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político português (1928-2021) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Carlos Campos Rodrigues da Costa (Fafe, Fafe, 28 de Março de 1928 - Portimão, Portimão, 6 de Setembro de 2021) foi um político revolucionário comunista e anti-fascista português, deputado militante do Partido Comunista Português, deputado à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral do Distrito do Porto nas I, II, III, IV e V legislaturas à Assembleia da República da Terceira República Portuguesa.
Carlos Campos da Costa | |
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Deputado na Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral do Distrito do Porto | |
Período | 1976 - 1987 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Carlos Campos Rodrigues da Costa |
Nascimento | 28 de Março de 1928 Fafe, Fafe, Portugal |
Morte | 6 de Setembro de 2021 Portimão, Portimão, Portugal |
Nacionalidade | Portugal |
Partido | Partido Comunista Português |
Ocupação | Político |
Nasceu em 28 de Março de 1928, na Freguesia e Concelho de Fafe.[1]
Juntou-se ao Partido Comunista Português aos quinze anos.[2] Em 1946 foi um dos responsáveis pela fundação da divisão juvenil do Movimento de Unidade Democrática.[3] Devido aos seus ideais políticos, foi por diversas vezes preso pelo regime ditatorial, tendo a primeira vez sido em 1948, aos vinte anos de idade.[4] Saiu da prisão no ano seguinte, e em 1950 tornou-se funcionário no MUD Juvenil.[3]
Em 1951 entrou na clandestinidade como funcionário do Partido Comunista, tendo nesta qualidade colaborado em vários órgãos, como a Organização Regional do Algarve.[3]
Em Junho de 1953 voltou a ser preso,[3] desta vez pela divisão da Guarda Nacional Republicana de Albufeira.[5] Fugiu em 3 de Janeiro de 1960, como parte da histórica fuga de Peniche,[3] em conjunto com Álvaro Cunhal e outras altas figuras comunistas.[6] Regressou então à clandestinidade, sendo ainda nesse ano eleito como membro do comité central do Partido Comunista, posição que manteve até 2008.[4] Também esteve à frente do laboratório de falsificação de documentos do partido, das tipografias centrais, e da rede que organizava as passagens ilegais pela fronteira.[4]
Em Dezembro de 1961 foi capturado novamente pela polícia política, tendo saído em liberdade condicional em Agosto de 1969.[3] No total, passou cerca de quinze anos nas prisões do estado, tendo sido várias vezes torturado pela polícia política.[4] Em Março de 1970 voltou à clandestinidade,[3] passando a ser responsável pela Organização Regional do Norte, estando a viver nem Matosinhos quando ocorreu a Revolução de 25 de Abril de 1974, que restaurou a democracia em Portugal.[2]
A seguir ao 25 de Abril de 1974, é eleito membro da Direcção Provisória do Interior do PCP juntamente com Octávio Pato, Joaquim Gomes, José Vitorino, Fernando Blanqui Teixeira e António Dias Lourenço, que organiza o regresso a Portugal de Álvaro Cunhal e as célebres celebrações do dia 1º de Maio de 1974[7]. Entre 1974 e 1989 fez parte da Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Português.
Entre 1976 e 1987 foi o cabeça de lista do PCP em todas as coligações para a Assembleia da República, eleito pelo círculo do Porto.[4] Liderou igualmente a Comissão Política pela área do poder local, tendo escrito os dois volumes da obra Manual da Gestão Democrática das Autarquias.[8] Entre 1974 e 1990 foi membro do Secretariado do Comité Central do partido, e entre 1988 e 2004 esteve integrado na Comissão Central de Controlo e Quadros do partido.[8]
Nos últimos anos viveu na região do Algarve, e na altura da sua morte residia na cidade de Portimão,[6] onde esteve primeiro na habitação de Margarida Tengarrinha, e depois num lar de terceira idade.[5]
Faleceu em 6 de Setembro de 2021 no Hospital de Portimão, aos 93 anos de idade.[4] Era casado com Margarida Tengarrinha, que também foi dirigente do Partido Comunista Português.[2]
Na sequência do seu falecimento, o Partido Comunista Português emitiu uma nota de pesar, onde realçou os seus esforços em defesa do socialismo e da democracia.[3]
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