Loading AI tools
filme de 2001 dirigido por Daniel Filho Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Partilha é um filme de comédia dramática brasileiro de 2001, dirigido por Daniel Filho e escrito por ele mesmo, João Emanuel Carneiro e Mark Haskell Smith, baseado na peça teatral homônima de Miguel Falabella. É estrelado por Glória Pires, Andréa Beltrão, Lília Cabral e Paloma Duarte e conta a história de quatro irmãs que se reúnem após a morte da mãe dela para discutir sobre a divisão de bens da família. O elenco secundário é composto por Marcello Antony, Herson Capri, Fernanda Rodrigues, Guta Stresser, Thiago Fragoso e Chica Xavier.[2]
A Partilha | |
---|---|
The Inheritance (EN) | |
Pôster oficial do filme. | |
Brasil 2001 • cor • 96 min | |
Género | comédia dramática |
Direção | Daniel Filho |
Produção |
|
Roteiro |
|
Baseado em | A Partilha de Miguel Falabella |
Elenco | |
Música | |
Cinematografia | Félix Monti |
Direção de arte | Daniel Flaksman |
Edição | Felipe Lacerda |
Companhia(s) produtora(s) | Lereby Produções Globo Filmes |
Distribuição | Columbia TrisTar |
Lançamento | 8 de junho de 2001[1] |
Idioma | português |
Orçamento | R$ 3.000.000,00 |
Receita | R$ 8.797.925,00 |
A Partilha foi lançado no Brasil a partir de 8 de junho de 2001 pela Columbia TrisTar.[3] O filme foi recebido, em geral, com críticas mistas que apontaram problemas no roteiro mas elogiaram o desempenho em conjunto das quatro atrizes protagonistas.[4] Foi um sucesso comercial no ano de estreia levando mais de um milhão de pessoas aos cinemas, tendo uma receita de mais de R$ 8,5 milhões, superando seu orçamento de R$ 3 milhões.[5]
O filme recebeu duas indicações na primeira cerimônia de entrega da Academia Brasileira de Cinema do prêmio Grande Otelo, ambas de Melhor Atriz para Andréa Beltrão e Glória Pires. No 7° Prêmio Guarani de Cinema, Glória Pires venceu a categoria de Melhor Atriz por seu desempenho no filme, que ainda recebeu mais três nomeações, incluindo de Melhor Atriz Coadjuvante (Paloma Duarte) e Melhor Roteiro Adaptado.[6]
Após muito tempo afastadas, quatro irmãs se reencontram durante o enterro da mãe, para fazer um levantamento dos bens da família e rediscutir suas próprias vidas. As divergências são inevitáveis, pois elas seguiram caminhos muito diferentes: Selma, a irmã mais conservadora, está casada com um militar e leva uma vida disciplinada na Tijuca; Regina, é liberada, esotérica, não costuma se reprimir e tem uma visão "alto astral" da vida; Lúcia abandonou um casamento convencional e o filho para viver um grande amor em Paris; e Laura, a caçula, revela-se uma intelectual sisuda e surpreende as irmãs com suas atitudes, sobretudo quando se assume homossexual. Durante o encontro, elas discutem e brigam mas, ao mesmo tempo, relembram os bons tempos passados e descobrem muitas novidades sobre elas mesmas. Ao lado de Bá Toinha, a empregada da família, elas vivem intensamente suas afinidades, seus problemas e suas diferenças.
