Santander (Espanha)
capital da Cantábria, Espanha Da Wikipédia, a enciclopédia livre
capital da Cantábria, Espanha Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Santander é uma cidade localizada no norte da Espanha, capital do município homónimo, da comarca homónima e da comunidade autónoma da Cantábria.[4][5] O município tem 36,1 km² e em 2021 tinha 172 221 habitantes (densidade: 4 770,7 hab./km²).[3] É a cidade mais populosa da Cantábria e a sede da área metropolitana de Santander-Torrelavega [es], uma conurbação com mais de 300 000 habitantes que se estende ao longo da costa da baía de Santander.
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Município | |||||||||
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Símbolos | |||||||||
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Gentílico | santanderiense; santanderino, -na[1] | ||||||||
Localização | |||||||||
Localização do município de Santander na Cantábria | |||||||||
Localização de Santander na Espanha | |||||||||
Coordenadas | 43° 28′ N, 3° 48′ O | ||||||||
País | Espanha | ||||||||
Comunidade autónoma | Cantábria | ||||||||
Província | Cantábria | ||||||||
Comarca | Santander | ||||||||
História | |||||||||
Fundação | 26 a.C. | ||||||||
Alcaide | Gema Igual[2] (2019–2023, PP) | ||||||||
Características geográficas | |||||||||
Área total | 36,1 km² | ||||||||
População total (2021) [3] | 172 221 hab. | ||||||||
Densidade | 4 770,7 hab./km² | ||||||||
Altitude | 8 m | ||||||||
Código postal | 39001-39012 | ||||||||
Código do INE | 39075 | ||||||||
Outras informações | |||||||||
Orago | Santo Emetério e São Celedónio | ||||||||
Website | www |
O município é limitado a norte pelo mar Cantábrico, a leste com a baía de Santander, que também o rodeia a sul juntamente com o município de Camargo, e a oeste pelo município de Santa Cruz de Bezana. O ponto mais alto do município, o monte Peñacastillo, tem 139 metros de altitude. As áreas mais baixas estão ao nível do mar.
Os filólogos consideram que o nome atual de Santander tem origem no nome latino Portus Sanctorum Emeterii et Celedonii que evoluiu para Sancti Emetherii > Sancti Emderii > Sanct Endere > San Andero > Santendere > Santanderio > Santander. Embora esta seja um sequência com muita aceitação, tem sido muito questionada, pois os saltos fonéticos propostos não são muito claros. Em muitos mapas e documentos a partir do século XIII a vila é mencionada com os nomes de San Andrés, San André, Sant Ander e Sant Andero. O rei Afonso X de Castela referiu-se à vila com o nome de Sant Ander, quando outorgou o direito de nomear alcaides e jurados ao seu irmão Sancho. Em 1522, o marinheiro Juan Debo del Río, natural de Cueto (uma localidade de Santander), que embarcou na nau "Victoria" sob as ordens de Juan Sebastián Elcano, era conhecido como Juan de San Andrés. Isso está na base duma segunda teoria, pela qual o topónimo deriva de Santo André, mas a ausência deste no desenvolvimento posterior da cidade lança dúvidas sobre tal teoria, se bem que nem todas as cidades com nome dum santo prestaram culto a esse santo nas suas principais igrejas.
O atual brasão ou escudo de Santander; à semelhança do de muitos outros município do litoral da Cantábria, representa a reconquista de Sevilha em 1248, durante o reinado de Fernando III de Castela, na qual os marinheiros cantábricos comandados pelo almirante Ramón de Bonifaz tiveram um papel determinante. Nele aparece a a Torre do Ouro de Sevilha e o navio em que Bonifaz e os seus homens romperam a cadeia que unia Triana a Sevilha no dia 3 de maio de 1248.
O brasão inclui também os rostos dos padroeiros da cidade: os mártires Santo Emetério e São Celedónio, decapitados em Calahorra na segunda metade do século III, durante as perseguições aos cristãos durante o reinado do imperador romano Diocleciano ou Valeriano, após terem sido presos e confrontados com a escolha entre renunciar à sua fé ou abandonar a carreira militar. Segundo a lenda, as cabeças dos santos foram transportadas num barco de pedra pelo rio Ebro até ao Mediterrâneo para proteger as relíquias do avanço muçulmano, tendo depois dado a volta à Península Ibérica até embater na ilha da Horadada, na baía de Santander, que foi atravessada, antes de chegarem à cidade, onde atualmente estão na cripta da catedral.
Em 11 de Janeiro de 1982, do Estatuto de Autonomia da Cantábria, entrou em vigor os símbolos de Santander, que foram adotados como parte do novo brasão da Cantábria, conforme previsto no Título Preliminar do Estatuto.
