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Galero
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O galero (do latim galerum, pl. Galera) na Igreja Católica era um chapéu de asa larga usado pelo clero, com cordões terminados em borlas que ficavam sobre o peito. Tem sua origem nos chapéus de peregrino. Utiliza-se em heráldica eclesiástica desde o século XIV, substituindo as mitras nos escudos.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Julho de 2013) |

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Origem
Durante séculos, o uso do galero estava limitado aos cardeais, como uma coroa que simbolizava o título de Príncipe da Igreja. O Papa Inocêncio IV foi o primeiro que impôs o galero vermelho aos cardeais em 1245, no Primeiro Concílio de Lyon. A tradição na Arquidiocese de Lyon era a de que a cor vermelha era inspirada pelos chapéus vermelhos dos cânones de Lyon. Segundo Noonan, o Papa Inocêncio queria que seus favoritos fossem diferentes e reconhecíveis nas procissões do Concílio[carece de fontes]. O cardeal Jean Cholet utilizou seu galero para coroar Charles de Valois em 1285 em Girona como Rei de Aragão durante a Cruzada Aragonesa, o que lhe valeu o título de "roi du chapeau" ("rei do chapéu").
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Heráldica eclesiástica
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Perspectiva

Ainda que o uso do galero em heráldica fosse já comum desde o século XIV, foi o Papa Pio XI quem regulou definitivamente o seu uso, mediante decreto de 21 de fevereiro de 1905, no que se refere às cores e ao número de borlas que correspondiam a cada grau dentro da hierarquia:
- Cardeal (vermelho com 2x15 borlas vermelhas - 1, 2, 3, 4, 5)
- Patriarca, Primaz (verde com 2x15 borlas verdes - 1, 2, 3, 4, 5)
- Arcebispo (verde com 2x10 borlas verdes - 1, 2, 3, 4)
- Bispo, Abade mitrado, Prelado territorial (verde com 2x6 borlas verdes - 1, 2, 3)
- Prelado "di Fiocchetto", da Câmara Apostólica (púrpura com 2x10 borlas vermelhas - 1, 2, 3, 4)
- Protonotário Apostólico (púrpura com 2x6 borlas vermelhas - 1, 2, 3)
- Prelado de Honra da Sua Santidade, Prelado doméstico da Sua Santidade, Capelão Conventual do S.M.O.M. (púrpura com 2x6 borlas púrpuras - 1, 2, 3)
- Capelão de Sua Santidade (preto com 2x6 borlas púrpuras - 1, 2, 3)
- Vigário Geral, Vigário Episcopal, Prior mitrado, Abade, Superior Maior de Ordem Religiosa, Protonotário Apostólico honorário (preto com 2x6 borlas pretas - 1, 2, 3)
- Cónego, Prior, (preto com 2x3 borlas pretas - 1, 2)
- Arcipreste, Deão, Vigário forâneo, Superior menor de ordem religiosa (preto com 2x2 borlas pretas - 1, 1)
- Presbítero (preto com 2x1 borla preta - 1)
- Diácono (preto, sem borlas)
Para os abades, priores e superiores de ordens religiosas, admite-se substituir a cor negra pelo alvo[carece de fontes].
Os presbíteros e diáconos, pelo geral, não utilizam brasão de armas, salvo que o utilizem por outras razões (por exemplo, o pertence a uma família com títulos nobiliárquicos); nesses casos, deverão timbrar o seu brasão com o galero correspondente.
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Concílio Vaticano II
Quando se ordenava um cardeal, o Papa colocava um galero escarlate sobre a cabeça do novo cardeal no consistório; esta prática deu lugar à frase "receber o chapéu vermelho". Durante um consistório, o Papa colocava-o sobre a cabeça de cada um dos novos cardeais, entregando-lhes também um rolo onde está escrito o título que corresponde a cada novo cardeal.
Em 1969, um decreto papal posterior ao Concílio Vaticano II pôs fim à utilização do galero, como um ato de humildade da hierarquia da Igreja. Considerou-se que mediante a eliminação de tais insígnias elaboradas, o povo poderia se identificar melhor com seus líderes pastorais. Hoje em dia, só o solidéu vermelho e o barrete se colocam sobre as cabeças dos cardeais no consistório. Os cardeais de rito oriental têm o seu próprio chapéu distintivo.
Na atualidade
Atualmente o galero caiu completamente em desuso, salvo em heráldica.
No entanto, alguns cardeais continuam obtendo galeros privadamente para conservar a antiga cerimónia da suspensão do mesmo sobre suas tumbas. Segundo a tradição, quando morria um cardeal, o seu galero era pendurado sobre o seu túmulo, onde permaneceria até que ficasse reduzido a pó, simbolizando que toda a glória terrena é passageira. Diz-se que quando cai, a alma do cardeal entrou no céu.
Também seria permitido utilizar o chapéu saturno para se proteger do Sol, fora dos serviços religiosos, com pequenas borlas isoladas sobre a asa, em número e cor equivalentes ao do galero heráldico próprio do grau na hierarquia.
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Referências
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