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subespécie dos mamíferos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O asno (nome científico: Equus africanus asinus) é uma subespécie doméstica do asno-selvagem-africano. É um mamífero perissodáctilo da família Equidae, cujo nome popular é jumento, jegue, jerico, burro ou asno-doméstico. De tamanho médio (conforme a raça), focinho e orelhas compridas, é utilizado desde a Pré-história como animal de carga.[1][2] Os ancestrais selvagens dos asnos foram domesticados por volta de 5 000 a.C., praticamente ao mesmo tempo que os cavalos, e, desde então, têm sido utilizados pelos homens como animais de carga e montaria.[2]
Asno | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome trinomial | |||||||||||||||||
Equus africanus asinus Linnaeus, 1758 | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Distribuição do asno doméstico | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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Os asnos estão classificados na ordem dos perissodáctilos e na família Equidae, à qual também pertencem os cavalos, pertencendo ambos a um único gênero, os equídeos (Equus).
No Brasil, o termo "burro"[3] pode por vezes designar, não a subespécie Equus africanus asinus, mas o cruzamento entre essa espécie e a Equus ferus caballus (cavalo) quando resulta num animal de gênero macho,[4] Esses híbridos são designados em Portugal como "macho" no caso do gênero ser masculino e "mula" se feminino.[5]
Sua origem está ligada à Abissínia, onde era conhecido como onagro ou burro-selvagem. O burro é, desde tempos remotos, simultaneamente utilizado no meio rural para auxiliar nas tarefas agrícolas e para transporte.
Há séculos que é feito o cruzamento entre asno e cavalo, de que resulta um híbrido denominado muar ou mu, com características de ambas as raças: robustez, capacidade de adaptação a caminhos acidentados e a meio ambiente adverso, docilidade; pernas mais longas e, portanto, maior velocidade, maior facilidade de treino.
A palavra "asno" é derivada do termo que designa esse animal em latim, asinu, e que também é usada em seu nome científico para designar a subespécie doméstica.[6] Os termos, também latinos, que designam seu gênero e espécie, Equus africanus, significam, literalmente, "cavalo africano".
As palavras "burro" e "burrico", por sua vez, são derivações regressivas do latim burricus, que significa "pequeno cavalo".[7][8][9]
A origem do termo "jegue" é controversa, mas, segundo algumas fontes, tem origem no termo inglês jackass. Jackass foi formado de duas palavras: (1) jack, aqui servindo apenas para indicar o sexo masculino do animal (Jack é apelido ou diminutivo de John e serve para designar um homem qualquer); (2) ass, burro.[10]
Em Portugal, Angola e Moçambique, tal como no Brasil, chamar burro a alguém é uma ofensa. Um indivíduo burro é um indivíduo pouco inteligente, estúpido, teimoso, ignorante, com pouco entendimento, sem conhecimento geral nem criatividade. No Brasil, é famosa a expressão ideia de jerico, sendo "jerico" um regionalismo para burro, também usado em Portugal.
Um burro pode ser cruzado com uma égua para produzir uma mula. Um cavalo macho pode ser cruzado com uma jumenta para produzir um bardoto. Híbridos de burro-cavalo são quase sempre estéreis porque os cavalos têm 64 cromossomos, enquanto os burros têm 62, produzindo descendentes com 63 cromossomos. Mulas são muito mais comuns do que bardotos. Acredita-se que isso seja causado por dois fatores, sendo o primeiro comprovado em híbridos de gatos, que quando a contagem de cromossomos do macho é maior, as taxas de fertilidade caem.[11] Kunga, um importante animal usado em batalha há milhares de anos, é provavelmente o primeiro exemplo de engenharia humana de animais. Eles eram altamente valorizados e muito caros.[12] Kunga foi o primeiro animal híbrido identificado.[13] Kunga foi criado a partir de jumentas e jumentos selvagens sírios há 4.500 anos.[14]
O antigo convívio com a espécie humana traz uma grande número de referências culturais na literatura e no folclore popular. As "Fábulas de Esopo" usam a figura do burrinho para representar os humildes. Apuleio tem uma obra intitulada "O Asno de Ouro". Foi por muito tempo o símbolo da ignorância, como em "Sonho de uma Noite de Verão", de Shakespeare. "Pinóquio" é outro exemplo de fábula onde um menino mau é transformado num burrico. Aparece diversas vezes na iconografia cristã, como na fuga para o Egito e no Domingo de Ramos, quando Jesus entrou em Jerusalém montado em um asno.
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