Quando o Estatuto de Autonomia da Cantábria entrou em vigor, em 11 de janeiro de 1982, os símbolos do escudo de Santander foram adotados como parte do novo escudo da Cantábria, conforme previsto no Título Preliminar do Estatuto.
A bandeira de Santander apresenta o brasão sobre duas faixas, uma branca na metade superior e outra azul na metade inferior. Esta última representa o mar caraterístico da cidade.
Santander atualmente não tem um hino oficial, embora exista um proposta para tornar a canção "Santander la marinera", de Chema Puente, o hino da cidade.[carece de fontes]
Os poucos dados escritos e arqueológicos que estão disponíveis tornam complicado estabelecer a origem dos primeiros assentamentos humanos na área da Santander atual. No entanto, devido às suas condições favoráveis, especula-se que os assentamentos mais antigos podem ter-se localizado no lado norte da baía, uma área que está abrigada da baía, dos temporais do Cantábrico e dos ventos, na encosta norte do promontório de Somorrostro [es] e nas margens na antiga ria de Becedo [es]. Além de ser um sítio abrigado, as águas da baía, onde desembocam amplas rias na parte sul, podiam fornecer alimento para às populações que ali vivessem e a boa visibilidade desde o cerro permitia avistar com antecedência possíveis atacantes. Era ali que se situava a cidade medieval, que evoloui ao longo da Idade Média.[6]
Os dados mais antigos que existem são da época romana, quando no local teria sido construído Portus Victoriae Iuliobrigensium [es] (ou simplesmente Portus Victoriae, "Porto da Vitória"), durante as Guerras Cantábricas (29–19 a.C.) ou pouco depois, que é mencionado na “História Natural” de Plínio, o Velho (23–79 d.C.). Na península da Madalena, na entrada noroeste da baía, foram encontrados restos duma edificação com pisos de mosaico, um Hermes de bronze e diverso material numismático e cerâmico. No promontório de San Martín, a sudoeste da Madalena, foi encontrada uma villa do século I d.C. com restos dum hipocausto dumas termas, diversas moedas de prata e uma ânfora. Porém, os vestígios arqueológicos mais importantes encontram-se na zona do cerro de Somorrostro (em latim: summum rostrum}; "promontório maior"}), onde foram realizadas escavações sistemáticas, nas quais foram descobertos restos de igrejas da Alta Idade Média e de estruturas do período romano: um hipocausto que pertenciam a instalações termais, muros de contenção e outros edifícios, além de material numismático importante, como um sestércio da época do imperador Trajano (r. 98–117), outras moedas de Constantino, etc. Estes achados indicam que os romanos levavam a cabo atividades mineiras e comerciais tendo o porto de Santander como base. Também se sabe que era frequente ocorrerem incursões de navegantes nórdicos e, pelo que depreende da crónica do bispo Idácio de Chaves (século V), entre 455 e 459 a povoação foi saqueada, provavelmente por hérulos.[7]
A Abadia dos Corpos Santos, que se erguia onde está hoje a catedral, é mencionada pela primeira vez num documento de 1068, redigido por ordem do rei Afonso II das Astúrias, que a mandou fundar sobre a ermida já existente no cerro de Somorrostro, onde se guardava o relicário com as cabeças dos santos Emetério e Celedónio, mártires decapitados en Calahorra por se recusarem a abjurar a sua fé cristã no século III. Segundo a lenda, as cabeças foram transportadas numa embarcação de pedra para as salvaguardar do avanço muçulmano e chegaram a Santander depois de terem dado a volta à Península Ibérica. Ao chegar às imediações da cidade, o barco chocou com uma rocha na entrada da baía (a atual ilha da Horadada, que atravessou. As cabeças foram depois colocadas numa caverna por baixo da primitiva igreja do cerro de São Pedro (Somorrostro). O mosteiro existente nesse lugar adotou-os como padroeiros e colocaram as suas efígies no escudo da igreja, que posteriormente se tornou o escudo da cidade.
