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A Batalha de Mediolano (em latim: Mediolanum) foi travada em 259 entre as forças dos alamanos, uma tribo germânica, e as legiões romanas lideradas pelo imperador Galiano. Os alamanos foram completamente destruídos numa acachapante vitória romana.
Batalha de Mediolano | |||
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Guerras germânicas | |||
Data | 259 | ||
Local | Mediolano, na Ligúria e Emília (moderna Milão) | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | Vitória romana | ||
Mudanças territoriais | Os alamanos perderam definitivamente parte dos Campos Decúmanos | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Localização de Mediolano no que é hoje a Itália |
Como o imperador Valeriano, pai de Galiano, não conseguiu estar presente para a batalha, ele nomeou seu filho Galiano comandante. Enquanto ele próprio lutaria contra o Império Sassânida e os godos, que na época estavam saqueando a Trácia e haviam invadido a Ásia Menor, Galiano recebeu a incumbência de defender as fronteiras imperiais no ocidente.
Porém, a situação ali era igualmente difícil. A fronteira do Danúbio sofria constantes ataques bárbaros e Galiano teve que marchar com reforços da Gália até a Dácia e a Mésia para repeli-los. A situação era tão crítica que, em 259, as legiões da Panônia e da Mésia se rebelaram e proclamaram Ingênuo imperador. Galiano reuniu suas forças na região do Reno, deixou a II Parthica para defender a região e partiu para a batalha.
Dentro da fronteira do Reno e dos Alpes, uma confederação de tribos chamada coletivamente de alamanos, que ocupava boa parte do Campos Decúmanos (o território em forma de cunha entre as nascentes do Reno e do Danúbio), cruzaram os Alpes e atacaram as férteis planícies do vale do Pó. A devastação instalou o pânico em Roma, que na época ainda não era uma cidade murada. O senado romano apressadamente armou a população para dar-lhes combate[1] numa tentativa de assegurar que o diminuto exército que protegia a cidade desse conta de expulsar os invasores.
Galiano tinha acabado de derrotar Ingênuo (r. 260) quando soube da invasão. Ele imediatamente marchou com a I Adiutrix, II Italica e a II Parthica para interceptar os invasores que, naquele momento, segundo o historiador bizantino João Zonaras, haviam recuado diante da inesperada resistência da população romana liderada pelos senadores.
Quando Galiano finalmente chegou ao vale do Pó, ele encontrou os alamanos nos arredores de Mediolano. A vitória foi total e, segundo Zonaras, 300 000 alamanos foram mortos naquele dia, o que rendeu a Galiano o título de Germânico Máximo (em latim: Germanicus Maximus).
O sucesso dos alamanos em sua invasão ao império revelou uma vez mais a fragilidade da antiga e tradicional estratégia de colocar legiões nas regiões fronteiriças sem deixar nenhuma para proteger a região interior. A Batalha de Mediolano também demonstrou aos romanos o valor de unidades militares rápidas e flexíveis. O resultado foi que Galiano promoveu uma ampla reforma do exército, introduzindo uma força móvel composta principalmente de cavalaria chamadas vexillationes. As principais unidades deste exército estavam sob o controle de seu fiel general Auréolo em Mediolano com a missão de proteger a Itália.
O senado também tentou reconquistar o direito de armar e comandar suas próprias forças militares para defender a cidade da ameaça germânica. Mas, desconfortável com este desafio ao seu poder, Galiano retirou definitivamente todas as prerrogativas militares dos senadores.
Finalmente, a invasão dos alamanos mostrou a vulnerabilidade das cidades italianas, principalmente de Roma. Algum tempo depois, o imperador Aureliano mandou construir uma poderosa muralha para defender a capital imperial.
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