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Acciaiuoli é um nome de família de origem florentina, presente em Portugal e no Brasil.
A família Acciaiuoli (também Acciaioli, Acciajuoli e, no Brasil, Acioli, Accioli, Acyoly, Accioly, Aciole ou Accadrolli) foi, durante o Renascimento, uma das mais importantes famílias de Florença. Um ramo da família teve numerosos feudos e foi muito influente no Reino de Nápoles. Além disso, alguns dos seus expoentes se tornaram soberanos do Ducado de Atenas.
A linhagem brasileira iniciou-se na Capitania de Pernambuco em princípios do século XVII.
Trata-se, na origem, de uma proeminente família guelfa de Florença. Uma narrativa semi-lendária, mas repetida nas principais genealogias conta que, em 1160, certo Gugliarello Acciaiuoli, diante de um iminente ataque de Frederico Barba Ruiva a Bréscia, foge da cidade e se fixa em Florença, onde se torna comerciante de lã e banqueiro. Como havia sido armeiro em Bréscia, toma o nome Acciaiuoli (acciaiuolo em italiano é o artesão que trabalha o aço), e adota como insígnia heráldica as armas de Bréscia. Tal narrativa pode ser lendária: o nome familiar pode também derivar de accia ('meada', em italiano), e os Acciaiuoli podem ter sido, na origem, cardadores de lã. A grafia Azzaroli é também atestada em diversos documentos, de modo que o nome pode também derivar de azzaruolo ('azarola'), sugerindo uma origem camponesa. Versões outras do nome familiar em língua italiana, são também Acciaiuoli ou Acciajuoli; em latina, Acciai(u)olus.
Ao longo dos séculos, o nome da família foi registrado com diversas outras grafias, como Accioli, Acioli,Aciole, Accioly, Acioly, Achioli, Achaioli, Acceyoli, Accyoli, Axioules',Acioly ou Axioli. No Brasil, o nome assumiu predominantemente as formas Acyoly, Accioli , Accioly, Accadrolli, Acciolli ou Aciolly.
No século XIII, Acciaiuoli é uma família de banqueiros guelfos e de letrados, como messer Leone degli Acciaiuoli, dado como doutor em leis em 1258. Este Leone funda o Banco Acciaiuoli, ou seja, a Compagna di Ser Leone degli Acciaiuoli e de' suoi compagni, logo com filiais da Grécia à Tunísia, até Londres. Leone torna-se, em 1282, o primeiro membro de sua família a ter funções no governo da cidade, sendo eleito prior e membro da Signoria de Florença em maio de 1282.
Outros membros notáveis desta família são: Nicolau Acciaiuoli (1310-1365), grão-senescal de Nápoles, o primeiro indivíduo não ligado a casas reais a receber a Rosa de Ouro, prêmio dado pelos pontífices romanos a personagens de destaque; Nério I Acciaiuoli, † 1398, senhor de Corinto, na Grécia, e depois Duque de Atenas, fundador de uma dinastia que persistiu até 1460; Donato Acciaiuoli (1428-1478), humanista, companheiro de Lourenço, o Magnífico, tutor e pai adotivo dos filhos de Donato. Do casamento de Laudômia Acciaiuoli com Pierfrancesco de Médici descendem os grãos-duques da Toscana e várias casas reais.
Simone Acciaiuoli, falecido em 1544, fixou-se na ilha da Madeira antes de 1512, onde se tornou conhecido como Simão Achioly ou Accioly. Teve, até antes de 1529 o cargo de almoxarife régio na Madeira. Em c. 1530, casou-se com Maria Pimentel, que faleceu em 1541, deixando vasta descendência. De suas relações com a Coroa portuguesa vem a sua inserção no Brasil colonial, dando origem a vários ramos da família, sobretudo em Pernambuco, Alagoas e Ceará. Persistiram também os ramos português e madeirense. Um descendente masculino deste último ramo, Jacinto Acciaiuoli de Vasconcellos, passou a Florença no século XVIII, onde se casou com Marianna Acciaiuoli Torriglione, herdeira do ramo florentino. O filho de ambos, Nicola Diacinto Acciaiuoli de Vasconcellos, nascido em 1753, faleceu em 1834, em Veneza.[1] Nicola Diacinto tinha os títulos de Marquês de Novi e Conde del Cassero.
O ramo português descende de Genebra Acciaiuoli, dada como filha natural de Simão Achioli e casada com Pedro Folgado, associado comercial de Simão, na Madeira. Deu origem às famílias Fonseca Acciaiuoli e Acciaiuoli de Sá Nogueira; dele descende o Conde de Avilez, Jorge de Avilez, militar português que, no Brasil, rebelou-se contra a independência em 1822, e os Condes das Galvêas.
O ramo madeirense persiste até hoje, numa linha masculina e em linhas femininas.
Gaspar Acciaiuoli de Vasconcellos, filho de Zenóbio Acciaiuoli e de Maria de Vasconcelos, neto de Simão e de Maria Pimentel e Drummond, passa ao Brasil em 1618 e se casa, em Pernambuco, com Ana Cavalcanti de Albuquerque, neta de Filippo Cavalcanti — pertencente a outra nobre família guelfa de Florença, os Cavalcantis —, de quem diz-se, sem fundamento, que por motivos políticos teria fugido para Portugal e depois emigrado para o nordeste do Brasil. Na verdade Filippo Cavalcanti, filho de Giovanni Cavalcanti, rico mercador com negócios na corte de Henrique VIII, e de Ginevra Mannelli, herdeira de uma família de fabricantes e negociantes de seda de Florença, passou a Portugal e ao Brasil munido de uma certidão de nobreza assinada pelo próprio Grão-Duque da Toscana, Cosimo II de' Medici. Os Accioli têm ligação de parentesco, tanto em Florença como no Brasil, com os Cavalcanti.
Dos filhos de Gaspar Acciaiuoli descendem os principais ramos que persistem hoje, da família Accioli.
Em resumo, é a que se segue:
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