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município brasileiro do estado do Ceará Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Solonópole é um município brasileiro do estado do Ceará. A população estimada em 2016 foi de 18 127 habitantes.
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | solonopolense | ||
Localização | |||
Localização de Solonópole no Ceará | |||
Localização de Solonópole no Brasil | |||
Mapa de Solonópole | |||
Coordenadas | 5° 43′ 58″ S, 39° 00′ 28″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Ceará | ||
Municípios limítrofes | Norte: Banabuiú,Quixeramobim Leste: Jaguaretama, Jaguaribe, Sul: Quixelô, Acopiara, Oeste: Deputado Irapuan Pinheiro, Milhã | ||
Distância até a capital | 272 (via Banabuiú), 285 (via Morada Nova), 224 (em linha reta) km | ||
História | |||
Fundação | 22 de outubro de 1870 (154 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Ana Vladia Nogueira Pinheiro Jucá (PSD, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 536,158 km² | ||
População total (est. IBGE/2016[2]) | 18 127 hab. | ||
Densidade | 11,8 hab./km² | ||
Clima | Clima semiárido | ||
Altitude | 155 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[3]) | 0,64 — médio | ||
PIB (IBGE/2016[4]) | R$ 90 675,537 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 5 053,53 | ||
Sítio | solonopole.ce.gov.br (Prefeitura) |
O índice de desenvolvimento social de resultados, emprego e renda é baixo, inferior a 0,3.[5]
Originalmente denominada Cachoeira do Riacho do Sangue, em virtude da existência de uma queda de água no leito do Riacho do Sangue e depois apenas Cachoeira. Há mais de uma versão sobre o nome Riacho do Sangue, e uma delas é a luta entre duas famílias pelo domínio da terra, tingindo de sangue as águas do rio, nas proximidades do lugar chamado Alto da ico
Batalha, abaixo da cidade, ainda existente; a outra é de uma luta entre índios, no lugar chamado Logradouro.
Em 30 de dezembro de 1943, através do Decreto n° 1.114, passou a se denominar Solonópole, que significa Cidade de Solon em homenagem a Manoel Solon Rodrigues Pinheiro, advogado, jornalista e professor nascido no município.
Solonópole se tornou distrito de Jaguaribe-Mirim ainda com o antigo nome Cachoeira, em 1863. Em 1870 se emancipou de Jaguaribe-Mirim, elevado à categoria de vila. Em 1892 é rebaixada a distrito de Jaguaribe-Mirim, mas em 1893 é novamente elevada à categoria de vila. Em 1911 são criados 2 distritos: Flores Novas e São Bernardo. Em 1931 Cachoeira é de novo rebaixada à categoria de distrito de Jaguaribe-Mirim, mas em 1935 é emancipada (pela terceira vez), e anexa seus 3 antigos distritos (Carnaubinha, Flores Novas e São Bernardo). Em 1936 mais 4 distritos são criados: Boqueirão, Cangati, Conceição e Pasta. Em 1937 Flores Novas muda o nome para Flores e é criado o distrito de Milhã. Em 1938 o distrito Flores volta a se chamar Flores Novas e o distrito Boqueirão foi rebaixado a povoado. Em 1943 o município Cachoeira muda o nome para Solonópole e o distrito São Bernardo muda o nome para Tataíra. Em 1959 Carnaubinha e Milhã se desmembram para formar o novo município de Milhã. Em 1963 Flores Novas se desmembra de Solonópole para formar o novo município de Flores. Em 1963 o distrito Pasta se emancipa de Solonópole. Em 1963 Tataíra também se emancipa de Solonópole, e muda o nome para São Bernardo do Ceará. Em 1964 é criado o distrito de Assunção. Em 1965 Solonópole anexou o território de 4 municípios extintos, que eram seus ex-distritos: Milhã (que veio junto com o distrito Carnaubinha), Pasta, São José de Solonópole (ex-Flores) e São Bernardo do Ceará (que mudou o nome para Tataíra). Em 1986 Carnaubinha e Milhã novamente se desmembram para formar o novo município de Milhã. Em 1988 Tataíra se desmembra de Solonópole e muda o nome para Deputado Irapuan Pinheiro. Em 1991 é criado o distrito de Prefeita Suely Pinheiro.[6]
Atualmente Solonópole possui 6 distritos:
No início do Século XVIII, o colonizador Manoel Pinheiro do Lago fundou a Fazenda Umari, de onde se originou a cidade de Solonópole.
