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arqueólogo português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Francisco Martins de Gouveia de Morais Sarmento (Guimarães, 9 de março de 1833 – Guimarães, 9 de agosto de 1899) foi um notável arqueólogo e escritor português.[1]
Francisco Martins Sarmento | |
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Francisco Martins Sarmento. | |
Nascimento | 9 de março de 1833 Guimarães, Portugal |
Morte | 9 de agosto de 1899 (66 anos) Guimarães |
Nacionalidade | Portuguesa |
Progenitores | Mãe: Joaquina Cândida de Araújo Martins da Costa Pai: Francisco Joaquim de Gouveia de Morais Sarmento |
Cônjuge | Maria de Freitas Aguiar |
Alma mater | Universidade de Coimbra |
Ocupação | Escritor e arqueólogo |
Magnum opus | Ora maritima. Estudo d'este poema na parte respectiva à Galiza e Portugal |
Filho de Francisco Joaquim de Gouveia de Morais Sarmento e da sua mulher Joaquina Cândida de Araújo Martins da Costa, tia materna do 1.° Visconde de Margaride e 1.° Conde de Margaride.[2]
Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, nunca exerceu e dedicou-se com grande paixão ao estudo da arqueologia.[2] Fez a exploração intensa e metódica da citânia de Briteiros e Sabroso, perto de Guimarães (1874-1879), junto à Casa da Ponte (Guimarães), onde morou.[1] Em 1880 identificou o Castro das Eiras, em Pousada de Saramagos.[3]
Martins Sarmento era um homem culto e autodidata, talvez por isso era um livre pensador com ideias bem definidas mas em contra corrente com os académicos da altura. Por exemplo, ele era contra a ideia generalizada da presença Celta no Norte de Portugal, e defendia a ideia duma origem pré-céltica mesmo dum povoamento pelos Lígures. Ele sustentava essa teoria com base na literatura clássica como "Ora maritima" de Avieno e nas suas escavações arqueológicas, em particular na singularidade da cultura castreja, o habitat, a cerâmica, as estátuas de guerreiros... Contra ele, dois professores de linguística, Leite de Vasconcelos e sobretudo Adolfo Coelho que o criticou abertamente, porque para ele, a nossa língua ancestral era claramente de origem céltica.[2] Por ventura, mais polémico ainda, Martins Sarmento defendia também uma estreita ligação entre a cultura castreja e a Civilização micénica.[2]
Cultivou também a poesia e colaborou em revistas e jornais científicos. Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas Renascença[4] (1878-1879?) e O Pantheon[5] (1880-1881) e no semanário Branco e Negro[6] (1896-1898).
Em agosto de 1881, Martins Sarmento participou na expedição científica à Serra da Estrela, organizada pela Sociedade de Geografia de Lisboa, como responsável da secção de arqueologia.[2]
No museu da Sociedade Martins Sarmento em Guimarães conserva-se uma grande parte dos seus achados arqueológicos e também a suas fotografias raro testemunho da época na arqueologia, e na etnografia. Fotógrafo à partir de 1868,[7] foi um precursor da fotografia cientifica em Portugal em particular no domínio da epigrafia devido a sua colaboração com Emil Hübner ma sua recolha de inscrições latinas para sua obra Corpus Inscriptionum Latinarum.[2]
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