Longomel
freguesia de Ponte de Sor, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
freguesia de Ponte de Sor, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Longomel é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Longomel do Município de Ponte de Sor, freguesia com 46,19 km² de área[1] e 978 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 21,2 hab./km².
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Freguesia | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização de Longomel em Portugal | ||||
Coordenadas | 39° 20′ 08″ N, 7° 59′ 34″ O | |||
Região | Alentejo | |||
Sub-região | Alto Alentejo | |||
Distrito | Portalegre | |||
Município | Ponte de Sor | |||
Código | 121305 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 46,19 km² | |||
População total (2021) | 978 hab. | |||
Densidade | 21,2 hab./km² | |||
Código postal | 7400-454 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Nossa Sra. da Oliveira | |||
Sítio | cm-pontedesor.pt www.distritosdeportugal.com |
A freguesia foi criada pela Lei nº 47/84, de 31 de Dezembro, com lugares desanexados da freguesia de Ponte de Sor. As aldeias que pertencem a Freguesia de Longomel são: Rosmaninhal, Longomel, Escusa, Tom e Vale do Arco.
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[4] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 219 | 132 | 710 | 433 |
2011 | 124 | 141 | 589 | 374 |
2021 | 76 | 84 | 497 | 321 |
Por uma sentença de 13 de dezembro de 1327, foi julgado que a aldeia de Lagomel, termo de Abrantes, pertencia a el-Rei D. Dinis. Em 19 de dezembro de 1327 foi publicada uma carta na qual se diz que a Vila de Abrantes podia tomar posse de Lagomel. D. Dinis confirmou a posse da aldeia na sua pessoa e deu jurisdição à Vila de Abrantes para a engrandecer.
Essa posse, mais tarde, foi ter às mãos do duque de Bragança que, com Margem (Gavião), formou um concelho subordinado a Vila Viçosa.
A actual Longomel teria tido origem no lugar do Cabeço, que ficaria separada pelo ribeiro da aldeia.
No chamado Vale da Igreja, entre a ribeira de S. Bartolomeu e Vale de Gaviões, existia, na Idade Média, o concelho de Margem e Longomel, isto segundo Primo Pedro da Conceição, no seu livro Cinzas do Passado.
A associação destes dois lugares levou à criação do Julgado de Margem e Longomel. Esta nova designação acabou por substituir a de concelho.
Reza a história que devido a uma sentença judicial de Dezembro de 1327, de Afonso IV, a aldeia de Longomel pertencia ao termo de Abrantes.
Conta Manuel Pestana, no seu livro O Julgado de Margem e Longomel que,
“ | nas "Memórias Paroquiais de 1758" levantadas por todo o reino por ordem expressa do governo pombalino (…), o pároco de Ponte de Sor considera já, na data do documento (1758), que Longomel era aldeia do seu termo; porém, quarto anos mais tarde (1762) Longomel e, agora também, Margem são mencionadas com classificação de vilas. | ” |
Foi no século XVIII que se deram os primeiros aforamentos e se começa a definir, com maior exactidão, as dimensões geográficas deste termo.
A história da freguesia de Longomel está intimamente ligada ao concelho de Gavião até ao dia 26 de Setembro de 1895.
No cadastro da população de 1527, as duas povoações, Margem e Longomel, formavam um concelho incluído nas terras pertencentes ao duque de Bragança.
Em 1758, o pároco de Ponde de Sor diz que Longomel é uma aldeia do termo de Ponte de Sor.
Em 1762 Longomel e Margem aparecem como vilas e, em 1811, subordinadas à comarca de Vila Viçosa.
Em 1826, o concelho de Margem tem 96 fogos e o seu orago é Nossa Senhora da Graça. Seis anos depois aparece o concelho de Longomel na comarca de Portalegre, província do Alentejo, capital Évora. Em 1835 figura no julgado do Crato, com 101 fogos, mas nesse ano foi extinto e em 1842 encontram-se as duas povoações fazendo parte do concelho do Gavião.
Depois da extinção do concelho de Margem e Gavião, Longomel transitou para o (atual município) de Ponte de Sor.
Atualmente é das mais jovens freguesias do Município de Ponte de Sor, criada em 1984 por desmembramento da Freguesia de Ponte de Sor.[5]
A construção civil, a agricultura (principalmente o tabaco, cortiça e azeitona), a indústria do carvão vegetal e o turismo rural são as principais atividades económicas da freguesia.
As casas mais antigas que ainda existem em Longomel, eram feitas de taipa, uma técnica que consiste em colocar terra entre taipas de madeira e bater com um maço.
As janelas são poucas ou nenhumas. O chão é feito de ladrilhos são feitos de barro cozido, o que foi gradualmente sendo substituído por cimento. O telhado original é o de telhas de canudo. As chaminés são largas e serviam para secar a carne.
Quanto à divisão da casa, a sala de entrada servia de cozinha. À parte desta divisão, havia ainda mais dois quartos.
As casas mais ricas distinguiam-se das outras pelas barras amarelas ou azuis à volta das portas e janelas.
Na altura da apanha da azeitona, vinham ranchos de fora trabalhar por conta da Casa Rebela. No Casão faziam-se grandes lumes para os trabalhadores se aquecerem, para se cozinhar a comida e enxugar-se as roupas nos dias de chuva.
O moinho de vento é constituído por um poço fundo com arames, ferro, canos e pás. A força do vento fazia girar as pás que retiravam a água do poço que seguia pela calha que conduzia a água para o Monte Novo.
Pão de milho; azeite; açúcar (facultativo). Num tacho, põe-se um pouco de azeite. Junta-se o miolo do pão de milho muito bem esfarelado e as côdeas cortadas em tiras finas. Mexe-se muito bem durante alguns minutos. No fim, pode juntar-se algum açúcar.
Couve; feijão de cor; batata; azeite e sal. Põe-se o feijão de molho de véspera e coze-se numa panela de barro. Migam-se as couves miudinhas. Cortam-se as batatas em pequenos pedaços. Coloca-se uma panela ao lume e, quando a água estiver a ferver, junta-se as couves. Depois de cozidas, escorrem-se e junta-se-lhes o feijão que foi parcialmente desfeito com uma colher de pau e as batatas.
Segundo o Sr. António de Matos Lopes, de Longomel, quando se foram abrir os alicerces para construir a igreja, encontraram-se duas grandes talhas de barro enterradas na terra. Reza da lenda que essas talhas eram dos mouros que, no tempo da guerra, aí tinham escondido os seus mantimentos e vestuário.
Diz a dona Iria Matos do lugar de Cabeço que:
“ | As pessoas de Longomel são chamadas Cachamelos, as de Barreiras, Rabinos, e as do Vale de Arco são chamadas Trás-Trás. As raparigas antigamente iam à Ponte de Sor a pé e iam acompanhadas pelos rapazes. Eles levavam sempre cajados para se defenderem dos Rabinos e assim brigavam à cajadada, dando assim origem ao nome de Cachamelos. |
” |
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