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cardeal português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Luís de Sousa (Porto, 6 de Outubro de 1630 – Lisboa, 4 de Janeiro de 1701), foi o décimo nono Arcebispo de Lisboa. Figura maior da segunda metade do século XVII em Portugal, Dom Luís de Sousa foi capelão-mor do rei D. Pedro II de Portugal e membro do Conselho de Estado. Foi elevado ao cardinalato em 1697 pelo Papa Inocêncio XII.
Luís de Sousa | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Arcebispo de Lisboa | |
Título |
Arcebispo de Lisboa |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Arquidiocese de Lisboa |
Nomeação | 2 de dezembro de 1675 |
Predecessor | D. António de Mendonça |
Sucessor | D. João de Sousa |
Mandato | 1675 - 1702 |
Ordenação e nomeação | |
Nomeação episcopal | 19 de janeiro de 1671 |
Ordenação episcopal | 14 de junho de 1671 por D. Manuel de Noroña, O.F.M. |
Nomeado arcebispo | 2 de dezembro de 1675 |
Cardinalato | |
Criação | 22 de julho de 1697 por Papa Inocêncio XII |
Brasão | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Porto 6 de outubro de 1630 |
Morte | Lisboa 3 de janeiro de 1702 (71 anos) |
Progenitores | Mãe: Mécia de Vilhena Pai: D. Diogo Lopes de Sousa |
Sepultado | Sé de Lisboa |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
D. Luís pertencia à ilustre família dos de Sousa, uma das mais antigas de Portugal, descendentes de D. Afonso Dinis, filho ilegítimo do rei D. Afonso III de Portugal. Foi o quarto e último filho de D. Diogo Lopes de Sousa (c. 1595 – 27 de Dezembro de 1640), 2.º Conde de Miranda do Corvo, filho de Henrique de Sousa Tavares e de sua mulher Mécia de Vilhena, e de sua mulher Leonor de Mendonça (c. 1600 – 24 de Agosto de 1656), filha de João Rodrigues de Sá, 1.º Conde de Penaguião, e de sua mulher Isabel de Mendonça. Seus irmãos foram Isabel (1624), Henrique, 1.º Marquês de Arronches, e Mecia, casada com Manuel Luís Baltazar da Câmara, 1.º Conde da Ribeira Grande. D. Luís de Sousa nasceu na cidade do Porto, a 6 de Outubro de 1630.[1] O seu pai era o Governador da Relação e Casa do Porto,[2] cargo hereditário concedido à família em 1582 pelo rei D. Filipe I de Portugal. Em 1633, Diogo de Sousa foi nomeado presidente do Conselho da Fazenda [3] por D. Filipe III de Portugal, pelo que em 1637 Diogo de Sousa mudou-se com a família para Madrid. O jovem Luís entrou ao serviço da rainha Isabel de Bourbon.[4] Apesar da Restauração da Independência em 1640, a família apenas obteve permissão para regressar a Portugal em 1646.[5]
Em Lisboa, foi admitido ao serviço de D. Teodósio, filho primogénito de D. João IV, começando a estudar no Colégio de Santo Antão.[4] A 8 de Fevereiro de 1651 partiu para Roma onde viria a doutorar-se em Direito Canónico,[6] passando ao serviço da Curia Romana.[6] Apesar de não haver nenhuma informação sobre a sua ordenação sacerdotal, deverá ter ocorrido entre 1651–1652, ainda em Lisboa ou depois da sua chegada a Roma.
Em 1655 Alexandre VII nomeou Dom Luís de Sousa Deão do Cabido da Sé Catedral do Porto. No regresso à sua cidade natal, passou diversos meses em viagem por Veneza, Flandres, Holanda e França, chegando a Portugal a 26 de Setembro de 1656.[7]
Em 1658 seria eleito governador da Diocese e em 1669, por encontrar-se seu irmão Henrique, 1.º Marquês de Arronches como embaixador na Holanda, foi nomeado Governador das Armas e Governador da Relação e Casa do Porto pelo então regente infante D.Pedro.[7]
Nesse mesmo ano, foi-lhe concedido o cargo de Esmoler-mor do Reino, Capelão-mor da Capela Real e Cónego do Cabido da Sé Catedral de Lisboa.[7]
A 19 de Janeiro de 1671 Clemente X elegeu-o Bispo-titular de Hippo Diarrhytus,[8] sendo consagrado a 14 de Junho do mesmo ano, na Capela Real do Paço da Ribeira,[7] por Álvaro de São Boaventura, Bispo da Guarda, assistido por Cristóvão da Silveira, Arcebispo de Goa e por Estevão dos Santos, Bispo de São Salvador da Bahia.[9] Em 1674 foi nomeado Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cargo que viria a ocupar uma segunda vez, em 1683.[10]
A 17 de Setembro de 1675, o regente infante D.Pedro solicitou ao Papa Clemente X a nomeação de Dom Luís de Sousa como Arcebispo de Lisboa.[7] A 2 de Dezembro Clemente X acedeu ao pedido conferindo-lhe o Pálio.
A sua nomeação como membro do Conselho de Estado, a 30 de Agosto de 1679,[7] viria a tornar Dom Luís de Sousa numa das pessoas mais influentes nos assuntos políticos portugueses dos finais do século XVII.[11]
Enquanto Arcebispo de Lisboa o seu legado mais importante foi o da instituição do Lausperene, por Bula de Inocêncio XI, em 1682.[10] O privilégio da exposição permanente do Santíssimo Sacramento nas igrejas de Lisboa, tal como se fazia em Roma, foi sendo renovado até 1784, quando Pio VI concedeu o privilégio perpétuo ao Patriarcado de Lisboa, prática que se manteve até aos nossos dias.[12]
No Consistório de 22 de Julho de 1697,[9] por um Breve apostólico de 31 de Julho, Dom Luís de Sousa foi criado Cardeal-presbítero, pelo Papa Inocêncio XIII.[13] Querendo permanecer como Capelão-mor da Capela Real e Arcebispo de Lisboa, acabou por não viajar para Roma, a fim de receber o título e o Galero.[10] Dom Luís de Sousa viria a morrer a 3 de Janeiro de 1702, tendo sido enterrado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, no Claustro da Sé Catedral de Lisboa.[10]
Dom Luís de Sousa teve um filho ilegítimo, Leonardo de Sousa,[14] em data por determinar. Casado com Francisca Micaela de Lemos, tiveram uma filha, Clara Antónia de Sousa. Do seu casamento com Manuel Ramires Esquível, Fidalgo da Casa Real, houve numerosa descendência.[15]
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