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veste cobrindo todo o corpo e o rosto usado por algumas mulheres muçulmanas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A burca, também chamada de chadri ou paranja na Ásia Central, é uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos, porém nos olhos há uma rede para se poder enxergar. É usada pelas mulheres muçulmanas em alguns países islâmicos. Sua história remonta às civilizações grega, persa antiga e assíria, e seu uso esteve relacionado a status social e hierarquia até o século XIX sobretudo na Ásia Meridional, adotando diferentes fins em certas culturas, por exemplo em sociedades matriarcais indonésias.
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O seu uso baseia-se no fato de que o livro sagrado islâmico, o Alcorão, e outras fontes de estudos, como os Hádices e Suna, exigem a homens e mulheres que se vistam e comportem modestamente em público. No entanto, esta exigência não é indicada nos textos sagrados, e tem sido interpretada de diversas maneiras pelos estudiosos islâmicos e comunidades muçulmanas; a burca não é especificamente mencionada no Corão, nem nos hádices. O movimento religioso fundamentalista Talibã, que comandou o Afeganistão entre 1996 e 2001, impôs o seu uso no país.[carece de fontes]
Para alguns estudiosos, os Hádices falam de cobrir completamente o corpo das mulheres, enquanto outros interpretam que é permissível deixar o rosto, mãos e ocasionalmente pés descobertos.[carece de fontes]
A burca foi proibida, na França, em 17 de julho de 2010, pela Lei nº 524, que entrou em vigor seis meses após sua promulgação. Está também proibida em lugares públicos na Bélgica (desde Julho de 2011), na Bulgária (desde Setembro de 2016), na Itália, e nos Países Baixos (desde Maio de 2015). Mais recentemente a Dinamarca também proibiu o uso destas vestes em público, cuja medida legal entrou em vigor a partir do dia 1 de Agosto de 2018.[1] Foi também banida na Bulgária, Àustria, parcialmente na Alemanha, e na Holanda.[2]
A República dos Camarões baniu a burca, assim como o véu facial, em Julho de 2015, após duas mulheres de burca efectuarem um ataque suicida que fez treze vítimas.[3] A burca está proibida no Sri Lanka desde 29 de Abril de 2019 como consequência dos atentados de 21 de Abril desse ano.[4]
Em 2016, o próprio Estado Islâmico (Daesh) proibiu a burca e o nicabe nos centros de segurança e militares, após o assassinato de alguns dos seus comandantes por mulheres cobertas.[5][6]
A burca já foi descrita como uma "prisão de pano", um símbolo da opressão das mulheres entre os muçulmanos.[7] O seu uso diário provoca falta de vitamina D, devido à falta de exposição à luz solar.[8]
Cerca de 2005, em Israel, alguns membros dos Haredi (judeus ultraortodoxos) começaram a usar burcas, como símbolo de modéstia e piedade. O movimento junta algumas centenas de seguidores- cerca de seiscentas.[9]
Em Agosto de 2018, no Paquistão, após a eleição do Primeiro Ministro Imran Khan, na tomada de posse a primeira dama Bushra Bibi optou pelo uso de uma burqa branca. A escolha foi fortemente criticada como "inadequada" para a primeira-dama do país, mas elogiada também por alguns.[10]
Em Agosto de 2018, novamente, o ex-Primeiro Ministro britânico, Boris Johnson, envolveu-se em uma polêmica após comparar mulheres muçulmanas de burca a "caixas de correio", e isto fora levado a avaliação judicial mediante sua conduta.[11]
Após a reconquista do Afeganistão, em Maio de 2022 os Taliban ordenaram que todas as mulheres afegãs passassem a usar burca. O decreto assinala também que é melhor para as mulheres ficarem em casa, se não tiverem trabalho importante fora dela. "Queremos que as nossas irmãs vivam com dignidade e segurança", disse Khalid Hanafi, o ministro em exercício no chamado Ministério do Vício e da Virtude dos Talibãs.[12]
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