Angatuba

município brasileiro do estado de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Angatubamap

Angatuba é um município brasileiro do estado de São Paulo. O município é formado pela sede e pelo distrito de Bom Retiro da Esperança.[6][7]

Factos rápidos Município do Brasil, Localização ...
Angatuba
Município do Brasil
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Praça Monsenhor Ribeiro
Praça Monsenhor Ribeiro
Hino
Gentílico angatubense
Localização
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Localização de Angatuba em São Paulo
Localização de Angatuba em São Paulo
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Angatuba
Localização de Angatuba no Brasil
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Mapa de Angatuba
Coordenadas 23° 29′ 24″ S, 48° 24′ 46″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Itatinga, Bofete, Guareí, Itapetininga, Campina do Monte Alegre, Buri e Paranapanema
Distância até a capital federal: 1 066 km
estadual: 200 km
História
Fundação 11 de março de 1872 (153 anos)
Administração
Prefeito(a) Nicolas Basile Rochel[1] (Republicanos, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [2] 1 028,702 km²
População total (Censo IBGE/2022[3]) 24 022 hab.
Densidade 23,4 hab./km²
Clima subtropical (Cfb)
Altitude 624 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,719 alto
PIB (IBGE/2014[5]) R$ 765 382
PIB per capita (IBGE/2014[5]) R$ 32 001,61
Sítio www.angatuba.sp.gov.br (Prefeitura)
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Toponímia

Angatuba é termo indígena que significa abundância de espíritos, ou de forma poética "Mansão das almas". Do tupi: angá, espírito; e tuba, grande quantidade, abundância.

O professor e pesquisador Eduardo de Almeida Navarro classifica este topônimo como um dos 22, dentre 238 de origem indígena, que são considerados inadequados linguisticamente, seja por ferir regras de composição ou de derivação, ou ainda por terem sido formados com lexemas inexistentes nas línguas indígenas, mas que seus idealizadores desejavam criar essa ligação originária. Diz ele:

"Angatuba (1908) – A criação desse topônimo foi uma tentativa de traduzir parcialmente o nome da Freguesia do Espírito Santo da Boa Vista, existente desde 1872. Talvez seu criador quisesse traduzir algo como Lugar do Espírito (Santo). O nome em questão, porém, poderia significar, em Língua Geral Paulista, Ocorrência do Espírito, Ajuntamento de Espíritos. Se a intenção do nomeador foi criar um nome em Tupi Antigo, foi desrespeitada uma regra de composição nesta língua e o nome deveria ter sido Anduba e não Angatuba"[8].

História

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Perspectiva

Angatuba foi fundada em 1872, quando o capitão José Marcos de Albuquerque comprou por duzentos e cinquenta mil réis, um vasto terreno de matas virgens de propriedade de Maria Genoveva dos Santos, e seus herdeiros João Martins dos Santos e Domingos Leite do Prado. Nessa época, o terreno situado no município de Itapetininga, chamava-se "Bairro Palmital". Esta seria a primeira denominação do município.

Ali, José Marcos de Albuquerque juntamente com Teodoro Arruda, Salvador Pereira de Albuquerque, Salvador Rodrigues, Felisberto Ramos, Teodoro Rodrigues, José Vicente Ramos e Domiciano Ramos iniciaram a construção de uma capela.

A construção foi interrompida com o falecimento do Capitão José Marcos de Albuquerque e retomada após a viúva, D. Paula Maria de Camargo, casar-se com o tenente-coronel Tomás Dias Batista Prestes.

O coronel Prestes constituiu comissão para retomada da construção com o Alferes José Antônio Vieira, Salvador Ferreira de Albuquerque, Salvador Rodrigues dos Santos, Teodoro José Vieira e Domiciano Ramos. Estes, apoiados pela população do local, concluíram a construção da capela feita em madeira que foi denominada "Capela do Ribeirão Grande do Palmital". E este foi o segundo nome dado a Angatuba: "Capela do Ribeirão Grande do Palmital".

Tomás Dias Batista Prestes presenteou a comunidade com um pombo de prata, imagem que representa o Divino Espírito Santo, que se tornou o padroeiro da capela.

Em 11 de março de 1872, a lei provincial nº. 7, elevou o povoado à categoria de Freguesia do Espírito Santo da Boa Vista.

Em maio de 1873, o tenente Tomás Dias Batista Prestes, consegue a escritura do terreno da capela e em setembro o terreno é anexado ao patrimônio da "Capela do espírito Santo da Boa Vista".

