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ator brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Paulo Paquet Autran (Rio de Janeiro, 7 de setembro de 1922 — São Paulo, 12 de outubro de 2007[2]) foi um ator brasileiro de teatro, cinema e televisão.
Paulo Autran | |
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O ator durante a peça "Vestir o Pai" no CCBB, 2003 | |
Nome completo | Paulo Paquet Autran |
Nascimento | 7 de setembro de 1922 Rio de Janeiro, DF, Brasil |
Morte | 12 de outubro de 2007 (85 anos) São Paulo, SP, Brasil |
Causa da morte | câncer de pulmão |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Madalena Paquet Autran Pai: Walter Autran |
Educação |
|
Alma mater | Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo |
Ocupação | ator |
Período de atividade | 1945—2007 |
Principais trabalhos | Lista
|
Prêmios | Ordem do Mérito Cultural (1998) |
Na televisão destacou-se em Guerra dos Sexos, em que contracenava ao lado de Fernanda Montenegro e protagonizou algumas cenas antológicas da teledramaturgia, e em Pai Herói, quando viveu o vilão carismático Bruno Baldaraci. Nos últimos anos fez apenas participações especiais, principalmente em minisséries, a última das quais Um Só Coração, em 2004. Em 2012, apareceu em uma participação especial na telenovela Guerra dos Sexos apenas um flashback e o seu velório, ambos exibidos no primeiro capítulo.
No cinema, sua estreia ocorreu em 1952 em Appassionata. Posteriormente, esteve nos filmes Uma Pulga na Balança, Destino em Apuros, É Proibido Beijar, As Sete Evas, além de encarnar Deus em O Menino Arco-Íris. No entanto, teve papel em destaque no ano de 1987 ao interpretar Gui em O País dos Tenentes, sendo eleito 'Melhor Ator' pelo Festival de Brasília. Seu último personagem no cinema foi no longa argentino O Passado, de Héctor Babenco.
Carioca, Paulo Autran mudou-se cedo para São Paulo, onde passou a maior parte de sua vida e estudou no Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo. Depois estudou Direito na capital paulista por influência do pai - que era delegado de polícia - e formou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1945, inicialmente pensando em ser diplomata. Anteriormente a São Paulo, Paulo Autran morou na cidade de Sorocaba. Em 2006, em um encontro em Sorocaba com o poeta e letrista Marcelo Adifa, Paulo contaria emocionado como era brincar na casa grande que ocupavam na região central do município.
Desapontando na profissão de advogado, participou de algumas peças teatrais amadoras, tendo sido convidado a estrear profissionalmente com a peça Um Deus dormiu lá em casa, de Guilherme Figueiredo, com direção de Silveira Sampaio, em montagem do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). No começo relutou, afirmando não ser ator profissional. Entretanto, após receber o incentivo de sua amiga Tônia Carrero, aceitou o desafio. A peça, que estreou para o grande público no dia 13 de dezembro de 1949, no Teatro Copacabana, Rio de Janeiro, tornou-se um grande sucesso, rendendo inclusive alguns prêmios para o jovem ator. Posteriormente, "Um Deus..." foi novamente montada, dessa vez pela Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), com direção de Adolfo Celi, em 1956.[3][4]
Após seu primeiro êxito comercial, Autran resolveu largar a advocacia e passou a se dedicar exclusivamente à carreira artística, dando prioridade ao teatro, sua grande paixão. Chegou a atuar em alguns filmes e telenovelas, mas foi no palco que desenvolveu sua arte e se tornou conhecido, vindo a receber o epíteto de "O Senhor dos Palcos". No entanto, também teve memoráveis atuações na televisão e no cinema, em especial por sua participação em Terra em Transe, clássico de Glauber Rocha.
Ao longo de sua carreira, estabeleceu importantes parcerias, com diretores como Adolfo Celi, Zbigniew Ziembiński e Flávio Rangel, e atrizes, como Tônia Carrero.
Estreou seu 90º espetáculo em 2006, a peça O Avarento, de Molière, no Teatro Cultura Artística. Essa peça teve a sua temporada suspensa porque o ator apresentou problemas de saúde.[5]
No ano anterior à sua morte, Paulo Autran passara por diversas internações, por conta de um câncer de pulmão. O tratamento (radioterapia e quimioterapia) não o impediu de seguir atuando em O Avarento - e nem de seguir fumando até quatro maços de cigarros por dia.[6]
Desde 1999, Paulo Autran era casado com a atriz Karin Rodrigues, com quem vivia em relacionamento desde 1974.
Faleceu aos 85 anos, depois de sofrer um enfisema pulmonar e por complicações decorrentes do câncer.[2] A pedido da família, a causa mortis não foi divulgada pela equipe médica que o acompanhava. Seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e cremado no Crematório da Vila Alpina.
