Loading AI tools
escritora, contista e ensaísta britânica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Margaret Oliphant (Wallyford, 4 de abril de 1828 – Wimbledon, 20 de junho de 1897) foi uma escritora escocesa. Escrevia principalmente romances históricos, realismo doméstico e contos de horror.
Margaret Oliphant Margaret Oliphant Wilson | |
---|---|
Rascunho de 1881 feito por Janet Mary Oliphant, sua sobrinha | |
Pseudónimo(s) | Mrs. Oliphant |
Nascimento | 4 de abril de 1828 Wallyford, East Lothian, Escócia |
Morte | 20 de junho de 1897 (69 anos) Wimbledon, Londres, Reino Unido |
Nacionalidade | britânica |
Ocupação | escritora, contista e ensaísta |
Gênero literário | ficção e horror |
Assinatura | |
Foi uma escritora muito prolífica na Era vitoriana, tendo escrito seu primeiro livro aos 16 anos e produziu cerca de 300 artigos, 55 contos, mais de 90 romances e 25 trabalhos de não-ficção.[1]
Margaret nasceu em 1828, em Wallyford, no condado de East Lothian, perto de Edimburgo. Era filha do clérigo local, Francis W. Wilson (c. 1788 – 1858) e sua esposa, Margaret Oliphant (1789 – 1854). Passou a infância em Glasgow e Liverpool. Sua mãe fazia questão de que sua filha soubesse ler e fosse versada em literatura, o que a fez receber mais instrução do que as mulheres normalmente recebiam na época.[1]
Em 1852, casou-se com seu primo, o artista Frank Wilson Oliphant e o casal se estabeleceu em Camden. Frank trabalhava principalmente com vitrais, em especial para igrejas e residências. O casal teve seis filhos, mas três morreram ainda na infância. Devido à doença de Frank, a família se mudou para a Itália em busca de ares mais quentes e frescos, mas ele morreu apenas sete anos depois devido à tuberculose em Roma. Margaret acabou sozinha, com três crianças pequenas em casa e um monte de dívidas.[1] Também foi a responsável por cuidar de Willie, seu irmão alcoólatra e seus três sobrinhos, filhos de seu outro irmão, Frank, que também acabou falindo e recebeu abrigo na casa da irmã.[2][3] Pouco depois da morte do marido, a única menina entre os filhos de Margaret também morreu e foi sepultada ao lado do pai, em Roma.[2][3]
No século XIX existiam poucos empregos e carreiras disponíveis para mulheres. Assim, a escrita acabou sendo uma saída elegante, onde ela podia trabalhar de casa e assim cuidar dos filhos. Foi uma escritora extremamente prolífica, tendo produzido dezenas de trabalhos, sendo que uma produção tão grande poderia pecar pela qualidade em alguns momentos e ela provavelmente escreveu tanto por precisar do dinheiro. Ainda assim, foi uma das mais importantes escritoras da Era vitoriana.[2][3]
Seu primeiro livro Passages in the Life of Margaret Maitland (1849), foi um grande sucesso de crítica e público e dois anos depois recebeu continuações. Em 1851, publicou Caleb Field. Margaret começou a escrever para revistas literárias, como a Blackwoods, do editor William Blackwood, para a qual escreveu vários contos, ensaios, artigos e livros seriados , como Katie Stewart (1853). Como contribuía com vários artigos para uma única edição, muitos deles eram anônimos.[2][4]
Em 1866, Margaret foi morar em Windsor para ficar perto dos filhos que estudavam no Eton College, tornando-se sua casa permanente. Na quele ano, sua prima Annie Louisa Walker, escritora e professora, se mudou para lhe fazer companhia e ser sua governanta.[5][6]
Ainda que tivesse sucesso profissional, na família as tragédia se sucediam. Seu filho Cyril Francis, o mais velho, morreu em 1890.[7] O mais novo, Francis, trabalhou com a mãe em Victorian Age of English Literature e chegou a trabalhar no Museu Britânico, mas logo foi mandando embora e morreu em 1894.
Com a morte dos filhos, Margaret deixou de ter ânimo para escrever. Sua saúde piorou muito e em 20 de junho de 1897, em Windsor, Margaret morreu aos 69 anos. Ela foi sepultada em Eton, junto de seus filhos.[8]
Na década de 1880, Margaret era a mentora da escritora irlandesa Emily Lawless. Por volta dessa época, dedicou-se a escrever contos sobrenaturais, como A Beleaguered City and Other Tales of the Seen and Unseen (1885). A Era vitoriana é conhecida por sua preocupação excessiva com a morte e o pós-morte e isso refletiu em muitos livros e trabalhos da época, inclusive de Margaret. Tendo perdido três filhos ainda na infância e o marido, além das mortes dos filhos adultos e da única menina, Margaret estava bem versada em assuntos de morte. Seus contos trabalham muito com a questão do conforto e amor com aqueles que ficam.[2][9]
Escreveu ficção histórica, como Magdalen Hepburn (1854), que se passa durante a Reforma Escocesa e tem como protagonistas John Knox e a rainha Maria da Escócia.[9][10][9] Boa parte de seu trabalho ressaltava a preocupação com as injustiças sofridas pelas mulheres e grande crítica aos valore sociais da sociedade do século XIX. Seu livro Kirsteen (1890) é um bom exemplo desse tipo de produção.[1][2]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.