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conjunto de diferentes ecossistemas, que possuem certo nível de homogeneidade Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Na ecologia, o bioma (justaposição em latim "bio": vida + "oma": massa)[1][2] é um espaço geográfico ou unidade biológica com características específicas bem homogêneas, que são definidas por: macroclima, fitofisionomia, solo, altitude e, dentre outros critérios.[3] São tipos de ecossistemas, habitats ou comunidades biológicas com certo nível de homogeneidade.
Em contraste, na regionalização biogeográfica, o critério usado é a composição taxonômica de espécies das áreas.
A definição de bioma varia de autor para autor.[4] O conceito foi criado em 1916 por Clements, originalmente como um sinônimo de comunidade biótica de Möbius (1877).[5] Logo, surgiria a definição atual, baseada nos conceitos anteriores de fitofisionomia, formação e vegetação (comumente usado em oposição a flora), com a inclusão do elemento animal e a exclusão do elemento taxonômico da composição de espécies (composição florística, no caso de plantas).[6][7][8] Em 1935, Tansley incluiu aspectos climáticos e pedológicos (de solo) ao conceito, chamando-o, entretanto, de ecossistema.[9][10]
Em alguns contextos, porém, o termo "bioma" tem sido usado de maneiras diferentes. Na literatura científica alemã, particularmente na terminologia de Heinrich Walter, o termo é usado de maneira similar a "biótopo" (uma unidade geográfica concreta), enquanto na definição de bioma do presente artigo o termo é aplicado internacionalmente - independentemente do continente em que uma determinada área se localiza, ela é denominada pelo mesmo nome de bioma, e não com um nome regional - e corresponde aos termos "zonobioma", "orobioma" e "pedobioma" de Walter (biomas determinados pelo clima, altitude ou solo, respectivamente). [11][12]
Na literatura biogeográfica Brasileira (incluindo trabalhos do IBGE, Embrapa e algumas leis), o termo "bioma" é muitas vezes usado como sinônimo de "província biogeográfica", uma área determinada com base na sua composição taxonômica de espécies presentes (o termo "província florística" é usado quando se consideram as espécies de plantas), ou ainda, como sinônimo de "domínio morfoclimático e fitogeográfico", usado por Ab'Sáber, que se refere a um espaço geográfico de dimensões subcontinentais, com a predominância de características geomorfológicas e climáticas, e também de um certo tipo de vegetação. Logo, na realidade, em ambos os tipos de regionalização ("província biogeográfica" e "domínio morfoclimático e fitogeográfico", aplicados às áreas da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), estão inclusos vários tipos de biomas (de acordo com o uso de tal termo na literatura internacional).[6][13][14][15][16]
Área abiótica ou biótopo é a base onde estão assentados os seres vivos, o chão, o solo, o ar do ambiente e as águas. O biótipo significa o conjunto dos fatores do meio ambiente que não têm vida tais como a areia, as rochas, a argila, os minerais, as substâncias inorgânicas, o ar, a energia do ambiente, os raios, os trovões, os relâmpagos, o calor, a radioatividade, a luz solar, a energia de uma forma geral compõe o biótipo.
Os seres vivos são a biocenose : o conjunto de comunidades formadas pelas populações dos organismos das espécies de seres vivos interagindo entre si.
Ao conjunto biocenose interagindo com o biótopo damos o nome de ecossistema.
Um conjunto de ecossistemas constitui um bioma.
O conjunto de todos os biomas da Terra, constitui a biosfera da Terra.
Biomas florestais que foram degradados por desmatamentos e queimadas e que ficaram com o biótopo desabitado, começam um difícil processo de reabilitação desenvolvendo gramíneas, vegetação rasteira chamada de vegetação pioneira, depois com o passar de muitos anos nessa vegetação rasteira começam a se desenvolver gramíneas mais altas, aparecem os primeiros arbustos e nessa fase essa comunidade vegetal pode ser chamada de "comunidade subclímax". Essa vegetação arbustiva vai se desenvolvendo ao longo de muitas décadas, aparecem árvores de porte médio e, quando o bioma atinge o máximo de seu desenvolvimento passa a ser chamado de comunidade clímax.
Existem três tipos de biociclos: epinociclo, talassociclo e limnociclo.
O epinociclo é o biociclo terrestre. É o conjunto dos seres vivos que vivem sobre terra firme e apresentam quatro biócoros bem distintos: as florestas, as savanas, os campos e os desertos.