Em 15 de julho de 2011, a Lei 12 449 o declarou Patrono do Teatro Brasileiro.[7]
Iniciou sua trajetória em 1960 como Mundinho Falcão na telenovela Gabriela, Cravo e Canela, na Rede Tupi.[8] Retornaria para a televisão somente em 1979 pela Rede Globo na pele do vilão Bruno Baldaracci (Nuno) em Pai Herói.[9] No início da década de 1980, foi para Rede Bandeirantes viver Paco Valdez em Os Imigrantes.[10]
Seu papel em destaque, no entanto, só viria em 1983 na telenovela Guerra dos Sexos, da emissora global, ao interpretar o protagonista Otávio, contracenando ao lado da atriz Fernanda Montenegro, além de ser lembrado pela cena de ambos se sujarem durante o café da manhã.[11][12] Três anos mais tarde, deu vida ao Aparício Varela em Sassaricando.[13]
Em 1990, foi para o SBT atuar na telenovela Brasileiras e Brasileiros.[14] Oito anos mais tarde, voltou para a Rede Globo como Padre Nelson na minissérie Hilda Furacão, concluindo o milênio fazendo uma participação especial no programa Você Decide como Custódio, no episódio "O Tesouro da Juventude".[15][16] Seu último trabalho na televisão foi em 2004 na minissérie Um Só Coração, sendo ele mesmo.[17]
Estreou nas telonas em 1952 como advogado de Sílvia em Appassionata e como um médico em Veneno.[18][19] Nos dois anos seguintes, viveu Antenor em Uma Pulga na Balança, além de integrar o elenco de Destino em Apuros e É Proibido Beijar.[20][21][22] Retornou ao cinema só na década de 1960 em Tudo ou Nada, além de encarnar Candinho em As Sete Evas.[23][24] Em 1966, foi narrador na Crônica da Cidade Amada, concluiu a década na pele de Porfirio Dias em Terra em Transe e Bruno em Mar Corrente.[25][26][27]
Na década de 1980, foi convidado para interpretar Deus em O Menino Arco-Íris e, cinco anos mais tarde, trabalhou na obra francesa Vertiges.[28][29] Seu primeiro destaque no cinema só viria em 1987 na pele de Gui em O País dos Tenentes, papel que o garantiu como 'Melhor Ator' no Festival de Brasília.[30] Naquele mesmo ano, também fez uma participação especial em Fogo e Paixão.[31] Encerrou o milênio sendo convidado a encarnar como Padre Pennaforte em Tiradentes.[32]
Na década de 2000, viveu doutor Enzo em Oriundi; fez participação especial no curta-metragem Artifícios, além de atuar como Antônio velho em A Máquina e na pele de Mótel (avô de Mauro) em O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias.[33][34][35][36] Seu último trabalho nas telonas foi em 2007 como professor Pusièrre na obra argentina O Passado.[37]
Ano | Título | Personagem |
---|---|---|
1952 | Appassionata | Advogado de Sílvia[38] |
Veneno | Médico | |
1953 | Uma Pulga na Balança [1] | Antenor |
Destino em Apuros | Destino | |
1954 | É Proibido Beijar | — |
1960 | Tudo ou Nada | — |
1962 | As Sete Evas | Candinho [39] |
1967 | Terra em Transe | Porfírio Diaz |
Mar Corrente | Bruno[40] | |
1980 | O Menino Arco-Íris | Deus |
1985 | Vertiges | Eric Hardmour |
1987 | O País dos Tenentes | Gui |
1988 | Fogo e Paixão | Homem com maleta [41] |
1997 | Crônica da Cidade Amada | Narrador |
1998 | O Enfermeiro | Coronel Felisberto[42] |
1999 | Oriundi | Dr. Enzo |
Tiradentes | Pennaforte | |
2000 | Artifícios | — |
2006 | A Máquina | Antônio no futuro |
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias | Avô de Mauro | |
2007 | O Passado | Professor Pusièrre |
Ano | Título | Papel |
---|---|---|
1960 | Gabriela, Cravo e Canela | Tonico Bastos |
1979 | Pai Herói | Bruno Baldaracci (Nuno) |
1981 | Os Imigrantes | Paco Valdez |
1983 | Guerra dos Sexos | Otávio de Alcântara Rodrigues e Silva (Bimbo) |
Dominguinhos da Silva | ||
1987 | Sassaricando | Aparício Varella |
1990 | Brasileiras e Brasileiros | Zé Avarento |
1998 | Hilda Furacão | Padre Nelson |
1999 | Você Decide | Custódio (episódio O Tesouro da Juventude) |
2004 | Um Só Coração | ele próprio |
Nota: em 2012/2013 o ator participou de Guerra dos Sexos como uma pintura no quadro da mansão assim como Fernanda Montenegro
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