Santa Teresa (Espírito Santo)
município brasileiro no estado do Espírito Santo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Santa Teresa é um município brasileiro na região serrana do Espírito Santo. Com população estimada em 22 808 habitantes em 2022, é situado a 78 km da capital capixaba Vitória, com área de 683,032 km2 e altitude de 655 m na sede. É a sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e reconhecida pelos governos federal como pioneira na imigração italiana no Brasil[9] (com polêmicas), e capixaba como a capital estadual da imigração italiana, gastronomia italiana, jazz e blues.[10] Seu centro histórico foi tombado em 2019, mas o processo foi paralisado em 2020.
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Município do Brasil | |||
Em sentido horário, do topo: centro da cidade, Rua do Lazer, Vale do Canaã e Praça Augusto Ruschi | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | teresense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Santa Teresa no Espírito Santo | |||
Localização de Santa Teresa no Brasil | |||
Mapa de Santa Teresa | |||
Coordenadas | 19° 56' 09" S 40° 36' O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Espírito Santo | ||
Municípios limítrofes | Norte: São Roque do Canaã; Leste: Fundão, Ibiraçu e João Neiva; Sul: Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina; Oeste: Itarana e Itaguaçu | ||
Distância até a capital | 78 km | ||
História | |||
Fundação | 22 de fevereiro de 1891 (133 anos)[2] | ||
Administração | |||
Distritos | Lista
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Prefeito(a) | Kleber Medici (PSDB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 683,032 km² | ||
• Área urbana (IBGE/2019) [1] | 4,83 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022[1]) | 22 808 hab. | ||
Densidade | 33,4 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude (Cwa) | ||
Altitude [5] | 655 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 29650-000 a 29664-999[6] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[7]) | 0,714 — alto | ||
PIB (IBGE/2021[8]) | R$ 577 185,32 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[8]) | R$ 24 197,60 | ||
Sítio | www.santateresa.es.gov.br (Prefeitura) www.camarasantateresa.es.gov.br (Câmara) |
O município surgiu da colonização por italianos, poloneses, alemães, suíços e outros imigrantes europeus do Núcleo do Timbuí na década de 1870. Os italianos, principalmente do Trentino, Lombardia e Vêneto, predominavam e determinaram a atual cultura, com uma identidade que enfatiza o passado da colonização e exalta os pioneiros. A cidade emergiu do zero em meio à floresta, com uma sociedade de pequenos agricultores. A religiosidade era marcante. A cafeicultura era a força motriz da economia, criando uma classe de comerciantes e a convivência com os brasileiros. A emancipação de Santa Leopoldina foi obtida em 1891. As condições de vida iniciais eram precárias, mas a economia agrícola continuou a crescer no século XX. Os colonos e seus descendentes expandiram a frente pioneira pelo "vale do Canaã", até e além do rio Doce. Os distritos de São Roque do Canaã, onde havia alguma industrialização, conseguiram emancipação em 1995.
A topografia é acidentada, com altitudes de 90 a 1.040 m acima do nível do mar, diferenciando a baixada do rio Santa Maria do Doce, quente e seca, das terras altas mais frias e úmidas, onde está a sede. Vários rios capixabas têm suas nascentes nas terras altas, como o Timbuí, que banha a sede. A Mata Atlântica local tem elevada biodiversidade e é uma das mais estudadas.[11] Seus fragmentos remanescentes cobriam 32,1% do município em 2012/2013, com diversas áreas de conservação, além de atividades de ensino e pesquisa no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, fundado pelo cientista e conservacionista teresense Augusto Ruschi. Os colibris são símbolo local.
46% dos teresenses viviam no campo em 2010, a maioria agricultores familiares, mas a maior parte do Produto Interno Bruto está no setor de serviços. As maiores áreas plantadas são de café, mas o eucalipto tem extensa cadeia produtiva e o município tem a maior produção vitivinícola do Estado. A industrialização consiste em algumas agroindústrias. Os serviços incluem instituições de ensino superior, um hospital com atendimento a outros sete municípios e um setor de turismo em expansão. Seus atrativos são as florestas, montanhas, vales, cachoeiras, arquitetura histórica (como a Casa Lambert) , culinária (especialmente na Rua do Lazer) e eventos (como a Festa do Imigrante Italiano). Em partes rurais das terras altas, como no Circuito Caravaggio, há procura por chácaras, condomínios e outros estabelecimentos. Consequentemente, há especulação imobiliária e desmatamento.