Intérprete | Personagem |
---|---|
Glória Pires | Selma da Costa |
Andréa Beltrão | Regina da Costa |
Lília Cabral | Lúcia da Costa |
Paloma Duarte | Laura da Costa |
Marcello Antony | Bruno Diegues |
Herson Capri | Luis Fernando Vieira |
Fernanda Rodrigues | Simone da Costa Vieira |
Chica Xavier | Bá Toinha |
Guta Stresser | Célia |
Thiago Fragoso | Maurício da Costa Cabral |
Dênis Carvalho | Carlos Cabral |
Bianca Castanho | Angela |
Lui Mendes | Tonelada |
Cassiano Carneiro | Empresário do Tonelada |
Cininha de Paula | Comissaria da alfandega |
O filme é baseado na peça de teatro A Partilha, escrita por Miguel Falabella e montada originalmente em 1990.[3] A peça foi um sucesso de público e crítica. Pouco tempo após sua estreia, o diretor Daniel Filho comprou os direitos de adaptação da trama para um projeto futuro no cinema.[7] Ao longo de quase uma década, Daniel mexeu no projeto diversas vezes e até pensou em desistir. Ele conta que o que o fez continuar montando o filme foi ter ouvido de Bruno Barreto que, se Daniel não realizasse o projeto, ele mesmo o faria. Curiosamente, o mesmo ocorreu com os dois com Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), sucesso dirigido por Barreto.[7]
O roteiro preservou muitos aspectos da estrutura textual da peça de 1990 e foi escrito também por Miguel Falabella em conjunto com João Emanuel Carneiro e Mark Haskell Smith. As atrizes da montagem original (Natália do Vale, Arlete Salles, Susana Vieira e Thereza Piffer) não participaram do filme. Glória Pires foi a primeira atriz a ser pensada pelo diretor para o papel de Selma que logo aceitou participar do projeto.[7] Após alguns testes, Lília Cabral, Paloma Duarte e Andréa Beltrão foram as escolhidas para interpretar as demais protagonistas.
O orçamento do filme, estimado pela Globo Filmes, foi de R$ 3 milhões. Destes, conforme o então Ministério da Cultura do Brasil, a Lereby Filmes, produtora de Daniel Filho, teve autorização para captar cerca de R$ 4,3 milhões por meio de leis de renúncia fiscal, entretanto conseguiu efetivamente apenas R$ 1.198.365,71.[7]
Com coprodução entre Globo Filmes, Lereby Produções e Columbia Tristar,[8] as filmagens de A Partilha foram concluídas em cinco semanas, entre os meses de novembro e dezembro de 2000.[carece de fontes] A direção musical é assinada por Nelson Motta e a trilha sonora é de Ed Motta.[8]
O filme foi lançado diretamente no circuito comercial no Brasil em 8 de junho de 2001 com 144 cópias distribuídas por todas as regiões do país.[7]
De acordo com dados do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA), da Ancine, o filme teve um público estimado em 1.449.411 espectadores ao longo de sua exibição nos cinemas gerando uma receita de R$ 8.797.925,00, sendo considerado um sucesso comercial e um dos filmes brasileiros mais vistos em 2001.[5]
O filme foi recebido com avaliações mistas entre os críticos especializados. No geral, sofreu críticas em relação ao roteiro por apresentar abordagens ultrapassadas sobre temas como religião e orientação sexual.[4] Escrevendo para o website Cine Set, Camila Henriques disse: "A Partilha tenta pintar um retrato honesto das relações familiares e de tudo o que as cerca, principalmente na forma com que aborda o machismo do personagem de Herson Capri – como não comemorar os xingamentos que Regina finalmente despeja a ele? No fim das contas, a 'dramédia' dirigida por Daniel Filho carrega os resquícios teatrais da obra de Miguel Falabella, mas tem o apoio de quatro grandes atrizes para fazer algo além a partir de um roteiro nem tão complexo assim. E que bom seria se todo drama familiar tivesse uma trégua ao som de Dancin’ Days."[4]
Ano | Associações | Categoria | Nomeações | Resultado |
---|---|---|---|---|
2001 | Prêmio Qualidade Brasil - RJ | Melhor Atriz em Cinema | Andréa Beltrão (empate com Cássia Kis) | Venceu |
2002 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Atriz | Andréa Beltrão | Indicado |
Glória Pires | Indicado | |||
Miami Brazilian Film Festival | Melhor Filme do Júri Popular | Daniel Filho | Venceu | |
Melhor Roteiro | Daniel Filho, João Emanuel Carneiro e Mark Haskell Smith | Venceu | ||
Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro[6] | Melhor Atriz | Glória Pires | Venceu | |
Melhor Atriz Coadjuvante | Paloma Duarte | Indicado | ||
Melhor Roteiro Adaptado | João Emanuel Carneiro, Daniel Filho e Mark Haskell Smith | Indicado | ||
Melhor Música | Nelson Motta | Indicado |
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.