Em 1885 a Freguesia teve anexado território desmembrado de Itapetininga e foi elevada a município pela lei nº. 27 de 10 de março do mesmo ano.

A instalação efetuou-se em 5 de fevereiro de 1887.

Em 1908 a Lei n. 115, alterou o nome para Angatuba que, em tupi-guarani significa "assembleia dos espíritos", "morada dos espíritos" ou "mansão das almas". Existem historiadores que afirmam que Angatuba significa, em tupi-guarani, "fruta-doce", ou Anga= fruta e tuba= doce.

O primeiro vigário da paróquia da Vila foi o padre Caetano Tedeschi.

A comarca criada pela lei 5285 de 18 de fevereiro de 1959, foi instalada no dia 29 de maio de 1966.

Revolução de 1932

Por uma semana, durante os embates da Revolução de 1932, o município de Angatuba foi ocupado por tropas gaúchas. Consta que com a previsão da invasão do "exército-do-sul" e o medo da população devido a fama de que os gaúchos "destruíam casas e atacavam mulheres", os moradores esconderam suas esposas e filhos pequenos em sítios e/ou cidades vizinhas. Fato curioso foi que com a demora da chegada dos soldados, aos poucos o povo foi retornando para suas casas. Os Gaúchos chegaram quando não mais se imaginava que o município seria tomado. Felizmente nenhum incidente foi registrado e os dias de ocupação foram tranquilos.

Emancipação de Campina do Monte Alegre

Fato importante na história de Angatuba foi o desmembramento de parte de seu território para criação do município da Campina do Monte Alegre.

A área assemelha-se a um apêndice situado a sul do centro geográfico e foi criado pela Lei Estadual nº 7.664, de 30 de dezembro de 1991. O município foi instalado em 1993.

Geografia

Pertencente a Região de Governo de Itapetininga, estando a 40 km de Itapetininga e 200 km de São Paulo.

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Municípios limítrofes de Angatuba.

Hidrografia

Rodovias

Ferrovias

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Antiga estação ferroviária.

Demografia

Dados do Censo - 2017

População total:

(Fonte: IPEADATA)

Política e administração

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Perspectiva
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Paço Municipal.
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Prédio do Fórum - Comarca de Angatuba.

Intendentes e prefeitos

  • Ludovico Antônio Homem de Góis - (1887-1888-1891)
  • Noel Prestes Albuquerque - (1889-1890)
  • Francisco Prestes Bicudo - (1896-1898)
  • Fernando de Camargo Melo - (1901)
  • Joaquim Policarpo Ferreira - (1892-1905)
  • João Batista da Silveira - (1902-1904)
  • Lindolfo de Morais Rosa - (1905-1906)
  • João Alberto de Oliveira - (1907)
  • Antônio Arruda Campos - (1908)
  • Antônio Pereira de Morais - (1909)
  • João Sátiro de Almeida Leme - (1910-1914-1916)
  • Francisco Turelli - (1911)
  • Juviniano Pereira de Moraes - (1912-1913)
  • Brasílio Munhoz - (1917-1918)
  • Antônio Vieira Sobrinho - (1919-1922)
  • Pedro Mariano de Barros - (1923)
  • Antônio José de Oliveira - (1924-1925-1928-1938-1956)
  • Francisco Basile - (1926)
  • Luís Macedo - (1927)
  • Cornélio Vieira de Morais - (1929-1930-1936-1937)
  • Públio de Almeida Melo - (1930)
  • Alberto Fischer - (1931)
  • Juvenal Pereira de Morais - (1932-1933-1935-1941)
  • Benedito de Almeida Leme - (1934)
  • Aurélio Moura - (1945)
  • Rodrigo Martins de Camargo - (1945)
  • Dorival Martins Cury - (1946-1947)
  • Ulisses Turelli - (1948-1951)
  • Francisco Alcides de Moraes - (1952-1955)
  • Vicente Orsi Neto - (1955)
  • Ivens Vieira - (1960-1963)
  • João Orsi Júnior - (1961)
  • Clóvis Vieira de Morais - (1964-1967)
  • Gentil Néry - (1968)
  • Natal Favali - (1968)
  • Roberto Ivens Vieira - (1969-1972)
  • Alfio Verardi - (1973-1976)
  • Francisco José Rodrigues - (1977-1982)
  • Lauro Lemos Piedade - (1982)
  • José Emílio Carlos Lisboa - (1983-1988-1993-1996-2001-2004-2005-2008)
  • Lélio Moura - (1989-1992)
  • Antônio Pedro Quirino - (1997-2000)
  • Pedro Valter Climeni - (2000)
  • Carlos Augusto Rodrigues de Moraes Turelli - (2009-2016)
  • Luiz Antônio Machado - (2017-2020)

Subdivisões

Angatuba possui dois distritos urbanos afastados da sede da cidade:

Infraestrutura

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Perspectiva
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E.E. Dr. Fortunato de Camargo - escola tombada pelo patrimônio histórico nacional.

