![cover image](https://wikiwandv2-19431.kxcdn.com/_next/image?url=https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b0/GENTILESCHI_Judith.jpg/640px-GENTILESCHI_Judith.jpg&w=640&q=50)
Holofernes
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Holofernes (em grego Ὀλοφέρνης; em hebraico: הולופרנס) foi um general assírio do tempo de Nabucodonosor II. Aparece nos livros deuterocanônicos, mais precisamente no Livro de Judite, como rei da Assíria entre 158 e 157 a.C.
Judith decapitando a Holofernes | |
---|---|
![]() | |
Autor | Artemisia Gentileschi |
Data | 1615 |
Técnica | Pintura a óleo sobre tela |
Dimensões | 158,8 cm × 125,5 cm |
Localização | Museu de Capodimonte |
Ele fora despachado por Nabucodonosor II para se vingar do país que se opôs ao rei na guerra mais recente. Holofernes ocupou todos os países ao longo da costa e destruiu seus deuses, para que pudessem cultuar apenas a figura de Nabucodonosor. Holofernes teria sido avisado para não atacar o povo judeu por Achior, líder dos amonitas, o que enfureceu o general e seus seguidores, que insistiram que não havia outro deus senão Nabucodonosor.[1]
O general sitiou Betulia, comumente considerada Meselieh, e a cidade quase caiu. O avanço de Holofernes interrompeu o fornecimento de água para Betulia, e o povo desanimou e encorajou Ozias e seus governantes a ceder. Os líderes juraram se render se nenhuma ajuda chegasse dentro de cinco dias.[1]
Betulia foi salva por Judite, uma bela viúva que, depois de orar a Deus, se vestiu com suas mais belas roupas e entrou no acampamento de Holofernes. Judite o embebedou com vinho e quando ele estava totalmente bêbado, Judite sacou uma faca ou uma espada e cortou a cabeça do general, o que levou ao fim do certo de Betulia e a uma vitória decisivas para os israelistas.[2]
Versões hebraicas da história de Judite contadas por Megillat Antíoco e nas Crônicas de Jerahmeel identificam "Holofernes" como o general Nicanor. Na versão grega, o nome "Holofernes" é usado como um substituto, onde Nabucodonosor é sinonimizado com Antíoco IV Epifânio.[3]
Assim como outras passagens bíblicas, a decapitação de Holofernes por Judite tem sido objeto de muitas pinturas e quadros desde a Idade Média, tais como Donatello, Sandro Botticelli, Andrea Mantegna, Giorgione, Lucas Cranach, o Velho, Caravaggio, Tiziano, Antonio de Pereda, Goya, Horace Vernet, Gustav Klimt, Artemisia Gentileschi, Jan Sanders van Hemessen ou Hermann-Paul. A cena do banquete com foi igualmente retratado por Rembrandt no quadro Artemisa.[3]
A história também inspirou um poema medieval em inglês, o oratório Betulia Liberata, de Wolfgang Amadeus Mozart, e uma opereta de Jacob Pavlovich Adler, entre outras representações.[3]