e início do Império resultando de um simples ponto de parada de feirantes; estes aí se reuniam para atravessar em grupo a antiga mata do Bonsucesso, onde havia mocambos de escravos fugidos dos engenhos da Cotinguiba, que com frequência atacavam os viajantes.
A denominação posterior de Carmo tem sua origem provável na influência dos Padres Carmelitas da Missão de Japaratuba, os quais, segundo D. Marcos de Souza - Memória da Capitania de Sergipe - 1808, visitaram "as correntes dos dois famosos Japaratuba, dos dois deliciosos Lagartixos e do puro Siriry. Todos estes rios deságuam no mar, quatro léguas abaixo da Missão de Nossa Senhora do Carmo".
Do magnífico subsídio de D. Marcos de Souza à História de Sergipe, em que localizava a "Missão de Nossa Senhora do Carmo" quatro léguas acima da atual povoação de Pirambu, na barra do Japaratuba, tira-se a conclusão de que nenhuma dúvida pode ser suscitada quanto à passagem dos Carmelitas por Carmópolis, quando a atual cidade não passava de incipiente povoação. Data dessa época a construção da Igreja de Santana do Massacará, situada a pequena distância de Carmópolis.
A cidade, a 10 m do nível do mar, dista 31 km em linha reta, rumo NNE, de Aracaju. Suas coordenadas geográficas são: 10° 39' 00" de latitude sul e 37° 00' 20" de longitude oeste.
Com 56 km² de área e integrante da zona fisiográfica Central, limita-se com Japaratuba, Rosário do Catete, General Maynard, Pirambu e Santo Amaro das Brotas.
O clima é saudável, tornando-se insalubre apenas nas margens do Japaratuba. A temperatura chega no verão aos 35 °C, e desce no inverno a 18 °C. As chuvas mais intensas ocorrem entre abril e agosto.
Predominam os solos argilosos, com elevações de pequena importância, como o sêrro de Massacará e o pico Cabeça de Boi.
Banham o município o já citado Japaratuba, o Riachão e os riachos Mariquita e Diogo.
Ano | Pop. | ±% |
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1940 | 3 129 | — |
1950 | 3 085 | −1.4% |
1960 | 3 439 | +11.5% |
1970 | 4 037 | +17.4% |
1980 | 4 463 | +10.6% |
1991 | 6 782 | +52.0% |
2000 | 9 352 | +37.9% |
2010 | 13 503 | +44.4% |
2022 | 13 853 | +2.6% |
Censo demográfico brasileiro[6] |
Pelo recenseamento de 1960, a população de Carmópolis era de 3.439habitantes; verificava-se, assim, um acréscimo de 11,5%, em relação a 1950. Residiam em áreas rurais 1.904 pessoas e 1.579 na cidade. Segundo estimativa do Laboratório de Estatística do IBGE, em 1 de julho de 1968, a população atingia a 3.752 habitantes, com uma densidade demográfica de 67 hab/km².
O Registro Civil acusou, em 1967, o movimento de 29 casamentos, 122 nascimentos e 52 óbitos (16 de menores de um ano).
A história moderna de Carmópolis se inicia, verdadeiramente, em fins de 1963, quando a Petrobrás verificou a produtividade econômica do campo de petróleo existente no subsolo da região. O primeiro embarque de óleo, por ferrovia, para Aracaju, Catu, Candeias e Madre de Deus ou Mataripe, data de fevereiro de 1965.
Em 1967, construído o oleoduto Carmópolis-Atalaia Velha, elevou-se a produção diária para 10 mil barris.
A estação inicial de Campo está a 4 km da cidade (Estação de bombeio de Bonsucesso). Após recolhimento, o petróleo é transferido até o Terminal de Atalaia Velha (47 km de extensão), localizado quase à beira-mar, próximo ao aeroporto de Aracaju.
Em 30 de junho de 1968 existiam 178 poços de óleo, cujas reservas eram estimadas em 13,4 milhões de m³.
A produção dos poços de Carmópolis, em 1967, alcançou 663.579 m³, elevando-se para 1,2 milhões de m³, em 1968, e, segundo estimativa, alcançaria 2.3 milhões de m³, em 1969.
Carmópolis contava, em 1965, 6 estabelecimentos de indústrias de transformação, que empregavam 12 operários. O valor da produção alcançou NCr$ 73,8 miIhares. O gênero principal era o de produtos alimentares, com 4 estabelecimentos, 7 operários e 65,2 % do valor total. Seguiam-se o de bebidas, com 1 estabelecimento, 3 operários e 30,2 % do valor, e o de madeira, com 1 estabelecimento 2 operários e 4,6%.
O valor da colheita agrícola, em 1967, alcançou NCr$ 1,9 milhão, cobrindo uma área de 1.041 hectares. A cana-de-açúcar contribuiu com 89,6% desse valor, e com uma produção de 56 mil toneladas.
Seguiram-se o coco-da-baía, com 5,1% do valor e 640 t, a mandioca com 2,7%, do valor e 2.430 t, e a banana, com 1,6% do valor e 20 mil cachos. Em menor escala, apresentam-se caju, batata-doce, laranja, amendoim e feijão. Em 1967 o IBRA cadastrou 58 imóveis rurais.
Os rebanhos do município se elevavam, em 1966, a 7.570 cabeças, avaliadas em NCr$ 730,0 milhares. Destacava-se o gado bovino, com 3.400 cabeças, representando 78,8% daquele valor.
Com 2.080 cabeças, cobrindo 13,5% do valor, seguiam-se os suínos, e, por fim, 1.000 ovinos, 500 caprinos, 300 equinos, 250 muares e 40 asininos. A criação do gado bovino tem em vista o abastecimento leiteiro e de carne e o emprego da tração animal no campo.
Foram abatidas 388 cabeças de bovinos, 324 de suínos, 194 de ovinos e 74 de caprinos, em 1967; resultaram 104,7 t de produtos de matadouro, no valor de NCr$ 164,9 milhares. O predomínio coube à carne verde de bovino, com 71,4 t e 75,8% do valor total, e completaram a pauta as carnes verde e salgada de suíno, carnes verdes e peles sêcas de ovino e caprino, toucinhos fresco e salgado, chispes de suíno, couro verde de bovino, banha não refinada, miúdos frescos de suíno, línguas frescas em geral, tripa fresca de suíno e ossos a granel.
O município foi criado devido a Lei estadual n° 795, de 23 de outubro de 1920, com território desmembrado do de Rosário do Catete; a criação do distrito deve-se à de n° 819, de 7 de novembro de 1921.
Instalado em 1 de janeiro de 1923, figura o Município de Carmo, em 1933, com um só distrito.
Decreto-lei estadual n.° 377, de 31 de dezembro de 1943, modificou para Carmópolis o topônimo do Município e do distrito. Até a presente data permanece o Município de Carmópolis com o distrito único da sede.
É Termo vinculado à Comarca de Japaratuba.
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