A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
igreja de fundamentação cristã com características restauracionistas / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, informalmente conhecida como Igreja Mórmon ou Igreja SUD,[2][3] é uma igreja restauracionista não-trinitária cristã e a maior denominação do Movimento dos Santos dos Últimos Dias. A igreja está sediada em Salt Lake City, Utah, nos Estados Unidos, mas estabeleceu congregações e construiu templos ao redor do mundo. Segundo a própria igreja, globalmente tem mais de 17,2 milhões de membros (cerca de 6,8 milhões apenas nos EUA),[4] mais de 99 mil missionários voluntários[1] e 350 templos.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias | |
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Símbolo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias | |
Templo de Salt Lake City | |
Denominação | A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias |
Teologia | |
Orientação | Restauracionismo Antitrinitarismo |
Fundador | Joseph Smith Jr. |
Origem | 6 de abril de 1830; há 194 anos |
Sede | Salt Lake City, Utah, EUA |
Líder espiritual | Russell M. Nelson |
Número de membros | 17.255.394[1] |
Número de igrejas | 31.490[1] |
Países em que atua | Mundial |
Escritura(s) | A Bíblia Sagrada O Livro de Mórmon Doutrina e Convênios Pérola de Grande Valor |
Página oficial | https://www.churchofjesuschrist.org |
A igreja foi fundada no oeste do estado de Nova Iorque em 1830 por Joseph Smith Jr. durante o Segundo Grande Despertar. Sob a sua liderança, a sede da igreja mudou-se sucessivamente para Ohio, Missouri e Illinois. Após a morte de Smith em 1844 e a resultante crise de sucessão, a maioria de seus seguidores ficou do lado de Brigham Young, que conduziu a igreja à sua atual sede em Salt Lake City. Young e seus sucessores continuaram o crescimento da igreja, primeiro em toda a região de Intermountain West e, mais recentemente, como uma organização nacional e internacional. A teologia da Igreja inclui a doutrina cristã da salvação através de Jesus Cristo e sua expiação substitutiva em nome da humanidade.[5] A igreja tem um cânone aberto de quatro textos bíblicos: a Bíblia Sagrada, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios (D&C) e a Pérola de Grande Valor. Além da Bíblia, a maior parte do cânone da igreja consiste em material que os membros da igreja acreditam ter sido revelado por Deus a Joseph Smith, como comentários e exegese sobre a Bíblia, textos descritos como partes perdidas da Bíblia e obras supostamente escritas por profetas antigos, como o Livro de Mórmon. Por causa de diferenças doutrinárias, muitos grupos cristãos consideram a igreja distinta e separada da corrente principal do cristianismo.[6]
Os membros da igreja, conhecidos como "santos dos últimos dias" ou informalmente como "mórmons", acreditam que o presidente da igreja é um "profeta, vidente e revelador" moderno e que Jesus Cristo, sob a direção de Deus Pai, lidera a igreja revelando sua vontade e delegando as chaves do sacerdócio ao seu presidente. O presidente comanda uma estrutura hierárquica que desce das áreas às estacas e alas. A igreja tem um clero voluntário a nível local e regional; as alas são lideradas por bispos, que são provenientes dos membros das próprias alas. Os membros do sexo masculino podem ser ordenados ao sacerdócio, desde que vivam os padrões da igreja. As mulheres não são ordenadas ao sacerdócio, mas ocupam cargos de liderança em algumas organizações religiosas.[7]
A igreja mantém um grande programa missionário que faz proselitismo e conduz serviços humanitários em todo o mundo. A igreja também financia e participa em projetos humanitários independentes dos seus esforços missionários.[8] Os membros aderem às leis da igreja sobre pureza sexual, saúde, jejum e observância do sábado, e contribuem com 10% de sua renda para a igreja na forma de dízimo. A igreja ensina ordenanças por meio das quais os adeptos fazem convênios com Deus, incluindo o batismo, a confirmação, o sacramento, a ordenação ao sacerdócio, a investidura e o casamento celestial.[9] A igreja tem sido criticada ao longo de sua história, principalmente sobre a validade de suas reivindicações históricas, o tratamento dispensado às minorias e o uso que faz de seus recursos financeiros. A prática da poligamia na igreja foi controversa até ser restringida em 1890 e oficialmente rescindida em 1904.