Em 11 de julho de 1187 o rei Afonso VIII de Castela nomeou o abade de Santo Emetério dono e senhor da vila e deu a esta um foral, similar ao de Sahagún, que facilitava o tráfego marítimo, a pesca e o comércio, atividades que eram tributadas pela abadia. Outras atividades económicas locais também tributadas era a produção de conservas em escabeche e a produção vinícola.[8] Durante os séculos XII e XIII, a vila foi delimitando a sua estrutura dentro o recinto muralhado [es]. A vila tinha então dois núcleos urbanos diferenciados: a Puebla Vieja e a Puebla Nueva. O primeiro, mais antigo, situava-se no cerro de Somorrostro, em frente à baía, que dominava a vila. Era na Puebla Vieja que estava o castelo, a Abadia dos Corpos Santos, o cemitério, as Atarazanas (estaleiros navais) e o porto. Tinha três filas de casas, separadas pela Rúa de Carnicerias e a Rúa Mayor, onde se situavam as residências dos habitantes mais proeminentes, como o abade, os cónegos e as famílias mais poderosas. Na Puebla Nueva situavam-se os conventos de Santa Clara e de São Francisco (no lugar deste ergue-se atualmente a {ilc; romaniz.: Igreja de São Francisco (Santander). Este último encontrava-se extramuros, junto à porta com o mesmo nome. As principais ruas da Puebla Nueva eram a de São Fancisco, a Rúa de la Sal, a Rúa del Palacio, La Ribera, Don Gutierre, Puerta de la Sierra, Cadalso e Rúa del Arcillero. As duas pueblas estavam ligadas por uma ponte sobre a ria de Becedo, que as separava e ia até aos estaleiros navais mandados construir pelo rei para aproveitar as madeiras das florestas cantábricas para a construção de navios. A vila estava obrigada a fornecer uma nau por ano à coroa.
Em 1217 foi iniciada a construção da igreja principal da vila, no mesmo local das anteriores, a qual passaria por múltiplas reformas que continuaram praticamente até à atualidade. As obras do claustro começaram em 1318. Em 1248 Santander participou, juntamente com outras vilas da Cantábria, na batalha pela conquista de Sevilha, tendo recebido como recompensa um escudo no qual aparece a Torre do Ouro e o rio Guadalquivir. Em 4 de maio de 1296 as vilas costeiras cantábricas formaram a Irmandade das Vilas da Marina de Castela com Vitória [es], também conhecida como Hermandad de las Marismas, da qual faziam parte Santander, Castro-Urdiales, Laredo, Vitória, Getaria, San Sebastián, Bermeo e Fuenterrabía. O objetivo dessa federação era fortalecer a posição comercial em relação à competição do outro lado do golfo da Biscaia, sobretudo o comércio de lã e farinha com a Flandres e a Inglaterra.
Em 1296 e 1311 a vila foi arrasada por dois fogos que não afetaram a abadia. Devido a tamanha catástrofe, o rei Fernando IV de Castela suspende a cobrança à vila «dos dízimos de todas as carnes que vieram de fora de meus reinos». No século XIV o “Livro das Merindades de Castela” (conhecido como “Becerro de las Behetrías [es]”) confirma a condição de behetría[lower-alpha 1] da cidade, ou seja, esta só dependia diretamente da autoridade da coroa, sem ter que submeter-se a qualquer outro senhor feudal à exceção das prerrogativas do abadengo. No entanto, um século depois, em 25 de janeiro de 1466, o rei Henrique IV deu a cidade ao marquês de Santillana, o que provocou uma sublevação dos habitantes, que conseguiram que a ordem real fosse revogada em 8 de maio de 1467.
Em 1372, após a vitória em [es] La Rochelle da frota castelhana frente aos ingleses, uma comitiva integrada pelo rei Henrique II de Castela entrou no porto de Santander. Esta facto foi muito relevante pois marcou a conversão do porto da cidade na base naval no Atlântico de Castela e levou à criação de importantes estaleiros navais, as Atarazanas Reales, similares às de Sevilha [es] e às [ca].
Em 1497 a armada da armada da Flandres fez escala em Santander para desembarcar Margarida da Áustria, que ia casar-se em Reinosa com o príncipe D. João, herdeiro dos Reis Católicos. Essa frota trouxe também a peste, que matou cerca de 6 000 pessoas numa população de 8 000. A cidade demorou três séculos a recuperar do declínio e despovoamento provocados pela epidemia.
A tensão entre os residentes na puebla velha e os residentes na puebla nova, encabeçados pelas famílias dos Giles e dos Negretes, levou a que a coroa no século XVI regulamentasse o governo municipal, o qual foi colocado nas mãos de dois alcaides, um para cada uma das pueblas, e vários regedores. No mesmo séculos voltaram a ocorrer duas epidemias de peste, a primeira em meados do século[carece de fontes] e a segunda entre 1596 e 1597. Esta última provocou 800 mortes numa população de 2 500 habitantes.[11]
No início do século XVIII a vila de Santander começou a recuperar das crises anteriores, que tinham provocado um enorme decréscimo de população e degradado as infraestruturas e laços comerciais. No aspeto administrativo, em 1653 tinha conseguido, juntamente com outras vilas, que fosse retirado a Laredo o estatuto de exclusividade de cabeça de partido. Em 1748, a posição proeminente de Santander consolida-se, com a ordem real da construção do chamado "caminho das lãs", que ligaria Burgos e Santander, que se tornou o porto no centro do comércio no norte. Em 1754, houve um novo impulso para o aumento da importância da vila, por parte da Igreja Católica, que concedeu ao abade local a categoria de bispo e a conversão em catedral da Colegiada dos Corpos Santos, que antes tinha sido abadia. Isso contribui para que fosse dado o estatuto de cidade a Santander.
