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Campeonato Paraense de Futebol
Competição de Futebol Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O Campeonato Paraense de Futebol ou popularmente Parazão (ou ainda, Campeonato Paraense Banpará e Parazão Banpará por motivos comerciais)[1] é a principal competição de futebol disputada no Estado do Pará. O campeonato apresenta grande domínio de Remo e Paysandu, que estão entre os cinco maiores campeões estaduais de futebol do Brasil, e tem como terceira força destacada outro clube de Belém, a Tuna Luso.[2] O ex-jogador Quarentinha é o maior colecionador de títulos estaduais de todo o Brasil, com doze conquistas do Campeonato Paraense.[3][4][5]
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Atualmente o Governo do Pará é o principal patrocinador da competição através do Banco do Estado do Pará - Banpará, e por este motivo o nome da instituição financeira foi adotado no nome comercial do campeonato em 2020, sendo utilizado desde então. A rede televisiva estatal Rede Cultura do Pará transmite os jogos do campeonato desde 2009.[1]
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História
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Perspectiva
Primórdios
A pratica do futebol em Belém é evidenciada desde 1896, na Praça Batista Campos, com partidas disputadas entre sócios da Associação Dramática Recreativa Beneficente.[6] Em 1898, no Largo de São Brás, membros do Sport Club do Pará jogavam futebol, sendo este considerado o primeiro clube a praticar a modalidade no Norte do país.[7][8] O primeiro campeonato estadual concluído foi organizado pelo menos 10 anos depois, em 1908, sendo vencido pela União Sportiva, que ficou de posse da Taça Pará. A competição contou com as participações de cinco agremiações: Belém Football Club, Pará Club, Sport Club do Pará, Sporting Football Club e Sociedade Athlética União Sportiva.[9] A fórmula de disputa constou de turno único, iniciando dia 7 de setembro de 1908 com a partida União Sportiva 3x1 Belém FC, em partida disputada no campo da Praça Floriano Peixoto (primeiro local para jogos), no Largo de São Braz. O primeiro campeonato foi encerrado em 21 de março de 1909. O Pará foi o quarto estado do Brasil a organizar um campeonato de futebol, atrás somente de São Paulo (1902), Bahia (1905) e Rio de Janeiro (1906). Após esse primeiro campeonato, com exceção da União Sportiva, as equipes desapareceram, o que impediu a realização do certame em 1909. O campeonato voltou a ser disputado no ano seguinte e a União repetiu o feito, sagrando-se bicampeã. Entretanto, a competição voltou a não ser realizada em 1911 e 1912.
Era amadora

A partir de 1913 é que o Campeonato Paraense passa a ser disputado continuamente graças ao surgimento da Liga Paraense de Foot-Ball, fundada em 25 de maio daquele ano com o objetivo de organizar o futebol no estado. A entidade contou com o apoio do intendente de Belém, Dionysio Bentes, que cedeu a área de São Braz para os jogos. A primeira partida deste Campeonato terminou empatada em 2 a 2 entre Internacional e União Sportiva, em 29 de junho. O título ficou com o Grupo do Remo, que o conquistou de forma invicta no ano de sua estreia.
Em 1914 surge o Paysandu Sport Club e sua primeira partida foi justamente contra o Grupo do Remo, em 14 de junho. O primeiro confronto terminou com vitória dos remista por 2 a 1. Posteriormente, o Grupo do Remo conquistaria o bicampeonato estadual. Na ocasião, foi inaugurado o campo da firma Ferreira & Comandita (atual Estádio Leônidas Sodré de Castro, a popular Curuzu), com capacidade para duas mil pessoas, passando a ser o palco principal para a realização das partidas. Na temporada de 1917, a Liga Paraense de Foot-Ball foi substituída pela Liga Paraense de Esportes Terrestres - LPET, fundada em 2 de maio. Nesse ano foi realizado o primeiro Torneio Início e o Paysandu sagrou-se vencedor. No dia 15 de agosto, o Clube do Remo inaugurou o seu campo de esportes (atual estádio Evandro Almeida, mais conhecido como Baenão). Em julho de 1918, o Paysandu adquiriu o campo da firma Ferreira & Comandita através de um lance de 12 contos de réis. Em 1919, o Clube do Remo sagrou-se heptacampeão paraense, feito único até a atualidade. No ano seguinte, o Paysandu obteve o seu primeiro título estadual e continuou vitorioso até 1923 quando arrebatou o tetracampeonato. A partir de então, os rivais passaram a revezar as conquistas.
