Rubéola
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A rubéola, do latim rubella, é uma doença infetocontagiosa causada pelo vírus da rubéola e pode ser transmitida entre seres humanos por via aérea através do contacto direto com secreções de indivíduos infetados.[1][2][3][4]
Rubéola | |
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Erupções cutâneas causadas pelo vírus da rubéola nas costas de uma criança. | |
Sinónimos | Sarampo alemão. |
Especialidade | Infectologia. |
Sintomas | Erupções cutâneas de tonalidade avermelhada, aumento do tamanho dos nódulos linfáticos, aumento da temperatura corporal e dor ou irritação na garganta. |
Complicações | Problemas hemorrágicos, inchaço dos testículos, inflamação dos nervos, síndrome da rubéola congénita e aborto. |
Início habitual | 2 semanas após o contacto com o vírus da rubéola. |
Duração | 3 dias. |
Causas | Vírus da rubéola. |
Método de diagnóstico | Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA). |
Prevenção | VARSP |
Tratamento | Cuidados de apoio. |
Frequência | Comum em muitas regiões. |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B06.9, B06 |
CID-9 | 056 |
CID-11 | 410022648 |
DiseasesDB | 11719 |
MedlinePlus | 001574 |
eMedicine | 802617, 966220 |
MeSH | D012409 |
Leia o aviso médico |
Em alguns casos, os sintomas desta doença são ligeiros, o que faz com que os indivíduos infetados não se apercebam de que estão infetados.[1][5] Cerca de duas semanas após o contacto com o vírus da rubéola, é frequente o aparecimento de erupções cutâneas de tonalidade avermelhada que tendem a desaparecer ao fim de três dias.[1] Na maioria dos casos, o aparecimento destas erupções cutâneas tem início na cara, alastrando-se posteriormente para o resto do corpo.[1] O risco de contágio é mais elevado uma semana antes e uma semana depois do aparecimento das erupções cutâneas.[1]
A rubéola foi descrita pela primeira vez em meados do século XVIII por dois médicos alemães que a denominaram por roteln, no entanto, a doença ficou globalmente conhecida como sarampo alemão.[1][6]
Os sintomas da rubéola eram frequentemente confundidos com os do sarampo, uma vez que o aparecimento de erupções cutâneas de tonalidade avermelhada é comum a ambas as doenças.[6] As erupções cutâneas podem causar prurido e as que resultam da infeção pelo vírus da rubéola adquirem uma coloração menos avermelhada do que as que resultam da infeção pelo vírus do sarampo.[1]
A rubéola foi oficialmente reconhecida como uma doença distinta do sarampo em 1881 durante o International Congress of Medicine que decorreu em Londres.[3][6][7]
A linfadenopatia é caracterizada pelo tamanho, consistência ou número anormais dos nódulos linfáticos e encontra-se comummente associada à rubéola.[8] O aumento do tamanho dos nódulos linfáticos é o sintoma mais comum e tende a durar algumas semanas.[1] É também possível que ocorra febre, garganta inflamada e cansaço.[1][9] Em indivíduos adultos são também comuns as dores nas articulações.[1] Entre as complicações que a infeção pelo vírus da rubéola pode causar estão problemas hemorrágicos, inchaço dos testículos e inflamação dos nervos.[1]
A infeção pelo vírus da rubéola é particularmente preocupante no início da gestação, podendo resultar na morte do feto ou no desenvolvimento da síndrome da rubéola congénita (SRC) no recém-nascido, no entanto, a evolução do estado gestacional tende a estar relacionada com a diminuição do risco de desenvolvimento de defeitos congénitos.[3][4]
A estratégia mais eficiente para a prevenção da infeção pelo vírus da rubéola é a vacinação dos indivíduos durante a infância a uma escala global.[10] A vacina contra a rubéola é combinada com a vacina contra o sarampo e a vacina contra a parotidite epidémica.[1][11] Esta combinação é denominada por VASPR e a administração de uma única dose tem uma eficácia superior a noventa e cinco porcento, no entanto, o Programa Nacional de Vacinação (PNV) recomenda a administração de duas doses, a primeira aos doze meses e a segunda aos cinco anos de idade.[1][4][11]
A rubéola é uma doença comum em várias regiões do mundo, sendo que ocorrem cerca de cem mil casos de síndrome da rubéola congénita por ano, no entanto, a incidência da doença diminuiu significativamente em diversas áreas do globo como resultado da vacinação.[4][5][9] Estão atualmente a ser desenvolvidos esforços no sentido de erradicar totalmente a doença.[4] Em Portugal, a eliminação da rubéola e do sarampo foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 29 de outubro de 2015.[12]