Em 1755 Fernando VI outorgou o título de cidade a Santander e em 1783 foi criado o chamado Consulado de Mar y Tierra de la muy noble y muy leal ciudad de Santander, uma entidade encarregada de regular o tráfego marítimo com outras cidades, seguindo um modelo liberalizado de comercio. No início do século XVIX Santander encabeçava as trocas comerciais ente a Península Ibérica e os principais portos americanos. Este desenvolvimento económico originou a formação de uma classe burguesa comerciante que foi conseguindo avanços na regulação administrativa do território, primeiro como " província marítima [es]", em 1816, e depois como Província de Santander, em 1833.
A evolução continuou ao longo de todo o século XIX. Foram criadas indústrias auxiliares da navegação, nomeadamente de cordame (jarcias), de farinha, açúcar, cerveja, etc. Forma também criados os estaleiros de San Martín e a cidade foi-se estruturando segundo um modelo racional com a ampliação dos terrenos conquistados ao mar. O complemento de toda esta atividade foi a inauguração em 1851 da linha ferroviária de Alar [es], que aumentou ainda mais o tráfego com Castela. Até 1900 o desenvolvimento de Santander esteve ligado ao comércio crescente com as colónias espanholas, pois era pelo porto da cidade [es] que saíam grande parte dos produtos de Castela. Este auge económico fez florescer uma burguesia mercantil que entre meados do século XVIII e finais do século XIX impulsionou o urbanismo da cidade, nomeadamente com a construção do ensanche que expandiu a cidade para leste.
Nas décadas de 1950, 1960 e 1970 o crescimento urbano tornou-se desordenado, com muita especulação imobiliária, com a construção de numerosos empreendimentos de blocos de edifícios residenciais de baixa qualidade de construção e de urbanização, destinados a alojar a população trabalhadora. Nas últimas décadas, o crescimento da cidade encheu a periferia com construções de menor porte, destinadas a primeiras e segundas residências (estas últimas com grande importância). Destas áreas periféricas, destaca-se El Sardinero, cuja morfologia de cidade-jardim para área residencial e de lazer, a área de Nueva Montaña, cujos terrenos industriais foram recuperados para serem uma zona residencial e de comércio, o encerramento do Alisal e da Avenida de Los Castros e expansão urbana ao longo da encosta norte de Vaguada de las Llamas.
Por outro lado, o crescimento da atividade portuária, o aumento do tráfego de maior valor acrescentado (automóveis e contentores em vez dos granéis líquidos e sólidos), que requer muita área de armazenagem, que já é escassa, e a profundidade insuficiente para o calado de alguns tipos de navios está a levar a que a Autoridade Portuária pondere a construção a longo prazo de um porto exterior fora da baía de Santander.
Durante a segunda metade do século XIX, aproveitando o a moda das estâncias balneares entre as classes abastadas europeias, que introduziram um novo conceito de ócio associado à saúde, foi empreendida uma série de iniciativas hoteleiras que promoveram Santander na Corte pelas suas praias propícias aos "banhos de onda". A primeira temporada desses banhos foi anunciada na imprensa em 1847, num jornal de Madrid. Estas iniciativas impulsionaram a criação da cidade-balneário de El Sardinero, que se consolidou como destino estival de eleição da alta sociedade espanhola no início do século XX. Durante o reinado de Afonso XIII (r. 1886–1931) Santander tornou-se no local de veraneio favorito da corte e em 1909 a cidade construiu e ofereceu ao rei o Palácio da Madalena.
Atualmente Santander continua a ser um destino turístico importante do norte da Espanha. O turismo local é proveniente sobretudo das regiões vizinhas, nomeadamente do norte de Castela e Leão, Astúrias e País Basco. O turismo estrangeiro é fundamentalmente europeu, muito relacionado com as ligações marítimas por ferry com os voos internacionais diretos para o aeroporto local. As praias de El Sardinero e da península da Madalena
A 3 de novembro de 1893, o navio biscaínho Cabo Machichaco [es] atracou em Santander carregado com 51 toneladas de dinamite no porão e depósitos de ácido sulfúrico no convés. Os regulamentos sobre transporte de mercadorias perigosas eram sistematicamente ignorados pelas autoridades e fretadores e ao meio dia deflagrou um incêndio no navio, ao qual acorreram as tripulações de outros navios, equipas de bombeiros, autoridades (incluindo o governador civil) e curiosos. A carga explodiu pouco depois, provocando 590 mortos, 525 feridos e destruiu as filas de casas em redor das docas. Conta-se que a âncora do navio caiu perto de Cueto, a vários quilómetros de distância.