No ano de 1932 o futebol paraense passou pela maior crise de sua história. Após o término do Campeonato Paraense de 1931, foi eleita a nova diretoria da Federação Paraense de Desportos - FPD (entidade surgida em 21 de junho de 1928) e Ophir de Loyola, do Paysandu, ficou com o cargo de presidente. A decisão não agradou o Clube do Remo que resolveu se desligar da Federação, recebendo o apoio de outros clubes que juntos fundaram a Liga Atlética Paraense, mais tarde Liga Esportiva Paraense. Dessa forma, foram organizadas duas competições em 1932: a oficial da Federação, vencida pelo Paysandu com apenas dois jogos e a "pirata" da Liga, ganha pelo Clube do Remo. O impasse só foi resolvido quando Clube do Remo, Paysandu e Tuna Luso se uniram e criaram a Liga Atlética Paraense - LAP, que passou a reger o futebol no estado, substituindo a FPD.
Na década de 1930 entrou em cena a Tuna Luso Comercial, que fundada em 1903, dedicou prioritariamente às regatas até 1915 quando criou o seu departamento de futebol. O clube só disputou o seu primeiro Campeonato Paraense em 1933. No ano de 1935, inaugurou o seu campo, mais tarde batizado de Estádio Francisco Vasques, o famoso Souza ou Chico Vasques. Seu primeiro título estadual foi o de 1937, conquistado de forma invicta, obtendo o bicampeonato em 1938. Nesse ano a competição foi organizada pela Associação Paraense de Futebol - AFP, de 9 de fevereiro de 1938. A AFP foi substituída em 1941 pela Federação Paraense de Desportos - FPD, surgida em 9 de maio desse ano.
Era profissional

Em 1945 o futebol paraense ingressou no regime profissional, com os clubes assinando contratos com os jogadores, passando a existir vínculo empregatício. Até o fim do amadorismo, Clube do Remo e Paysandu haviam conquistado 14 títulos estaduais cada um, a Tuna Luso, 3 e a União Sportiva, 2.
Em 1960, o Avante, de Soure, tornou-se a primeira equipe do interior a competir na divisão principal do Paraense. O estreante não fez feio e chegou ao vice-campeonato, perdendo o título para o Clube do Remo. Entretanto, uma decisão judicial fez com que a final fosse reeditada mas dessa vez com o ingresso do Paysandu, que eliminou o Avante, porém perdeu o título para o Remo, conhecido na época como o "Duplo Campeão".
Na data de 1º de julho de 1970 foi instalada a Federação Paraense de Futebol, que permanece até hoje como a gestora do futebol no estado do Pará. Em 1976, finalmente o campeonato ganha status de estadual com a participação de mais dois clubes interioranos: o Clube Atlético Marabá e o Esporte Clube Santarém. No ano de 1978 é inaugurado o Mangueirão, o maior estádio do Norte do Brasil que passou a ser o principal palco para grandes jogos e decisões.
A partir dos anos 2000, notou-se uma crescente força dos times do interior como o Castanhal Esporte Clube e o Clube Municipal Ananindeua, vice-campeões dos certames de 2000 e 2006, respectivamente, ambos vencidos pelo Paysandu na final. Em 2008, foi comemorado o centenário do Campeonato Paraense e o Clube do Remo sagrou-se campeão sobre o Águia de Marabá Futebol Clube. No campeonato de 2009, novamente o interior bateu na trave com o vice-campeonato do São Raimundo Esporte Clube, de Santarém. A hegemonia da capital só foi quebrada em 2011, quando o Independente Atlético Clube, de Tucuruí, tornou-se o primeiro interiorano da história a conquistar o título estadual, vencendo a final nos pênaltis sobre o Paysandu. No seguinte, na 100ª edição do Campeonato Paraense, foi a vez do Cametá Sport Club superar o Remo na decisão do título. Após estes feitos, somente em 2023 um clube do interior voltou a vencer o campeonato. O time da vez foi o Águia de Marabá Futebol Clube, que derrotou o Clube do Remo na decisão por pênaltis e consagrou-se campeão daquela edição.
