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Abel Neves (Montalegre, Abril de 1956) é um poeta, dramaturgo e romancista português.
Abel Neves | |
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Nascimento | 1956 (68 anos) Montalegre, Portugal |
Ocupação | Escritor |
Género literário | Romance, Teatro, Poesia |
Nasceu na vila de Montalegre, em 1956.[1]
Segundo uma entrevista que o autor deu à Câmara Municipal de Montalegre em 2014, iniciou a sua carreira ligada ao teatro em 1979, tendo sido membro de uma companhia teatral em Lisboa durante cerca de doze anos.[2] Começou depois a colaborar noutras vertentes audiovisuais, como a literatura e a televisão, tendo trabalhado num leque muito diversificado de séries, como a Rua Sésamo.[2] Também exercia como coordenador no programa das Oficinas de Escrita do Texto Dramático, em companhias teatrais, centros dramáticos e em estabelecimentos de ensino superior.[2]
Destacou-se como escritor, tendo sido o autor de um grande número de obras, compreendendo peças de teatro, romances, livros de poesia e pelo menos um ensaio.[3] As suas peças de teatro incluem os títulos Amadis, Touro, Terra, Amo-te, Atlântico, Finisterrae, Arbor Mater, Lobo-Wolf, El Gringo, Inter-Rail, Além as estrelas são a nossa casa, Supernova, Fénix e Kota-Kota, A Caminho do Oeste, Amor-Perfeito, Olhando o céu estou em todos os séculos, Provavelmente uma pessoa, Nunca estive em Bagdad, Madressilva, Qaribó, Ubelhas - Mutantes e Transumantes, Vulcão, Querido Che.[3] Uma das peças mais destacadas foi a Supernova, baseada nos registos de Pero Vaz de Caminha sobre a descoberta do Brasil, onde o autor tentou criar uma aventura de moldes paralelos à descrita pelo cronista, num contexto moderno.[4] No ano de 2000, foi levada à cena em várias cidades de Portugal e em Salvador, no Brasil, em co-produção entre o Teatro Nacional de São João e várias associações culturais portuguesas e brasileiras.[4] Em 2002, participou num evento internacional promovido pela Casa Europeia de Escrita Contemporânea, no Estúdio-Teatro da Comédie Française, em Paris, tendo apresentado a sua obra Além as estrelas são a nossa casa, traduzida para francês por Alexandra Moreira da Silva e Jorge Tomé.[5]
Os seus textos teatrais, nomeadamente os da antologia Além as estrelas são a nossa casa, foram elogiados pelo dramaturgo António Augusto Barros, da companhia Escola da Noite, que comentou em 2000 ao jornal Público que «Quando li pela primeira vez "Para pintar o guarda-rios", pareceu-me um texto apenas poético. Reconheço que não vi nem metade. É que também é teatralmente muito bem construído».[6] Em 2014, a sua peça Sabe Deus Pintar o Diabo, ganhou o prémio de Melhor Texto Português Representado em 2013, organizado pela Sociedade Portuguesa de Autores.[7][8]
Em 2013, envolveu-se numa polémica com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda no âmbito do novo acordo ortográfico quando afirmou que aquela editora tinha-se recusado a publicar três das suas peças de teatro, uma vez que o autor não queria alterar o texto para as novas regras ortográficas.[9] Segundo o jornalista e escritor Octávio Santos, do jornal Público, aquela decisão da Casa da Moeda infrigingia o Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, fundado na legislação a nível internacional, onde se dava aos autores o direito de utilizarem a linguagem que eles pretendessem nas suas obras.[9] O próprio autor manifestou-se contra o novo acordo ortográfico num artigo de opinião, publicado no jornal Público em 15 de Janeiro de 2013, tendo então comentado que «A sensação que dá o Acordo é o de ter de vestir-se uma farda que pode nem alterar muito a figura, mas até também por isso mesmo não valha a pena usar-se por desfigurar o corpo firme, estabelecido e sem vantagem na alteração», e questionou se «Não será preferível defender a singularidade, a riqueza da língua, em vez do propósito da unicidade?».[10]
Em termos de romances, lançou a obra Corações piegas, publicada em 1996 pela editora Cotovia, Asas para que vos quero, editada pela Cotovia em 1997, Sentimental, publicada em 1999 pelas Edições ASA, Centauros - imagens são enigmas, lançada pela Asa em 2000; Precioso, publicada pela editora Dom Quixote em 2006, e Cornos da Fonte Fria, lançada pela Sextante em 2007.[3] Os seus livros de poesia incluem Eis o amor a fome e a morte, publicada pela Cotovia em 1998, e realça-se também o seu ensaio sobre teatro Algures entre a resposta e a interrogação, editada em 2002 pela Cotovia.[3]
Teatro:
Ficção Narrativa:
Teatro
Poesia
Revistas
Ensaio sobre a obra teatral
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