Em 1941 ocorreu um grande incêndio [es] que, tendo começado na madrugada de 15 de fevereiro,[12] só foi controlado no dia 17 e os últimos focos só foram completamente extintos quinze dias depois. O fogo começou na Rua de Cádis, perto das docas e foi avivado por fortes ventos de sul. Arrasou a parte histórica da cidade, cujas ruas estreitas e casas com estrutura de madeira e fachadas com varandas facilitaram a difusão das chamas. Incrivelmente, só se registou uma vítima, um bombeiro madrileno, mas milhares de famílias ficaram sem csas e a cidade ficou num estado caótico. O fogo destruiu a maior parte da puebla medieval — 37 ruas que ocupavam 14 hectares na zona de maior densidade populacional — e a sua reconstrução foi precedida por um processo de renovação urbana que mudou uma parte importante da configuração da cidade. A necessidade de alojar numerosas famílias que tinham ficado sem casa deu lugar a uma expansão urbana e a uma configuração organicista de Santander. Além de terem sido construídos vários edifícios e terem sido ampliadas várias ruas, entre 1941 e 1950 foram criados os bairros dos Santos Mártires (162 casas), de José María de Pereda (111), de Pedro Velarde (348), o Poblado Canda-Landaburu (200) e o Poblado de pescadores Sotileza (294).
Santander situa-se cerca de 450 km a norte de Madrid, 160 km a norte de Burgos, 100 km a oeste-noroeste de Bilbau, a 220 km a oeste da fronteira francesa (Irun–Hendaia) e 175 km a leste de Gijón.
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O clima da cidade é ameno durante todo o ano, longe dos extremos climáticos de outras partes da Espanha. De acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, o clima é oceânico do tipo Csb. A variação das temperaturas média mensais é baixa, atingindo no máximo cerca de 10 °C. A cidade está situada numa das áreas mais chuvosas de toda a Península Ibérica; a precipitação distribui-se ao longo de todo o ano, embora seja mais abundante na primavera e no outono.[13]
A humidade relativa é muito alta durante todo o ano, ultrapassando 90% em algumas ocasiões. As temperaturas são amenas e nunca se verificam episódios de frio ou calor extremo. Esta é a principal caraterística do clima oceânico do norte da Espanha: os verões são geralmente temperado, com temperaturas agradáveis e normalmente não há períodos de calor intenso como os que são frequentes em grande parte da Espanha. Os invernos não são muito frios devido ao efeito termorregulador do mar, com temperaturas que raramente caem abaixo de 0 °C e em média só neva um dia por ano. Em geral, as temperaturas médias variam de 24,2 °C de máxima em agosto e 5,7 °C de mínima em fevereiro.[13]
Principalmente durante o outono e inverno há episódios de ventos fortes do sul, que provocam temperaturas altas e humidade muito baixa. Este fenómeno é devido à proximidade de barreiras montanhosas — a cordilheira Cantábrica — que produzem o chamado efeito Föhn.
Dados climatológicos para Santander | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 25,1 | 29,0 | 31,3 | 30,6 | 36,8 | 37,8 | 37,2 | 37,3 | 37,6 | 33,5 | 30,0 | 25,4 | 37,8 |
Temperatura máxima média (°C) | 13,6 | 13,8 | 15,7 | 16,6 | 19,1 | 21,6 | 23,6 | 24,2 | 22,8 | 20,3 | 16,3 | 14,2 | 18,5 |
Temperatura média (°C) | 9,7 | 9,8 | 11,3 | 12,4 | 15,1 | 17,8 | 19,8 | 20,3 | 18,6 | 16,1 | 12,5 | 10,5 | 14,5 |
Temperatura mínima média (°C) | 5,8 | 5,7 | 7,0 | 8,3 | 11,1 | 13,9 | 16,0 | 16,4 | 14,4 | 11,8 | 8,7 | 6,7 | 10,5 |
Temperatura mínima recorde (°C) | −5,4 | −5,2 | −3,0 | 0,6 | 2,6 | 5,6 | 6,0 | 6,0 | 2,8 | 1,4 | −3,5 | −5,2 | −5,4 |
Precipitação (mm) | 106,2 | 92,2 | 87,9 | 102,2 | 78,0 | 58,2 | 52,4 | 73,4 | 83,1 | 119,8 | 157,1 | 118,4 | 1 129,0 |
Dias com precipitação (1 mm) | 12,3 | 11,1 | 9,9 | 11,9 | 10,4 | 7,6 | 7,3 | 7,6 | 8,9 | 11,1 | 13,3 | 12,1 | 123,6 |
Dias com neve | 0,4 | 0,3 | 0,1 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,1 | 0,9 |
Humidade relativa (%) | 72 | 72 | 71 | 72 | 74 | 75 | 75 | 76 | 76 | 75 | 75 | 73 | 74 |
Horas de sol | 85 | 104 | 135 | 149 | 172 | 178 | 187 | 180 | 160 | 129 | 93 | 75 | 1 649 |
Fonte: Agência Estatal de Meteorologia [14][15][16] |
A população do município em era 172 221 habitantes,[3] o que representa cerca de 30% da população total da Cantábria (580 295 habitantes em 2017). O número de habitantes tem vindo a diminuir ligeiramente desde 1991, devido à descida da taxa de natalidade e a um leve aumento da taxa de mortalidade, esta última ligada ao elevado número de idosos. No entanto, esse declínio tem sido compensado por um índice de imigração estrangeira bastante positivo. Por outro lado, a escassez de casas na capital e os seus preços altos tem provocado a deslocação de população em idade fértil para os municípios da periferia, em especial para os do chamado "Arco da Baía de Santander", o qual tinha cerca 250 000 habitantes no final da década de 2020 e para o eixo conurbano de Santander-Torrelavega [es], o qual tinha cerca de 380 000 habitantes na mesma altura.[lower-alpha 2]
No final da década de 2020, mais de 70% da população ativa trabalhava no setor terciário, pelo que a dependência económica do comércio e serviços é muito alta na cidade, especialmente de setores com grande sazonalidade ligados ao turismo, como a hotelaria.
