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político português (1915-2010) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
António Dias Lourenço (Vila Franca de Xira, 25 de março de 1915 - Lisboa 7 de agosto de 2010), foi um dos mais destacados dirigentes comunistas da história do Partido Comunista Português e protagonizou uma das mais audaciosas fugas das prisões fascistas ao evadir-se do Forte de Peniche em 1954. Faleceu com 95 anos de idade.[1]
António Dias Lourenço | |
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Nascimento | 25 de março de 1915 Vila Franca de Xira |
Morte | 7 de agosto de 2010 |
Cidadania | Portugal |
Filho(a)(s) | Ivone Dias Lourenço |
Ocupação | político |
Dias Lourenço nasceu em Vila Franca de Xira. A sua mãe era costureira e o seu pai ferreiro. Aderiu ao Partido Comunista Português com apenas 13 anos de idade,[2] tendo passado a militante em 1932 com apenas 17 anos.[1] Em 1943 foi eleito para membro do Comité Central do PCP, posição que manteve até 1996.[1]
Torneiro mecânico de profissão, trabalhou nas Oficinas Gerais de Aeronáutica, em Alverca do Ribatejo, chegando a trabalhar no avião de Gago Coutinho e Sacadura Cabral.[2]
Foi preso político, pela primeira vez, em 1942 e protagonizou uma das mais audaciosas fugas da Prisão de Peniche em 1954.[1] Bom nadador, atirou-se ao oceano em pleno dezembro e combateu com sucesso o mar revolto até chegar a terra. Esta experiência levou-o, num trabalho meticuloso e sigiloso que durou muitos meses, a organizar a famosa "fuga de Peniche", de Álvaro Cunhal e mais 10 membros do PCP.[2]
Passou a integrar o Secretariado do PCP a partir de 1957, onde permaneceu até 1962, ano em que foi preso pela segunda vez, tendo passado um total de 17 anos nas cadeias fascistas como preso político.[1]
Foi jornalista do jornal O Diabo,[2] responsável pelo jornal Avante! entre 1957 e 1962 e seu director desde a publicação do primeiro número em 17 de maio de 1974 até 1991.[1]
Foi deputado entre 1975 e 1987. Teve notória intervenção da Assembleia Constituinte,[1] contribuindo para a elaboração da constituição portuguesa aprovada a seguir ao 25 de Abril.[3]
Dias Lourenço dizia que o seu número de sorte e de azar era o 17 pois viveu 17 anos na clandestinidade, esteve preso 17 anos e dirigiu o jornal 'Avante!' também por 17 anos.[4] A primeira edição do 'Avante!', feita sob a sua direcção, foi a 17 de maio de 1974. Tornou-se militante do PCP em 1932, aos 17 anos de idade.[1]
Foi enterrado em 8 de agosto de 2010 no cemitério do Alto de São João, em Lisboa. Estiveram no seu enterro cerca de 500 pessoas.[3]
Ver pag. 6
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