Lista de couraçados da Itália
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A Marinha Real Italiana construiu uma série de couraçados entre as décadas de 1890 e 1940. Os primeiros projetos foram marcados por seu tamanho pequeno, blindagem leve e alta velocidade quando comparados com embarcações contemporâneas em outras marinhas. Os primeiros couraçados pré-dreadnought italianos foram os dois membros da Classe Ammiraglio di Saint Bon, porém foram limitados por restrições orçamentárias impostas pelo governo. Eles foram sucedidos pelos dois navios da Classe Regina Margherita, que eram maiores e tinham a intenção de desafiar a Classe Habsburg da Marinha Austro-Húngara, então ainda em construção. Em seguida vieram os dois membros da Classe Regina Elena, que na época foram os couraçados mais rápidos do mundo.[1][2] Todas essas embarcações serviram durante a Guerra Ítalo-Turca entre 1911 e 1912,[3] onde foram usadas principalmente para proporcionar suporte de artilharia para tropas do Exército Real Italiano, pois a Marinha Otomana praticamente não deixou porto.[4]
O britânico HMS Dreadnought foi lançado em 1906 e revolucionou o projeto de couraçados, deixando todas as embarcações anteriores obsoletas. Consequentemente, os italianos precisavam de um navio no estilo dreadnought. Este foi o Dante Alighieri,[5] que foi sucedido por outras cinco embarcações divididas em dois projetos semelhantes, as classes Conte di Cavour e Andrea Doria. Todos esses seis dreadnoughts formaram a parte principal da frota italiana na Primeira Guerra Mundial. Durante esse período, mais quatro navios pertencentes à Classe Francesco Caracciolo foram cancelados depois do começo de suas construções.[6] Italianos e austro-húngaros adotaram estratégias cautelosas com suas forças navais durante a guerra e nenhum escolheu arriscar seus couraçados em uma grande batalha. Assim, a linha de batalha italiana permaneceu a maior parte do conflito no porto e não entrou em combate.[7] Mesmo assim, o pré-dreadnought Benedetto Brin foi destruído em setembro de 1915 por uma explosão interna,[8] o dreadnought Leonardo da Vinci também foi destruído em agosto de 1916 por uma explosão em seu depósito de munição,[9] enquanto o Regina Margherita foi afundado por uma mina naval alemã em dezembro de 1916.[10] Os pré-dreadnoughts restantes das classes Ammiraglio di Saint Bon e Regina Elena foram desmontados depois da guerra.[1]
A Marinha Real e a maioria das outras grandes potências navais do mundo foi limitada no período entreguerras pelo Tratado Naval de Washington, que deu à Itália paridade com a França.[11] Os italianos tinham 71 mil toneladas disponíveis para novos couraçados antes que chegassem no seu limite do tratado, porém evitaram a construção de novos navios na década de 1920 devido a grandes questões orçamentárias e o desejo de evitar uma corrida armamentista naval com os franceses.[12][13] Essas limitações orçamentárias também forçaram a desmontagem do Dante Alighieri em 1928.[14][15] Mesmo assim, a Marinha Real decidiu usar sua disponibilidade de tonelagem no início da década de 1930, o que resultou nos quatro couraçados Classe Littorio. Dois foram finalizados no começo da Segunda Guerra Mundial e foram muito utilizados na escolta de comboios durante a Campanha Norte-Africana.[16] Outro navio, o Roma, foi completado em 1942, porém foi afundado em setembro de 1943 por um ataque aéreo alemão depois da rendição italiana aos Aliados.[17] Impero, o último couraçado, nunca foi finalizado e acabou desmontado depois do fim da guerra. O Littorio e o Vittorio Veneto, as embarcações sobreviventes, foram rendidas aos Aliados e posteriormente desmontadas.[18] Dos membros sobreviventes da Classe Conte di Cavour, o Conte di Cavour foi desmontado ao final do conflito e o Giulio Cesare foi entregue para a União Soviética como reparação de guerra. Apenas os dois couraçados da Classe Andrea Doria permaneceram no serviço italiano por algum tempo depois do fim das hostilidades, tendo ambos atuado como navios de treinamento para a Marinha Militar antes de serem desmontados na década de 1950.[6]
Armas principais | Número e tamanho dos canhões da bateria principal |
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Deslocamento | Deslocamento do navio totalmente carregado |
Propulsão | Número e tipo do sistema de propulsão e velocidade máxima |
Batimento | Data em que o batimento de quilha ocorreu |
Lançamento | Data em que o navio foi lançado ao mar |
Comissionamento | Data em que o navio foi comissionado em serviço |
Destino | Fim que o navio teve |