Santander é considerada uma das cidades mais seguras da Espanha, com uma taxa de delitos mais baixas do país (36,2 infrações penais por cada mil habitantes em 2007, em contraste com 50 da média nacional e 70 da União Europeia).[18]
Evolução demográfica de Santander |
Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Espanha |
Segundo a nomenclatura do Instituto Nacional de Estatística de Espanha, o município de Santander compreende, além da cidade, as localidades de Cueto, Monte [es], Peñacastillo, San Román de la Llanilla [es].[19] Essas localidades foram aldeias no passado mas foram assimiladas pelo núcleo urbano. Atualmente Cueto, Monte e Peñacastillo são bairros urbanos, enquanto de San Román é uma área residencial suburbana de vivendas unifamiliares. Santander tem vários bairros que não têm expressão administrativa nem têm limites bem definidos, embora alguns deles tenham algumas personalidade que os diferencia das demais zonas da cidade. As principais áreas de Santander são as seguintes:
No município de Santander há treze praias (ou onze considerando que em El Sardinero é apenas uma praia; ou dez considerando que as praias dos Biquínis, Madalena e dos Perigos são apenas uma). Começando no noroeste da cidade e percorrendo a costa para leste e depois para sul são elas a seguintes:
Em estudos encomendados pelo ayuntamiento foram inventariadas no município 159 espécies de vertebrados terrestres: 7 espécies de anfíbios, 10 espécies de répteis, 115 espécies de aves (das quais 60 se reproduzem no município) e 27 espécies de mamíferos, entre roedores, insetívoros e carnívoros. O maior número e diversidade encontra-se nas áreas urbanizadas do norte e oeste do município e na franja costeira. As zonas periféricas da Vaguada de las Llamas, Charca de la Remonta e a zona de Peñacastillo são particularmente pela sua avifauna.[29]
Nas ilhotas e escarpas costeiras, áreas de grande importância ecológica, destacam-se o falcão-peregrino (Falco peregrinus), o painho-de-cauda-quadrada (Hydrobates pelagicus), o corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo), o corvo-marinho-de-crista (Phalacrocorax aristotelis), o pilrito-escuro (Calidris maritima), a andorinha-do-mar-comum (Sterna hirundo), a gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) e o corvo-comum (Corvus corax), entre outros.[29]
Nas campinas, um habitat muito alterado pelo homem, destacam-se, nos anfíbios, o sapo-parteiro-comum (Alytes obstetricans) e a rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi); nos répteis, a víbora-de-seoane (Vipera seoanei) e a largatixa-vivípara (Lacerta vivipara [en]). Nos mamíferos cabe referir a doninha-anã (Mustela nivalis), o arminho (Mustela erminea), a fuinha (Martes foina), raposas (Vulpes), musaranhos (Soricidae), ouriços (Erinaceinae), toupeiras (Talpidae) e os morcegos Rhinolophus ferrumequinum, Myotis myotis, Myotis daubentonii e anão (Pipistrellus pipistrellus). Nas aves do interior destacam-se, entre muitas outras, a garça-boieira (Bubulcus ibis), o tartaranhão-azulado (Circus cyaneus), o gavião-da-europa (Accipiter nisus), a águia-calçada (Hieraaetus pennatus), o esmerilhão (Falco columbarius), abibe-comum (Vanellus vanellus), o pombo-torcaz (Columba palumbus), o cuco-canoro (Cuculus canorus) e corujas e mochos (Strigiformes).[29]
Desde a instauração da democracia em Espanha que os partidos políticos mais votados em Santander têm sido os de direita, sobretudo o Partido Popular (PP). O agrupamento regional desse partido na Cantábria, o Partido Popular da Cantábria, está à frente do ayuntamiento (governo municipal) desde 1983. Devido a isso, Santander é vista como uma cidade maioritariamente conservadora, pois em toda a história recente da democracia, todas as eleições foram ganhas por partidos conservadores, quase sempre com amplas diferenças sobre os adversários. Não obstante nas zonas rurais da Cantábria os partidos conservadores serem muito votados, Santander é a zona da comunidade autónoma onde a direita tem mais apoio eleitoral. Além do PP, os principais partidos na cidade são o Partido Socialista da Cantábria (PSC-PSOE) e o Partido Regionalista da Cantábria (PRC).
