Loading AI tools
espécie extinta de mamute Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O mamute-lanoso[1] ou mamute-lanudo[2] (Mammuthus primigenius) foi a última espécie de mamute que se adaptou às regiões mais a norte do planeta. Em relação a outras espécies do gênero Mammuthus eles são animais de tamanho modesto com um porte aproximado ao elefante-africano atual. Os hábitos e aparência desta espécie estão entre os mais detalhados entre as espécies pré-históricas, por conta das descobertas de carcaças congeladas na Sibéria e Alasca.[3] assim como esqueletos, dentes, conteúdo estomacal, estrume e pinturas rupestres.
Mamute-lanoso | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||
Pré-histórica | |||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||
| |||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||
Espécie | |||||||||||||
|
O mamute-lanoso conviveu com os humanos, que os caçaram para conseguir comida, além de usarem seus ossos e presas para fazerem ferramentas, habitações e artes (pingentes). Os mamutes-lanosos começaram a desaparecer por volta do ano 10.000 a.C, uma população isolada sobreviveu até o ano 5.600 a.C na ilha de São Paulo[4] e na ilha de Wrangel eles morreram por volta de 2000 a.C.[5]
A aparência do mamute lanoso é provavelmente a mais conhecida de qualquer animal pré-histórico, devido aos muitos espécimes congelados com tecido mole e representações preservado por humanos contemporâneos em sua arte.[6] Eram animais adaptados as baixas temperaturas da era glacial com um grosso manto de pelos, além de uma camada de cerca de 8 cm de gordura que ajudavam o animal a isolar seu corpo do frio do ambiente, outro recurso fisiológico da espécie era apresentar glândulas sebáceas (ausentes nos elefantes atuais). Outra característica comum da espécie era possuir presas enormes (até 5 metros de comprimento) foi aventado pelos cientistas que esta era uma adaptação ligada as suas necessidades alimentares onde o animal usaria as longas presas para afastar a neve à procura de brotos de plantas. Viviam em grupos.
Plantas, em diferentes estágios de digestão, foram encontradas no intestino de diversos mamutes-lanosos, proporcionando um melhor entendimento dos hábitos alimentares desses animais. A dieta do mamute-lanoso se baseava em gramíneas, juncos, ervas, plantas floridas, musgo, e casca de árvore. A dieta variava de acordo com o local. Um adulto de seis toneladas comia cerca de 180 kg por dia.
Cientistas encontraram estrume no intestino de uma mamute chamada "Lyuba". O estrume ajudava no desenvolvimento de micróbios intestinais, necessários para a digestão da vegetação, assim como nos atuais elefantes.[7]
O habitat do mamute-lanoso é conhecido como "estepe do mamute" ou "estepe da tundra".[8][9] Este ambiente se estendeu pelo norte da Ásia, muitas partes da Europa e a parte norte da América do Norte durante a última idade do gelo. Era semelhante às estepes gramíneas da Rússia moderna, mas a flora era mais diversa, abundante e crescia mais rápido. Gramíneas, junças, arbustos e plantas herbáceas estavam presentes, e árvores espalhadas foram encontradas principalmente nas regiões do sul. Este habitat não era dominado por gelo e neve, como se acredita popularmente, uma vez que se pensa que essas regiões eram áreas de alta pressão na época. O habitat do mamute-lanoso abrigava outros herbívoros pastando, como o rinoceronte-lanoso, cavalos selvagens e bisões.[10] As regiões de Altai-Sayan são os biomas modernos mais semelhantes à "estepe de mamute".[11] Um estudo de 2014 concluiu que os forbs (um grupo de plantas herbáceas) eram mais importantes na estepe-tundra do que se reconhecia anteriormente e que era uma fonte primária de alimento para a megafauna da era do gelo.[12] O espécime de mamute lanoso mais meridional conhecido é da província de Shandong, na China, e tem 33.000 anos de idade.[13] Os vestígios europeus mais meridionais são da Depressão de Granada, na Espanha, e têm aproximadamente a mesma idade.[14] Estudos de DNA ajudaram a determinar a filogeografia do mamute lanoso. Um estudo de DNA de 2008 mostrou dois grupos distintos de mamutes: um que foi extinto há 45.000 anos e outro que foi extinto há 12.000 anos.[15] Um estudo, publicado em outubro na revista Nature, sugeriu que alguns mamutes sobreviveram em ilhas isoladas, longe do contato humano, até 4.000 anos atrás. Outro estudo é o primeiro a determinar que pequenas populações de mamutes coexistiram com humanos no continente da América do Norte até o Holoceno, há apenas 5.000 anos.[16] Os mamutes podem ter persistido no que hoje é o Yukon, no Canadá, até cerca de 5.000 anos atrás.[17]
Em 2005, pesquisadores conseguiram reconstruir o Genoma mitocondrial do mamute-lanoso, permitindo traçar uma melhor relação evolutiva entre os mamutes e os elefantes-asiáticos (Elephas maximus).[18] O Elefante-africano (Loxodonta africana) separou-se deste Clado por volta de 6 milhões de anos atrás.
A análise do genoma do mamute lanoso, em 2015, revelou grandes mudanças genéticas que permitiram que os mamutes se adaptarem à vida no ártico. Os genes de mamute que diferem dos seus homólogos em elefantes desempenharam papéis no desenvolvimento da pele e pelo, metabolismo da gordura, sinalização da insulina e muitas outras características. Genes ligados a traços físicos, como forma do crânio, pequenas orelhas e caudas curtas também foram identificados. Como um teste de função, um gene envolvido na sensação mamute temperatura foi ressuscitado no laboratório[19]
Em 2013, uma expedição às Ilhas Lyakhovsky, na costa da Sibéria, encontrou uma carcaça de mamute-lanoso, contendo sangue em estado líquido. Amostras do sangue foram coletadas, alimentando esperanças de clonar o animal.[20]
George Church lidera o esforço para trazer espécies extintas extraindo DNA de mamutes e combinando-o com o DNA de um elefante asiático[21][22]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.