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Monte Mário (em italiano: Monte Mario) é uma das colinas de Roma na margem direita do Tibre, na região noroeste da capital. Atravessada pela Via Trionfale, ocupa parte do território dos municípios I (Centro), do XIV (Monte Mario) e uma pequena parte do XV (Cassia/Flaminia), abrangendo, portanto, parte dos quarteirões (quartieri) Trionfale, Della Vittoria e Primavalle. Com este mesmo nome também é chamada a região urbana localizada na colina, às margens da Via Trionfale e da parte inicial da Via di Torrevecchia, onde fica ainda a homônima estação ferroviária Roma Monte Mario.
Colina de Roma | |
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Vista do Monte Mário a partir da Cúpula da Basílica de São Pedro | |
Nome italiano | Monte Mario |
Com seus 139 metros de altitude, o Monte Mário é o ponto mais alto de Roma e, assim como o Janículo e o Píncio, é um dos locais de onde se pode obter as mais belas vistas da cidade, sobretudo de um lugar chamado Zodiaco, com vista para o sul e o leste dos quarteirões vizinhos, dos mais importantes monumentos da cidade, da Cidade do Vaticano, dos Montes Albanos, dos Montes Tiburtinos, dos Montes Prenestinos e dos cumes mais altos dos Apeninos centrais ocidentais. Além disto, no Monte Mário começa o parque linear mais longo de Roma, o Parco di Monte Ciocci.
Escavações realizadas na propriedade Cartoni, na Valchetta, vizinha do Monte Mário, descobriram um utensílio de sílex, lascas do mesmo material e dentes de animais. Estes restos, com idade de mais de 65 000 anos, são os mais antigos já descobertos na região de Roma.
Na Idade Média, o Monte Mário ficava ao longo do trajeto da Via Francigena, que começava no Borgo Leonino e seguia pela região de La Giustiniana, passando pela La Storta para depois virar para o norte após a Isola Farnese. Os peregrinos o chamavam de Mons Gaudii[1]
Os romanos chamavam o Monte Mário de Mons Vaticanus ou Clivus Cinnae, uma referência ao cônsul Lúcio Cornélio Cina. Para a origem do nome atual, há algumas hipóteses: a primeira de que seria derivado de "mare" ("mar"), uma referência às conchas fósseis que podem ser encontradas no local ou ao fato de que, de alguns pontos, é possível enxergar o mar. A segunda hipótese é de que seu nome deriva de uma villa pertencente a Mario Mellini, humanista do século XV, e, desde 1935, sede Museo Astronomico e Copernicano de Roma.[2]
Esta última hipótese, porém, contrasta com o fato que, presumivelmente no século XI, em plena Idade Média, o monte já era chamado de Monte Malo[3] por causa do assassinato de Giovanni Crescenzio por Otão III da Saxônia em 998.
A zona habitada do Monte Mário se divide essencialmente na crista do morro, ocupada por quarteirões residenciais de classe média e classe média alta, como Balduina, Trionfale, Belsito e Della Vittoria, e a porção mediana das encostas, ocupada pela parte setentrional do quarteirão Primavalle, mais popular. A parte do subúrbio Della Vittoria perto da Piazza Nostra Signora di Guadalupe é chamada de "Monte Mario Alto" e se espraia pelas margens do colle Sant'Agata, onde, na década de 1920, uma cooperativa construiu o primeiro assento. Nas imediações foram construídos outros núcleos mais populares na década seguinte. Entre as décadas de 1970 e 1980 se completou a ocupação da colina.
Finalmente, o Monte Mário é também historicamente ligado ao complexo do histórico manicômio provincial de Santa Maria della Pietà, um dos maiores e antigos da Europa.