O cargo de alcaide (líder do executivo municipal) foi ocupado entre 2007 e 2016 por Íñigo de la Serna, do Partido Popular (PP), tendo sido substituído pela colega de partido Gema Igual quando foi nomeado ministro do Fomento do governo espanhol. Em 2021 Gema Igual continuava à frente do executivo municipal. Em 2015, pela primeira vez em várias décadas, o PP perdeu maioria absoluta nas eleições municipais, mas conseguiu manter o cargo de alcaide graças à abstenção do Cidadãos (C's). Em 2019, o PP voltou a ter menos votos, mas conseguiu manter-se à frente do ayuntamiento coligando-se com o Cidadãos.[carece de fontes] Em 2021, o executivo municipal era composto por 11 vereadores do PP, 7 do PSC-PSOE, 5 do PRC, 2 do C's, 1 do Vox e 1 da coligação de esquerda UxS (Esquerda Unida, Podemos, Equo e SSP).[2]
O executivo ayuntamiento está dividido nas seguintes áreas: finanças, património e segurança cidadã; urbanismo; função pública, regime interior e cultura; desenvolvimento económico, formação e emprego; social, participação cidadã e toxicodependência; ação cidadã; e gestão das empresas municipais. O ayuntamiento realiza assembleias ordinárias mensalmente, embora seja frequente a convocação de assembleias extraordinárias para debater temas e problemas que afetam o município.[carece de fontes] A dívida municipal ascendia a 87,697 milhões de euros em dezembro de 2019.[30]
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Santander tem acordos de geminação com as seguintes cidades:
Si Sa Ket (Tailândia)
San Luis Potosí (México), desde 1977 [32]
Como centro de serviços regional, em Santander encontram-se sedes e delegações de várias instituições públicas e entidades privadas com numerosos empregados, como a Universidade da Cantábria, da qual faz parte o Hospital Universitário Marquês de Valdecilla [es], o Banco Santander, etc. As atividades ligadas ao ócio e turismo têm grande importância na economia local e tanto o governo regional como o governo municipal têm vindo a tentar complementar a forte sazonalidade estival, fomentando a diversificação da oferta, como a organização de convenções, congressos, festivais culturais e escalas de navios decruzeiro.
A rede de transporte urbano baseia-se em várias linhas de autocarros, geridas pela empresa de municipal Transportes Urbanos de Santander (TUS), que em 2006 foi nomeada "empresa do ano" a nível nacional pela revista "Autobuses & Autocares".[carece de fontes] Em 2011 a TUS teve um movimento de 19 501 017 viajantes.[33] Os núcleos da área metropolitana estão ligados por três linhas ferroviárias, duas operadas pela empresa Feve e outra pela Renfe Cercanías, além de várias linhas de autocarros. Chegou a estar planeada a construção de um metropolitano de ligeiro de superfície, mas nunca chegou a concretizar-se. Porém, a cidade conta com numerosas rampas e escadas mecânicas para reduzir o desnível de muitas das suas ruas, além dum funicular inaugurado em julho de 2008.
As principais vias de comunicações interurbanas rodoviárias são as autoestradas A-8/AP-8 [es] (Autovia/Autopista do Cantábrico) e A-67 [es]. A primeira percorre praticamente toda a costa norte espanhola, desde a fronteira francesa junto a Irun, tendo continuidade na autoestrada A63 francesa, passando, de leste para oeste, por San Sebastián, Bilbau, Santander, Gijón e terminando no município galego de Begonte, onde tem continuidade na A-6, que liga Madrid à Corunha, passando por Astorga e Lugo. A A-67 liga Santander à província de Palência, no norte de Castela e Leão, onde tem continuidade na A-62, que segue para sudoeste até à fronteira portuguesa de Vilar Formoso; perto de Valladolid cruza-se com a A-601, que segue para Segóvia e mais a sul desemboca na A-6, que vai até Madrid.
