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policial e político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada ComMM (São Paulo, 10 de outubro de 1961), mais conhecido como Coronel Telhada, é um policial militar da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo e político brasileiro, filiado ao Progressistas (PP).
Coronel Telhada | |
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Deputado federal por São Paulo | |
No cargo | |
Período | 08 de fevereiro de 2023 a atualidade |
Deputado estadual de São Paulo | |
Período | 15 de março de 2015 a 07 de fevereiro de 2023 |
Vereador de São Paulo | |
Período | 1 de janeiro de 2013 a 14 de março de 2015 |
Comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar | |
Período | 7 de maio de 2009 a 18 de novembro de 2011 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada |
Nascimento | 10 de outubro de 1961 (63 anos) São Paulo, SP, Brasil |
Alma mater | Academia de Polícia Militar do Barro Branco |
Prêmio(s) | Medalha do Pacificador[1] |
Cônjuge | Ivania Cano Telhada |
Partido | PSDB (2011-2018) PP (2018-presente) |
Religião | Cristianismo |
Profissão | Policial militar |
Website | coroneltelhada.com.br/ |
Serviço militar | |
Lealdade | Polícia Militar do Estado de São Paulo |
Graduação | Coronel |
Atualmente exerce o mandato de deputado federal pelo estado de São Paulo[2]. Foi vereador da capital paulista em 2013 e 2015 e deputado estadual de 2015 a 2023, na polícia, atuou pelas Rondas Ostensivas Tobias Aguiar.[3] É integrante da frente política conhecida como bancada da bala.[4] É pai do Capitão Telhada, deputado estadual de São Paulo e ex-Tenente de ROTA[5].
Telhada ingressou na Academia de Polícia Militar do Barro Branco em 1979, aos dezessete anos. Ingressou na Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) em 1983, como aspirante a oficial. Em 23 de junho de 1986, passou a integrar as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), onde permaneceu até ser transferido, em 10 de abril de 1992, em meio a dezenas de investigações sobre violência policial.[6] Foi também um dos fundadores do Grupo de Ações Táticas Especiais da PMESP.[3]
Foi promovido a capitão da PM por bravura em 15 de agosto de 1988 e ferido em serviço duas vezes, em 1990 e 1995.[3] Em 31 de julho de 2010 sofreu um atentado na porta da sua casa, quando seu veículo foi alvejado com mais de dez tiros.[7] No dia seguinte, a PM matou sete pessoas em tiroteios, quantidade mais de seis vezes maior que a média diária da corporação.[8] Foi oito vezes preso por descumprir regulamentos e vinte oito vezes transferido.[6]
Atuou como Subdiretor de Pessoal da PM e Chefe do Estado Maior do Comando de Policiamento de Área Metropolitano-7, em Guarulhos; e comandou o 7º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (área central de São Paulo) e o 1º Batalhão de Polícia de Choque “Tobias de Aguiar” – ROTA.[3]
Em 7 de maio de 2009, foi indicado pelo Secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto para o cargo de Comandante Geral da ROTA.[6] Em 2011, foi transferido para a reserva por possuir mais de 30 anos de serviço e cinco no mesmo cargo, nos termos da Lei Complementar nº 1.150/2011. Com isso, foi promovido ao cargo de coronel.[9]
Telhada candidatou-se pela primeira vez na eleição municipal de São Paulo em 2012, para concorrer ao cargo de vereador pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação de sua candidatura por incitação à violência.[10] Recebeu, porém, com 89.053 votos, equivalente a 1,56% dos votos válidos no pleito,[11] suficiente para ser eleito como o quinto vereador mais votado na eleição.
Na Câmara Municipal de São Paulo, foi fundador da Frente Parlamentar de Segurança Pública[12] e da Frente Parlamentar Cristã de Defesa da Família,[13] e integrou a Comissão de Extraordinária Permanente de Segurança Pública e a Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia.[14][15] Em 2015, antes de assumir o cargo de deputado estadual, compôs ainda a Comissão de Educação, Cultura e Esportes e foi substituto na Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher.[16]
Como vereador, sua plataforma política foi majoritariamente voltada à segurança pública e aos interesses dos agentes públicos de segurança, foi vice-presidente e posteriormente presidente da Comissão de Segurança Urbana. Na área, entre suas propostas estão projetos de lei com o intuito de criar a Secretaria Municipal de Prevenção às Drogas,[17] conceder adicional de periculosidade e de trabalho noturno aos membros da Guarda Civil Metropolitana,[18][19] revogar a disposição legal que proíbe o uso do seguro de vida da GCM para sinistros ocorridos em "bicos",[20] conceder gratuidade nas tarifas de ônibus intermunicipal a integrantes da polícia militar, da polícia civil e da guarda municipal mediante simples apresentação de carteira funcional,[21][22] e conceder gratuidade ou meia-entrada a profissionais de segurança pública.[23][24] Também são seus os projetos de lei que almejam proibir a publicidade de bebidas alcoólicas em rádio e televisão fora do período abrangido entre 21h e 06h[25] e obrigar os estabelecimentos de funcionamento noturno com entretenimento musical a disponibilizarem ao menos 30% de seu horário de funcionamento para a exibição de música ao vivo.[26] Foi um dos coutores da Lei Municipal nº 15.941, de 23 de dezembro de 2013, que autorizou a criação do Parque Municipal Augusta.
