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diagnóstico clínico Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Apetite sexual excessivo,[2] hipersexualidade, desejo sexual hiperativo (DSH), ou ninfomania (em mulheres) e satiríase (em homens) é um transtorno sexual caracterizado por um nível elevado de desejo e atividade sexual a ponto de causar prejuízos na vida do indivíduo. Trata-se de um tipo de vício com sintomas compulsivos, obsessivos e impulsivos, e seu tratamento é similar ao de outros tipos de dependências. A prevalência está em torno de 5%, sendo mais comum em homens, porém a dificuldade dos participantes em assumirem o problema por questões morais e sociais indicam que a frequência deve ser maior.[1]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Setembro de 2020) |
Hipersexualidade | |
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O Comportamento Sexual Compulsivo afeta entre 3% a 6% da população, predominantemente homens, e costuma ter início no final da adolescência ou no início da terceira década.[1] | |
Especialidade | psicologia médica, psicoterapia, psiquiatria, sexologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | F52.7 |
CID-9 | 302.89 |
Leia o aviso médico |
A hipersexualidade pode ser uma condição primária ou o sintoma de outra doença ou condição médica, por exemplo, síndrome de Klüver-Bucy ou transtorno bipolar. A hipersexualidade também pode se apresentar como um efeito colateral de medicamentos, como medicamentos usados para tratar a doença de Parkinson, ou se apresentar através da administração de hormônios como testosterona e estrogênio durante uma terapia hormonal. Os clínicos ainda não chegaram a um consenso sobre a melhor maneira de descrever a hipersexualidade como uma condição primária,[3][4][5] ou para determinar a adequação de descrever tais comportamentos e impulsos como uma patologia separada.
Vários autores não reconhecem tal patologia[6] e, em vez disso, afirmam que a condição reflete apenas uma antipatia cultural pelo comportamento sexual excepcional.[7][8]
Só é classificado como transtorno psicológico quando o comportamento e desejo sexual elevados prejudicam significativamente suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. Alguns autores classificam a ninfomania e a satiríase como um tipo de compulsão.[9] Mas atualmente é melhor classificada como um vício, pois o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) estão relacionados a atividades desagradáveis a que o indivíduo não consegue resistir e parar de pensar. Já o vício está associado a uma atividade prazerosa e dificuldade em conter impulsos. É possível também que compulsão sexual e vício sexual sejam tratados como transtornos distintos de acordo com seus sintomas.[10]
Popularmente, acredita-se que a pessoa com hipersexualidade deseja ter atos sexuais com diversos parceiros e obtém grande prazer em todos eles, mas não necessariamente é o que ocorre. Uma pessoa considerada ninfomaníaca pode não conseguir satisfazer seus desejos sexuais e, por isso, sentir a necessidade de ter vários atos sexuais seguidos, na tentativa de alcançar um orgasmo. O ato sexual pode ser seguido por culpa e arrependimento, o que não impede novos impulsos para outro ato, assim como nas compulsões alimentares.[11]
Pesquisas brasileiras indicaram que a média de orgasmos é de 3 por semana entre os homens. Com base nesse dado estimou-se que mais de 7 orgasmos por semana ou mais de 15-25 horas vendo pornografia podem ser um sintoma de hipersexualidade. Os próprios portadores geralmente relatam sentirem preocupados e desconfortáveis com o excesso de desejo sexual e que seu tempo poderia ser melhor gasto em outras atividades mais satisfatórias e produtivas.[1]
Segundo Coleman (1992) existem cinco tipos de Transtorno Sexual Hiperativo[12]:
O abuso de pornografia virtual, sexo por telefone e formas anônimas de sexo também podem ser usados para classificar subtipos de hipersexualidade. O abuso de objetos sexuais, a ponto de causar lesões repetidas vezes, também pode ser classificado como uma adicção sexual.
Existem diversas propostas médicas para diagnosticar a hipersexualidade, dentre elas uma das mais aceitas pelos psiquiatras é:[carece de fontes]
É um dos sintomas da fase maníaca do distúrbio bipolar. Nesta fase, o pensamento acelerado, delírio de grandiosidade, impulsividade e euforia podem gerar um grande aumento no número de relações sexuais, frequentemente sem preservativo e com múltiplos parceiros. Semanas depois na fase depressiva é comum que o paciente se arrependa e sinta vergonha e culpa por seus excessos e irresponsabilidade. Doença de Pick, lesões cerebrais, sífilis e demências também podem causar um aumento na sexualidade, impulsividade e obsessão sexual além de outros comportamentos socialmente inadequados similares.[13]
Está fortemente associado com outras adicções como alcoolismo, drogadicção, jogo patológico e compulsão alimentar. Também pode estar associado a transtornos de ansiedade, distúrbios do humor, transtorno de personalidade ou a outra disfunção sexual. Não deve ser classificada quando a hipersexualidade for causada por drogas (como metanfetaminas) ou medicamentos.
Ninfomania deriva das palavras gregas "nýmfi" (νύμφη): "ninfa" e "manía" (μανία): "loucura", "fúria", "ódio". Na mitologia grega, ninfas e sátiros eram espíritos da natureza famosos por sua beleza e sexualidade exacerbada. Diversas ninfas ficaram famosas ao se envolverem ou serem abusadas por deuses, dando à luz famosos heróis.[14]
Terapia cognitivo-comportamental ensina o paciente a controlar seus impulsos e a manter relacionamentos sexualmente saudáveis e satisfatórios não necessariamente diminuindo a frequência sexual (por exemplo pode focalizar em ensinar a pessoa a restringir seu número de parceiros sexuais, melhorar a qualidade do ato e sempre usar preservativos). Pode também ser voltada para o desenvolvimento de habilidades para lidar melhor com a ansiedade, desconforto e carência afetiva ou de assertividade (saber dizer "não" gentilmente).[15]
Antidepressivos que regulam a serotonina (ISRS) podem ajudar a diminuir a libido, a ansiedade, os pensamentos obsessivos e aumentar o autocontrole e bom humor. Psicoterapia de casal e psicoterapia de grupo especialmente voltada para adicção sexual também tem demonstrado bons resultados.[9][16] Participação em terapias em grupos baseadas em 12 passos podem ser eficientes para o tratamento dessa adicção.[17]
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