Narrativas estão ligadas à vida religiosa do município e a mais importante é que se refere ao Padroeiro, Bom Jesus Aparecido de Cachoeira. Conta a história da cidade que certo dia, ao cair da tarde, um escravo apascentava o rebanho da Fazenda Cachoeira, do tenente-general Manoel Pinheiro, quando viu reluzir, por entre o matagal escasso, um objeto de metal. O negro aproximou-se e viu que se tratava de um belo crucifixo, de pouco mais de um palmo. Cheio de alegria, o negro abandonou as ovelhas e correu até a casa-grande para levar a novidade aos seus patrões.
A esposa do fazendeiro, D. Rita das Dores Pinheiro, ficou a um tempo surpresa e alegre com o preciso achado, apressando-se em colocá-lo no santuário. Entretanto, nas primeiras horas do dia seguinte, era notada a falta do crucifixo que, depois de vasculhadas todas as dependências do casarão, veio a ser encontrado no exato local onde fora achado pelo escravo. D. Rita, confusa, guardou a pequena cruz dentro de um baú de couro, fechando-o com muita segurança. Qual não foi a sua surpresa, e de todos da fazenda, quando no outro dia o crucifixo não se encontrava no baú a despeito de não haver, o mesmo, sido violado. D. Rita, meio aterrorizada, reuniu os familiares e fez a promessa de mandar construir uma capela e nela depositar, caso fosse encontrada, a imagem do crucifixo. Passada a noite, foi o baú aberto e lá estava o crucifixo, como se nada houvesse acontecido. Construída a capela, a imagem foi exposta à visitação e veneração dos fiéis.
Outra narrativa importante é a que se relaciona com o primeiro milagre obtido do santo crucifixo. Conduzido por Maria de São José, muda, filha de Simeão Correia Lima Landim e Ana Rosa Pinheiro, restituiu a voz à sua condutora em plena caminhada. A partir de então se iniciou a romaria constante à fazenda e vários milagres aconteceram, atribuídos ao Bom Jesus Aparecido da Cachoeira do Riacho do Sangue. Em 1821, os serviços da matriz eram concluídos e a partir de 19 de dezembro, instituído o seu paroquiato, sendo primeiro vigário o padre Pedro Pinheiro Landim.
Depois de idas e vindas (várias leis e decretos elevaram e rebaixaram foros de cidade), com o decreto-lei 448, de 20 de dezembro de 1938, foi elevado a município.
Suas riquezas naturais são argila, berilo, tantalita, ambligonita e fluorita, as principais riquezas minerais.
Seu clima é tropical quente semi-árido[7] e sua temperatura máximas oscilam entre 24°C e 37°C.[8] "A temperatura do inferno perde para esse lugar" - Como dizem os moradores da cidade.
Nos pegmatitos de Solonópole há ocorrência de minério de nióbio na forma de columbita-tantalita. O minério ocorre em grãos maciços de 1 a 2 cm de diâmetro, associado a albita, feldspato e muscovita.[9]
O município tem hoje a seguinte divisão: Solonópole (Sede), Assunção, Cangati, Pasta, Prefeita Suêlly Pinheiro e São José do Solonópole.[10]
Os principais bairros da cidade são:
As principais fontes de riquezas do município são principalmente a agricultura e a pecuária, com destaque para as culturas do algodão, milho, arroz, feijão, batata-doce e cana-de-açúcar. A pecuária é a atividade que mais contribui para a economia municipal.
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