Nas eleições estaduais no Brasil em 2014, novamente pelo PSDB, elegeu-se a deputado estadual por São Paulo, obtendo a segunda maior votação do estado: 254.074 votos.[27]
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, foi presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais que investigou a "Operação Ethos", do Condep; e vice-presidente da da CPI da Epidemia do Crack. Integra também a Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, a CPI da Invasão de Terrenos e a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais,[28] fato que causou polêmica entre membros do próprio partido.[29][30] Foi também vice-líder da bancada tucana na Assembleia Legislativa paulista de 2015 a 2017 e atualmente é vice-líder da bancada dos progressistas.[31]
Como deputado estadual, é autor de propostas como a proibições dos "pancadões" de funk (que se transformou na Lei Estadual nº 16.049/2015),[32] a obrigatoriedade da identificação dos capacetes motociclísticos com a placa da motocicleta em que forem usados[33] e a criação do subtítulo "policídio" para o registro de ocorrências de homicídio tendo como vítima agentes policiais em exercício da função ou em decorrência dela e seus familiares, em razão dessa condição.[34] Outros de seus projetos em trâmite incluem a criação do "Dia do Policial Militar Evangélico",[35] a regulamentação do uso da fosfoetanolamina sintética,[36] o desmembramento do Corpo de Bombeiros paulista da Polícia Militar[37] e a obrigatoriedade de fornecimento de leitor ótico para conferência de lançamento de consumo em estabelecimentos que adotem comandas eletrônicas.[38]
Foi reeleito em 2018 ao cargo de Deputado Estadual, com 214.445 votos, sendo o quarto parlamentar mais votado de São Paulo, o segundo dentre os que já possuíam mandato e o mais votado do partido Progressistas.[39]
Em 07 de fevereiro de 2023 renunciou ao mandato de Deputado Estadual. Em 08 de fevereiro de 2023 assumiu o mandato de Deputado Federal[2] como suplente do Delegado Bruno Lima, que assumiu o cargo de Secretário Municipal de Inovação e Tecnologia na cidade de São Paulo.
Telhada é casado com Ivania Cano Telhada desde 18 de maio de 1985.
É um dos protagonistas do documentário "A Verdadeira História da ROTA" (2014), que estreou nos cinemas de São Paulo em 27 de maio de 2014.[40] É também protagonista e autor da revista "Coronel Telhada em Quadrinhos"[41][42] que, até junho de 2022, teve quatro edições e um encadernado[43]. Como escritor, é autor dos livros "Quartel da Luz - Mansão da Rota" e "A Polícia de São Paulo nos Campos da Itália".[44][45]
Foi homenageado como paraninfo da sessão solene de entrega de de carteiras de 27 de março de 2014 da Ordem dos Músicos do Brasil[46]. Já fez parte do Abutre's Moto Clube, mas pediu seu desligamento em 2023.[47][48]
É membro consultor da Comissão de Segurança Pública da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.[49]
O Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação da candidatura de Telhada, entre outras razões, por conta do uso de símbolos da ROTA e da Polícia Militar em sua campanha, em desrespeito ao art. 40 da Lei nº 9.504/1997. Os símbolos foram retirados da campanha.[10]
Segundo reportagem do UOL, Telhada pagou R$ 49 mil de sua verba de gabinete, entre agosto de 2013 e maio de 2014, para a K9 Indústria Gráfica, empresa que lançou a revista "Coronel Telhada em Quadrinhos". Segundo o site, no período aludido, o então vereador foi um dos cinco parlamentares que mais gastaram dinheiro público com diagramação, arte e impressão gráfica: R$ 58.381, mais que o dobro do gasto médio dos 55 vereadores. Ainda, subiu o gasto mensal médio de R$ 307 para R$ 6.503 quando passou a contratar os serviços da empresa. De acordo com o parlamentar, a empresa foi escolhida por ser a "mais em conta" e a publicação da revista foi financiada unicamente com dinheiro de patrocinadores.[50]
Após a vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2014, Telhada postou em sua página no Facebook texto no qual defendeu que "chegou a hora de São Paulo se separar do resto" e que o resto do país não deveria se submeter a um "governo escolhido pelo norte e Nordeste".[51][52] Em nota, o PSDB repudiou as ideias e as qualificou como "xenófobas" e "preconceituosas".[53] O Partido dos Trabalhadores pediu a tomada de medidas judiciais contra Telhada por "desrespeitar os princípios fundamentais do estado democrático".[52] Após isso, o parlamentar removeu a nota de sua página e se retratou, afirmando ser contra o separatismo de qualquer região do país e que o termo "independência" que constava no texto se referia a autonomia financeira.[54]
Foi destaque em junho de 2020 durante a pandemia causada pelo coronavírus, quando junto com outros deputados estaduais contrários as medidas de isolamento social, realizou fiscalização no hospital de campanha do Anhembi sem comunicação prévia, o que causou tumulto. Segundo a prefeitura de São Paulo, eles agiram de maneira desrespeitosa com os funcionários presentes, agredindo verbalmente e moralmente os mesmos, bem como pacientes internados. Colocaram em risco a própria saúde e de todos presentes, já que inicialmente não estavam com os equipamentos de proteção adequados. Ainda, gravaram pacientes sem qualquer consentimento, muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus respectivos leitos. [55][56]
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