A biucora floresta aparece em diversos biomas diferentes, exemplos:
Alguns exemplos de biomas que apresentam a biucora savana:
Alguns exemplos de biomas que apresentam o biucoro campo:
Alguns exemplos de biomas que apresentam o biucoro deserto:
O talassociclo é o biociclo marinho. É o conjunto dos seres vivos que vivem em água salgada representados pelo plâncton, nécton e bentos. O plâncton são seres microscópicos, incluindo o fitoplâncton e o zooplâncton; o nécton são os animais que nadam livremente como os peixes e os golfinhos. O bentos são os seres vivos que passam a maior parte do tempo parados afixados nas rochas ou enterrados na areia do fundo dos mares e oceanos como, por exemplo, corais, ostras, mariscos etc. O talassociclo apresenta três biócoros distintos:
O limnociclo é o biociclo dulcícola, ou seja, é o conjunto dos seres vivos que vivem em água doce e apresenta dois biócoros distintos:
A irradiação solar tem muitos períodos, nesta perspectiva a constante solar não é uma constante![17]
Durante os últimos 800.000 anos, o período dominante da oscilação glacial–interglacial era 100.000 anos, que corresponde a alteração da excentricidade e a inclinação orbital da Terra. Durante o período 3,0–0,8 milhões de anos atrás, a oscilação dominante da glaciação corresponde a um período de 41.000 anos da obliquidade da Terra (ângulo do eixo). Isso reflete as oscilações da Terra no mundo bidimensional (Variação orbital), uma simplificação da realidade no espaço tridimensional.[19][20][21][22] (en.wikipedia)
O fluxo de energia aquecendo a superfície da Terra consiste da soma da:
Num aumento de temperatura, os oceanos contém menos CO2; isso aumenta a concentração do mesmo na atmosfera após 800 anos de aquecimento global. A temperatura dos oceanos nos trópicos está em equilíbrio com a velocidade de evaporação de água. O Ciclo das Eras do Gelo, os Aquecimentos Globais se explicam pela oscilação do calor do sol, dos Ciclos de Milankovitch, da superfície sob neve/ gelo, da concentração de CO2 na atmosfera (Efeito estufa) e pelo vulcanismo.[24][25][26][27][28]
Desde 1979, a temperatura sobre a terra subiu duas vezes mais rápido que sobre o oceano (0,25 °C/ década contra 0,13 °C/ década).[29] Tendências (1979-2005):
Mais importante que a irradiação solar é o calor do sol que atinge efetivamente a superfície, e o calor que essa mesma superfície perde para o espaço (Albedo).
-. Belém PA; Brasil; 24 m; Amazônia; temperatura média anual 26,0 °C; precipitação média anual 2,897 mm. A Antartica tem uma precipitação média anual estimada por volta de 400 mm; a uma temperatura média anual de -6 °C; por volta do nível do mar.
-. Malindi, Quênia; 23 m; temperatura média anual 26,5 °C; precipitação média anual 1,095 mm. A temperatura média anual do pico do Kilimanjaro é -7.1 °C, Kibo 5,895 m. O pico tem uma precipitação média anual estimada por volta de 75 mm ou 1,5 m de neve.[35][36][37]
A idealizada Atmosfera contém 6 Toróides atmosféricos em volta da Terra, separados por 5 "jet streams", o que também explica a aridez ao redor do Trópico de Câncer e do Trópico de Capricórnio (zonas de alta pressão, secas; ar que desce, é seco). Ao redor do Círculo Polar a evaporação é muito menor e ao redor do Equador (zonas de baixa pressão, úmidas; vapor de água do ar que sobe, condensa) os dois lados são quentes e assim contém muito vapor de água (Circulação atmosférica).
A Precipitação média e a temperatura média, o clima, definem a vegetação em primeiro lugar.
Além do clima, da temperatura e da precipitação; a biorregião é gerada pelo seu histórico, seus seres vivos (bios), solo, água, geologia e relêvo.
Até 125 | Até 250 | Até 500 | Até 1,000 | Até 2,000 | Acima de 2,000 | |
---|---|---|---|---|---|---|
0 °C | Tundra de Líquens | Tundra de Arbustos | Tundra de Campo | |||
1 - 4 | --- | Coníferas de Verão | Coníferas Sempre Verdes | Floresta de Folhas Largas de Verão | ||
5 - 7 | Deserto | Aridez | Estepe | Floresta de Folhas Largas de Verão | Floresta Úmida Temperada | |
8 - 12 | Deserto | Aridez | Estepe com Espinhos | Esclerófitas | Floresta Subtropical | |
> 10 | Deserto | Aridez | Savana com Espinhos | Savana Sêca | Savana Úmida | Floresta Tropical |
Leslie Rensselaer Holdridge em 1947 definiu as "zonas de vida" com três indicadores:[39]
A Linha das árvores é por volta da isoterma da temperatura média mensal 10 °C do mês mais quente, e assim da isoterma da temperatura média anual 10 °C nos trópicos. A linha da neve é um pouco mais quente que -1 °C sobre rochas nuas e um pouco mais quente que -3 °C sobre neve/ gelo (Zonas climáticas por altitude).