Santander é também servido por ligações ferroviárias de longa distância operadas pela Adif e pela Renfe Operadora.
No que se refere a transporte marítimo de passageiros e automóveis, há serviços regulares de ferryboats, operados pela companhia francesa Brittany Ferries [en], entre o porto de Santander [es] e as cidades inglesas de Plymouth e Portsmouth e a cidade irlandesa de Cork. Há também um serviço regular de lanchas entre a cidade, Pedreña [es] (no município de Marina de Cudeyo) e Somo [es] (no município de Ribamontán al Mar), operado pela companhia Los Reginas S.A.
O Aeroporto Seve Ballesteros (IATA: SDR, ICAO: LEXJ), também conhecido como Aeroporto de Parayas, situa-se no município vizinho de Camargo, a cinco quilómetros do centro da cidade. Foi construído em terrenos de marisma que foram aterrados e foi aberto ao tráfego em 1977. Até 2003 considerava-se subaproveitado, devido aos poucos voos que eram operados, o que fazia com que os potenciais passageiros usassem o Aeroporto de Bilbau, situado a 100 km. Nesse ano, na sequência dum acordo entre o Governo da Cantábria e a companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair, esta começou a operar em Santander em troca dum subsídio avultado. Desde então o número de voos e de passageiros aumentou consideravelmente, tanto internacionais, como nacionais (estes em menor escala), passando de 253 756 passageiros em 2003 para 342 559 (+35%) em 2004 e 791 780 em 2007 (+112% em relação a 2003).[carece de fontes] Em 2019 o o número de passageiros foi 1 174 999 (+6,5% do que no ano anterior), dos quais 689 785 (58,7%) foram internacionais e 481 321 (41,3%) nacionais. No ano anterior o crescimento do número de passageiros tinha sido 17,7%.[34]
Santander tem uma grande tradição e atividade cultural, com eventos importantes que têm um papel fundamental na vida cultural e social da cidade. Há vários grandes festivais anuais de música e dança, além de várias festas de cariz popular e religioso, e Universidade Internacional Menéndez Pelayo [es] (UIMP) organiza cursos de verão.
No município há vários monumentos classificados como Bem de Interesse Cultural, como por exemplo:
A culinária típica de Santander inclui uma excelente variedade de produtos do mar que contribuíram para o prestígio de que goza a culinária da Espanha. Destacam-se pratos como os de amayuelas[lower-alpha 6] (amêijoa) e morgueras (navalhas; Ensis ensis, um molusco bivalve alongado da família Pharidae [en]), calamares, cachones (choco), panchos (besugo), salmonetes, bocartes (anchova), lubinas (robalo) e sardinhas. O peixe e frutos do mar consumidos na cidade são pescados pelos pescadores de Santander e dos municípios vizinhos, como as amêijoas de Pedreña, no município de Marina de Cudeyo, os bonitos (sardas) de Santoña, as anchoas (anchovas) de Santoña, os besugos de Castro-Urdiales, etc.
Além do peixe e marisco, é usada uma grande variedade de hortaliças, legumes e frutas, nomeadamente as produzidas na região de Liébana (no sudoeste da Cantábria), além dos queijos de qualidade produzidos na Cantábria. A carne mais apreciada é a de bovino criada em pastagens naturais da Cantábria. Entre os pratos típicos mais conhecidos estão as rabas calamares fritos e cozido montanhês [es]. As áreas da cidade onde há mais restaurantes onde se pode apreciar a cozinha santanderina são o Bairro dos Pescadores, Puertochico, Sardinero e Corbán.
O clube de futebol da cidade é o Real Racing Club, um dos clubes históricos fundadores da liga espanhola de futebol. Fundado em 1913, fez 44 temporadas na Primeira Divisão e 34 na Segunda Divisão. Na temporada de 2019–20 ficou em último lugar da Segunda Divisão e em 2020-21 foi rebaixado pela primeira vez na sua história para a divisão de quarto nível (Segunda Divisão RFEF).
O andebol tem grande tradição na cidade; o Club Balonmano Cantabria, fundado em 1975 com o nome Grupo Deportivo Teka, e dissolvido em 2008, obteve vários títulos nacionais e europeus, além de um título mundial em 1996-97. O Balonmano Sinfín, fundado em 2004, terminou a temporada de 2020-21 em 13.º lugar da primeira divisão. O Club Balonmano Santander (Clubasa), fundado em 1978 e já extinto, foi duas vezes campeão da segunda divisão no início da década de 1980.
No râguebi, o Independiente Rugby Club ficou em 7.º lugar da segunda divisão espanhola. O Cantbasket competia na Liga EBA (4.ª divisão) de basquetebol. As equipas masculina e feminina de hóquei em campo do Real Sociedad de Tenis de la Magdalena tem equipas masculinas e femininas têm também alguma relevância.
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