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filme de 2003 dirigido por Guel Arraes Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Lisbela e o Prisioneiro é um filme de comédia romântica brasileiro de 2003, dirigido por Guel Arraes a partir de um roteiro escrito por ele, Pedro Cardoso e Jorge Furtado. Trata-se de uma adaptação do livro homônimo escrito por Osman Lins. O filme conta com Selton Mello, Débora Falabella, Virgínia Cavendish, Bruno Garcia, André Mattos, Tadeu Mello e Marco Nanini nos papéis principais. O longa conta a história de Leléu, um malandro aventureiro e conquistador, que, fugindo de um matador traído em busca de vingança, apaixona-se por Lisbela, mocinha sonhadora que adora ver filmes norte-americanos e sonha com os heróis do cinema.[3] A história se passa no século XX no estado de Pernambuco.
Lisbela e o Prisioneiro | |
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Cartaz promocional | |
Brasil 2003 • cor • 106 min | |
Gênero | comédia romântica |
Direção | Guel Arraes |
Produção | Paula Lavigne Guel Arraes |
Roteiro | Guel Arraes Pedro Cardoso Jorge Furtado |
Baseado em | Lisbela e o Prisioneiro, de Osman Lins |
Elenco | Selton Mello Débora Falabella Marco Nanini Virginia Cavendish Bruno Garcia |
Música | André Moraes |
Cinematografia | Ulrich Burtin |
Edição | Paulo Henrique Farias |
Companhia(s) produtora(s) | Natasha Filmes Globo Filmes Estúdios Mega |
Distribuição | 20th Century Fox |
Lançamento |
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Idioma | português |
Receita | R$ 19 915 933[2] |
O filme é uma produção da Globo Filmes e da Natasha Filmes, junto com o estúdio Twentieth Century Fox. Foi filmado na capital de Pernambuco, no bairro da Boa Vista.
Foi a terceira adaptação audiovisual da obra, que anteriormente fora adaptada para a televisão como episódio do Caso Especial em 1993 e como uma peça de teatro em 2001, ambas dirigidas por Guel Arraes.[4] É o primeiro longa-metragem de Arraes feito especificamente para o cinema; seus filmes anteriores, O Auto da Compadecida e Caramuru - A Invenção do Brasil, eram adaptações de minisséries exibidas pela TV Globo. Uma lata com negativos originais do filme foi perdida no laboratório Mega Color, forçando-o a rodar novamente as cenas que ali estavam.[carece de fontes]
A jovem Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando o malandro Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história cheia de personagens tirados do cenário nordestino: Inaura, uma mulher casada e sedutora, que tenta atrair o herói e trair o marido valentão e "matador" Frederico Evandro; um pai severo e chefe de polícia, Tenente Guedes; um pernambucano com sotaque carioca e gírias paulistas, Douglas, visto sob o prisma do humor regional; e um "cabo de destacamento", Cabo Citonho, que é suficientemente astuto para satisfazer os seus apetites.
Lisbela e Leléu vão sofrer pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações. Mas, em uma reviravolta final, cheia de bravura e humor, eles seguem seus destinos. Como a própria Lisbela diz, a graça não é saber o que acontece. É saber como acontece e quando acontece.
Foi a terceira versão da obra de Osman Lins adaptada por Guel Arraes. Em 1994, Arraes, Pedro Cardoso e Jorge Furtado roterizaram uma versão compactuada da história como um episódio especial do programa Caso Especial, exibido pela TV Globo. No elenco, estavam Diogo Vilela como Leléu, Giulia Gam como Lisbela, Cláudia Raia como Inaura, Edson Celulari como Douglas, Pedro Paulo Rangel como Citonho, Francisco Milani como Tenente Guedes e Marco Nanini como Frederico Evandro.[5]
Em 2001, Arraes tinha planos para escrever uma nova versão da história, adaptando-a como minissérie. A ideia não se concretizou, e ao invés disso, ele levou a história para o teatro. A montagem rodou o Brasil e fez sucesso entre os telespectadores. No elenco, destacaram-se Bruno Garcia como Leléu, Virgínia Cavendish como Lisbela, Lúcio Mauro Filho como Douglas, Emiliano Queiroz como Tenente Guedes, Tadeu Mello como Citonho e Marcos Oliveira como Frederico Evandro.[6][7]
A boa recepção do público fez Arraes querer adaptar Lisbela e o Prisioneiro para o cinema; o roteiro foi novamente escrito em parceria com Cardoso e Furtado. Segundo Arraes, 30% da história do livro foi mantido no filme, enquanto o restante são ideias e situações novas exibidas na peça e no especial de 1993.[5] Tadeu Mello e Lívia Falcão retornaram com os mesmos papéis vividos no teatro; enquanto Bruno Garcia e Virgínia Cavendish assumem os personagens Douglas e Inaura. Marco Nanini, que participou do especial em 1993, volta a interpretar o vilão Frederico Evandro, desta vez com um visual inspirado no cantor Waldick Soriano.[8]
Érico Borgo em sua crítica para o Omelete disse que o filme é "um digno exemplar do cinema popular brasileiro, que deve encantar a grande maioria dos espectadores."[8]
A trilha sonora é assinada pelo músico consagrado André Moraes e pelo diretor teatral João Falcão e traz nomes como Sepultura, Zé Ramalho, Caetano Veloso e Elza Soares. Um DVD com a apresentação ao vivo de todos os músicos também foi lançado. Porém, alguns artistas, como a banda Los Hermanos, que interpreta a canção "Lisbela", de José Almino e Caetano Veloso, não figuram por motivos contratuais. A trilha é um sucesso de vendas e até o ano de 2021 é a trilha de filmes brasileiros mais vendida de todos os tempos.
A banda Os Condenados, que executa a canção "Para o Diabo os Conselhos de Vocês" (antigo sucesso do cantor Paulo Sérgio), é uma banda fictícia criada especialmente para o filme e liderada por Clarice Falcão, filha do produtor musical do filme, João Falcão. A banda ainda conta com os músicos João Victor (baixo elétrico), Marcelo (guitarra) e Fonseca (bateria).
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