Ela é baseada no pressuposto, com origem na fitossociologia e na ecologia, de que a vegetação natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão do clima nela prevalecente. Assim, as fronteiras entre regiões climáticas foram seleccionadas para corresponder, tanto quanto possível, às áreas de predominância de cada tipo de vegetação, razão pela qual a distribuição global dos tipos climáticos e a distribuição dos biomas apresenta elevada correlação.
A FAO (Food and Agriculture Organization das Nações Unidas) e o Congresso da União Internacional dos Especialistas do Solo (1998) em Montpellier, publicaram em 2007 uma nova versão do "World Reference Base for Soil Ressources"[40] (WRB) para classificar os solos.[41][42]
Polar
Tundra
Floresta Boreal (Taiga)
Floresta decídua temperada
Estepe
Floresta Subtropical |
Floresta Mediterrânea de Bosques e Arbustos
Floresta de Monção
Deserto & Clima Árido
Estepe de Arbustos semiárida
Pampa
Semidesértico |
Savana de Campo
Savanas
Caatinga
Floresta Tropical
Tundra de Montanhas
Floresta Montana |
Os climas e a umidade aumentam com a diminuição de latitude, e com o aumento da umidade cresce a biodiversidade. Seguindo os trabalhos de Alfred Russel Wallace no Arquipélago Malaio, Ricketts et al. (1999),[43] Dinerstein et al. (1995),[44] Pielou (1979)[45] e Udvardy (1975,[46] mapa da UNESCO atualizado em 1982[47]) sobre Biogeografia; o WWF dividiu o mundo em 867 Biorregiões terrestres (cada um com um número, XX para a Região Biogeográfica, NN para o Bioma e NN para o número individual), cada uma sendo importante para preservar uma flora e uma fauna específica. A borda das Biorregiões sendo um compromisso da borda do território da frequência de vários seres vivos, a borda é normalmente uma transição e a Biorregião não é completamente homogênea, normalmente. Esses nichos ecológicos são divididos em 14 Biomas ou também em 8 Regiões Biogeográficas e suas Biorregiões. O esforço culminou na Lista do WWF, Global 200, que contém 238 Biorregiões ameaçadas do globo, das quais são 142 terrestres, 53 aquáticas de água doce e 43 marinhas costais.
Os biomas terrestres, em ordem da maior latitude à menor, pela classificação internacional, são:
Latitude: 90° (linha do eixo de rotação da Terra)
Latitude: 66° 33′ 39″ (linha do limite do Sol da meia noite, linha da tundra).
A tundra cresce sobre humus com permafrost, vegetação com predominância de musgos e líquens. Nenhum mês com temperatura média mensal acima de 10 °C (50 °F).
2'000 m - 2'500 m (Alpes do Leste, Lado Norte)
Subregiões são a Floresta úmida temperada e a Floresta verde no verão. 1'000 – 1'850 m (Alpes do Leste, Lado Norte), 650 – 1'500 m (colinas da Alemanha Central), as árvores de folhas largas não conseguem viver aqui. Os solos são marrom ou cinza de floresta.
A temperatura média anual é 5,5-15,6 °C; a faia vermelha (Fagus sylvatica) aparece até 2'000 m na Europa do Oeste e até 1'000 - 1'400 m na Europa do Leste e do Norte. Os solos típicos são: Tschernoseme, Kastanoseme, Buroseme bis Sieroseme.
Aqui existe a estepe florestal, estepe de campo e o deserto.
Latitude: 23° 26′ 22″ (linha do limite do Sol do meio dia perpendicular a superfície da Terra, linha da aridez)
Também pode ser chamada de floresta subtropical de inverno úmido. O clima no inverno é úmido com perigo de geadas, e no verão quente e sêco. A vegetação típica são Esclerófitas ("Sklerophylle"), com o carvalho (Quercus ilex).
Aqui existem a estepe com espinhos com estação da chuva, savanas tropicais com espinhos e desertos ardentes.
Mata Atlântica - Floresta Amazônica
Aqui a floresta tropical é sempre verde e sempre úmida. Os solos são vermelhos ou amarelos de floresta, levemente Podsole.
Aqui existe uma estação da chuva. Então podem existir florestas com folhas caducas ou savanas tropicais.
O World Wildlife Fund (WWF) classificou 426 Biorregiões, divididas nos seguintes biomas de água doce (Tipo de Habitat Maior):[49]
Os biomas marinhos cobrem cerca de 70% da superfície da Terra e vão desde estuários costeiros, mangues e recifes de corais até oceanos abertos.[50]
A Classificação tem 232 Biorregiões, da costa até 100 milhas náuticas de distância no mínimo ou no máximo 200 m de profundidade (zona nerítica):[51]
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