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Kadima (em hebraico: קדימה; romaniz.: Avante) foi partido político de Israel. De ideologia centrista, o Kadima surgiu em novembro de 2005 a partir de uma ruptura partidária sob a liderança de Ariel Sharon no interior do Partido Likud. O partido encerrou suas atividades políticas em março de 2015, quando seu líder, Shaul Mofaz, optou por não participar das eleições daquela ano e o novo líder, Akram Hasoon, também decidiu deixar o partido e ingressar no partido Kulanu.
Kadima קדימה | |
---|---|
Fundação | 2005 |
Dissolução | 2015 |
Sede | Petah Tikva, Israel |
Ideologia | Centrismo Liberalismo Sionismo |
Espectro político | Centro |
Cores | Azul,Branco e Vermelho |
Página oficial | |
Em agosto de 2005, o plano de retirada unilateral israelense da Faixa de Gaza e de certos assentamentos na Cisjordânia durante o governo do primeiro-ministro Ariel Sharon encontrou forte oposição dentro do Likud. Por conta disso, Sharon decidiu formar o Kadima em novembro daquele ano.[1] O novo partido recebeu a adesão de inúmeros quadros dissidentes do Likud – como Ehud Olmert, ex-prefeito de Jerusalém, e Tzipi Livni, ministra da justiça de Israel – e também uma adesão em um número menor de integrantes do Partido Trabalhista – por exemplo, o ex-primeiro-ministro Shimon Peres.[2][3]
Após Sharon sofrer um derrame debilitante em janeiro de 2006, Olmert tornou-se primeiro-ministro interino e assumiu a liderança do partido.[4] O Kadima tornou-se o maior partido no Knesset após as eleições de 2006, conquistando 29 dos 120 assentos,[5] e Olmert liderou um governo de coalizão cuja promessa incluía o estabelecimento de fronteiras permanentes entre Israel e os palestinos até 2010. Sem embargo, Olmert enfrentou várias alegações de corrupção, e os apelos por sua renúncia aumentaram em 2008. Livni, àquela altura ministra das relações exteriores de Israel, foi eleita para liderar o Kadima, e Olmert renunciou formalmente em setembro.
No entanto, Livni não conseguiu formar uma coalizão governamental, então Olmert permaneceu como primeiro-ministro interino até as eleições de fevereiro de 2009.[6] Embora o Kadima tenha conquistado 28 cadeiras (uma a mais que o Likud), Benjamin Netanyahu — o líder do Likud desde a saída de Sharon daquele partido em 2005 — conseguiu formar um governo de coalizão para o país, e o Kadima tornou-se o principal partido de oposição no Knesset.
De 2012 a 2015, Shaul Mofaz, político da ala direita do Kadima, foi o líder do partido.[7] Já Livni e seu grupo político deixaram o Kadima para formar o partido centrista Hatnuah.[8]
Após uma breve participação no governo em 2012, o Kadima entrou em declínio e sofreu uma grande derrota nas eleições de 2013, quando obteve apenas 2 assentos.[9] Em 2015, sob a liderança de Akram Hasoon, o partido decidiu não apresentar uma lista de candidatos para as eleições daquele ano e se dissolveu.
O Kadima era um partido de tendência centrista. Ele apoiava a definição de Israel como um estado judeu e democrático e aceitava o princípio de encerrar o conflito israelense-palestino por meio do estabelecimento de dois estados. Na arena socioeconômica, o Kadima tinha uma visão liberal, na qual apoiava o aumento da concorrência no mercado, alterando as prioridades nacionais na alocação de fundos e aumentando o grau de transparência em relação a tais alocações.[10]
Eleições legislativas
Data | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
2006 | 1.º | 690 901 | 22,0 / 100,0 |
29 / 120 |
Governo | ||
2009 | 1.º | 758 032 | 22,5 / 100,0 |
0,5 | 28 / 120 |
1 | Oposição |
2013 | 12.º | 79 081 | 2,1 / 100,0 |
20,4 | 2 / 120 |
26 | Oposição |
2015 | Não concorreu |
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