Clubes de serviços e associações

  • Rotary Club de Angatuba: Fundado em 27 de dezembro de 1995, tendo como padrinho o Rotary Club de Itapetininga qual está sob administração do Distrito 4620 de Rotary Internacional desde Mairinque até Ourinhos, passando pelos municípios de Sorocaba, Avaré e Itapeva. O mesmo mantém diversos projetos sociais e ambientais, cabe destaque a edição anual da Limpeza do Rio Paranapanema, a qual retira certa 100m³ de detritos das margens, lembrando que é o único rio no estado de São Paulo livre de poluição.
  • Associação Comercial e Industrial de Angatuba

Comunicações

Telefonia

A cidade era atendida pela Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP), que construiu em 1974 a central telefônica que é utilizada até os dias atuais. Em 1975 passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP),[10] até que em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica. Em 2012 a empresa adotou a marca Vivo para suas operações de telefonia fixa.[11][12][13][14]

Possui cobertura 4G+ das operadoras VIVO com 4 Erbs e Claro com 5 Erbs.

Possui cobertura 4G da operadora TIM, 3G da Nextel e 2G da Oi.

Possui rede de Fibra Óptica dos provedores FASTERNET e LOGNET.

Canais de TV

Angatuba possui os seguintes canais abertos para sua comunidade:

Pessoas ilustres

Religião

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Igreja Matriz.

O Cristianismo se faz presente na cidade da seguinte forma:[15]

Igreja Católica

Igrejas Evangélicas

Entre as igrejas protestantes históricas, pentecostais e neopentecostais, encontram-se na cidade:[17][18]

Ver também

Referências

  1. Nicolas Basile, do Republicanos, é eleito prefeito de Angatuba Portal G1 - acessado em 4 de outubro de 2021
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
  3. «Censo Populacional 2022». Censo Populacional 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2017[ligação inativa]
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
  5. «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
  6. «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico
  7. «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  8. Navarro, Eduardo de Almeida (23 de julho de 2021). «Os nomes de origem indígena dos municípios paulistas: uma classificação». Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978) (2): 733–752. ISSN 1413-0939. doi:10.21165/el.v50i2.2865. Consultado em 4 de dezembro de 2023
  9. «Declaração de Rede - 2020». Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. Consultado em 7 de março de 2022
  10. «Área de atuação da Telesp em São Paulo». Página Oficial da Telesp (arquivada)
  11. «Patrimônio da COTESP incorporado pela TELESP» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
  12. «Nossa História». Telefônica / VIVO
  13. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1
  14. O termo "cristão" (em grego Χριστιανός, transl Christianós) foi usado pela primeira vez para se referir aos discípulos de Jesus Cristo na cidade de Antioquia (Atos cap. 11, vers. 26), por volta de 44 d.C., significando "seguidores de Cristo". O primeiro registro do uso do termo "cristianismo" (em grego Χριστιανισμός, Christianismós) foi feito por Inácio de Antioquia, por volta do ano 100. Tyndale Bible Dictionary, pp. 266, 828
  15. «Sul 1 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 20 de abril de 2025
  16. Cross, F. L.; Livingstone, E. A., eds. (1 de janeiro de 2009). «The Oxford Dictionary of the Christian Church». Oxford University Press (em inglês). ISBN 978-0-19-280290-3. Consultado em 23 de abril de 2025
  17. «Tabela 2094: População residente por cor ou raça e religião». sidra.ibge.gov.br. Consultado em 23 de abril de 2025
  18. «Campos Eclesiásticos». CONFRADESP. 10 de dezembro de 2018. Consultado em 20 de abril de 2025
  19. «Arquivos: Locais». Assembleia de Deus Belém – Sede. Consultado em 20 de abril de 2025
  20. «Localidade - Congregação Cristã no Brasil». congregacaocristanobrasil.org.br. Consultado em 20 de abril de 2025

Ligações externas

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