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distrito do município de Santa Adélia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Ururaí é um distrito do município brasileiro de Santa Adélia, no interior do estado de São Paulo[1][2].
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Distrito do Brasil | ||
Localização | ||
Mapa de Ururaí | ||
Coordenadas | 21° 20′ 12″ S, 48° 50′ 52″ O | |
Estado | São Paulo | |
Município | Santa Adélia | |
História | ||
Criado em | 27 de novembro de 1919 (104 anos) | |
Características geográficas | ||
Área total | 78,517 km² | |
População total (2010) | 350 hab. |
O povoado de Taquara, que deu origem ao distrito de Ururaí, foi fundado em terras da Sesmaria de Maria Francisca de Jesus Castilho. O distrito é bem conhecido justamente pelos seus moradores antepassados, que fizeram parte da história imperial brasileira[3].
Em 1820 uma família portuguesa proveniente da Ilha da Madeira embarcou para o Brasil, eram os irmãos José Antonio de Castilho, Manoel Francisco de Castilho e Alexandre José de Castilho, que chegaram ao Rio de Janeiro na esteira da família real portuguesa[3].
Logo após o casal Manoel Francisco de Castilho e Maria Francisca de Jesus Castilho adquiriram uma fazenda em Minas Gerais. Com a morte do marido, a viúva decidiu se mudar com seus três filhos para a capital imperial.
Na corte carioca ela fez amizade com a Imperatriz Leopoldina, esposa do Imperador Dom Pedro I. Em 1825 a imperatriz estava procurando uma ama de leite para seu filho, o futuro Imperador Dom Pedro II, que iria nascer em dezembro, e Maria Francisca se ofereceu para tal[3][4].
Pela atitude o Imperador Dom Pedro I presenteou Maria Francisca com uma sesmaria que se estendia desde os sertões ou campos de Araraquara até a barranca do Rio Tietê. A carta que concedia o lote de terra foi lavrada em maio de 1825, ou seja, sete meses antes do nascimento do futuro imperador[3].
Ela também ganhou da Corte Portuguesa uma luxuosa capa preta, que sempre fazia questão de usar. Por isso ela recebeu o cognome de "Capa Preta"[5].
Maria Francisca amamentou Dom Pedro II após a morte de Dona Leopoldina e depois se mudou para São Paulo. Acompanhada dos filhos, empregados e escravos, conduzindo pertences e mercadorias, penetraram no sertão para tomar posse das terras que ganhou do Imperador[4].
O local se constituía num ponto de passagem obrigatória, pois era utilizado como “pouso de tropeiros”. Pelos idos de 1867, mais precisamente nos dias 21, 22 e 23 de julho, por ali passou a comitiva do Visconde de Taunay que retornava da “Campanha do Paraguai”, após combater em terras paraguaias[6].
Taunay registrou sob a forma de diário todas as passagens da viagem de retorno, constando no livro “Céus e Terras do Brasil”. Ele relata a sua passagem pela propriedade da Capa Preta, tendo ali saboreado o delicioso biscoito “brevidade”. Registra também que cruzou o Ribeirão dos Porcos que naquele momento estava transbordando[6].
Em posse dessa terra passa a morar nela junto com a família até morrer e ser sepultada no cemitério de Ururaí, um dos povoados fundados em suas terras[4].
Dona Maria Francisca de Jesus Castilho deixou nestas terras os seus descendentes, sendo que eles ficaram conhecidos como os "Castilho Capa Preta". A rigor, foi a descendência dela que recebeu o cognome, mas este, de certa forma, atingiu os ramos dos outros dois irmãos[3].
A descendência deles povoaram todo o sertão de Araraquara, principalmente as cidades de Novo Horizonte, Itápolis, Taquaritinga, Santa Adélia, Ururaí, Ibitinga, Itajobi, bem como cidades da região da Noroeste, como Penápolis, Avanhandava, Glicério, Araçatuba e Birigui[3].
Em 1996 Bertrand de Orléans e Bragança, descendente da família real, visitou Ururaí e atestou o fato. Na visita, o herdeiro da família real brasileira depositou uma coroa de flores no túmulo de Maria Francisca de Jesus Castilho, onde a ama de leite do imperador foi enterrada, e por meio de um discurso reconheceu a importância da "Capa Preta" para história do império brasileiro[4][5].
Entre os censos de 1980 e 2000 o distrito de Santa Rosa era considerado pelo IBGE como área urbana isolada de Ururaí.
Pelo Censo 2010 (IBGE) a população total do distrito era de 350 habitantes[13].
A área territorial do distrito é de 78,517 km²[14].
O distrito possui acesso à Rodovia Washington Luís (SP-310) através de estrada vicinal[16].
Atualmente é feito na sede do município, pois o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do distrito foi extinto pela Resolução nº 1 de 29/12/1971 do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e seu acervo foi recolhido ao cartório do distrito sede[17][18].
O serviço de abastecimento de água é feito pela Prefeitura Municipal de Santa Adélia[19].
A responsável pelo abastecimento de energia elétrica é a CPFL Paulista, distribuidora do Grupo CPFL Energia[20][21].
O distrito era atendido pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que inaugurou a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi vendida para a Telefônica, que em 2012 adotou a marca Vivo para suas operações[22].
O Cristianismo se faz presente no distrito da seguinte forma:[23]
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