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Promoções
O Campeonato Paraense promove clubes para três competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol, sendo elas: Copa Verde, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro de Futebol - Série D, as classificações são válidas para as competições do ano seguinte a conquista da vaga. As vagas são divididas da seguinte forma:
- Copa do Brasil - são classificados campeão, vice-campeão e o terceiro colocado. Caso o um dos 3 primeiros colocados consiga uma vaga por outra competição (O campeão da Copa Verde consegue uma vaga na terceira fase da Copa do Brasil) o quarto colocado se classifica.
- Copa Verde - são classificados o campeão e o vice-campeão.
- Série D do Campeonato Brasileiro - são classificados os times com melhor colocação na tabela geral e que não estejam em nenhuma outra divisão do Campeonato Brasileiro.
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Campeões
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Perspectiva
Em 1906 foi realizada uma competição não oficial, porém, surgiram várias divergências sobre os resultados e o campeonato prolongou-se até junho de 1907 sem um campeão. O líder até onde houve jogos foi o Pará Club e o em seguida o Pará FBC.
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Títulos
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Perspectiva
Títulos por clube
Título por cidade
Campeões consecutivos
- A sequência em andamento é destacada em negrito.
- Heptacampeonatos
- Remo: 1 vez (1913-14-15-16-17-18-19)
- Pentacampeonatos
- Tetracampeonatos
- Paysandu: 1 vez (1920-21-22-23)
- Tricampeonatos
- Paysandu: 5 vezes (1927-28-29, 1961-62-63, 1965-66-67, 1980-81-82, 2000-01-02)
- Remo: 5 vezes (1924-25-26, 1952-53-54, 1973-74-75, 1977-78-79, 1989-90-91)
- Bicampeonatos
Taça ACLEP
A Taça ACLEP, em homenagem à Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará (ACLEP), foi um torneio disputado entre as edições de 2001 e 2015 do Campeonato Paraense. Duas equipes visavam à classifição à fase principal da primeira divisão, ao mesmo tempo em que outras duas eram rebaixadas à Segunda Divisão Estadual do ano vigente.
- Títulos
Campeão do interior
- Título simbólico reconhecido para a melhor equipe do interior do estado em disputa no campeonato.
- em negrito as edições aonde a equipe foi campeã geral.
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Artilheiros
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Técnicos campeões
- Técnicos com mais títulos
- Givanildo Oliveira (8): Paysandu (5), Remo (3)[10]
- Juan Álvarez (5): Paysandu (4), Remo (1)
- Nagib Matni (5): Paysandu (1), Remo (2) e Tuna Luso (2)
- Técnico campeão com o maior número de equipes
Ver também
Referências
- Agência Pará (11 de Fevereiro de 2021). «Campeonato Paraense de Futebol começa dia 27 com transmissão da TV Cultura e patrocínio do Banpará». Consultado em 1 de Março de 2021
- «Confira os maiores campeões estaduais do país». Confederação Brasileira de Futebol. 26 de janeiro de 2016. Consultado em 20 de julho de 2017
- DA COSTA, Ferreira (2015). Fatos e Personagens do Re-Pa. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 216-220
- BRANDÃO, Caio (12 de janeiro de 2016). «Nos 400 anos de Belém, um timaço só com grandes jogadores paraenses que serviram a Seleção». Trivela. Consultado em 19 de julho de 2017
- DA COSTA, Ferreira (2002). 1973 - Quarentinha abandona futebol após 18 anos de glórias. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, p. 89
- DA COSTA, de F. A Enciclopédia do Futebol Paraense Belém: Editora Halley, 2007.
- «Notas Sportivas». Folha do Norte. Belém-PA. 30 de julho de 1898
- «Notas Sportivas». Folha do Norte. Belém-PA. 6 de agosto de 1898
- DA COSTA, F. Parazão centenário - A história do Campeonato Paraense de futebol. Belém: Editora do Autor, 2012. 15 p.
- «América-MG anuncia técnico Givanildo Oliveira para tentar escapar do rebaixamento». ESPN.com. 11 de novembro de 2018. Consultado em 22 de maio de 2023
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