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município do Estado da Bahia, Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Cafarnaum é um município brasileiro do estado da Bahia. Recenseada em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população é de 17.466 habitantes.[4] Em 2015, ficou em terceiro lugar dentre os municípios baianos no Ranking da Transparência do Ministério Público Federal (MPF) durante o mandato do prefeito Euilson Joaquim da Silva (2013 - 2016).[5]
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Município do Brasil | |||
Vista parcial da cidade | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | cafarnauense | ||
Localização | |||
Localização de Cafarnaum na Bahia | |||
Localização de Cafarnaum no Brasil | |||
Mapa de Cafarnaum | |||
Coordenadas | 11° 41′ 38″ S, 41° 28′ 04″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Morro do Chapéu e América Dourada (N) Mulungu do Morro (S) Bonito (L) Canarana (O) | ||
Distância até a capital | 430 km | ||
História | |||
Fundação | 7 de abril de 1963 (61 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Sueli Fernandes de Souza Novais (PL, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 927,491 km² | ||
População total (IBGE/2022) | 17 466 hab. | ||
Densidade | 18,8 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Altitude | 700 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 44880-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [2]) | 0,584 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[3]) | R$ 70 718,683 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[3]) | R$ 3 903,01 | ||
Sítio | www.cafarnaum.ba.gov.br (Prefeitura) www.cafarnaum.ba.leg.br (Câmara) |
O território do município era habitado pelos pataxós. No contexto da procura de ouro e pedras preciosas no século XVII, foi formado o arraial de Cafarnaum a partir da atração pelo solo fértil. O topônimo faz referência à cidade localizada na Galileia citada na Bíblia.[6]
Emancipação - A 7 de junho de 1961 entrou em tramitação na Assembléia Legislativa o projeto para sua emancipação. A 24 de julho de 1962, o Diário Oficial do Estado publicava o desmembramento do município de Morro do Chapéu. A 7 de abril de 1963, com as presenças de várias autoridades, foram realizadas as solenidades para a instalação da Câmara e para a posse do seu primeiro prefeito.
Situado a 430 quilômetros da capital baiana, o município de Cafarnaum localiza-se a uma latitude 11º 41' 37" sul e a uma longitude 41º 28' 06" oeste,[7] estando a uma altitude de 770 metros. Situada no nordeste do estado da Bahia, faz parte da Microrregião de Irecê e da Mesorregião do Centro-Norte Baiano. Limita-se com os seguintes municípios: ao Norte, Morro do Chapéu e América Dourada; ao Sul, Mulungu do Morro; a Leste, Bonito; e ao Oeste Canarana.
O Município de Cafarnaum possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal, o qual é auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Cafarnaum, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por 11 vereadores também eleitos por sufrágio universal.[8]
A cidade tem distinta vocação para Arte e cultura com destaque especial para literatura, festas tradicionais, música, danças regionais e artes visuais. Péricles Coelho, político e pesquisador local, foi o pioneiro na pesquisa e registro da história da cidade e da sua gente. Seus escritos são fontes seguras de informações sobre os primeiros moradores e feições habitacionais de Cafarnaum. Focados na descrição primorosa da geografia e dos usos e costumes daquela incipiente comunidade agropecuarista, os textos exaltam o engenho de um povo simples, valente e dominadores de todas as adversidades climatéricas do sertão. Situada no semiárido baiano, de onde partem os rubros ventos serranos a tingir os cinzas da caatinga, pouco se soube da cidade e para lá, pouco se aventuraram os mensageiros do litoral. Assim, definiu-se no decorrer do tempo, a sua distinta e autêntica identidade sociocultural. Nessa remota exclusividade germinou o gosto literário e artístico de uma geração empenhada não apenas em florear obras diversas mas também projetar a sua sombra no cenário nacinal. A poesia do professor Ari Nascimento, os cordéis de José Martis e Moacyr Bernardes, a grande pesquisa histórica de Leandro Barreto, os estudos da música caipira e popular do professor José Ferreira Callado e os ensaios psicoemocionais de Elaine Montino são obras perfiladas no desenvolvimento econômico e cultural da cidade e lançam luz no pensamento das futuras gerações.
As artes visuais sempre lograram de amplo espaço e estão entre as primeiras expressões artísticas produzidas nessas terras como testemunha o rico acervo de pinturas rupestres, objetos ritualísticos e domésticos encontrados em sítios arqueológicos. A produção artística do período inicial de emancipação política da cidade abrangia a confecção de adereços, máscaras, pinturas e instrumentos musicais que eram usadas em festejos tradicionais e religiosos. Essas peças eram, na sua grande maioria, feitas por artistas e\ou artesãos autodidatas sem formação acadêmica mas que, nem por isso, deixam de esbanjar devoção e significados típicos da arte "naif" como se vê ainda hoje nas produções dos distristos rurais do município. Zeinho, um grande artesão que também era arte-educador, é autor de muitas peças utilizando fibras de sisal e sementes da flora caatingueira. Suas obras embelezavam lares e ambientes daquela época tomando parte no mobiliário e decoração. Pepeto, um outro artesão e contemporãneo do supracitado, trabalhava a madeira produzindo carros de bois, jumentos, cangaceiros, lavadoras de roupas e parte da feroz fauna sertaneja. Ele encantava as feiras livres ilustrando os costumes e labores daquela gente. São desse período também as primeiras obras onde se reconhece a consciência do fazer artístico. Manoel Rafflick, artista polivante e ainda em atividade, fez grande produção pictórica, musical, literária e escultórica inaugurando a imagem do artista questionador e engajado com as questões antropológicas e sociais tal qual a conhecemos hoje. Maria Aparecida, Nêgo de Calubi além de alguns grupos estudantis escreveram novelas, contos, jograis e peças que eram frequentemente apresentadas no clube recreativo revelando o gosto e boemia da juventude cafarnaumense. Atualmente, a cidade é agraciada com uma nova geração de artistas que além de buscaram séria formação profissional e acadêmica, estão estimulando a apreciação, o gosto e o consumo no novíssimo mercado de compra e venda de arte que aos poucos se estabelece na cidade.
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